Arquivo da categoria: Escudos

São Bento Esporte Clube – Bayeux (PB)

O São Bento Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Bayeux (PB). A sua Sede fica localizada na Avenida da Liberdade, 1.564 – Centro, enquanto o seu campo fica no Bairro de São Bento, em Bayeux. O clube alvirrubro se aventurou no futebol profissional no começo dos anos 90.

Em 1992, 1993 e 1994 o São Bento disputou o Campeonato Paraibano da Segunda Divisão, mas sem êxito. Devido a precariedade do seu campo, a equipe alvirrubra mandou os seus jogos no Estádio Municipal Lourival Caetano.

 

Fontes: Bayeux News – PB – Rsssf Brasil – Felipe Feitosa

Manáos Atletic Club – Manaus (AM): Bicampeão Amazonense de 1914-15

O Manáos Atletic Club foi uma agremiação da cidade de Manaus (AM). Fundado no dia 23 de junho de 1908 por comerciantes, bancários e engenheiros de firmas inglesas espalhadas pela cidade. Suas cores eram azul marinho e branco.

Além do futebol, o clube também se dedicava a outros esportes apreciados pela comunidade britânica como tênis e o críquete. Mas foi através do esporte bretão que o tornou conhecido e respeitado, pois o Athletic foi o melhor time de futebol que ouve no Amazonas no inicio do século XX.

A primeira notícia estampada na imprensa local de um jogo da equipe inglesa foi o confronto que o Manáos Athletic realizou, no dia 4 de março de 1909, contra a tripulação do cruzador britânico “Pelorus” que se encontrava atracado no porto de Manaus. A partida realizou-se na Praça Antonio Bittencourt e terminou com uma goleada de 7×0 do “Pelorus” sobre os anglo-manauaras.

O seu campo oficial era o Bosque Municipal, localizado na atual Avenida Constantino Nery. O Athletic era praticamente imbatível, mas vez ou outra um time de manauenses conseguia o feito de derrotar os Ingleses dentro de seu campo o que merecia grande destaque na imprensa local.

Durante sua trajetória, o clube revelou grandes talentos para o futebol amazonense. Entre eles se destacaram os atacantes Bolívar Purcell, Cunningham, Gorvin, Burns e Barton.

No dia 6 de janeiro de 1914 era fundada, na sede social do Manáos Athletic, a Liga Amazonense de Football que logo organizou o 1º campeonato local cujo titulo foi conquistado pelo Athletic, que repetiu o feito no ano seguinte (1915), tornando-se bicampeão amazonense de futebol.Logo depois o clube extinguia seu time de futebol passando a se dedicar a outros esportes como tênis e beisebol. Ainda em 1923 se tem noticias da existência do clube.

Mas, devido à derrocada da borracha, e a crise econômica que isto gerou, muitos ingleses voltaram ao seu lugar de origem, entregando assim todo o patrimônio do antigo Manáos Athletic para as mãos dos amazonenses que assumiram o controle do clube, reformulando e batizando ele com uma nova determinação: Bosque Clube

O Bosque Clube existe até os dias de hoje, com sua sede no mesmo local onde existiu o antigo campo dos ingleses, sendo hoje o último remanescente do tradicional clube britânico.

 

Rivalidades

Durante os anos de atividade do time de futebol do Manáos Athletic (1908 a 1915), os ingleses tiveram três grandes rivais em campo: as equipes do Racing, Brasil e Nacional.

 

Um dos primeiros rivais do Athletic foi o Racing, clube pioneiro do futebol amazonense que foi fundado em 1906 pelo maranhense José Conduru Pacheco. Essa rivalidade teve origem no ano de 1910, quando os times realizaram memoráveis duelos, com destaque na imprensa e a grande presença de público.

Em um dos confrontos realizados no dia 22 de maio do mesmo ano, ocorridos no campo do time manauense (a Praça Floriano Peixoto), os ingleses não se intimidaram e golearam os donos da casa por 7 a 1, sendo que o principal destaque da partida foi o atacante Bolívar Purcell, que marcou cinco gols contra o time do Racing.

Outro importante rival foi a equipe do Brasil, clube fundado em 1909 pelo jovem Ulysses Reimar. Os dois times vinham se enfrentando desde 1909, mas foi o período de 1912 a 1913, que os confrontos ganharam contornos de uma rivalidade ferrenha.

 

Um dos principais jogos foi realizado no dia 15 de novembro de 1912, quando o Athletic goleou o Brasil por 6 a 2. Mas, logo depois, no dia 8 de dezembro, os brasileiros davam o troco, goleando os ingleses por 5 a 1. O último jogo entre ambos, aconteceu no dia 29 de junho de 1913, quando o Athletic novamente ganhou com facilidade do Brasil por 5 a 0.

Já seu outro e último rival foi o Nacional, fundado em janeiro de 1913 pelo jovem Manoel Fernandes da Silva e pelo professor Coriolano Durand. Os duelos entre os dois times eram bem equilibrados, pois os nacionalinos possuíam bons atletas como Cazuza, Paulo Mello e Cícero Costa, embora os Ingleses possuíssem também seus talentos como a dupla de atacantes Barton e Burns.

O ápice desse clássico ocorreu durante o campeonato Amazonense de 1914, quando os dois clubes decidiram o titulo no Bosque Municipal (atual Bosque Clube), saindo vitorioso o Manáos Athletic.

 

Ainda em 1913 os dirigentes dos principais clubes resolveram formar um selecionado local, composto pelos melhores jogadores manauaras, para enfrentar, numa série de jogos, o Manáos Athletic. Esse selecionado ficou conhecido como “Scratch Brasileiro”.

Em uma disputa em que se procurava avaliar qual era o melhor futebol jogado no norte do Brasil, se o ingles ou Brasileiro, a série de confrontos terminou empatada, pois nos cinco jogos realizados Bosque, o Athletic ganhou dois, empatou um e perdeu outros dois jogos.

 

Títulos

O Manáos Athletic foi o primeiro campeão da história do futebol Amazonense, levantando o titulo por dois anos consecutivos, 1914 e 1915. No campeonato de 1914, o clube inglês realizou a partida de abertura, no dia 1º de fevereiro, contra o Nacional, na qual acabaram derrotados pelos manauenses por 2 x 1. Mas, os ingleses acabaram reagindo e, meses depois, disputavam com o próprio Nacional a disputa pelo titulo. O jogo terminou com a vitória do Athletic por 3 x 2 e a conquista da Taça Gordon.

No dia 13 de dezembro de 1914 era realizada, no Bosque Municipal a grande festa de entrega do troféu e medalha aos campeões. Infelizmente, alguns dos jogadores do Athletic não puderam estar presentes devido ao fato dos mesmos terem sido convocados pelo exército britânico para defender, nas trincheiras da Europa, a Inglaterra contra a Alemanha

No campeonato de 1915, o Manáos Athletic voltou com o mesmo time do certame anterior. Mas, para alegria dos ingleses, o seu principal rival na corrida ao titulo, o Nacional, abandonou a competição na metade em protesto contra uma decisão da liga. Dessa maneira, o caminho ficou aberto para os britânicos que, na partida decisiva, derrotaram o Luso por 2×1, superando em número de pontos o Manáos Sporting, que ficou com o vice-campeonato.

Após a conquista do bicampeonato, a diretoria do clube inglês, devido a uma desavença com os dirigentes da liga, resolvem extinguir seu time de futebol. O ponto negativo da disputa deste titulo, foi o falecimento no meio do torneio, do jogador inglês Burnett,o que causou grande comoção entre seus companheiros de equipe. Devido a esse acontecimento, o campeonato foi paralisado por uma semana em sinal de luto.

 A tentativa do retorno

Mas, vez ou outra, os dirigentes do Manáos Athletic voltaram a organizar e colocar em campo (embora poucas vezes) o seu tradicional time. Isto aconteceu em 1917, quando o clube organizou um jogo beneficente entre o Athletic e o Rio Negro, cujo renda seria em beneficio dos soldados ingleses feridos em combate durante o conflito mundial. O jogo terminou comum a goleada dos Rio-Negrinos por 8×1, mostrando que o Manáos Athletic já não era mais o mesmo, pois a maioria de seus melhores craques já tinham partido para a Inglaterra.

Quatro anos depois, em 1921, novamente o Athletic organizava seu time em campo. Realizou alguns amistosos, entre eles um que perdeu por 5×1 para o Nacional, afirmando assim que seus anos de glória já haviam ficado muito para atrás, e que tentar revitalizá-lo seria uma tarefa inútil. Depois disso, nunca mais seus dirigentes se arriscaram em tentar novamente criar uma equipe competitiva.

 

Fontes: Wikipédia –  Jornal Correio do Norte 

Santos Futebol Clube – Manaus (AL): Campeão Amazonense de 1958

O jornalista Carlos Zamith, que nos deixou em 2013, dedicou boa parte de sua vida à pesquisa sobre o futebol do Amazonas. O acervo, agora, é responsabilidade do analista de sistemas Carlyle Zamith, um dos três filhos de Carlos.

E em meio a textos e fotos do rico material dos Zamith há um Santos Futebol Clube. Não o de Pelé. O “xará” manauara do Alvinegro – que, na verdade, é azul e branco – foi extinto há 52 anos. Foram apenas 10 anos de atividade. Durante esse período participou de 08 (oito) Campeonatos Amazonenses: 1955, 1956, 1957, 1958, 1959, 1960, 1961 e 1962. Tempo suficiente para deixar o nome na história do futebol local com o título Amazonense de 1958.

Detalhe é que, mesmo com essa conquista, o Santos de Manaus é pouco conhecido na cidade, até por quem mora em Cachoeirinha, bairro da zona sul onde foi fundado, em 1952 – curiosamente, época em que o Peixe não tinha, nem de longe, a tradição de hoje.

A história do Santos foi contada por Carlos Zamith na coluna “Baú Velho” (que dá nome ao site com o acervo do jornalista), publicada no jornal “A Crítica”, de Manaus, em 14 de março de 1999. Fundado em 1º de maio de 1952 por “jovens desportistas” – e, dentre eles, torcedores do Alvinegro Praiano – o clube chegou à elite estadual em quatro anos.

Em 1958, após campanhas inexpressivas, o time azul e branco surpreendeu. Superou a concorrência dos tradicionais Fast, Nacional e São Raimundo, chegou à decisão e, com a vitória por 3 a 1 sobre o Guanabara, com gols de Pretinho, Silvino e Tucupi, o Santos se sagrou campeão pela primeira e única vez.

Dali em diante, a fonte secou. Segundo o historiador Francisco Carlos Bittencourt, o Santos vendeu seu principal jogador, o atacante Fabio Andrade, para quitar dívidas. Além disso, perdeu o técnico José Carlos Maranuá, que teria viajado ao Mato Grosso alegando que sua mãe estava doente para conversar com outros times – o presidente santista, Eugenio Ribeiro, descobriu que a mãe de Maranuá estava morta há tempos. Após seguidas campanhas ruins, a equipe acabou fechando as portas, em 1962.

Apesar do pouco tempo (em atividade) e das dificuldades, a grande força de vontade dos fundadores ajudou o Santos a chegar aonde chegou. Apesar das semelhanças, nosso Santos tinha o azul na camisa. Era um charme especial também fora de campo. Sabia que não seria fácil, mas o Santos quis deixar o nome marcado na história do futebol do Amazonas. E conseguiu. Infelizmente, poucas pessoas têm interesse na manutenção desse legado. Memória é importante, sim“, revelou Bittencourt.

 

 Fontes e Fotos: Baú Velho – Carlos Zamith – Carlyle Zamith

 

Clube Atlético Ferroviário – Curitiba (PR): década de 40

Contando com a colaboração do amigo e membro Rodrigo Santana… Segue mais um distintivo do Clube Atlético Ferroviário, da década de 40. A agremiação ficava na cidade Curitiba, estado do Paraná, surgiu no dia 12 de janeiro de 1930, na residência do ferroviário Ludovico Brandalise devido a cisão no Britânia Sport Club.

Fontes: Revista Sport Ilustrado – Wikipédia

Ladário Atlético Clube – Ladário (MS)

O Ladário Atlético Clube é uma agremiação da cidade de Ladário (MS). Fundado na década de 20, a sua Sede fica localizado na Avenida 14 de Março, s/n – Centro de Ladário. Apesar das poucas informações, sabe-se que a equipe disputou o Campeonato Matogrossense de 1924, organizado pela Liga Sportiva Matogrossense (LSM).

Sede do clube

No Correio do Estado abordou que o Ladário e o Corumbaense decidiram o título, no domingo dia 20 de setembro de 1925. Contudo, não deu o resultado e apenas se limitou a dizer que o campeão seria definido pela Liga. A partir daí não foi encontrado mais nenhuma informação a respeito. Em 1926 o Ladário AC foi campeão pela LMSA.

Título Corumbaense de 1929

Em 1929, o Ladário decidiu o título do Campeonato Corumbaense diante do Riachuelo Football Club, precisando apenas do empate. E foi justamente o que aconteceu. Com o 1 a 1, o clube ladariense faturou o caneco. Contudo, a partida foi emocionante já que o Riachuelo vencia até o minutos finais, quando o árbitro W.Rabello marcou um pênalti a favor do Ladário, que por sua vez não desperdiçou.

A Classificação final:

1º        Ladário                      –           09 pontos;

2º        Riachuelo                 –           08 pontos;

3º        Corumbaense          –           04 pontos;

4º        Commercio               –           03 pontos.

 

Fontes e Foto: Correio do Estado – A Campanha – Correio de Corumbá – O jornal Tribuna

Ponta Porã Esporte Clube – Ponta Porã (MT)

Contando com a colaboração do amigo e jornalista Felipe Feitosa, mais um time para a coleção dos aficionados. O Ponta Porã Esporte Clube foi uma agremiação da Cidade de Ponta Porã (MT). ‘A Fronteira‘ (sua alcunha), fundado nos anos 20, participou do Campeonato Matogrossense de 1929.

Organizado pela Federação Sportiva Matogrossense (FSM), com Sede em Corumbá, a competição contou com a presença de seis clubes, sendo quatro na Zona Sul:

Maracaju Football Club (Maracaju);

Ponta Porá Esporte Clube (Ponta Porã);

Aquidauana Football Club (Aquidauana);

Sport Club Campograndense (Campo Grande).

E pela Zona Norte:

Mirandense Football Club (Miranda)

e Corumbaense (Corumbá).

Curiosidades

O apelido do Ponta Porã Esporte Clube é referente a cidade homônima, que faz com a fronteira com a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero.

Vale ressaltar que a cidade de Ponta Porã, atualmente, fica no Estado de Mato Grosso do Sul. Enquanto o clube existiu antes da divisão do estado que se transformou em dois: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no dia 11 de outubro de 1977 . Ao longo da sua existência o Ponta Porã E.C. disputou as competições dentro ou representando Mato Grosso.

 

Abaixo a reportagem na Revista Sport Ilustrado de junho de 1947, abordando o título do Torneio Relâmpago conquistado pelo Ponta Porã Esporte Clube.

Tratado de Tordesilhas

O limite da fronteira entre os países foi firmado em 1494, pelo Tratado de Tordesilhas, que dividiu o mundo entre Espanha e Portugal. Em 1777, a primeira linha limite entre o Brasil e Paraguai é estabelecida.

Mas a fronteira tem uma história sangrenta. Em 1865, o exército paraguaio, liderado por Solano Lopez, invade o Brasil, na esperança de conseguir uma saída para o oceano.

Guerra do Paraguai

Lopez conquista a província brasileira do Mato Grosso e invade também a Argentina. Começa, então, a Guerra do Paraguai (1864-1870), que quase apaga o nome Paraguai do mapa.

Cerca de 300 mil paraguaios e 50 mil brasileiros morreram nos combates. Após ser derrotado pela Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai), o Paraguai se viu obrigado a dividir parte de suas terras com os vencedores.

Fontes e Fotos: Rsssf Brasil – http://culturadafronteira.org.br/  – Jornal A Campanha – Revista Sport Ilustrado

Mangueira Football Club – Vila Isabel (RJ): Fundado em 1917

O Mangueira Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro. A equipe alvirrubra foi Fundado na terça-feira, do dia 13 de Novembro de 1917. A sua Sede e campo ficava na Rua Jorge Rudge, 117 (esquina com a Rua Oito de Dezembro) – no Bairro de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ).

O clube genérico do Sport Club Mangueira (Tijuca), disputou ligas menores durante o seu tempo de existência. Pertenceu a Liga Leopoldina (com sede na Rua do Jockey, 283). Na foto, o Mangueira enfrentou o Andax-Club, válido pela Série C da Sub-Liga, às 12h, no dia 17 de julho de 1921.

 Título e Curiosidade

O terceiro quadro do Mangueira se sagrou campeã da Liga Leopoldinense em 1926. O clube bombava o ano inteiro. Quando não eram os jogos, a diretoria organizava competições de diversas modalidades, eventos e shows. Na época do carnaval, o clube possuía um bloco popular na região chamado: ‘Bloco dos Magoados’, que atraiam centenas de foliões.

Fonte: Revista Sport Ilustrado – O Imparcial – Jornal do Brasil – A Batalha