Fazendo mais do que lícito esperar um quadro jovem e sem a necessária experiência, o Flamengo chegou ao vice-campeonato com brilhantismo. Sua campanha foi das mais bonitas, já que não decepcionou contra os chamados pequenos. Sua ofensiva foi a melhor do certame, com 57 tentos e sua defesa foi a segunda menos vazada, com 15 gols. Em todo Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1962, o Flamengoobteve 18 vitórias, dois empates e quatro derrotas.
Na foto (acima) em destaque o Clube de Regatas Flamengo com a seguinte constituição:
EM PÉ (esquerda para a direita): Joubert, Fernando, Décio, Vanderlei, Carlinhos ‘Violino’ e Jordan;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Joel, Gerson, Henrique, Dida e Alfredinho.
O Santos Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Santos (uma população de 418.608 habitantes, segundo o censo do IBGE/2022), situado a 77 km da capital do estado de São Paulo. A sua Sede e o Estádio Urbano Caldeira, ‘Vila Belmiro’ (Capacidade: 17.923 pessoas), estão localizados na Rua Princesa Isabel, s/n, na Vila Belmiro, em Santos/SP.
Fundação: Uma breve história
A reunião histórica que gerou a sua Fundação aconteceu na tarde do domingo, 14 de abril de 1912, na sede do Clube Concórdia, na antiga Rua do Rosário, 18 (hoje rua João Pessoa, 8/10), no Centro da cidade.
A iniciativa para a fundação fora de três esportistas da cidade, Francisco Raymundo Marques, Mário Ferraz de Campos e Argemiro de Souza Júnior. Eles convidaram a todos os interessados para participar da reunião inaugural do novo clube, que foi constituído para ser destinado a prática do futebol, que no começo do século passado estava engatinhando no Brasil. São considerados como sócios-fundadores todos os 39 participantes dessa reunião.
As cores iniciais: azul e branco
No dia da fundação, o nome da entidade foi sugerido por Edmundo Jorge de Araújo: Santos Foot-Ball Club e as cores dos uniformes da nova agremiação, que seria presidida no primeiro ano de existência por Sizino Patusca, eram o azul e o branco, com fios dourados entre elas.
Um ano depois passou a ser alvinegro
Na segunda-feira, do dia 31 de março do 1913, as cores foram alteradas, por sugestão de Paulo Peluccio, passaram a ser calção branco e camisa listrada de branco e preto. O Conselho Deliberativo do Clube teve início no dia 28 de janeiro de 1932 e o 1º Presidente foi Flamínio Levy.
No começo de sua gloriosa caminhada entra para a vida do clube, Urbano Vilella Caldeira Filho, um homem que dedicou toda a vida ao time que tanto amou até o falecimento, no ano de 1933.
Urbano Caldeira
Urbano Caldeira foi atleta, técnico, dirigente e hoje é um dos patronos do Santos Futebol Clube. Em sua homenagem o nome do estádio que foi erguido, no ano de 1916, leva seu nome como reconhecimento de seu amor ao Alvinegro Praiano.
Passagem efêmera do União F.C.
As primeiras conquistas importantes na história do time começaram em 1913 com a conquista do campeonato santista, repetindo o feito em 1915, jogando como o apelido de “União Futebol Clube” por imposição da diretoria da Associação Paulista de Esportes Atléticos.
Ataque dos 100 gols
No ano de 1927 surge no time um ataque que até hoje não foi superado em jogos do campeonato paulista, com uma média de 6,25 gols por partida e que ficou eternizado como o time do “Ataque dos 100 gols”. Ataque esse que era formado por Omar, Camarão, Feitiço, Araken e Evangelista.
Edson Arantes do Nascimento, Pelé
O 1º Campeonato Paulistavencido pelo Santos aconteceu em 1935, título esse conquistado na casa do adversário na capital paulista. A equipe volta a ganhar os certames paulistas em 1955 e 1956 e novamente no ano de 1958, quando então já tinha em suas fileiras um garoto apelidado de Pelé (que chegou no clube em 1956), que nos anos seguintes se tornaria o melhor jogador de futebol em todos os tempos.
Bicampeão Mundial
Na chamada “Década de Ouro”, nos anos 60, o time conquistou o mundo exibindo um futebol digno de aplausos, com conquistas constantes, não só no futebol brasileiro como também no planeta.
A coroação maior desse time ícone da cidade de Santos aconteceu no ano de 1962, quando o Alvinegro mais famoso do mundo venceu todos os certames mais importantes disputados nesse ano e sagrando-se no ano seguinte Bicampeão Mundial. A FIFA outorgou ao clube o título de “O melhor time do século nas Américas”.
Principais títulos
Nos dias atuais o Santos Futebol Clube possui oito títulos brasileiros: 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1968, 2002 e 2004. Nos campeonatos paulistas foram 22 conquistas, na Taça Libertadores da América foram três conquistas e nos Mundiais Interclubes foram duas conquistas.
Craques da Vila
Revelando jogadores como Joel Camargo, Clodoado, Edu, Pita, João Paulo, Juary, Araken Patusca, Antoninho, Pelé, Robinho, Paulo Henrique Ganso e Neymar o time continua sendo o orgulho de toda a gente Alvinegra nos seus 111 anos de história.
P.S.: O escudo no uniforme dos atletas, é meramente uma ilustração, uma vez que naquela época os jogadores do Santos, a exceção do goleiro, não utilizavam o distintivo na camisa.
Desenho dos escudos e uniformes: Sérgio Mello
FOTOS: Acervo do pesquisador santista, Marcelo Fernandes
FONTES: Diversos jornais paulistas – Site do clube
RAIO-X de todas as partidas do Grêmio contra Seleções nacionais, ao longo de sua história (1911-2024)
O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense ao longo da sua história já entrou em campo para enfrentar seleções nacionais em 54 oportunidades. E, os números são favoráveis ao Tricolor Gaúcho, com um aproveitamento de 42,6% de vitórias: foram 23 vitórias (42,6%), 19 empates (35,2%) e 12 derrotas (22,2%); marcando 82 gols (média de 1,5 gol por partidas), sofrendo 65 tentos (média de 1,2 gol por partidas) e um saldo positivo de 17 gols.
Nesse percurso, o Grêmio teve como melhor desempenho uma invencibilidade de 14 jogos (1982-1993); enquanto a pior performance foi um jejum sem vitórias de seis partidas (1969-1980)
ANOS
CLUBE
RE
SUL
TADOS
PAÍSES
1911
Grêmio
0
X
3
Uruguai
1916
Grêmio
2
X
1
Federação Atlética do Uruguai
1949
Grêmio
2
X
1
Guatemala
1949
Grêmio
2
X
0
Guatemala
1949
Grêmio
5
X
3
Guatemala
1949
Grêmio
4
X
0
Guatemala
1949
Grêmio
1
X
1
Guatemala
1949
Grêmio
4
X
1
El Salvador
1949
Grêmio
4
X
0
El Salvador
1949
Grêmio
2
X
1
Honduras
1949
Grêmio
5
X
0
Costa Rica
1953
Grêmio
3
X
3
México
1956
Grêmio
0
X
0
Argentina
1959
Grêmio
1
X
1
Uruguai
1959
Grêmio
0
X
2
Argentina
1961
Grêmio
1
X
0
Grécia
1961
Grêmio
1
X
2
Bulgária
1961
Grêmio
0
X
2
União Soviética (URSS)
1962
Grêmio
0
X
1
Bulgária
1962
Grêmio
0
X
4
Bulgária
1962
Grêmio
5
X
2
Romênia
1962
Grêmio
1
X
5
União Soviética (URSS)
1962
Grêmio
0
X
3
União Soviética (URSS)
1966
Grêmio
2
X
0
União Soviética (URSS)
1968
Grêmio
1
X
1
Romênia
1969
Grêmio
1
X
0
Hungria
1969
Grêmio
0
X
3
Peru
1969
Grêmio
1
X
1
Peru
1975
Grêmio
0
X
1
Uruguai
1976
Grêmio
2
X
2
Uruguai
1977
Grêmio
1
X
1
Uruguai
1980
Grêmio
1
X
1
Uruguai
1981
Grêmio
3
X
2
El Salvador
1981
Grêmio
2
X
0
Honduras
1982
Grêmio
0
X
0
Peru
1982
Grêmio
0
X
2
Honduras
1982
Grêmio
1
X
1
El Salvador
1982
Grêmio
2
X
1
El Salvador
1984
Grêmio
1
X
0
Argélia
1985
Grêmio
0
X
0
Peru
1985
Grêmio
2
X
2
Peru
1985
Grêmio
3
X
2
Bolívia
1985
Grêmio
1
X
1
Honduras
1985
Grêmio
4
X
1
Honduras
1988
Grêmio
2
X
0
Honduras
1988
Grêmio
2
X
0
Honduras
1988
Grêmio
2
X
2
Costa Rica
1992
Grêmio
1
X
1
Guatemala
1992
Grêmio
1
X
1
Honduras
1992
Grêmio
1
X
1
Honduras
1993
Grêmio
1
X
0
Irã
1993
Grêmio
0
X
2
Irã
1994
Grêmio
1
X
0
Tailândia
1994
Grêmio
0
X
0
Nigéria
O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense também enfrentou Combinados Internacionais, com um excelente aproveitamento de 71,4% de vitórias. Foram sete jogos, com cinco vitórias (71,4%), um empate (14,3%) e uma derrota (14,3%); 22 gols pró (média de 3,1 gols por partidas), cinco tentos contra (média de 0,7 gol por partidas) e um saldo de 17 gols.
ANOS
CLUBE
RE
SUL
TADOS
PAÍSES
1955
Grêmio
7
X
0
Sel. Payssandu
1961
Grêmio
0
X
2
Silésia
1961
Grêmio
1
X
1
Cracóvia
1962
Grêmio
2
X
1
Macedônia
1962
Grêmio
1
X
0
Macedônia
1981
Grêmio
4
X
0
Sel. Maldonado
1981
Grêmio
7
X
1
Sel. Tegucigalpa
Ao todo, somando essas duas listas (Seleções nacionais e combinados internacionais), o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense realizou 61 jogos, com 28 vitórias (45,9%), 20 empates (32,8%) e 13 derrotas (21,3%); marcando 104 gols (média de 1,7 gol por partidas), sofrendo 70 tentos (média de 1,2 gol por partidas) e um saldo positivo de 34 gols.
Com esta equipe, o Madureira Atlético Clube (atual; Madureira Esporte Clube) fez boa figura no Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1959, terminando na 7ª colocação (atrás dos seis clubes grandes), com 18 pontos em 22 jogos: foram sete vitórias, quatro empates e 11 derrotas; marcando 25 gols, sofrendo 40 tentos e um saldo negativo de 15.
Na foto(Acima) em destaque o Madureira Atlético Clube com a seguinte constituição:
EM PÉ (esquerda para a direita): Bitum, Salvador, Silas, Frazão, Apel e Décio Brito;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Nelsinho Rosa, Azumir, Zé Henrique, Nayr e Osvaldo.
Três anos depois, apenas Apel e Bitum(depois virou treinador) continuavam no clube. Salvador se transferiu para o Olaria; Zé Henrique ficou no clube até 1960, se transferindo para o Bonsucesso, em 1961.
Silas, Décio Brito e Osvaldo se transferiram para o Santos/SP, em 1961. Azumir se transferiu para o Vasco da Gama, em 1961. Posteriormente foi vendido ao Porto de Portugal.
O meia Nelsinho Rosa foi comprado pelo Flamengo, em 1961; Nayr se transferiu para o Botafogo de Ribeirão Preto/SP, em 1961; Frazão se transferiupara oBotafogo.
No início do século 20, uma família de imigrantes europeus, natural de Toro, província próxima a Samora, na Espanha, chegou ao Brasil, trazendo consigo um grande conhecimento na extração de pedras.
O chefe da família, Luís Matheus, viera para o Brasil para trabalhar na construção da Catedral da Sé, em São Paulo.
Na época, o pedregulho de rio era usado na construção civil e as sobras ou lascas eram consideradas refugos, sem valor comercial. Com auxílio dos húngaros, que durante a noite quebravam as sobras de pedras, a Pedreira Irmãos Matheus tornou-se a pioneira na britagem de pedras.
Concluído seu trabalho, já tendo se apegado às terras brasileiras, os Matheus arrendaram uma mina de pedra na região de Ribeirão Pires, montando seu primeiro negócio: uma fábrica de guias e paralelepípedos, que eram usados na pavimentação de São Paulo. Algum tempo depois, adquiriram uma pedreira em no bairro de Guaianases.
No final dos anos quarenta, quando se iniciou a grande expansão da cidade de São Paulo, com o crescimento acelerado da indústria, o pedregulho de rio não era mais suficiente para suprir a demanda do mercado. Isso deu início ao uso de brita na fabricação do concreto.
A partir daí, Izidoro Matheus teve participação decisiva nos negócios.
A produção de brita em larga escala veio com a construção de um ramal da linha da estrada de ferro Central do Brasil, até dentro das pedreiras em Guaianases, devido ao grande consumo do material para a manutenção das suas linhas.
Os irmãos Vicente Matheus e Izidoro Matheus tinham paixão pelo futebol.
O ESPORTE CLUBE SANTA CRUZ DE GUAIANASES
Na quinta-feira, do dia 7 de setembro de 1950, Izidoro Matheusfundou o Esporte Clube Santa Cruz. Dessa forma, homenageava também a padroeira Santa Cruz, cuja igreja se situa no centro do bairro.
Time de várzea mais popular da cidade de São Paulo e com maior torcida e poder econômico da época, o time contou com muitos jogadores que jogavam em times profissionais.
Ficou conhecido como o Galo da Central, por causa da estrada de ferro Central do Brasil, na época um dos principais meios de transporte que servia o bairro.
Nos jogos do time, mais de trinta caminhões da pedreira eram disponibilizados para levar a torcida. Todos saiam lotados do bairro de Guaianases.
A Pedreira Irmãos Matheus teve a sua frente Luiz Matheus, Antonio Matheus, Ademir Matheus, Vicente Matheus (ex-presidente do SC Corinthians Paulista) e Izidoro Matheus (fundador do EC Santa Cruz de Guaianases.
O Esporte Clube Santa Cruz foi o maior clube de Guaianases e não era só futebol. Festas, formaturas e os bailes de carnaval eram memoráveis. Nos anos 70, o espaço do clube passou ser usado como pelo “Cine Tupy”.
Nos no início dos anos 80, interrompeu definitivamente suas funções devido desapropriação do prédio que foi demolido para construção do viaduto de Guaianases. Nessa época, o Esporte Clube Santa Cruz também encerrou suas atividades.
Isidoro Matheus faleceu em São Paulo, na sexta-feira, do dia 30 de setembro de 1994, aos 77 anos de idade.
Filho de Luiz Matheus e Mangloria Valle Matheus, ambos imigrantes espanhóis, Isidoro, assim como seu irmão, atuou no setor de mineração, pavimentação e construção civil a partir da década de 40, tendo trabalhado em diversas empresas, entre elas a Pedreira São Matheus e Lageado S/A, Empresa Britadora Santa Isabel, Termaco Terraplenagem e Pavimentação S/A e Pavimentadora e Construtora São Luiz S/A, entre outras.
Em 2008, por iniciativa do vereador Gilson Barreto, do PSDB, uma rua foi batizada com o nome de Isidoro Matheus, na Vila Maria, zona norte de São Paulo.
FONTES: Meu acervo – Revista Guaianases City – As pedreiras de Guaianases
O Auto Solar Esporte Clube foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado na sexta-feira, do dia 10 de Maio de 1957, por um grupo de funcionários da firma Auto-Solar Recondicionamento de Pneumáticos Ltda.
As suas cores eram o azul, branco e amarelo. A 1ª Diretoria foi composta pelos seguintes membros:
Presidente – Waldemar Francisco Vieira;
Vice-presidente – João Ribeiro Marques;
Tesoureiro – Maria Madalena de Almeida;
Secretário – Wilson de Sousa Nogueira;
Procurador – Múcio Gonzaga B. de Lima;
Diretor de Esportes – Carlos de Queiroz;
Diretor Social – Paulo Machado Carius.
A sua Sede social(Foto acima) ficava localizado na Rua Ápia, nº 242/ Subgrupo 2, no bairro Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio (RJ). Em meados de 60, o clube contava com 80 sócios. O Sócio nº 1 foi Paulo Gomes Pinho. Além do Futebol (Amador e Aspirantes), o clube também possuía Futebol de Salão.
Diretoria de 1967
Presidente – Geraldo Magioli;
Vice-presidente – João Ribeiro Marques;
Secretário – Ailton da Costa Pinheiro;
Tesoureiro – Adriano da Silva Santos;
Diretor de Esportes – Múcio Gonzaga B. de Lima;
Diretor Social – Waldemar Francisco Vieira.
Em 1967, o elenco do Auto Solar contava com 33 jogadores:
O clube revelou Cané que jogou no Olaria Atlético Clube/RJ e depois o Napoli/ITA; Oliveira que se transferiu para o Esporte Clube Maringá/PR; Altamiro que jogou no São Cristóvão/RJ, depois no Vasco da Gama e Dunga Deportivo Itália/VEM; Jalmo passou pela Francana, de Franca/SP; Bené foi para o Vasco da Gama; Sabará jogou no Democrata, de Governador Valadares/MG; Jarbas se transferiu para o Campo Grande Atlético Clube/RJ.
O Auto Solar Esporte Clube realizou belas campanhas no Campeonato do Departamento Autônomo nos anos 60, conquistando títulos. Outra marca foi que o clube que mais jogadores migraram para a esfera profissional.
Títulos conquistados
Vice-campeão da Série do Departamento Autônomo de 1961;
Campeão do Campeonato do Departamento Autônomo de 1961;
Vice-campeão da Série Durval de Figueira do Departamento Autônomo de 1963;
Vice-campeão do Departamento Autônomo de Aspirantes de 1963;
Vice-campeão da Série João de Oliveira Roleiro do Departamento Autônomo de 1964;
Vice-campeão do Departamento Autônomo de 1964;
Vice-campeão do Torneio Início de 1963 e 1965.
Tricampeão da Taça Disciplina Infanto-Juvenil em 1963, 1964 e 1965;
FONTES: Correio da Manhã (RJ) – A Luta Democrática (RJ)
A LJD – Liga Joinvilense de Desportos (atual “Liga Joinvilense de Futebol”) é a entidade máxima da cidade de Joinville, localizado na região norte do estado de Santa Catarina.
Com uma população de 604.708 habitantes, segundo o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2021, Joinville está a 180 km da capital Florianópolis.
Breve história
Após um torneio realizado no campo do Cruzeiro, o senhor Alfredo Gresser reuniu alguns presidentes de clubes em sua residência e propôs uma nova reunião na sede do América Futebol Clube para criação de uma liga de futebol na cidade.
A reunião aconteceu na quinta-feira, do dia 8 de agosto de 1935, porém, nada ficou decidido. Foi então marcado um novo encontro entre os dirigentes, no mesmo local, para na terça-feira, do dia 20 de agosto de 1935. Nascia assim a Associação Catarinense de Desportes (ACD). Empossando assim, a primeira diretoria, constituída por:
Presidente – Alfredo Gresser;
Vice-presidente – Salvador Soares;
Secretário geral – Frederico Schwarts;
1º secretário – Avelino P. R. Da Silva;
Dito – Alcino Maia;
Tesoureiro – Wlaislau Wittitz;
Dito – Oscar Fischer.
Após a reunião, a nova Liga começou a organizar a sua 1ª competição: o Torneio Início. Ele foi disputado no domingo, do dia 1º de setembro de 1935, com 6 equipes: Caxias, América, Cruzeiro, G.E. Joinville, Glória e São Luiz. O Caxias foi o campeãodesse torneio.
Sucedendo o Torneio Início, aconteceram as disputas do primeiro campeonato organizado pela ACD, com a taça transitória. Esse troféu levava o mesmo nome da outra disputa nos campeonatos estaduais de 1927 até 1930 pela FCD (Federação Catarinense de Desportos) e que ficou em poder do Avaí.
Com uma boa equipe, o Caxias foi campeão estadual, pela ACD, enquanto o Figuerense ficou com o titulo pela FCD. É importante informar que em 1935, a ACD, que estava filiada a Federação Brasileira de Sports tinha relevância estadual e não meramente municipal.
ACD foi uma entidade paralela a FCD entre 1935 e 1936 tendo inclusive representado Santa Catarina no Campeonato Brasileiro de 1935. No fim de 1936, houve a pacificação e a ACD passou a ser subordinada a FCD.
A estreia do Caxias na competição, aconteceu contra o Glória, de quem ganhou por 2 a 1. Em jogo disputado no domingo, do dia 27 de outubro de 1935, o Caxias derrotou o São Luiz por 2 a 0 e confirmou o seu primeiro título pela ACD.
Entidade altera a nomenclatura duas vezes num espaço de uma década
Na quarta-feira, do dia 13 de maio de 1942, a Associação Catarinense de Desportes (ACD) muda o nome para LJD (Liga Joinvilense de Desportos). Treze anos depois, nova mudança: na quinta-feira, do dia 10 de novembro de 1955, passou a se chamar: LJF (Liga Joinvilense de Futebol), que permanece até os dias atuais. A sua Sede atual fica localizado na Rua Nove de Março, nº 337/Salas 301 e 302, no Centro de Joinville/SC.
Colaborou: Cicero UrbanskiAlves
FOTO: Sport Illustrado (RJ)
FONTES: Rsssf Brasil – Liga Joinvilense de Futebol
O Esporte Clube Roial foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A história começou em 1912, com o surgimento do Nazaré, que passou a Barroso, voltando a ser Nazaré e finalmente Neide.
Porém os desportistas de Anchieta resolveram acabar com as cisões e o ‘Grêmio da Cidade Olímpica’ foi Fundado na segunda-feira, do dia 15 de Janeiro de 1928.
A escolha do nome foi uma forma de unir antigos dissidentes do Nazaré, Barroso e Neide, foi escolhido um nome que agradasse a todos os adeptos das cores alvinegras. O uniforme igual ao São Cristóvão.
A sua Sede e o Campo ficavam localizados na Estrada (Avenida) de Nazareth, 2.888, no Bairro de Anchieta – Zona Norte do Rio. Na década de 60, a sua Sede ocupava uma quadra que vai da Rua Quebec, 57-F, à Rua Inácia Gertrudes, lote 4, no Parque Anchieta.
Primeira Diretoria
Após a realização da Assembleia Geral, foram definidos os membros alvinegros que compuseram a 1ª Diretoria do clube:
Presidente – João Monteiro Farias;
Vice-presidente – Jurandir Guimarães;
Secretário – Primitivo de Sousa Lôbo;
1º Tesoureiro – Manuel de Sousa Lôbo;
2º Tesoureiro – Evaristo de Sousa Lôbo;
Diretor de Esportes – Luís Leopoldino de Oliveira, o ‘Donga’.
Breve história do clube no Futebol
O Alvinegro se filiou a Federação Metropolitana de Futebol (FMF), no dia 13 de Abril de 1944. Participou de algumas edições do Campeonato Carioca do Departamento Autônomo, como em 1950 e 1951.
Títulos
O Roial foi campeão da Série, no Torneio patrocinado pelo Jornal dos Sports; vice-campeão de Aspirantes na Série Walfredo Lopes em 1956, no DA (Departamento Autônomo).
Realidade do clube nos anos 60
Em 1967, entre remidos, proprietários, contribuintes e atletas (amadores, aspirantes, juvenis e veteranos), o número de associados era de 700. Uma curiosidade é que o Sócio Nº 1: João Monteiro de Farias.
Nessa década, o clube oferecia para os sócios basquete, futebol de salão, voleibol, tênis de mesa, domingueiras dançantes, biblioteca para recreação cultural e teatro amador.
Na década de 60, sem campo próprio, o time jogou, como mandante, nas praças do Atlético Club Nacional (Ricardo de Albuquerque), no Sport Club Anchieta (Anchieta), no Realengo Futebol Clube (Realengo), Cruzeiro Futebol Clube (Realengo), e até no Esporte Clube Parames (Jacarepaguá).
Jogadores revelados
O Esporte Clube Roial foi um celeiro de craques que depois fizeram sucesso em diversos grandes clubes do eixo Rio-São Paulo:
Moacir Januário da Silva (Vasco da Gama e Bangu);
Vicente (Flamengo);
Válter Prado (Bonsucesso e Palmeiras);
Martins (Flamengo);
Rubens(Vasco da Gama e Corinthians);
Joel (Bangu e Botafogo);
Quincas (Fluminense);
Merece menção a atuação do amador Agostinho de Sousa Lôbo, o “Bexiga” que conquistou o Prêmio Belford Duarte, sem jamais ter se transferido para outro clube.
Diretoria de 1967
Presidente – Roberto Jardim;
Vice-presidente – Álvaro da Silveira Dutra, o “Tarzan”;
1º Secretário – Jorge Noberto Maciel;
2º Secretário – Jorge Mazile Jardim;
Tesoureiro – Antônio Francisco da Costa;
Diretores de Esportes – Orlando Peluzo e Ari Gomes Dias;
Assessor e Técnico – Antônio Galo;
Departamento Social – Juvan Guimarães, Djalma Ramos, Ari Gaspar Pinto, Osvaldo Filipe Pinto (Quivaldo) e Luís Alves Teixeira.