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Esporte Clube Santa Cruz, de Guaianases – São Paulo (SP)

OS MATHEUS – O IMPÉRIO DAS PEDRAS

No início do século 20, uma família de imigrantes europeus, natural de Toro, província próxima a Samora, na Espanha, chegou ao Brasil, trazendo consigo um grande conhecimento na extração de pedras.

O chefe da família, Luís Matheus, viera para o Brasil para trabalhar na construção da Catedral da Sé, em São Paulo.

Na época, o pedregulho de rio era usado na construção civil e as sobras ou lascas eram consideradas refugos, sem valor comercial. Com auxílio dos húngaros, que durante a noite quebravam as sobras de pedras, a Pedreira Irmãos Matheus tornou-se a pioneira na britagem de pedras.

Concluído seu trabalho, já tendo se apegado às terras brasileiras, os Matheus arrendaram uma mina de pedra na região de Ribeirão Pires, montando seu primeiro negócio: uma fábrica de guias e paralelepípedos, que eram usados na pavimentação de São Paulo. Algum tempo depois, adquiriram uma pedreira em no bairro de Guaianases.

No final dos anos quarenta, quando se iniciou a grande expansão da cidade de São Paulo, com o crescimento acelerado da indústria, o pedregulho de rio não era mais suficiente para suprir a demanda do mercado. Isso deu início ao uso de brita na fabricação do concreto.

A partir daí, Izidoro Matheus teve participação decisiva nos negócios.

A produção de brita em larga escala veio com a construção de um ramal da linha da estrada de ferro Central do Brasil, até dentro das pedreiras em Guaianases, devido ao grande consumo do material para a manutenção das suas linhas.

Os irmãos Vicente Matheus e Izidoro Matheus tinham paixão pelo futebol.

O ESPORTE CLUBE SANTA CRUZ DE GUAIANASES

Na quinta-feira, do dia 7 de setembro de 1950, Izidoro Matheus fundou o Esporte Clube Santa Cruz. Dessa forma, homenageava também a padroeira Santa Cruz, cuja igreja se situa no centro do bairro.

Time de várzea mais popular da cidade de São Paulo e com maior torcida e poder econômico da época, o time contou com muitos jogadores que jogavam em times profissionais.

Uma formação nos 60

Ficou conhecido como o Galo da Central, por causa da estrada de ferro Central do Brasil, na época um dos principais meios de transporte que servia o bairro.

Nos jogos do time, mais de trinta caminhões da pedreira eram disponibilizados para levar a torcida. Todos saiam lotados do bairro de Guaianases.

A Pedreira Irmãos Matheus teve a sua frente Luiz Matheus, Antonio Matheus, Ademir Matheus, Vicente Matheus (ex-presidente do SC Corinthians Paulista) e Izidoro Matheus (fundador do EC Santa Cruz de Guaianases.

O Esporte Clube Santa Cruz foi o maior clube de Guaianases e não era só futebol. Festas, formaturas e os bailes de carnaval eram memoráveis. Nos anos 70, o espaço do clube passou ser usado como pelo “Cine Tupy”.

Nos no início dos anos 80, interrompeu definitivamente suas funções devido desapropriação do prédio que foi demolido para construção do viaduto de Guaianases. Nessa época, o Esporte Clube Santa Cruz também encerrou suas atividades. 

Isidoro Matheus

Isidoro Matheus faleceu em São Paulo, na sexta-feira, do dia 30 de setembro de 1994, aos 77 anos de idade.

Filho de Luiz Matheus e Mangloria Valle Matheus, ambos imigrantes espanhóis, Isidoro, assim como seu irmão, atuou no setor de mineração, pavimentação e construção civil a partir da década de 40, tendo trabalhado em diversas empresas, entre elas a Pedreira São Matheus e Lageado S/A, Empresa Britadora Santa Isabel, Termaco Terraplenagem e Pavimentação S/A e Pavimentadora e Construtora São Luiz S/A, entre outras.

Em 2008, por iniciativa do vereador Gilson Barreto, do PSDB, uma rua foi batizada com o nome de Isidoro Matheus, na Vila Maria, zona norte de São Paulo.

FONTES: Meu acervo – Revista Guaianases City – As pedreiras de Guaianases

Excursão de 1966: C.F. Os Belenenses, de Lisboa (Portugal), onde disputou o Torneio Quadrangular de Belo Horizonte (MG)

O Clube de Futebol Os Belenenses, de Lisboa (Portugal), Fundado no dia 23 de setembro de 1919, comandado pelo técnico brasileiro Jorge Vieira veio para uma série de sete jogos, no Brasil, sem três jogadores convocados para disputar a Copa do Mundo na Inglaterra, em 1966: o goleiro José Pereira, o lateral direito Rodrigues e o zagueiro Vicente.

No Campeonato Português de 1965/66, o Belenenses terminou na 7ª colocação ao lado do Varzim, ambos com 25 pontos. O campeão foi o Sporting Lisboa, com 42 pontos, enquanto o Benfica ficou com o vice, com 41.

O clube luso embarcou rumo ao Brasil para um total de sete jogos, passando por seis estados (Nordeste, Sudeste e Sul): pelo Recife/PE, São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Porto Alegre/RS e Brasília/DF.  

Técnico Jorge Vieira

Clube português comandado por brasileiro desembarcou no Recife/PE  

A Delegação do Belenenses, desembargou no Aeroporto dos Guararapes, no Recife, na manhã da quinta-feira, o dia 12 de maio de 1966, chefiada pelo dirigente Manuel Trindade; os dirigentes Fernando Cordeiro e Ernani Pinheiro; o treinador brasileiro Jorge Vieira; o massagista, João Silva; e mais 19 jogadores:

Gomes e Serrano (goleiros), Sá Pinto, Alberto Luís (ex-Portuguesa de Desportos/SP), Quaresma e Caneira (zagueiros); Carlos Pedro (ex-defensor do America/RJ), Santana, Cardoso (médios); Adelino, Pedras, Valdir (ex-Vitória/BA e Fluminense), Estêves, Ramos, Alfredo, Pedroso, Simão (natural de Moçambique), Teodoro e Pereira (atacantes). O Benfica cedeu para essa excursão dois atletas: Santana, 30 anos, e Pedras, enquanto o Porto emprestou Valdir.

A delegação ficou hospedada no Hotel São Domingos, na Praça Maciel Pinheiro, no bairro de Boa Vista, no Recife/PE.

Uma curiosidade foi o ex-defensor do America do Rio, Carlos Pedro serviu de guia e ajudou os companheiros lusos a trocar de Escudos (moeda da época de Portugal) por Cruzeiros (moeda da época do Brasil), além de matar a saudade de nove meses do Guaraná e do cafezinho brasileiro.

Antes de desembarcar em Belo Horizonte/MG, o Belenenses realizou dois jogos em território brasileiro: no , derrota para o Santa Cruz, no Recife/PE (domingo, às 16 horas, do dia 15 de maio de 1966), por 2 a 1, no estádio José do Rêgo Maciel, o Arruda, no Recife/PE. Pelo jogo, o clube luso recebeu, livre de impostos, a cota de US$ 7 mil dólares (cerca de 15 mil cruzeiros).

EM PÉ (esquerda para a direita): Reginaldo, Nilton, Agra, Carlos, Norberto e Valter Serafim;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Josenildo, Terto, Manuel, Erandir e Fernando José.

SANTA CRUZ F.C. (PE)   2        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio José do Rêgo Maciel, o Arruda, no Recife/PE
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, dia 15 de maio de 1966
HORÁRIO16 horas
RENDACr$ 8.496.000,00
PÚBLICO2.832 pagantes
ÁRBITROErilson Gouveia (FPF)
AUXILIARESAlécio Siqueira (FPF) e Louralber Monteiro (FPF)
SANTA CRUZVálter; Reginaldo, Nilton, Carlos e Norberto; e Agra e Terto; Uriel, Manuel, Erandir e Fernando José. Técnico: Alexandre Borges
BELENENSESGomes; Sá Pinto, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Adelino (Estêves) e Santana; Valdir, Carlos Pedro, Pedras e Ramos. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSErandir (Santa Cruz) aos 15 minutos; Pedras (Belenenses) aos 35 minutos do 1º Tempo. Erandir (Santa Cruz) aos 12 minutos no 2º Tempo.

Uma semana depois, com uma temperatura mais amena, de aproximadamente 13º graus césios, o Belenenses voltou a campo. Dessa vez o adversário foi a Seleção Paulista (devido diversos jogadores estarem servindo a Seleção Brasileira, visando a Copa do Mundo de 1966, o selecionado paulista foi formado por reservas), em São Paulo/SP, no domingo, às 16 horas, do dia 22 de maio de 1966. No final, os paulistas venceram pelo placar de 3 a 1, no Estádio do Pacaembu.  Os preços dos ingressos: Cr$ 2 mil as gerais e Cr$ 3 mil as arquibancadas.

SELEÇÃO PAULISTA (BRA)     3        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, em São Paulo/SP
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, dia 22 de maio de 1966
HORÁRIO16 horas
RENDACr$ 22.242.000,00
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROArmando Marques (o trio teve uma boa atuação)
AUXILIARESGerminal Alba e Wilson Antônio Medeiros
EXPULSÃORenato (Paulista) aos 27 minutos do 2º tempo, por um pontapé sem bola em Alberto Luiz (Belenenses)
SEL. PAULISTAFélix; Osvaldo Cunha (Renato), Mauro, Jurandir e Edilson; Swing e Ademir da Guia (Benê); Almir, Babá, Coutinho (Ivair) e Tupãzinho. Técnico: Aimoré Moreira.
BELENENSESGomes; Sá Pinto, Quaresma, Caneiras e Alberto Luiz; Cardoso e Santana; Adelino (Alfredo), Carlos Pedro, Pedras, Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSTupãzinho (Paulistas), aos 16 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), aos 45 minutos do 1º Tempo. Tupãzinho (Paulistas), de pênalti, aos 17 minutos; Renato (Paulistas), aos 25 minutos do 2º Tempo.

Balanço da primeira semana no Brasil

Após os dois jogos, o treinador brasileiro afirmou que a equipe portuguesa sentiu muito a diferença de clima (no Recife um clima quente e em São Paulo uma temperatura melhor), mas prometeu que o time iria melhorar para os próximos jogos. A delegação do Belenenses teve problemas para sair de São Paulo em direção a capital mineira, onde ficou hospedado no Brasil Palace Hotel.

O motivo foi a falta de aviões da capital paulista para Belo Horizonte. Por isso, a delegação precisou se deslocar para o Rio de Janeiro e depois seguir em direção a capital de Minas Gerais.

Torneio Quadrangular de BH de 1966   

O Torneio Quadrangular Internacional de BH, em 1966, reuniu o América Mineiro, Atlético Mineiro, Cruzeiro e o Belenenses de Portugal. Na realidade, a competição seria “Torneio Pentagonal”, pois os organizadores contavam com a presença dos clubes acima e mais do West Bromwich Albion Football Club, mas o time inglês acabou desistindo dias antes.

A razão pelo qual torneio não teve as três, mas sim duas rodadas, não foi explicado pelos organizadores. O que foi apurado, nos jornais da época foi que na segunda rodada, os organizadores calcularam um prejuízo de cerca de Cr$ 6 milhões, o que talvez tenha feito com que a competição fosse abreviada. 

Com isso, a rodada inaugural programada para começar na quarta-feira, acabou sendo transferida para o dia seguinte: quinta-feira, do dia 26 de maio de 1966.

Pela 1ª rodada, com arbitragem de Juan de La Pasión Artês, 35 anos (Federação Mineira de Futebol), às 19h30min., o Cruzeiro bateu o América pelo placar de 2 a 1.

Cruzeiro Esporte Clube
EM PÉ (esquerda para a direita): Pedro Paulo, Neco, Wilson Piazza, William, Procópio e Raul;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Natal, Tostão, Davi, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira.

CRUZEIRO E.C. (MG)      2        X        1        AMÉRICA F.C. (MG)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 26 de maio de 1966
HORÁRIO19 hora e 30 minutos
RENDACr$ 15.988.000,00
PÚBLICO8.610 pagantes
ÁRBITROJuan de La Pasión Artês (FMF)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Wilson Piazza (Zé Carlos) e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (Celton), Evaldo, Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
AMÉRICA-MGZé Ernesto; Luisinho (Hamilton), Haroldo (Zé Horta), Zé Luís e Murilo; Edson e Ney (Eduardo); Ernani, Samuel, Araken e Nilo. Técnico: Dorival Knipel, ‘Yustrich’.
GOLSMarco Antônio (Cruzeiro), aos 25 minutos, no 1º Tempo. Samuel (América Mineiro), aos 15 minutos; Marco Antônio (Cruzeiro), aos 37 minutos; no 2º Tempo.  

Na sequência, com arbitragem de Silvio Gonçalves David (Federação Mineira de Futebol), às 21h15min., o Atlético Mineiro venceu o Belenenses por 3 a 1, no Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG.

Atlético Mineiro
EM PÉ (esquerda para a direita): Canindé, Hélio, Grapete, Vander, Vanderlei e Warley Ornelas;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Buião, Lacy, Paulo Santana, Edgard Maia e Tião.

ATLÉTICO MINEIRO (MG)         3        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 26 de maio de 1966
HORÁRIO21 hora e 30 minutos
RENDACr$ 15.988.000,00
PÚBLICO8.610 pagantes
ÁRBITROSilvio Gonçalves David (FMF)
EXPULSÕESTião (Atlético); Alberto Luiz e Alfredo (Belenenses)
ATLÉTICO-MGHélio (Luizinho); Canindé (Dawson), Vânder e Décio Teixeira; Ayrton e Bouglê (Paulista); Ronaldo, Santana, Roberto Mauro e Tião. Técnico: Gradim.
BELENENSESGomes; Sá Pinto (Estêves), Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Caneira (Ramos) e Santana; Adelino (Alfredo), Carlos Pedro, Pedras e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSSantana (Atlético) aos 5 e 12 minutos; Tião (Atlético) aos 17 minutos; Adelino (Belenenses) aos 43 minutos do 1º Tempo.

Na 2ª rodada, no domingo, do dia 29 de maio de 1966, começou com a preliminar. Nele, o Atlético Mineiro não teve dificuldades para vencer o América Mineiro por 3 a 0, no Mineirão. Destaque para o atacante Roberto Mauro, autor de dois gols, e Ronaldo marcou o outro tento para o Galo.

ATLÉTICO MINEIRO (MG)         3        X        0        AMÉRICA F.C. (MG)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATADomingo, do dia 29 de maio de 1966
RENDACr$ 20.801.000,00
PÚBLICO11.579 pagantes
ÁRBITROHamlet Pernisa (FMF)
ATLÉTICO-MGLuizinho; Warlei, Dari, Vânder (Grapete) e Décio Teixeira; Ayrton e Bouglê; Ronaldo (Viladoniga), Santana, Roberto Mauro e Tião. Técnico: Gradim.
AMÉRICA-MGMussula; Hamilton (Luisinho), Haroldo (Zé Horta), Zé Luís e Murilo; Edson e Ney (Eduardo); Ernani, Samuel, Araken (Mosquito) e Nilo. Técnico: Dorival Knipel, ‘Yustrich’.
GOLSRonaldo (Atlético), aos 44 minutos, no 1º Tempo. Roberto Mauro (Atlético), aos 26 e 33 minutos, no 2º Tempo.  

Na partida de fundo, o Cruzeiro goleou o Belenenses por 5 a 2 (na etapa inicial a Raposa venceu por 3 a 1. Logo aos 11 minutos Marco Antônio abriu o placar para a Raposa. Aos 35 minutos, Pedras arriscou um chute de fora da área. A bola bateu na trave, e, no rebote, o brasileiro Valdir deixou tudo igual para os portugueses.

Porém, aos 40 minutos, Evaldo recolocou o Cruzeiro em vantagem. Cinco minutos depois, após um cruzamento de Hilton Oliveira, Marco Antônio ampliou para a Raposa o placar na primeira etapa.

No segundo tempo, logo aos 9 minutos, Marco Antônio marcou o quarto gol cruzeirense. Aos 28 minutos, o brasileiro Carlos Pedro cobrou falta de fora da área, acertando um belo chute, diminuindo a desvantagem.  Mas, aos 41 minutos, Dirceu Lopes deu belo passe para Marco Antônio, que marcou o seu quarto gol, tocando para o fundo das redes, dando números finais a peleja.

CRUZEIRO E.C. (MG)      5        X        2        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATADomingo, do dia 29 de maio de 1966
RENDACr$ 20.801.000,00
PÚBLICO11.579 pagantes
ÁRBITROJosé Alberto Teixeira (FMF)
AUXILIARESDoraci Jerônimo (FMF) e Jarbas de Castro (FMF)
CRUZEIROTonho (Raul); Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Zé Carlos e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (João José), Evaldo (Batista), Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
BELENENSESGomes (Serrano); Estêves, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Adelino (Côrrea); Teodoro, Pedras, Santana e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSMarco Antônio (Cruzeiro), aos 11 e 45 minutos; Valdir (Belenenses), aos 35 minutos; Evaldo (Cruzeiro), aos 40 minutos, no 1º Tempo. Marco Antônio (Cruzeiro), aos 9 e 41 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), aos 28 minutos, no 2º Tempo.  

Cruzeiro foi o campeão do Torneio Quadrangular de BH 1966

Após duas rodadas, o Cruzeiro Esporte Clube se sagrou campeão do torneio. A questão que não ficou claro foi qual critério definiu o título para a Raposa. Afinal, Atlético Mineiro e Cruzeiro venceram seus dois jogos, somando quatro pontos, sendo que o Galo marcou seis gols, sofrendo um e um saldo de cinco; enquanto a Raposa marcou sete tentos, sofrendo três e um saldo de quatro.

Nos 14 periódicos pesquisados, nenhum mencionou a razão do Cruzeiro ter ficado com o título. Caso alguém possua a informação (sem achismo, por favor!), peço que nos informem!

Marco Antônio o goleador máximo do Torneio

O artilheiro do Torneio Quadrangular Internacional de BH, em 1966, foi o atacante Marco Antônio, do Cruzeiro, com incríveis seis gols em dois jogos, uma média exata de três tentos por partida. Abaixo os goleadores do torneio.  

6 gols – Marco Antônio (Cruzeiro);

2 gols – Santana e Roberto Mauro (Atlético)

1 gol – Samuel (América Mineiro); Tião e Ronaldo (Atlético); Adelino, Valdir e Carlos Pedro (Belenenses); Evaldo (Cruzeiro).

Em amistoso, Flamengo goleia o Belenenses

Depois enfrentou o Flamengo, às 21h30min., na quinta-feira, do dia 02 de junho. Acabou goleado pelo rubro-negro por 4 a 1, no Estádio Mario Filho, Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro/RJ.

Os gols foram assinalados por Fio Maravilha (Flamengo), aos 27 minutos do primeiro tempo. Juarez aos 4 minutos e César Lemos aos 11 e 17 minutos, para o rubro-negro; enquanto o brasileiro Carlos Pedro, de pênalti, aos 40 minutos, fez o tento de honra do time luso, na etapa final.

C.R. Flamengo
EM PÉ (esquerda para a direita): Murilo, Itamar, Jayme Valente, Valdomiro, Carlinhos Violino e Paulo Henrique;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Luiz Luz (massagista), Carlos Alberto, Nelsinho Rosa, Almir Pernambuquinho, Silva Batuta e Osvaldo ‘Ponte Aérea’.

C.R. FLAMENGO (RJ)     4        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Mário Filho, o Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro/RJ
CARÁTERAmistoso Internacional
DATAQuinta-feira, do dia 02 de junho de 1966
HORÁRIO21 hora e 30 minutos
RENDACr$ 6.900.560,00
PÚBLICO7.600 pagantes
ÁRBITROGualter Portela Filho
AUXILIARESNivaldo Santos e Arnaldo César Coelho
EXPULSÃORenato (Paulista) aos 27 minutos do 2º tempo, por um pontapé sem bola em Alberto Luiz (Belenenses)
FLAMENGOFranz; Nelsinho (Mário Braga), Luís Carlos, Jayme Valente e Leon; Carlinhos Violino (Derci) e Juarez; Carlos Alberto, Fio Maravilha (Paulo Alves), César Lemos (Almir Pernambuquinho) e Osvaldo II. Técnico: Aimoré Moreira.
BELENENSESSerrano; Estêves (Carneiras), Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Teodoro (Alfredo), Pedras, Adelino e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSFio Maravilha (Flamengo), aos 27 minutos do 1º Tempo; Juarez (Flamengo), aos 4 minutos; César Lemos (Flamengo), aos 11 e 17 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), de pênalti, aos 40 minutos do 2º Tempo.
Grêmio F.B.P.A.
EM PÉ (esquerda para a direita): Arlindo, Cléo, Ortunho, Altemir, Airton e Áureo;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Vieira, Joãozinho, Alcindo, Sérgio Lopes e Volmir.

Sexto jogo e nova derrota: Grêmio 3 a 0, no Olímpico

O Belenenses voltou a campo para enfrentar o Grêmio, no domingo, do dia 5 de junho, às 16 horas, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre/RS. O Tricolor Gaúcho bateu o clube luso pelo placar de 3 a 0. Gols foram marcados por Joãozinho, Paraguaio e Volmir.

GRÊMIO F.B.P.A. (RS)    3        X        0        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Olímpico, em Porto Alegre/RS
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, dia 05 de junho de 1966
HORÁRIO16 horas
RENDANão divulgado
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROAlberto Silva (boa atuação)
GRÊMIOArlindo; Altemir, Airton, Áureo (Paulo Sousa) e Ortunho; Cléo (Paíca) e Sérgio Lopes; Jorginho, Adão (Joãozinho e depois Paraguaio), Volmir e Vieira. Técnico: Luís Engelke.
BELENENSESSerrano; Quaresma, Caneiras, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Teodoro, Adelino (Alfredo), Pedras, Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSJoãozinho (Grêmio), aos 24 minutos do 1º Tempo. Paraguaio (Grêmio) aos 37 minutos; Volmir (Grêmio) aos 39 minutos do 2º Tempo.

Enfim, a primeira vitória: 2 a 1, no Cruzeiro

No seu último jogo em território brasileiro, enfim, a primeira e única vitória. Na quarta-feira, do dia 08 de junho, às 19 horas, voltou a enfrentar o Cruzeiro/MG, no Estádio Nacional, em Brasília/DF.

O Belenenses venceu a Raposa pelo placar de 2 a 1. Os gols foram assinalados por Pedras e Valdir para os portugueses, enquanto Zé Carlos fez o tento de honra dos mineiros.

CRUZEIRO E.C. (MG)      1        X        2        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Nacional, o Pelezão, em Brasília/DF
CARÁTERAmistoso Internacional
DATAQuarta-feira, do dia 08 de junho de 1966
HORÁRIO19 horas
RENDANão divulgado
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROArnaldo César Coelho
AUXILIARESIdélcio Gomes de Almeida (FDB) e Rubens Pacheco (FDB – Federação Desportiva de Brasília)
EXPULSÃOAlberto Luiz (Belenenses)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Zé Carlos (Wilson Piazza) e Wilson Almeida (Natal); Marco Antônio, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
BELENENSESGomes (Serrano); Sá Pinto, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Adelino (Alfredo), Pedras, Valdir e Côrrea. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSZé Carlos (Cruzeiro), aos 19 minutos; Pedras (Belenenses), aos 36 minutos, no 1º Tempo. Valdir (Belenenses), 15 minutos, no 2º Tempo. 

Balanço de excursão do clube português

No final, a passagem do Clube de Futebol Os Belenenses, de Lisboa (POR) foi decepcionante. Foram sete jogos, com uma vitória e seis derrotas; oito gols pró, 21 tentos contra e um saldo negativo de 13.

O artilheiro do Clube de Futebol Os Belenenses, nos sete jogos, em território brasileiro foi o carioca Carlos Pedro (ex-America do Rio) com três gols. Depois outro brasileiro, Valdir (ex-Vitória/BA e Fluminense) e o português Pedras, com dois tentos. Por fim, Adelino com gol marcado.

Na manhã da quarta-feira, no dia 14 de junho de 1966, a Delegação do Belenenses retornou para Portugal. À uma hora da madrugada, pela Varig com escala em Caracas (Venezuela) e de lá até Lisboa pela KLM, chegando na capital portuguesa às 21 horas da quarta-feira, hora local.

Colaboraram: Carlos Eduardo Magalhães, Arthur Mendes e Rodrigo S. Oliveira

FOTOS: Revista do Esporte (RJ) – Arquivo Cobra Coral

FONTES: Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube 1919-2013, de Henrique Ribeiro – A Tribuna (SP) – Correio da Manhã (RJ) – Correio Brasiliense (DF) – Cruzeiropedia.org – Diário da Manhã (PE) – Diário de Notícias (RJ) – Diário de Pernambuco (PE) – Diário da Tarde (PR) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Jornal (RJ) – Tribuna da Imprensa (RJ)

Escudo raro de 1920: Corinthians Jundiayense Football Club – Jundiaí (SP)

Uniforme e escudo de 1920

Corinthians Jundiayense Football Club foi uma agremiação da cidade de Jundiaí (SP). Fundado na terça-feira, do dia 16 de Setembro de 1913. A sua Sede ficava localizado na Rua General Carneiro, nº 105, no Bairro Vila Arens Il, em Jundiaí, na área onde hoje está localizado o Colégio Divino Salvador. Nessa Sede era  utilizado para bailes, jogos de salão, e outras atividades sociais.

Segundo trecho da reportagem da “A Gazeta”, de 21 de fevereiro de 1921, a sede era situada num “Bello palacete de dois andares, está situada a sede social. É um dos melhores clubs sportivos que conhecemos. No primeiro andar há um bom salão para bailes, bilhares, bar, etc..No segundo andar estão as salas da diretoria, secretaria, ping-pong e várias outras para jogos lícitos        “.

Nos primeiros anos do século passado, o Corinthians Jundiayense possuía um estádio na área hoje ocupada pelas indústrias Dubar, nos altos de Vila Arens. Com capacidade para cerca de 10 mil pessoas, era enorme para os padrões da época, e nele se realizou a primeira partida entre o time Corinthians Jundiayense versus SC Corinthians Paulistacampeão paulista de 1914no dia 05 de setembro de 1915.

Recorte do Jornal O Parafuso de 1920

No final, mesmo para o Timão, que goleou pelo placar de 5 a 0,  tendo contado nessa partida com Neco, um dos maiores ídolos dos primórdios do futebol brasileiro. Outras fontes dão essa data como 22 de fevereiro de 1921, quando o Corinthians jogou contra o Club Athletico Ypiranga, perdendo por 5 a 1. Talvez essa última data refira-se à inauguração das arquibancadas.

Em realidade, o estádio pertencia à Cia. Tecelagem Japy, cujo presidente, Isaias Blumer, era fanático pelo clube. A empresa entrou em crise e foi obrigada em meados doas anos 1920 a vender o estádio, que acabou adquirido pela empresa Rappa & Cia. (Dubar) por 70 contos de réis.

Nos anos 1950, o clube adquiriu um terreno e começou a construir outro estádio, tendo sido feita a terraplanagem e construído os muros – faltou fôlego, e a área ficou com a Associação Primavera de Esportes, que ali construiu seu estádio. O time jundiaiense enfrentou também o Paulistano, à época o principal clube do futebol paulista: em 17 de abril de 1922empatou em  2 a 2, com o lendário Friedenreich tendo feito os dois gols do Paulistano.

Mas a maior glória do Corinthians Jundiayense foi o título de Campeão do Campeonato do Interior, organizado pela APEA (Associação Paulista de Esportes Athletico), de 1920. Nessa época, o campeão do interior disputava a “Taça Competência” com o campeão paulista (o campeonato paulista era disputado apenas entre times da capital); o Corinthians Jundiayense venceu o Palestra Itália (atual Palmeiras) por 3 a 1, mas não levou a taça:  a APEA  considerou a partida  “amistosa” devido à inclusão de Pedro Grané na equipe de Jundiaí e deu a taça ao Palestra Itália.

COLABOROU: Moisés H G Cunha

FONTES: Blog Jundiahy Antiga – A Gazeta – A Gazeta Esportiva – Livro “Os Esquecidos – Arquivos do Futebol Paulista”, do autor Rodolfo Kussarev – Jornal ‘O Parafuso’  

Foto rara da década de 60: DER Atlético Clube – Bauru (SP)

O DER A.C. (Departamento de Estradas de Rodagem Atlético Clube) foi uma agremiação do município de Bauru (Com uma população de 379.146 habitantes, segundo o censo do IBGE/2022), que fica a 331,6 km da capital do estado de São Paulo (cerca de 4 horas de viagem pela via SP-300 e BR 374).

Apesar da escassez de informações, o que foi encontrado de mais relevante no futebol, aconteceu no ano de 1965, quando o DER A.C. se sagrou campeão do Campeonato Citadino de Bauru, organizado pela LBFA (Liga Bauruense de Futebol Amador).

P.S: Alguém se atreve a escalar os jogadores posados na foto acima?

FOTO: Acervo pessoal

FONTES: Wikipédia – Rsssf Brasil    

Fotos raras, entre 1945/48: Sociedade Esportiva Palmeiras – São Paulo (SP)

EM PÉ (esquerda para a direita): Gengo, Túlio, Caieira, Waldemar Fiúme, Oberdan Cattani e Og Moreira;

AGACHADOS (esquerda para a direita): Lula, Eduardo Lima, Villadóniga, Canhotinho e Ary Mantovani.

Nesta foto corresponde ao time que venceu o Torneio Início, no domingo, do dia 31 de Março de 1946. EM PÉ (esquerda para a direita): Tremembé, Waldemar Fiúme, Turcão, Túlio, Índio e Manduco;

AGACHADOS (esquerda para a direita): Osvaldinho, Gengo, Lima IV, Renatinho e Ary Mantovani.

FOTOS: Acervo pessoal

Amistoso Nacional de 1958: Sport de Juiz de Fora (MG) 3 x 6 São Paulo FC (SP)

EM PÉ (esquerda para a direita): De Sordi, Poy, Ademar, Gersyo Passadore, Victor, Mauro Ramos de Oliveira e Serrone (roupeiro);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Lanzoninho, Maurinho, Amaury Marreco, Mestre Ziza e Canhoteiro.

Na tarde de domingo, do dia 21 de Setembro de 1958, em amistoso nacional, o São Paulo Futebol Clube, goleou o Sport Club, pelo placar de 6 a 3, no Estádio José Procópio Ferreira, localizado na Av. Rio Branco, em Juiz de Fora/MG. Os gols da partida foram assinalados por Amaury, quatro vezes; Maurinho e Roberto, um tento cada para o Tricolor Paulista; enquanto Amarílio, dois gols, e Isaías marcaram para o Sport Club.

Depois de vencer “apertadamente” o primeiro tempo, o São Paulo deslanchou firmemente para a vitória, na etapa final, registrando autentica goleada, apesar dos esforços do Sport, que procurou por todos os meios suprir sua categoria inferior.  

De início, ainda com alguma resistência física, sustentaram os 3 a 2, mas não lograram seus intentos no segundo tempo, caindo pela contagem de 6 a 3, quando, então, o São Paulo explorou mais seguidamente a incrível velocidade de Amaury, que, a exemplo do período anterior marcou mais dois tentos, sagrando-se, assim, o “score” da tarde com quatro gols em seu crédito.

A maior novidade do quadro paulista foi a escalação de Maurinho de centroavante, posição em que o ponteiro não se houve de todo mal, trabalhando bem, até, nas “tabelas” seguidas que soube executar com Amaury e as quais terminavam sempre com o “ponta-de-lança” enfiado nos buracos que a retaguarda adversária, incauta e já cansada, era obrigada a abrir, no revezamento de cobertura a que era forçada, ainda pelos lançamentos preciosos de Zizinho e pelos lances mágicos de Canhoteiro na ponta esquerda.

SPORT CLUB (MG)           3          X         6          SÃO PAULO FC (SP)

LOCALEstádio José Procópio Ferreira, localizado na Av. Rio Branco, em Juiz de Fora/MG
CARÁTERAmistoso Nacional
DATADomingo, do dia 21 de Setembro de 1958
RENDACr$ 187.950,00
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROTelemaco Pompeu (boa atuação)
SPORTValter; Djalma e Pedro; Trocador, Ari Costa e Bico; Mateus, Isaias, Ari Jorge (Gerosques), Amarilio e Herbert (Lero).
SÃO PAULOPoy (Paulo); De Sordi (Gersio) e Mauro Ramos (Atílio); Gersyo Passadore (Sarará), Victor e Ademar; Lanzoninho (Juraci), Amaury, Maurinho, Zizinho (Roberto) e Canhoteiro.   
GOLSAmaury, quatro vezes; Maurinho e Roberto, um tento cada (São Paulo); Amarílio, dois gols, e Isaías (Sport Club).

Colaborou: José Leôncio Carvalho

FOTO: Blog Mauricio Resgatando o Passado

FONTE: Diário da Noite (SP)

Indaiatubano F.C. e Corinthians F.C. se fundiram, dando origem ao E.C. Primavera, de Indaiatuba (SP)

O Indaiatubano Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Indaiatuba (população de 260.690 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2021), localizada a 100 km da capital do estado de São Paulo.

Fundado na quinta-feira, do dia 18 de Outubro de 1917. No estatuto, o pavilhão foi descrito no Artigo 37º da seguinte forma: “As cores formam o estandarte do Indaiatubano Futebol Clube são a branca e preta, tendo o seu pavilhão a forma quadrilonga e as cores dispostas em sentido horizontal, a cor negra embaixo e no centro as iniciais do Clube em monograma entrelaçado, também em branco e preto”.

Estatuto do Indaiatubano F.C.

Na terça-feira, do dia 11 de novembro de 1919, o Indaiatubano enfrentou, em amistoso, o Sport Club Maranhão (Itu), na casa do adversário. Não obstante as chuvas que caíram durante o dia, à hora do jogo havia numerosos espectadores. A partida decorreu animada, terminado com a vitória do S.C. Maranhão pelo placar de 4 a 1.         

Na década de 20, o Indaiatubano tinha um rival na cidade: o Corinthians Futebol Clube (Fundado em 1918). Essa rivalidade acabou gerando o desejo de juntar forças e montar um time forte!

Assim, na quinta-feira, do dia 27 de janeiro de 1927, as duas agremiações fizeram a fusão, surgindo o Esporte Clube Primavera, cujo nome homenageava o time que iniciou o futebol no município: Sport Club Primavera (existiu entre 1908 a 1916). As cores escolhidas foram o vermelho (do Corinthians), preto (do Indaiatubano) e branco (de ambos).

PS: O ano de fundação do Indaiatubano Futebol Clube encontrado, inclusive, no site do Esporte Clube Primavera cita ser de 1916. No entanto, como é possível verificar, no Diário Oficial, o Estatuto do clube consta ser de 18/10/1917. Portanto, “contra fatos não há argumentos”!

Foto de 1927, do Esporte Clube Primavera

Colaborou: Virginio Saldanha

FONTES: Diário Official – Correio Paulistano (SP) – site do E.C. Primavera

Grêmio Recreativo e Esportivo Usina Açucareira da Serra – Ibaté (SP): disputou o Paulista da 3ª Divisão, em 1986

O Grêmio Recreativo e Esportivo Usina Açucareira da Serra ou “Grêmio da Serra” foi uma agremiação do município de Ibaté (SP). Fundado na segunda-feira, do dia 11 de Abril de 1977, tinha a Sede localizada na Fazenda da Serra, s/n – Zona Rural – Área 1 – Ibaté (SP).

Grêmio Recreativo e Esportivo Usina Açucareira Campeão do Campeonato Canavieiro de 1988

Em 1988, o Grêmio Recreativo e Esportivo Usina Açucareira da Serra faturou o título do Campeonato Canavieiro, ao vencer na final a Usina Santa Elisa, de Sertãozinho, pelo placar de 2 a 1, no Estádio Dr. Francisco de Palma Travassos (propriedade do Comercial Futebol Clube), em Ribeirão Preto (SP).

O 1º gol saiu após o centro do centroavante Amarildo na área e Fernando Souza testou de forma inapelável para deixar o Grêmio da Serra em vantagem. O 2º gol surgiu depois de uma cobrança na área. O goleiro bobeou e, novamente, Fernando Souza chegou chutando tudo – inclusive, o volante China (companheiro do Grêmio da Serra), que estava na jogada – para aumentar o marcador. O adversário ainda diminuiu, mas já era tarde! O campeão tinha nome e sobrenome: Grêmio da Serra!

Grêmio da Serra jogou o Campeonato Paulista da 3ª Divisão em 1986

O GRE Usina Açucareira da Serra ingressou a esfera profissional, em 1986, quando disputou o Campeonato Paulista da 3ª Divisão, organizado pela FPF (Federação Paulista de Futebol).

Após essa experiência, o clube se afastou e não retornou até o presente momento ao futebol profissional. A Usina existe até hoje sobre o comando do ‘Grupo Raízen’.

Colaborou: José Luis Braz

FOTOS: Acervo Fernando Souza

FONTES: Almanaque do Futebol Paulista – Rsssf Brasil