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Esporte Clube Mineração Geral do Brasil – Mogi das Cruzes (SP): Duas edições do Campeonato Paulista Amador do Interior, na década de 50

Por Sérgio Mello

O Esporte Clube Mineração Geral do Brasil foi uma agremiação da cidade de Mogi das Cruzes, localizado na Região Metropolitana de São Paulo a Alto Tietê, no estado de São Paulo. Com uma população de 449.955 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.

O “Clube do Aço” foi Fundado no início da década de 40, por funcionários da Usina de Mineração Geral do Brasil Ltda. A sua Sede ficava na Avenida Cavalheiro Nami Jafet, na Vila Industrial, em Mogi das Cruzes/SP.

Praça de Esportes

Em 1942, a empresa Mineração Geral do Brasil, adquiriu o terreno para a construção de uma usina siderúrgica. Uma área com 2 milhões de m² recebeu a unidade da empresa, um conjunto de 550 moradias para funcionários e um campo de futebol.

O Estádio Cavalheiro Nami Jafet foi erguido e administrado pelo Esporte Clube Mineração Geral do Brasil. Em 1957, na presidência de Jamil Harage, o clube transformou o local em um centro esportivo, com a instalação de outras estruturas esportivas, como pista de atletismo. Atualmente o local fica o Estádio Municipal Francisco Ribeiro Nogueira, com capacidade para 14.384 pessoas.

Duas participações no Paulista Amador do Interior

Há registros de que o Esporte Clube Mineração Geral do Brasil tenha disputado, pelo menos, oito edições do Campeonato Paulista Amador do Interior: 1944, 1945, 1949, 1955, 1956, 1957, 1958 e 1959.

No Campeonato Amador do Interior da Zona e Setor 1 de 1957, dirigido pela Liga Municipal de Futebol de Mogi das Cruzes, o E. C. Mineração Geral do Brasil, terminou na 5ª colocação. Abaixo a classificação final.

Esporte Clube Concordia Poaense, 3 pontos perdidos (Campeão);

Vila Santista, Futebol Clube, 7;

Suzano Futebol Clube, 9;

Esporte Clube Mineração Geral do Brasil, 14;

Guararema Futebol Clube, 12;

Cia. Suzano Papel e Celulose Futebol Clube, 19;

Esporte Clube Itamarati, 19;

Sociedade Esportiva Salesopolense, 21.

No Campeonato Amador do Interior da Zona e Setor 1 de 1958, o Esporte Clube Mineração Geral do Brasil fez parte do Setor 2: Mogi das Cruzes (Liga Municipal de Futebol de Mogi das Cruzes), juntamente com as seguintes equipes:

Esporte Clube Brasil Viscosel; Esporte Clube Itamarati; Vila Santista Futebol Clube (todos de Mogi das Cruzes); Guararema Futebol Clube (Guararema) e Suzano Futebol Clube (Suzano).

Time base de 1956: Leão (Castilho); Duílio e Sabiá; Peluda, Chico (Macaco) e Marino; Fumaça (Nei), Vernize, Piolim, Moacir e Chico (Orlando).  

Time base de 1958: Antônio (Samarone); Luiz (Puigo) e Oswaldo; Aparecido, Pazi (Cazinho) e Duílio (Sabiá); Antônio (Milton), Walter (Nilton), Moacyr (Garoto), João (Darcy) e Francisco.  

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Rodolfo Kussarev

FOTOS: Acervo de Waldomiro Junho

FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – Jornal de Notícias (SP)

Escudo e uniforme de 1956/57: Botafogo Futebol Clube – Ribeirão Preto (SP)

Por Sérgio Mello

O Botafogo Futebol Clube é uma agremiação da cidade Ribeirão Preto, localizado a 315 km da capital do estado de São Paulo. Conta com uma população de 698.642 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022.

O “Pantera” foi Fundado no sábado, do dia 12 de outubro de 1918, por meio da fusão dos três times da Vila Tibério: União Paulistano, Tiberense e Ideal Football Club.

A escolha do Nome

As lendas contam que os representantes do clube não conseguiam entrar em acordo quanto ao nome do novo clube e com os ânimos exaltados alguém teria dito que caso não houvesse consenso o melhor era “botá fogo” em tudo e desistir da fusão.

Cores

As cores escolhidas foram preta, branca e vermelha. O uniforme principal é todo branco, com uma faixa horizontal tricolor na camisa. O segundo uniforme possui camisa com listras verticais nas três cores, calção preto e meias vermelhas. Manda seus jogos no Estádio Santa Cruz, que tem capacidade para 28.900 pessoas.

Breve história

No início do século XX, na cidade de Ribeirão Preto (cidade do interior do estado de São Paulo), os primeiros times de futebol representando os bairros da cidade começaram a se estabelecer.

No caso da Vila Tibério, em vez de um, eram três os times que representavam o bairro: União Paulistano, Tiberense e Ideal Football Club. Isso fazia com que os bons jogadores do bairro se diluíssem entre os três, diminuindo assim sua competitividade quando jogavam contra equipes de outros bairros.

Para contornar esta situação, um grupo ligado ao Ideal Football Club convocou representantes do União Paulistano e do Tiberense para uma reunião, com o intuito de propor uma fusão do trio.

Com o consenso pela fusão, o Botafogo Football Club do Rio de Janeiro foi lembrado, e optaram por homenageá-lo com um nome homônimo ao novo time de Ribeirão Preto.

Há também uma versão que garante que chegar ao consenso nesta reunião não estava sendo fácil e, em um dado momento, um dos presentes teria ameaçado a fusão e dito que botaria fogo em todos os documentos que ali estavam; tal ameaça, de acordo com essa visão, teria inspirado o nome do time.

O 1º Presidente foi Joaquim Gagliano, que na ocasião também era funcionário da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Isso facilitou o caminho para que Gagliano conseguisse junto a alguns funcionários da Companhia o primeiro custeio para a aquisição de material esportivo.

As três cores, branco, preto e vermelho, foram tanto uma homenagem ao homônimo carioca (alvinegro) quanto para aludir às cores da bandeira paulista (o alvinegro somado ao vermelho).

Campeão do Centenário de Ribeirão Preto de 1956

A 1ª partida foi disputada em Franca, outra cidade do interior de São Paulo (distante cerca de 90 quilômetros de Ribeirão Preto), contra o Esporte Clube Fulgêncio: vitória por 1 a 0.

O 1º título conquistado foi o de Campeão do Interior da 1ª Região, em 1928, o que credenciou o Botafogo Futebol Clube à disputa da Taça Competência, contra o Palestra Itália, campeão do Campeonato Paulista organizado pela APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos).

Em 1956 e 1957 vieram as conquistas que confirmaram o estabelecimento do time como uma potência de sua região: foi campeão do Centenário de Ribeirão Preto (com vitória sobre o Comercial Futebol Clube por 4 a 2), da Taça dos Invictos do Interior (que pela primeira vez era oferecida a um time de fora da capital) e do Campeonato Paulista da 2ª Divisão, credencial para a disputa da divisão principal.

Hino do clube

Até os anos 70, o time não teve hino oficial, mas algumas marchinhas que aludiam ao clube. Em 1972, na gestão de Ricardo Christiano Ribeiro – que naquela oportunidade assumia o cargo de presidente pela primeira vez –, foi criado um concurso para a escolha de um hino oficial. Dentre 13 concorrentes, o campeão do concurso foi um composto pelo próprio Christiano Ribeiro, sobre letra de Horvildes Simões.

“Botafogo, Botafogo
Orgulho de Ribeirão
Sua fibra, sua raça
Mantém a nossa tradição
A bravura, da sua gente
Acende nossos corações
Grandioso Botafogo
Celeiro de campeões
Foi a Vila, Vila Tibério
O berço do tricolor
Crescendo sempre, se consagrando
Na glória da região
Sem preconceito, tem branco e preto nela
Vermelho representa o sangue do Pantera
Nossa bandeira altaneira, varonil
Vai tremulando pelo céu do meu Brasil
O tricolor de Santa Cruz ninguém engole
Porque a galera do Pantera não é mole”

Mascote

A mascote é uma pantera, instituída após o título de Campeão do Interior da 1ª Região, conquistado em 1928, momento em que a equipe passou a ser conhecida como “Pantera da Mogiana”.

Já o primeiro estádio foi o Luiz Pereira, inaugurado em 24 de fevereiro de 1924, que em seus primeiros anos era chamado de “campo da Vila Tibério”, “campo do Botafogo”, “Fortim da Vila” e “Madeirão”.  

Nos anos 60, foi construído o Estádio Santa Cruz, inaugurado em 21 de janeiro de 1968 em um amistoso contra a Seleção da Romênia, vencido pelos anfitriões por 6 a 2.

Dois dos jogadores que são fortemente associados ao Botafogo Futebol Clube, onde começaram suas carreiras como profissionais, são os irmãos Sócrates (1974-78 e 1989) e Raí (1984-87).

Craques da terrinha

Nascidos em Ribeirão Preto, Sócrates e Raí viram suas carreiras ganharem projeção nacional em suas passagens pelo Sport Club Corinthians e pelo São Paulo Futebol Clube, respectivamente.

Outros jogadores que também se destacaram em suas passagens pelo Pantera em todos os tempos foram o meia Tim (1930-34 e 1948-49), o lateral-esquerdo e zagueiro Dicão (1956-59 e 1960), o goleiro Machado (1954-66), o lateral-direito Eurico (1964-68), o zagueiro Manoel (1971-83), o centroavante Geraldão (1970-75), o atacante Didi (1980-81 e 1988), o centroavante Nélson (1985-92) e o goleiro Doni (2001).

Grande rival

O principal rival é o Comercial Futebol Clube, e o derby que ambos protagonizam é conhecido como “Come-Fogo”. Foram realizados 27 jogos entre 1920 e 1936, que é considerada como a fase amadora do confronto.

À altura de 2015, a soma de todas partidas indica que o Botafogo possuí 61 vitórias; enquanto Comercial venceu 49 e constam 57 empates, tendo o Botafogo assinalado 212 gols contra 208 tentos do Comercial.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: A Gazeta Esportiva (1957) – Acervo de Cartões Postais de Toninho Sereno

FONTES: Prefeitura de Ribeirão PretoHistória do futebol no Brasil, T. Mazzoni (2007) – Minienciclopédia do Futebol Brasileiro, Igor Ramos – Botafogo: uma história de amor e glórias, Ribeirão Preto, SP: I. Ramos, 2008 – Site oficial do Botafogo de Ribeirão Preto – Paulo Nascimento

Associação Atlética Usinas Junqueira – Igarapava (SP): Disputou algumas edições do Campeonato Amador do Interior Paulista!

Por Sérgio Mello

A Associação Atlética Usinas Junqueira foi uma agremiação do município de Igarapava, situado no Interior Paulista (SP). Localizado a 447 km da capital (São Paulo), Igarapava conta com uma população de 26.212 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.    

A palavras “Igarapava” é um termo de origem tupi que significa “Porto de canoas“, através da junção dos termos ygara (canoa)upaba (Porto). Numa tradução mais objetiva e a qual foi realmente chamada, Igarapava quer dizer: “Porto das Canoas“.

Após ser realizado nos salões dos escritórios das Usinas Junqueira, uma importante reunião presidida pelo sr. Martiniano de Andrade a “Caçulinha” foi Fundada no domingo, do dia 29 de dezembro de 1935, com o nome de Associação Athletica e Recreativa das Usinas Junqueira.

Nessa reunião tomaram parte todos os elementos mais destacados das Usinas, tendo a mesma corrido animada sob os esforços do sr. Martiniano de Andrade, gerente geral das Usinas, que desejava ver a Associação elevada ao nível do progresso da empresa.

O clube se filou na Federação Paulista de Futebol (FPF), onde disputou o Campeonato Amador do Interior Paulista, em algumas edições, como por exemplo: 1955, 1956, 1957, 1958 e 1982.

A melhor colocação, aconteceu em 1982, quando chegou na grande final, sendo derrotado pelo Corinthians de Pindamonhangaba, terminando assim com o vice-campeonato. A equipe foi campeã do II Torneio da Alta Mogiana de 1978.

Time base de 1956: Armando (Guim); Paulo (Artur) e Cambio; Athaíde, Argemiro (Vadinho) e Melquiades; Pedro (Cormanete), Ditão, Zé, Lelo (Dedé) e Nenê.

Colaborou: Waldomiro Junho

ARTES: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: Página do Facebook de Walterci Fedato e da Usinas Junqueira

FONTES: Prefeitura de Igarapava – Correio Paulistano (SP) – A Gazeta Esportiva (SP)

Clube Atlético Tucuruvi – São Paulo (SP): Fundado em 1924

TUCURUVI

O nome “Tucuruvi” tem origem na língua tupi e significa “gafanhoto verde“, através da junção dos termos tukura (gafanhoto) e oby (verde). A 1ª aparição da denominação Tucuruvi consta oficialmente em uma escritura de compra e venda de uma área há 168 anos atrás (1856).

Acervo de Rodolfo Kussarev

O bairro foi formado em sua origem por pastagens de gado em fazendas da região, habitat ideal para gafanhotos. No início do Século XX, predominava apenas a verde paisagem dos sítios e fazendas que existiam na época, dos quais os mais conhecidos eram o Lavrinhas, Pedregulho e Tapera Grande.

O primeiro núcleo do povoamento aconteceu no sábado, do dia 24 de outubro de 1903, quando o inglês Willian Harding adquiriu uma fazenda denominada Itaguaravi, na atual Parada Inglesa e, em 1912, fundou a Villa Harding, onde construiu sua imponente moradia, que também lhe servia de escritório, que passou a chamar-se Palacete Anglo-Parque. No final da década de 70, a Villa Harding foi demolida.

Foto oficial (1948) do C.A. Tucuruvi, no campo da Av. Cabuçu. Escalação: Italiano, Ernesto, Parreca, Wald, Chê I, Enéas, Araujo, O. Soares, Chê II, Ladeira, Nenê e Flávio.
Foto cedida por Ary Marinelli

CLUBE ATLÉTICO TUCURUVI

O Clube Atlético Tucuruvi foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). O “Fidalgo” foi Fundado no domingo, do dia 1º de junho de 1924. A sua Sede social estava localizado na Avenida Tucuruvi, nº 98/ Sobrado, em Tucuruvi.

Já a sua Praça de Esportes (Foto acima) ficava localizado na Avenida Dr. Antônio Maria Laet (atualmente fica a Estação de Metrô Tucuruvi), s/n, Tucuruvi, em São Paulo/SP. As suas cores eram vermelho e branco.

Em 1941/42, disputou a Sub-Liga Esportiva Riachuelo, no qual se sagrou campeão.

Acervo de Rodolfo Kussarev

Na quarta-feira, às 15 horas e 30 minutos, do dia 29 de junho de 1955, foi realizado um amistoso o C.A. Tucuruvi recebeu a visita do time juvenil do São Paulo Futebol Clube. O árbitro da partida foi o Sr. Catão Montea Junior. No final, melhor para os juvenis do Tricolor Paulista que venceram pelo placar de 4 a 1.

Fotografias dos anos 50, do campo do CA Tucuruvi, vendo-se ao fundo, o local onde hoje está situada a estação do metrô Tucuruvi.

Time de 1951: Geninho; Pilho e Argemiro; Bola, Valdemar e Ednéas; Agringo, Quintelinha, Pestana, Dante e Valter.

Foto de 1953

ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: Ary Marinelli – Acervo pessoalAcervo de Rodolfo Kussarev

FONTES: meu acervo – Tucuruvi Antiga – A Gazeta da Zona Norte – Facebook – Correio Paulistano (SP) – A Gazeta Esportiva (SP)

União Vila Pirituba Futebol Clube – São Paulo (SP): Fundado em 1941

Por Sérgio Mello

O União Vila Pirituba Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado na década de 30, com o nome de Primeiro de Maio. Uma década depois foi reorganizado e rebatizado. Assim, o “Clube mais Querido de Pirituba” foi Fundado em 1941. Em 1967, alterou o nome para Centro Recreativo Vila Pirituba.

A sua Sede social localizado na Avenida Jaraguá (Atual: Avenida Muitinga), nº 2-A, no bairro de Pirituba, na Zona Noroeste da capital paulista.  O seu campo ficava na Av. Agenor Couto de Magalhães, nº 32 (esquina com Avenida Mutinga), em Pirituba.

O União Vila Pirituba era muito ativo nas realizações de eventos como bailes, Festa Junina, Carnaval, etc. Além disso, realizou a corrida pedestre batizado de Volta de Pirituba que acontecia no primeiro semestre e foram realizados: 1946, 1947, 1948, 1949 e 1950. Além do futebol, o clube também contava com o basquete e voleibol.

Em janeiro de 1948, foi empossada a nova diretoria:

Presidente – Antônio Jorge Filho;

Presidente honorário – Antônio Werneck Rodrigues;

Vice-presidente – Mansueto Pradella;

1º Secretario – Stefano Mauzzer;

2º Secretario – Felipe Ramos;

Tesoureiro – Humberto Castelo;

Diretor esportivo – Pedro Rodrigues;

Auxiliar esportivo – Sírio do Prado.

Quadra Poliesportiva inaugurada em 1955

Na terça-feira, do dia 15 de novembro de 1955, foi inaugurado a quadra poliesportiva do União. No vizinho subúrbio da E.F.S.J., na praça de esportes do União V. Pirituba F.C., na Av. Jaraguá, nº 2, a quadra de Bola ao Cesto (basquete) e Voleibol.

Quadra foi construída de acordo com os regulamentos oficiais e que muito irá engrandecer o desenvolvimento desse esporte no vizinho subúrbio bandeirante.

O início das festividades está programado para às 14 horas, no que tomarão parte o forte quinteto do Grêmio 15 de Dezembro, da Escola de Oficiais da nossa gloriosa Força Pública, contra o forte conjunto do Nacional A.C., que gentilmente atenderam aos convites formulados para esta grande tarde esportiva.

Como preliminar teremos a apresentação inicial dos principiantes de voleibol, que será os quadros do União Vila Pirituba e o São Paulo Recreativo (S.P.R.).

Participações na esfera amadora

No futebol, União Vila Pirituba esteve presente em diversas competições organizadas pela Federação Paulista de Futebol (FPF). A Divisão Varzeana de Futebol do Estado de São Paulo, Subdivisão Lapeana de 1948. O Campeonato Varzeano de Futebol de 1954; Campeonato Amador do Interior de 1957; a Divisão Extra de Amadores de 1959, entre outras.

União bate o E.C. Cruzeiro

Na sexta-feira, do dia 16 de janeiro de 1948, o União Vila Pirituba Futebol Clube recebeu o Esporte Clube Cruzeiro, valendo a bela taça ofertada pela Mercearia São Jorge. No final, melhor para o União que goleou o adversário pelo placar de 5 a 0.

Os gols foram assinalados por Miro, três vezes; Macaco e Toco, um tento cada. O União jogou com a seguinte formação: Pingo; Barbozinha e Colim; Armando, Macaco e Ferrara; Piva, Miro, Toco, Martins e Orlando.

Triunfo diante do C.A. São Bento

No domingo, do dia 08 de agosto de 1954, o União Vila Pirituba recebeu a visita do forte e disciplinado conjunto do Clube Atletico São Bento, e venceu pelo placar de 4 a 3. Os gols foram assinalados por intermédio de Mineiro, Jaú e Emerson, duas vezes.

Nos Segundos Quadros, o União também saiu vencedor pela contagem de 3 a 1. O time principal do União jogou com: Osvaldo; Colim e Barbante; Cinzeiro, Álvaro e Orlando; Emerson, Djalma, Jaú, Açúcar e Mineiro.

Vitória no clássico

No domingo, do dia 14 de abril de 1957, pela 1ª rodada do Campeonato Amador do Interior, da FPF, Setor “9”, o União Vila Pirituba F. C. venceu espetacularmente o valoroso esquadrão do Pirituba F. C. pela contagem de 1 a 0, tento este consignado por Emilinho, aos 5 minutos do primeiro tempo.

Os dois quadros, velhos rivais e que há oito anos não se defrontavam, fizeram uma brilhante partida, proporcionando à numerosa torcida que lotou a Praça de Esportes do União Vila Pirituba F. C., um espetáculo bonito e cavalheiresco, digno dos melhores aplausos.

O juiz da partida foi o sr. Mario Gardeli, indicado pela FPF, que teve uma brilhante atuação. O União Vila Pirituba F. C. alinhou com: Chico; Orlando e Landão; Paulo, Álvaro e Emilinho; Djalma, Ivo, Dilio, Tite e Jaú.

A preliminar terminou sem abertura de contagem, tendo o Segundo Quadro do Unido União Vila Piritu F. C. jogado com a seguinte escalação: Orlando; Júlio e Ênio; Laercio, Zé Pulinho e Mineiro; Castelinho; Joel, Adão, Martelo e Bolinha.

União foi goleado pelo time misto do São Paulo F.C.

No domingo, do dia 13 de abril de 1958, no vizinho subúrbio da E.F.S.J., enfrentou o seu adversário mais famoso e poderoso: o São Paulo Futebol Clube.

Mesmo com o seu time misto, o São Paulo F.C. não tomou conhecimento e goleou o União Vila Pirituba F.C. pelo placar de 5 a 1. O árbitro da partida foi o Sr. Serafim Bombicino.

O Tricolor do Morumbi formou com: Valdemar; Lopes, Atilio, Sabará, Laurindo, Ademar, Eduardo, Juraci, Rubini, Osvaldo, Celso, Roberto. Na preliminar, jogaram o misto do União Vila Pirituba F.C. venceu o Tiradentes F.C., de Vila Mirante.

ARTES: Desenho do escudo e uniformes – Sérgio Mello

COLABOROU: Waldomiro Junho

FOTOS: Acervo da Página no Facebook “Histórias de Pirituba”

FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – A Tribuna (SP) – Correio Paulistano (SP) – Diário da Noite (SP) – Jornal de Notícias (SP) – Mundo Esportivo (SP) – Página no Facebook “Histórias de Pirituba”

Grêmio Esportivo Vila Harding – São Paulo (SP): Fundado em 1930!

VILA HARDING

Os ingleses são bastante presentes na formação de São Paulo em muitos aspectos. O mais conhecido deles, provavelmente, envolve a ferrovia São Paulo Railway cuja presença atualmente é mais observada em algumas estações ferroviárias, como a Luz e de Paranapiacaba.

Contudo os ingleses se fazem também presentes na urbanização de um importante bairro paulistano e também de seus arredores: o Tucuruvi.

Harding chegou ao Brasil no final do Século XIX para trabalhar nas ferrovias operadas por ingleses e no início do século seguinte, precisamente em 1903, adquiriu uma grande propriedade rural chamada Fazenda Itaquaravi.

Nos primeiros anos a fazenda ficou sem grandes alterações, até que posteriormente ele decide fazer um pequeno povoamento na região e, claro, também fixar ali sua residência em uma região ainda pouco habitada e bastante agradável.

Assim em 1912 William Harding contrata o empreiteiro civil de origem portuguesa João Fidalgo para erguer ali sua nova residência, que, ao ser concluída, seria batizada de Vila Harding. O palacete foi erguido no ponto mais alto de sua propriedade, bem no topo da colina, em uma área de entorno de 7000m². A edificação servia tanto de casa, quanto escritório.

Das terras pertencentes a Harding sairiam duas importantes estações ferroviárias do extinto Tramway da Cantareira, a Parada Inglesa e Tucuruvi.

No caso da primeira estação o nome foi uma adaptação do nome popular que a estação havia recebido. A pequena parada passava pelas terras de Harding e era conhecida como a “Parada do Inglês”, posteriormente tornando-se a Parada Inglesa.

Já a estação Tucuruvi é intimamente ligada a William Harding, pois a parada foi criada graças à doação, por parte dele, do terreno onde ela viria a ser construída. Toda a região do Tucuruvi acabou basicamente se desenvolvendo ao redor da Vila Harding, que rapidamente virou a grande referência da região.

Boa parte dos loteamentos que ali surgiram foram oriundos da velha fazenda Itaquaravi que aos poucos se transformava em um movimentado bairro paulistano, caminho para outras paragens mais distantes como a Cantareira e a vizinha cidade de Guarulhos.

William Harding viveu em seu palacete até falecer em 10 de abril de 1942. O cortejo, inclusive, saiu de sua residência até o Cemitério de Santana (Chora Menino) onde ele foi sepultado no dia seguinte.

Após sua morte o palacete pouco depois trocou de mãos sendo vendido para João Fidalgo, que foi seu construtor. Na década de 40, Fidalgo era conhecido como um controverso empresário do ramo da construção civil, devido a inúmeras casas problemáticas que construiu na região, cujo apelido era “Cidade Maldita”.

GRÊMIO ESPORTIVO VILA HARDING DO TUCURUVI

O Grêmio Esportivo Vila Harding foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundando em Janeiro de 1930, o nome de Chuta Vento Football Club. Quatro meses depois, alterou para Villa Harding Football Club do Tucuruvy. Em novembro de 1937, foi reorganizado.

A sua Sede ficava na Travessa Esperança, nº 4-A, com a Travessa Av. Mazzei, na altura do nº 112 – Tucuruvi – São Paulo (SP). A sua última Sede: Rua Salvador Bicudo, nº 30 – Tucuruvi – São Paulo (SP). A sua Praça de Esportes: Avenida Tucuruvi, nº 428 – Tucuruvi – São Paulo (SP).

O clube participou de diversas competições varzeanas, com em 1947, disputou o Campeonato da LECI (Liga Esportiva do Comércio e Infdústria) e o Campeonato da Sub-Divisão Riachuelo. Em 1950, disputou o Torneio Varzeano Dr. Adhemar de Barros, no Tucuruvi – Setor nº 1.

Na Assembleia Geral definiu a nova diretoria do Vila Harding, realizado na terça-feira, do dia 13 de janeiro de 1948. A posse aconteceu na sexta-feira, do dia 30 de janeiro de 1948. A diretoria foi constituída pelos seguintes membros:

Presidente – Antônio Narinati;

Vice-presidente – Antônio Lopes Nascimento;

2º Vice-presidente – Mario Perpetuo;

Secretário geral – Valdemar Rodrigues;

1º Secretário geral – Neri F. Vitrio;

2º Secretário geral – Fernandes Deneiro;

Tesoureiro – João Sambineli;

2º Tesoureiro – Domingos Gutierrez;

Diretor Geral dos Esportes – Domingos Marques;

1º Esportivo – Marino Gutierrez;

2º Esportivo – Angelino Pugliese.

Algumas formações:

Time base de 1948: Nelson; Nicola e Carlos; Ari, Manão e Luizinho; Luiz, Novais, Orlando, Eduardo e Isaltino.

Time base de 1951: Nelsinho (Baiano); Pedrão e Nino (Cascata); Ticaba I (Cláudio), Falaschi (Jacob) e Nilson (Emilio); Silvio (Ticaba II), Clóvis (João Maria), Zeca (Formiga), Mario II e Carlito (Batata). Técnico: Duca.

Time base de 1952: Nelsinho; Levi e Nino; Ticaba II, Falaschi e Nilson; Silvio, Mario, Zeca, Ditão e Carlito. Técnico: Duca.

Time base de 1953: Isaltino; Nilson e Nino; Geraldo, Valadão e Valdemar; João Maria, Mario I, Marino, Eduardo e Zeca.

ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello

FONTES: A Gazeta (SP) – Correio Paulistano (SP) – Jornal de Notícias (SP) – Mundo Esportivo (SP) – Tucuruvi Antiga – A Gazeta da Zona Norte – Facebook

O Araguay Futebol Clube, de São Miguel Paulista – São Paulo (SP): Fundado em 1957

SÃO MIGUEL PAULISTA

São Miguel Paulista (comumente chamado apenas de São Miguel) é um distrito da zona leste do munícipio de São Paulo, no estado de São Paulo. Teve, como núcleo inicial, a chamada Capela dos Índios, uma igreja construída no século XVI para o aldeamento de indígenas da região. A capela está localizada na Praça Aleixo Monteiro Mafra.

Ela é a única construção no município de São Paulo que, depois da reforma que sofreu no século XVII, conserva-se totalmente original, com paredes em taipa de pilão.

Foi, durante muitos anos, chamado “distrito da Penha de França”, ganhando autonomia administrativa no fim do período imperial. Fez parte da constituição do distrito, a existência da estrada que ligava o Rio de Janeiro a São Paulo e que passava por dentro da antiga Aldeia de São Miguel. Hoje, a estrada transformou-se nas Avenidas Marechal Tito e São Miguel.

ARAGUAY F.C.

O Araguay Futebol Clube é uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado no sábado, do dia 07 de setembro de 1957, pelo Sr. João Cavalcante Leal, que também foi o 1º Presidente. A sua Sede está localizada na Avenida Três Meninas, nº 15, no Jardim Helena, em São Miguel Paulista, na zona leste do município de São Paulo.

Devido ao fato de existir uma cidade no Estado de Minas Gerais, chamada Araguari e como alguns membros da diretoria eram mineiros, o clube foi batizado com esse com o nome de Araguay futebol Clube.

EM PÉ (esquerda para a direita): Zé Farinha, João Bororo, Odair cabeça de navio, Geonildo, Adílson, Zé Piracicaba, Elias Besteira e João Silveira; AGACHADOS (esquerda para a direita): Zito, Moita, Vardinho, Zezinho e o Som.

Títulos conquistados

O Araguay possui diversos títulos, dentre os quais:

Campeão da Copa São Miguel Paulista: 1979, 1985, 1989, 1993, 1994, 1995, 1998, 2002 e 2003;

Campeão Regional: 1984, 1986, 1993, 1994, 1996, 2002 e 2003;

Campeão do Torneio Itamaraty: 1981, 1982 e 1983;

Campeão do Torneio Início AC Cosmo: 1984;

Campeão do Torneio Pascoal Elias: 1988;

Campeão da Copa Jardim Helena: 1990 e 1991;

Campeão do Torneio João Norberto Lucio Silveira: 1995 e 1998;

Campeão da Copa João Cavalcante Leal: 2001;

Campeão da 1ª Liga Jardim Helena: 2009;

Campeão da Copa João Cavalcante Leal: 2010, 2013 e 2017.

Uma marca impressionante: 108 jogos sem derrota

Cumpre ressaltar ainda que no período compreendido entre os anos de 1985 a 1993 o Araguay F.C permaneceu 108 partidas invictas e entre os anos de 2000 a 2003 permaneceu 79 partidas sem saber o que era uma derrota.

Ressalta-se também que entre os anos de 1957 a 2017, além dos 58 títulos conquistados, o Araguay F.C obteve 14 Vice-campeonatos.

ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello

FONTES: Meu acervo – Página do clube no Facebook

Amistoso Internacional de 1975: Palmeiras (SP) goleou o Yanmar Disel S.C., do Japão, no Pacaembu

Por Sérgio Mello

A Sociedade Esportiva Palmeiras confirmou o amistoso (valia a Taça Osaka), para enfrentar o Yanmar Diesel Soccer Club, da cidade de Cerezo, no Japão, na sexta-feira, do dia 14 de fevereiro de 1975. Ο time japonês contava com três brasileiros, que atuaram no futebol paulista: Nilson, que se naturalizou japonês, Sérgio e Júlio. Esse time era a base da Seleção do Japão que no ano seguinte disputou as Olimpíadas de Montreal, no Canadá, em 1976.

O Palmeiras não pode contar com vários titulares para a partida. Na oportunidade, o Palestra fez a troca das faixas: de um lado o campeão paulista de 1974, enquanto do outro campeão do Campeonato Japonês de 1974.

No Departamento Médico, o meia Dudu foi uma das ausências. Leivinha, cujo contrato terminava no dia 28 de fevereiro de 1975, achava que não seria problema para a renovação.

Sem poder contar com técnico Oswaldo Brandão que estava comandando a Seleção Brasileira, o time foi comandado pelo ex-goleiro e auxiliar-técnico Valdir de Moraes, enquanto o preparador físico Hélio Maffia fiou como auxiliar.    

O Yanmar Diesel Soccer Club chegou na segunda-feira, no dia 10 de fevereiro, onde ficou hospedado no Hotel Danúbio, localizado na Av. Brigadeiro Luís Antônio, 1099 – Bela Vista, São Paulo (SP). Dias depois se mudou para Lord Palace Hotel, situado em Santa Cecilia, no Centro de São Paulo (SP).

Palmeiras não toma conhecimento e goleia time japonês

Um atropelo! A Sociedade Esportiva Palmeiras confirmou o favoritismo e goleou por 6 a 1, o Yanmar Diesel Soccer Club, do, no Japão, no Estádio do Pacaembu. A ingenuidade do time nipônico contribuiu para atuação brilhante do Palestra. O ponta-esquerda Nei, Ademir da Guia e Leivinha, deram uma ‘aula de futebol‘.

A goleada começou cedo, logo aos 8 minutos, Leivinha driblou dois zagueiros, deu um “lençol” em Matsumoto e chutou sem chances para o goleiro Kayto, a grande “vítima da noite”. Três minutos depois, foi a vez de Ademir da Guia confirmar seu bom futebol: fez 2 a 0, de cabeça.

O mesmo Leivinha – um dos melhores em campo – fez o terceiro gol do seu time: aos 25 minutos, recebeu um bom passe de Nei e completou com categoria.

Assim terminou o primeiro tempo com o placar de 3 a 0 para o Palmeiras e o público que compareceu ao Pacaembu, já começava a se divertir às custas do futebol amador e de pouca categoria do Yanmar.

Mas, logo no início do segundo tempo, os japoneses fizeram seu gol de honra: aos 23 minutos, numa cobrança de falta cometida por Alfredo, o atacante Yamura aproveitou o rebote e completou, demonstrando que, pelo menos, sabe ser muito oportunista.

Só que, pouco tempo depois, aos 27 minutos, Zé Mário aumentou a contagem: num belo lance, completou fazendo os 4 a 1. Aos 35 minutos, o quinto gol foi de pênalti, do zagueiro Matsmura em Nei: Ronaldo cobrou com categoria, no canto direito de Kayto.

Aos 38 minutos, o mesmo Ronaldo fez o seu 2º gol: entrou na área na corrida, esperou o cruzamento e completou de cabeça, levando a torcida palmeirenses ao delírio e dando números finais a peleja.

os craques: Kunishige Kamamoto (Yanmar Diesel SC) e Ademir da Guia (SE Palmeiras)

S.E. PALMEIRAS (SP)     6        X        1        YANMAR DIESEL S.C. (JAP)

LOCALEstádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, em São Paulo/SP
CARÁTERAmistoso Internacional (Taça Osaka)
DATASexta-feira, do dia 14 de fevereiro de 1975
HORÁRIO21 horas (de Brasília)
RENDACr$ 238.416,00
PÚBLICO16.665 pagantes
ÁRBITROOrêncio Caputo (F.P.F.)
S.E. PALMEIRASEmerson Leão (Tonho); Eurico, Luís Pereira (João Carlos), Alfredo e Zeca; Jair Gonçalves e Ademir da Guia (Zé Mário); Edu (De Rosis), Leivinha (Fedato), Ronaldo e Nei. Técnico: Valdir de Moraes.
YANMAR DIESEL S.CNishikita Kayto; Sakano, Hamato, Matsmura e Nizuguchi; Kabayashi (Imamura) e Abe; Uenishi, Yoshimura, Kamamoto e Horiji. Técnico: Kenji Onitake
GOLSLeivinha aos 8 e 25 minutos (Palmeiras); Ademir da Guia aos 11 minutos (Palmeiras), no 1º Tempo. Yamura aos 23 minutos (Yanmar); Zé Mário aos 27 minutos (Palmeiras); Ronaldo, de pênalti, aos 35 e 38 minutos (Palmeiras);
P.S.: F.P.F. – Federação Paulista de Futebol
Escudo e uniforme utilizados a partir de 1981

Quem era o Yanmar Diesel?

O Yanmar Diesel Soccer Club foi uma agremiação da cidade de Cerezo, no Japão. Fundado em 1957, por 14 funcionários da Yanmar Co., Ltd. A sua Sede ficava na cidade de Osaka, na região de Kansai de Honshu (JAP).

O Yanmar Diesel Soccer Club foi a 1ª organização no Japão a estabelecer um programa esportivo corporativo totalmente integrado.

Os jogadores (funcionários da empresa) podiam trabalhar pela manhã e treinar à tarde e recebiam hora-extra quando compareciam nos jogos aos sábados e domingos.

 A Yanmar Diesel foi o 1° time a escalar jogadores estrangeiros e foi o primeiro a fortalecer a sua escalação formando duas equipes. A segunda equipe estreou com o nome de “Yanmar Club” e foi a precursora da atual equipe da J League Gamba Osaka.

Na década de 70, foi uma época de ouro, com os atacantes Kunishige Kamamoto e Nelson Yoshimura levando o time a quatro títulos da liga e três na Copa do Imperador.

Em 1970, o Yanmar Diesel enfrentou o Flamengo

Pelo Torneio Internacional, realizado em Kyoto (JAP),o Yanmar Diesel enfrentou o Clube de Regatas Flamengo. Na quinta-feira, do dia 12 de março de 1970, o Rubro-negro venceu por 2 a 1, com cerca de 6 mil torcedores, presentes no Stadium Nisikik Vogoku.

Guilherme abriu o placar aos 7 minutos, mas Kamamoto deixou tudo igual aos 11 minutos. Porém, Waldemir Germano, de cabeça, recolocou o Flamengo na frente do placar, aos 27 minutos. Essa foi a primeira vitória no torneio do Rubro-negro, uma vez que na estreia ficou no empate em 3 a 3, com a Seleção Japonesa B.

Kunishige Kamamoto foi um jogador-chave tanto para o clube quanto para o país. Foi o artilheiro da liga seis vezes e marcou 7 gols nas Olimpíadas do México em 1968. Kamamoto continua sendo o maior goleador de todos os tempos da seleção japonesa, com um recorde de 75 gols em 76 partidas.

Com a fundação da J.League, em 1993, a diretoria optou em mudar o nome da agremiação para Osaka Soccer Club (atual: Cerezo Osaka), em 1994. Abaixo, os títulos conquistados pela Yanmar Diesel:

COMPETIÇÕESTÍTULOSANOS
Campeão do Campeonato Japonês041971, 1974, 1975 e 1980
Vice-campeão do Campeonato Japonês041968, 1972, 1978 e 1982
Campeão da Copa do Imperador031968, 1970, 1974

ARTE: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: Cidade de Santos (SP) – Acervo de Natan Silveira

FONTES: A Tribuna (SP) – Cidade de Santos (SP) – Jornal Correio Braziliense (DF) – Jornal dos Sports (RJ)