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BARRIGA VERDE (SANTA CATARINA)

– Em novembro de 1911, um grupo de entusiastas da elite florianopolitana fundou o Barriga Verde Futebol Clube. Não existe registro do dia de sua criação. A extinção ocorreu por volta de julho de 1912, quando a maioria dos atletas foi incorporada ao recém criado Club Sportivo Anita Garbaldi.

– Em 1929, um novo clube é criado. Recebeu a denominação de Barriga Verde Futebol Clube (cores verde e branca). O insucesso no campeonato citadino impediu que a agremiação tivesse vida longa.

– Em 4 de dezembro de 1930 é fundado em Laguna o Barriga Verde Futebol Clube. Tornou-se um dos mais tradicionais clubes do Estado entre as décadas de 1930 e 1960. A maior revelação foi Mengálvio, que depois de rápida passagem pelo Aimoré (RS) tornou-se um dos imortais do Santos FC (SP).

Barriga Verde década de 1930

Equipe que disputou o campeonato da AESC em 1939

Foto colorizada do tradicional uniforme do Barriga Verde

Mais um registro histórico do Barriga Verde

Time do Barriga Verde na década de 1950

– No dia 25 de agosto de 1939, integrantes da Força Pública (atual Polícia MIlitar) fundaram a Associação Atlética Barriga Verde. Este novo clube registra em sua história grandes eventos no campo esportivo, recreativo e cultural.

Em 23/10/1983 ocorreu uma fusão entre o Clube dos Oficiais da PMSC (fundado em 3/12/1932) e a Associação Atlética Barriga Verde dando origem a uma nova entidade: a Associação Barriga Verde dos Oficiais Militares Estaduais.

Fonte: acervo do autor, ofício da A.A. Barriga Verde, fotos da coleção de Dalmo Mendes Faísca.

Barriga Verde de Laguna SC


O Barriga Verde, de Laguna, foi uma das mais tradicionais agremiações do futebol catarinense. Da família Baião ao campeão do mundo Mengálvio, revelou muito jogador para o futebol.

Mengálvio, catarinense de Laguna, em 1959 foi para o Aimoré, de São Leopoldo (RS), e de lá para o Santos, onde atuou ao lado de Pelé. Aqui está a equipe lagunense em 1958, com Mengálvio, o segundo agachado da esquerda para a direita.

Fonte: DC

Figueirinha de Três Riachos (SC)

Este é o escudo do Figueirinha Futebol Clube da comunidade de São Marcos ( Três Riachos), que disputa o Campeonato da Comarca de Biguaçu (SC).

O clube nasceu de maneira informal em 1975. Os amigos encontravam-se a0s domingos para jogar – muitos descalços – uma pelada. A fundação oficial foi em 21 de fevereiro de 1976.

O primeiro campo foi construído num pasto, ao lado de um riacho, situado em terreno próximo de um arrozal. Antes dos jogos a garotada era “convocada” para retirar as fezes dos bois que pastavam no local.

Acompanhei o nascimento deste time, joguei no infantil (uniforme era um luxo que não havia). Atuei até de gandula. Quando o Figueirinha jogava e a bola caía no rio ou no mato, a garotada disputava para ver quem recuperava mais rapidamente  a “bola 5 de pneu”.

O prazer de devolvê-la ao campo com um chute valia o esforço. No intervalo a gente fazia disputa de penaltis (mas nunca jogamos quatro consecutivos para fora) e cruzamento.

Em determinado dia um garoto chutou a bola num fio de arame farpado. A única bola furou e o jogo não teve segundo tempo.

O mentor e um dos fundadores do clube foi meu tio e padrinho Reduzino Furtuoso, o Gino. O diminutivo no nome foi uma homenagem ao seu querido Figueirense de Florianópolis, que naquela época participava do Campeonato Brasileiro.

O time ficou décadas jogando apenas jogos amistosos e festivais. Até as mulheres resolveram vestir a camisa alvinegra. Em 2007, elas o título do Campeonato de Futebol Feminino de Antônio Carlos.

Em 2009, o Figueirinha (agora Associação Esportiva Recreativa e Cultural Figueirinha FC) estruturou-se e começou a participar dos campeonatos promovidos pela Liga da Comarca de Biguaçu – Licob.  A torcida é a que mais vibra entre os times do município.

Time do Figueirinha na Licob em 2009

Foto: Adalberto Klüser /Arte do escudo: Priscila Klüser

Histórias de Lauro Soncini

Lauro Soncini (foto), já falecido, narrava jogo do Avaí em Itajaí, na década de 1960, no estádio do Barroso. Um torcedor surge na cabine e ameaça o narrador com um revólver:

– Diz aí que as praias de Itajaí são mais bonitas do que as praias da Capital.

Soncini não perdeu tempo:

– Torcida catarinense, aqui da cabine eu vejo algumas praias de Itajaí, e como são lindas, mais bonitas do que essas aí de Florianópolis.

O torcedor passou o jogo todo fazendo exigências. Tudo era mais bonito e melhor em Itajaí. A cidade, os times, as praças… Pouco se falava do jogo. Luiz Osnildo Martinelli, que estava de plantão na rádio naquele dia, percebeu que havia alguma coisa errada. Comentarista e repórter não falavam. O homem do revólver proibiu chamar alguém, só o Lauro Soncini falava.

Martinelli ligou para Camilo Mussi, ex-presidente do Barroso, e contou-lhe a história. Mussi foi ao estádio. Ao entrar na cabine, ficou apavorado com o tamanho do revólver.

– O que queres aqui? Fica quieto no teu canto e não abre a boca – ameaçou o visitante.

A história terminou na delegacia, onde descobriu-se que a arma era de brinquedo.

Fonte: DC