Arquivo da categoria: Rio de Janeiro

Inédito! Club Athletico Praiano – Rio de Janeiro (RJ): Fundado nos anos 30!

O Club Athletico Praiano foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O Grêmio da faixa azul” foi Fundado no início da década de 30. A sua Sede ficava localizado no bairro de Ipanema, na Zona Sul do Rio.

Alguns presidentes: Sr. Ubiratan Napoleão (1933), Jorge Dias Vaz (1937). Além do futebol, o clube também possuía uma equipe de ciclismo, natação e atletismo.

O seu grande rival era o Oceano Football Club. Quando se enfrentavam os jornais destacavam o clássico como “O Fla-Flu de Ipanema”.

Em 1935 e 1936, disputou o Campeonato Carioca do Sport Menor (Campeonato Inter-Clubs), pela chave Zona Zona Sul, patrocinado pelo Gazeta de Notícias.

Uma das últimas notícias sobre o Club Athletico Praiano aconteceu no domingo, do dia 22 de maio de 1938, enfrentou o Ceres Futebol Clube, no bairro de Bangu, na Zona Rural (atual Zona Oeste).

Algumas Formações

Time de 1936: Geraldo; Marques e João; Severiano, Thomé e Elpídio; Odilon, Antônio, Cardeal, Soares e Sylvo.

Time de 1937 (Primeiros Quadros): Benedicto; Nacional e Nariz; Rapha (Mosquete), Thomé e Sylvio; Bahiano, Antonico, Dorico (Aurelio), Cardeal e Paulista.

Time de 1937 (Segundos Quadros): Geraldo; Torgado (Donô) e China (Mô); Jorge, Henrique e Cabral; Odilon (Albino), Artelino (Toni), Tião, Olegário (Mario) e Vivi.

 FOTOS: Álbum Bala Favorita de 1935 – Time posado (Gazeta de Notícias)

 FONTES: A Noite (RJ) – Beira-Mar: Copacabana, Ipanema e Leme (RJ) – Diário da Noite (RJ) – Gazeta de Notícias (RJ) – Jornal dos Sports (RJ)

Foto rara de 1978: No dia que o Leite Glória derrotou o poderoso America Football Club, do Rio (RJ)

Após o encerramento do Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1978, os clubes cariocas, como de costume naquela época, realizavam uma série de amistosos a fim de arrecadar dinheiro para manter e poder pagar o seu elenco. E, nesses jogos eram comuns os grandes clubes enfrentarem equipes menores no interior do Rio e, até equipes amadoras.    

E, no America Football Club – então treinando no Estádio Volnei Brauney, no bairro do Andaraí – confirmou uma série de amistosos, dentre eles, contra o Grêmio Recreativo Esportivo Glória.  

E quem era o GRE Glória ou Leite Glória? Foi uma agremiação Fundada em 1971, por funcionários da fábrica Leite em Pó Glória. A sua Sede e o campo ficavam localizados dentro da empresa, na Avenida Presidente Dutra, nº 733, na Cidade Nova, em Itaperuna, no Noroeste Fluminense do estado do Rio de Janeiro.  

O elenco do Leite Glória, todos trabalhavam na empresa, onde disputavam o Campeonato Citadino de Itaperuna, no qual lideravam o certame. E, convidaram o poderoso America do Rio para um amistoso.

A diretoria do Mecão acertou quatro amistosos: 7 de dezembro diante do Leite Glória, em Itaperuna; 10 de dezembro diante do Serrano, em Petrópolis; 14 de dezembro diante do Seleção de Três Rios, em Três Rios; 17 de dezembro diante do Volta Redonda, na cidade do Aço. O America recebeu Cr$ 120 mil por apresentação.

Clube da Campos Sales seguiu para O Noroeste do estado

A delegação americana seguiu num ônibus especial, às 8 horas da manhã da quarta-feira, do dia 06 de dezembro de 1978, onde ficou hospedado no Hotel Raposo, localizado a 20 km de Itaperuna. Hoje, com as estradas numa condição melhor, essa mesma viagem demora mais ou menos em 5 horas e 18 minutos, aproximadamente 318,2 km (via BR-116 e BR-393).

Para essa partida, o técnico Jaime Valente aproveitou para levar alguns jogadores juvenis: os zagueiros Zé Paulo, Lauro e Jorge Lima; o apoiador Duarte e o goleiro Jurandir. Completando os reservas: Álvaro, Peixoto e Silvinho, por terem nascido na cidade e o zagueiro Alex, foram homenageados pela Prefeitura de Itaperuna.

Deu Leite Glória na cabeça!

 
EM PÉ (esquerda para a direita): Zé Luiz, Expedito, Célio, Mário Venâncio, Adênis e Capucha.
AGACHADOS (esquerda para a direita): Daniel, Pacote, Alcebíades, Fofinho e Adãozinho.

A partida foi realizada naquela noite (06/12/1978), às 21 horas, no Estádio Jair Bittencourt, no Centro de Itaperuna. E, para a surpresa de muitos, o time valente e aguerrido do Leite Glória acabou derrotando o America do Rio pelo placar de 2 a 1, levando o bom público presente ao delírio!

O America começou melhor e abriu o marcador aos 23 minutos, por intermédio de Léo Oliveira. A alegria só durou por nove minutos, quando o ponta direita Daniel deixou tudo igual aos 32 minutos. Sete minutos depois, pênalti a favor do Leite Glória! Fofinho, cobrou com categoria, estabelecendo a virada. Na etapa final, o America até tentou, mas esbarrou no bom sistema defensivo do GRE Glória.

Fim de jogo, e, certamente, o Grêmio Recreativo Esportivo Glória festejou a maior vitória da sua história. Após a partida, os donos da casa receberam o  Troféu Prefeito Orlando Tavares (então prefeito da cidade de Itaperuna, entre 1977 a 1983. Essa era a terceira vez que Orlando Tavares tinha sido prefeito da cidade. Antes foi prefeito em 1962 e 1967 a 1971).

O America, que recebeu a cota de Cr$ 60 mil (sessenta mil cruzeiros) pela partida, retornou ao Rio, na manhã da quinta-feira, dia 07 de dezembro de 1978. Para o Mecão apenas mais um amistoso, mas para os jogadores do Leite Glória uma eterna e linda lembrança!

America: Carlos Afonso; Zé Paulo (Alex), Heraldo, Jorge Lima e Jorge Valença; Wilson, Léo Oliveira e Silvinho; Hugo, Paulo César e Renato. Técnico: Jaime Valente.

GRE Glória: Adênis; Mário Venâncio, Expedito, Zé Luís e Capucha; Célio, Pacote e Alcebíades; Daniel, Fofinho e Adãozinho. Técnico: Ayres Lopes.

Colaborou: Orlindo Farias, de “Retratos do Futebol Fluminense”

FOTO: Acervo de Aryllion Magalhães Queres

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – O Fluminense (RJ) – Tribuna da Imprensa (RJ)

Inédito!! Penha Circular Football Club – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1929

O Penha Circular Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado na quarta-feira, do dia 1º de Maio de 1929, com o nome de  Sport Club Penha Circular.

A sua Sede ficava localizada na Travessa Melchiades, nº 18, na Penha Circular, na Zona Norte do Rio, inaugurada na noite de sábado, do dia 29 de outubro de 1932. Posteriormente, se mudou para a Rua Francisco Ennes, nº 133, na Penha Circular, na Zona Norte do Rio.

Além do futebol, o Penha Circular ainda disputava as competições no Ping-Pong (Tênis de Mesa). Na terça-feira, do dia 13 de Julho de 1932, foi instalado uma Junta Governativa para dirigir durante algum tempos destinos do clube.

Presidente – Eleuterio Cavalcanti;

Thesoureiro – Alfredo Santa’Anna;

Secretario – Rubens Mendonça;

Procurador – Mario Seccarelli;

Diretor Sportivo – Humberto Magalhães.

Em agosto de 1933, estava participando das competições organizadas pela Liga Sportiva Athletica Leopoldinense (LSAL), com outras sete equipes: Athletico Club Cordovil, Rio de Janeiro Football Club, Magé Football Club (sede na Rua Magé, nº 8, na Penha), Alliados da Penha Football Club, Alliados do Ideal Football Club, Belisario Penna Football Club, Cortume Carioca Football Club (Penha).

No final, Magé ficou com o título, enquanto o Alliados do Ideal ficou com o vice. Nos Segundos Quadros, o campeão foi o Cordovil, enquanto o Magé terminou em segundo lugar. No Torneio Início da LSAL, Alliados do Ideal levantou a taça, quando bateu na final o Cordovil.

Já em 1934, o Magé Football Club ficou o título, com o Athletico Club Cordovil terminou com o vice. Nos Segundos Quadros as posições se inverteram: o Athletico Club Cordovil foi o campeão, enquanto o Magé Football Club ficou em segundo lugar.

Classificação Final (Primeiros Quadros)

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Magé F.C.21121011   
Rio de Janeiro1212525   
Cordovil1012345   
Alliados do Ideal912336   
Penha Circular81248   
Belisario Penna512219   

Classificação Final (Segundos Quadros)

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Cordovil2312111   
Magé F.C.1912912   
Alliados do Ideal1812741   
Rio de Janeiro1012426   
Penha Circular812246   
Belisario Penna612228   

Em 1935, disputou o Campeonato Carioca do Sport Menor, pela chave Zona da Leopoldina.

Em 1938, “Sport Club Penha Circular” era filiado a Liga de Sports da Penha, subordinado a Federação Athletica Suburbana (FAS). Participaram sete clubes: Maravilha Football Club (Penha), Associação Sportiva Penha, União da Penha Football Club, Em Cima da Hora Football Club, Fortaleza Football Club (Penha) e Sport Club Independente.

Algumas formações

Time base de 1930: Bahiano; Pedro e Ernani; Mario, Targino e Bacurau; Negrito, Humberto, Casanova, Oliveira e Gallo.

Time base de 1932 (Primeiros Quadros): Ramos (Waldemiro); Enéas (Antônio) e Broquella (Chatô ou Light); Armando (Mario), Neves (Odilon) e Corrô (Bacurau ou Bidiu); Helio (Bolão), Octacilio (Oswaldo), Jayme (Domingos), Tito (Barata ou Russo) e Gilberto (Caio).

Time base de 1932 (Segundos Quadros): Marcos (Propheta ou Maroca); Juca e Gaúcho (João II); Arthur II (Barcellar), Humberto (Mario) e Bahia (Bacellar); Negrito (Lecarelli), Mendes (Arthur I), Mendonça, João II (Cotocô) e Benjamin (Furquilha).

Time base de 1933 (Primeiros Quadros): Ramos (Cap. Ou Aymoré); Eduardo (Carola) e Chatô (Ismael); Mario, Odilon (Andrade) e Gallo; Armando (Bombeiro), Oswaldo (Humberto), Targino (Aguiar), Dominguinhos (Sabino) e Alfredo (Caio).

Time base de 1933 (Segundos Quadros): Vicente; Juca e Viz; Arthur, Nunes (Baptista) e Armando; Arlindo, Alcino, Delphim, Jayme e Geraldo.

Time base de 1934 (Primeiros Quadros): Waldemar; Caio e Andrade; Theophilo, Angelo e Walfrido; Bolão, Oswaldo, Alvarenga, Sabino, Gallo, Alcino e Mario I.

Time base de 1934 (Segundos Quadros): Arthur II; Antonio e Coelho; Carlos, Manoel e Nunes; Mario, Gilberto, João, Geraldo e Arthur I.

Time base de 1935: Moraes (Quincas); Bolinha e Eduardo (Arnaldo); Mario (Cap.), Humberto (Viz) e Walfrido; Bolão, Jayme, Ângelo, João e Gallo (Sabino).

Time base de 1936: Moraes (Joaquim); Bangu (Batico) e Walfrido; Estrella (Edwiges), Humberto (Mosquito ou Aloysio) e Mario II (Viz); Bolão (Barata), Mario I (Waldimiro), Jayme, João e Nilo (Netto).

Time base de 1937: Tinoco; Vadinho e Mineiro; Humberto, Cadinho e Barata; Bolão, Sabino, Jayme, João e Esquerdinha.

Time base de 1938: Moraes; Alfredo (Bebê) e Tamarino; Targino (Fernando), Joaquim e Ruy (Barata); Bolão, Cláudio, Jayme, Sabino (Russo) e Esquerdinha.

IMAGEM: Álbum Bala Favorita de 1935

FONTES: A Manhã (RJ) – Diário Carioca (RJ) – Diário da Noite (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Jornal (RJ) – O Radical (RJ)

Primavera Futebol Clube – Queimados (RJ): Fundado em 1963

Por André Luiz Pereira Nunes

O Primavera Futebol Clube é uma agremiação do município de Queimados, situado na Baixada Fluminense do estado do Rio de Janeiro. Com uma população de 152.311 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2021, está a 45 km de distância da capital do Rio.

Fundado no domingo, do dia 15 de setembro de 1963, a sua Sede está situada na Rua Queimados, nº 26, no bairro Primavera, em Queimados. As suas cores: verde e branca. Seus maiores rivais são o Vila Central, Delamare e o Dragagem.

Na década de 70, o Primavera disputava o Campeonato Citadino Iguaçuano da Segunda Divisão, organizado pela Liga de Desportos de Nova Iguaçu (LDNI), onde teve o seu melhor desempenho.

Em 1974, o time se sagrou campeão Iguaçuano da 2ª Divisão, deixando o rival Intimidade, do Parque Flora, com o vice-campeonato.

Vale ressaltar que Campeonato Citadino Iguaçuano da Segunda Divisão era composta por equipes cujos campos eram abertos, ou seja, não eram murados. Para ascender à elite, precisavam, não só ganhar a Segundona, como reformar seu campo ou alugar algum em condições exigidas.

Atualmente, o Primavera se encontra filiado à Liga de Desportos de Queimados e disputa preferencialmente as competições de veteranos. Atualmente é presidido por Nilton de Souza.

FONTES: Diversos jornais do Rio

Fraternidade Futebol Clube – São João de Meriti (RJ): Fundado em 1956

Por André Luiz Pereira Nunes

O Fraternidade Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de São João de Meriti, situado na Baixada Fluminense do estado do Rio de Janeiro. Com uma população de 473.385 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2021 está a 25 km da capital do Rio.

Fundado no domingo, do dia 1º de janeiro de 1956. O Fraternidade foi uma tradicional agremiação social-esportiva do bairro de Venda Velha, em São João de Meriti, e criado pela família Teles de Menezes, a mesma que dá nome a bairros e logradouros da cidade, como Vilar dos Teles.

Tradicionalmente o clube era composto por diversos membros da família. Sua sede, localizada na Rua Quintino, 18, era colada à garagem de ônibus da empresa Beira-Mar. Já o campo ficava em frente. Hoje essa praça de esportes é ocupada pelo antigo depósito do extinto supermercados Sendas, filial 49.

Pedro Jeremias da Silveira Menezes, conhecido como Doquinha, foi o principal mantenedor da agremiação ao longo dos anos.

O Fraternidade mantinha forte rivalidade no bairro de Venda Velha e arredores com outras equipes tradicionais da cidade como Olímpico, Santana, Sumaré, Palmeirinha, Novo Brasil, entre outras.

O time se filiou e disputou diversos certames promovidos pela Liga de Desportos de São João de Meriti, sobretudo nos anos 70 e 80 e revelou atletas, como Nei Conceição, Osmar, Nílson Dias e Puruca.

Em 1974, o Fraternidade se sagrou vice-campeão da segunda divisão do campeonato meritiense ao capitular numa melhor de três pontos diante do Trio de Ouro.

Foto da antiga Sede do Fraternidade

O time-base era formado por Delson; Izidro, Paulo, Zé Carlos e Arsênio; Luiz Alavanca e Camilo; Bira, Jorge, Romualdo e Hermes. O segundo lugar, contudo, foi suficiente para ascender a equipe para a divisão principal de São João de Meriti.

O Fraternidade disputou a primeira divisão de São João de Meriti, sem brilho, em 1975 e 1976. A partir de 1977, a equipe passou a disputar também a categoria de veteranos e juvenil, promovida pela liga local.

Em 1979, retorna pela última vez à disputa da primeira divisão meritiense. Seu time-base era formado por Crispim; Cambura, Roger, Bonga e Antônio; Buda e Souza; Cacareco, Edmur, Jorge e Nazário.

Contudo, por falta de estrutura, sua campanha é bastante insatisfatória, tendo faltado a vários jogos da tabela, inclusive na categoria juvenil, sendo eliminado do certame juntamente com o Vila Jurandir.

O Fraternidade, portanto, passa a se dedicar apenas à categoria de veteranos até 1982, quando cessam as suas atividades.

Zuza e Leco, atletas do clube

Até hoje os mais antigos sentem falta das rodas de conversa e das tardes musicais do clube, um dos mais renomados de Venda Velha.

FONTES: Diversos jornais do Rio de Janeiro

Intimidade Futebol Clube – Nova Iguaçu (RJ): Fundado em 1972

Por André Luiz Pereira Nunes

O Intimidade Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Nova Iguaçu (população de 785.867 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2022), situado na Baixada Fluminense do Estado do Rio de Janeiro.

História

Fundado no domingo, do dia 17 de setembro de 1972, o Rubro-negro do Parque Flora, o “Amor do Parque“, como era chamado pelos seus inúmeros torcedores e admiradores, foi uma das maiores expressões do futebol iguaçuano.

Sua sede ficava localizada na Alameda Acássia, nº 11, no bairro de Parque Flora, onde eram realizados inúmeros bailes dançantes, festas e solenidades, onde lotavam os salões do clube.

O Intimidade se notabilizou ainda por uma imensa claque de torcedores e torcedoras, que compareciam em massa aos jogos para incentivar os atletas. E estes, por sua vez, não decepcionavam. O time promoveu memoráveis campanhas nos anos em que esteve presente nos certames promovidos pela Liga de Desportos de Nova Iguaçu (LDNI).

Claudeci, o “Truaca”

Vice-campeão de 1974

Sua estreia ocorreu em 1974 no Campeonato Citadino de Nova Iguaçu da Segunda Divisão. Vale frisar que os times que não possuíam campos fechados, atuavam no segundo escalão, caso do Intimidade. Nesse mesmo ano, a agremiação, então comandada pelo lendário treinador Manuel Robalinho, se classificou para a fase final da competição juntamente com o Unidos de Santa Rita e o Primavera, de Queimados, se sagrando vice-campeão ao capitular diante dos queimadenses.

A agremiação foi eleita como clube-revelação de 1974 da Liga de Desportos de Nova Iguaçu. Sua importância era tamanha que seus atacantes Muçum, Dibarro e Paulo Preto, mesmo atuando num clube da Segunda Divisão de Nova Iguaçu, eram convocados para a Seleção Iguaçuana, que na época disputava o campeonato municipal de seleções.

Seu time-base de 1974 era composto por Bira; Joviano, Itamar, Cici e Rudá; Mair e Gico; Camundongo, Dibarro, Muçum e Paulo Preto. Técnico: Manoel Robalinho.

Vice-campeão do II Torneio de Integração Otacílio Rezende de 1975

Em 1975, o Intimidade foi convidado a integrar o II Torneio de Integração Otacílio Rezende, promovido pelo Departamento Autônomo (DA) e a Liga de Desportos de Nova Iguaçu. O certame ainda contou com as participações do Nova Cidade, de Nilópolis, Roial, da Ilha do Governador, e Anchieta. Os nilopolitanos foram os vencedores do torneio, enquanto o Intimidade, surpreendentemente, ficou com o vice-campeonato.

Outro Vice na Segundona Iguaçuana de 1975

Na categoria principal, o time foi novamente vice-campeão ao capitular por 3 a 0 diante do Unidos de Santa Rita, que se sagrou vencedor. Ambos teriam o direito de ascender à elite do futebol iguaçuano, mas apenas o campeão resolveu disputar a Primeira Divisão, pois a ascenção acarretava em inúmeros gastos em reforma ou aluguel de campo fechado.

Seu time-base: Bira; Joviano, Rudá, Cici e Itamar; Mair e Gico; Camundongo, Di Barro, Paulo Preto e Muçum. Técnico: Jorge Pousada.

Campeão Inédito da Segunda Divisão de Nova Iguaçu de 1976

Em 1976, finalmente o Intimidade colocou as suas mãos na taça ao bater o São Lázaro, de Vila de Cava, por 3 a 1. Seu time-base era: Bira; Paraná, Zé Antônio, Itamar e Nair; Cici e Israel; Badeco, Avestruz, Rudá e Sérgio. Técnico: Alípio Moura.

Mais uma vez o time não quis ascender à Primeira Divisão do Campeonato Citadino de Nova Iguaçu devido à falta de recursos. Apenas o São Lázaro utilizou desse direito.

Campeão Citadino de Aspirantes de 1978

Em 1977, o Intimidade ficou fora da fase final da Segunda Divisão Iguaçuana ao perder a vaga, no tribunal, para o Cajueiros. O campeão daquela edição foi o Canarinhos. O time-base foi: Beline; Moacir, Zé Antônio, Luizinho e Paulo; Rudá, Cristiano e Alcântara; Samuel, Cici e Edson

Em 1978, ocorreu outra campanha aquém do esperado para o Rubro-negro do Parque Flora. O vencedor daquela edição foi o Arrastão, de Mesquita, e vice, o Social Júnior.

Contudo, o time, comandado por Joviano, venceu o Campeonato de Aspirantes (segundos quadros), em 1978.  No mesmo ano, o “Amor do Parque” se sagrou campeão invicto, de segundos quadros (aspirantes) ao bater o Aliados, no campo deste, em Santa Eugênia, pelo placar de 5 a 1.

Bicampeão Iguaçuano da 2ª Divisão  

Em 1979, depois de uma campanha de 7 meses, o Intimidade se consagrou novamente campeão do Campeonato Citadino de Nova Iguaçu da Segunda Divisão, disputada inicialmente por 22 clubes.

A fase final, no entanto, foi integrada ainda por Palmares, Cajueiro, Divineia, Ouro Fino, Iguaçuano (ex-Funeral), Interlúcia e Vila São Miguel. O time-base campeão era composto por Jaudeir; Joviano, Parará, Zé Luiz e Carlão; Joca, Aurélio e Muçum; Rudá, Dibarro e Henrique. Técnico: Demétrio

Em seu último jogo, na fase final, a equipe goleou o Cajueiro por 4 a 0, no campo do Cabuçu e a festa se estendeu até de madrugada na sede e nas ruas do Parque Flora.

Debuta da Elite do Futebol Iguaçuano, se sagrando campeão nos Aspirantes

Em 1980, finalmente o Intimidade estreou na elite do futebol iguaçuano. O time era composto por Maurício; Joviano, Adonias, Mauricinho e Carlão; Joca, Luquinha e Muçum; Henrique, Dibarro e Benjamin. Técnico: Demétrio.

O “Amor do Parque” fez campanha bastante ruim, tendo a defesa mais vazada. O campeão foi o Morro Agudo e vice o Laterizi. No mesmo ano o time novamente vence os segundos quadros (aspirantes).

Clube se licencia do Campeonato Iguaçuano

Em 1981, o clube declinou da disputa da Campeonato Citadino de Nova Iguaçu da 1ª Divisão, participando apenas do Torneio da Amizade, entre times que estavam fora da Copa da Baixada, e composto também por Cabuçu, Heliópolis e Aliados.

O Intimidade sofreu várias derrotas e retumbantes goleadas, sendo essa a pior fase de sua história. Seu time era formado por Cláudio; Joviano, Jorge Teixeira, Valdecir e Carlão; Joca, Garrote e Muçum; Henrique, Luquinha e Cléber. Técnico: Jorge Pousada.

A sua última aparição no futebol, em 1982

Em 1982, de volta à Segunda Divisão do Futebol Iguaçuano, o Intimidade não chegou à fase final do certame. Foi a última participação do clube no campeonato iguaçuano.

Crise acaba colocando um ponto final no Intimidade

Em 1983, não só a agremiação, como a Liga de Desportos de Nova Iguaçu estavam em profunda crise. No caso da entidade que rege o futebol do município, a gestão de Nilton Casimiro era extremamente contestada devido a vários fatores, tais quais, a demora dos recursos julgados pela Junta de Justiça Desportiva, a qualidade da arbitragem e o consequente afastamento de clubes como Morro Agudo, Cabuçu, Potyguar e o próprio Intimidade, além de outros que se profissionalizaram, como Miguel Couto e Heliópolis.

No que tange ao Intimidade, a antiga direção, capitaneada por nomes históricos, como Joviano Henrique de Souza Filho, Luiz Pousada e Wanderley, deu lugar a uma nova administração que só afundou o clube, culminando por encerrar as suas atividades.

Uma linda história que deixou saudades

O Intimidade Futebol Clube, reconhecido como de utilidade pública em 27 de setembro de 1974, e das festas, pagodes, carnavais, do bloco Unidos do Flora, ficou definitivamente no passado.

Sua sede se encontra abandonada até os dias de hoje. A alegria e a pujança são relembradas pelos antigos sócios e admiradores que lamentam o fim deste tão simpático clube, responsável pela união de tantas famílias e pela alegria de tantas pessoas.

FONTES: Diversos jornais cariocas

Escudo raro de 1948: Tamoyo Esporte Clube – Cabo Frio (RJ)

O Tamoyo Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Cabo Frio, importante parte da rota de turismo fluminense, localizado na Região dos Lagos no estado do Rio de Janeiro. A sua distância para a capital do Rio é de 155 km, e conta com uma população de 222.161 habitantes, segundo o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022.

Sede da agremiação Tricolor (Verde, branco e vermelho) está localizada na Avenida Nilo Peçanha, nº 153, no Centro de Cabo Frio. Fundado  no sábado, do dia 13 de Novembro de 1915, sob o nome de Tamoyo Football Club, que foi uma homenagem aos bravos índios que habitaram Cabo Frio.

Na segunda-feira, do dia 31 de outubro de 1927, alterou o nome para Tamoyo Sport Club. Cerca de duas décadas depois, mais precisamente na quarta-feira, do dia 18 de setembro de 1946, o clube voltou a mudar para a nomenclatura atual: Tamoyo Esporte Clube.

No História do Futebol já apresentamos o escudo do Tamoyo Football Club, depois o distintivo Tamoyo Sport Club, e nesta postagem a transição do aportuguesamento do nome em meados dos anos 40.

Onze vezes campeão Citadino de Cabo Frio

Na esfera do futebol, o Tamoyo Esporte Clube, já disputou diversas edições do Campeonato Citadino de Cabo Frio, organizado pela Liga Cabofriense de Desportos (LCD – fundada em 1941), sendo Hendecacampeão (11 vezes): 1928, 1929, 1934, 1940, 1941, 1942, 1953, 1954, 1955, 1965 e 1970. Já pelo Torneio Início da LCD, faturou três títulos: 1931, 1932 e 1965.

Duas edições no Campeonato Fluminense de Futebol

No âmbito estadual, participou do Campeonato Fluminense de Futebol, em duas oportunidades: em 1941 (terminando na 5ª colocação, no geral) e 1942 (fechando em 10º lugar, no geral).

Três participações na Terceirona do Rio

O Tamoyo disputou o Campeonato Carioca da 3ª Divisão, organizado pela FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), em quatro oportunidades: 1982 (8º lugar, no geral) , 1983 (4º lugar, no geral) , 1985 (5º lugar, no geral)  e 1986.

Futsal

O Tamoyo também possui um histórico expressivo no Futsal (antigo Futebol de Salão), onde é considerado um dos clubes mais tradicionais do Estado do Rio. Em 2015, ano em que completou seu centenário, disputou o Campeonato Estadual Sub-20.

FOTO: Acervo de Marcelão Marcelo Santos, ex-goleiro da Cabofriense

FONTES: site do clube – Estatuto – Futebol Nacional

Escudo raro de 1970: Pavunense Futebol Clube – Rio de Janeiro (RJ)

O Pavunense Futebol Clube é uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede social e o Estádio Arnaldo de Sá Mota (Capacidade: 1.200 pessoas) ficam localizados Avenida Sargento de Milícias, nº 901, no bairro da Pavuna, na Zona Norte do Rio de Janeiro/RJ.

O “Verde Ouro Pavunense” foi fundado no domingo, do dia19 de agosto de 1923, com o nome de Pavunense Football Club. Não confundir com outro clube do bairro chamado Sport Club Pavunense, que não existe mais.

Em 1930, a Sede social ficava na Rua Maria Joaquina, nº 58, na Pavuna. Em 1931, a sede do clube passou para a Rua Judith Guerra, nº 24, na estação da Pavuna. Na década de 30, a sua Praça de Esportes ficava situado na Praça Nossa Senhora das Dores, na Pavuna.

Nasce o Rancho Carnavalesco

Ernesto dos Santos, conhecido por “Dois de Ouro” com o consentimento do presidente do clube reuniu um grupo de associados a fim de fundar no domingo, do dia 02 de dezembro de 1934, o Rancho Carnavalesco.  

Na sede social, quando o primeiro ensaio preparatório para o carnaval, o presidente do Pavunense mandou fechar a sede. Mesmo assim o grupo não se deu por vencido e realizou o ensaio do lado de fora do clube.  

Logo após ficou resolvido o desligamento da maioria dos associados, e fundado o Rancho Carnavalesco Sofres Porque Queres, idealizado por Ernesto dos Santos, conhecido por “Dois de Ouro”.

Departamento Autônomo

Em 1950, o Pavunense Futebol Clube se filiou ao Departamento Autônomo. Em 1979, foi campeão da Taça Cidade do Rio de Janeiro, competição promovida pelo Departamento Autônomo.

Foi campeão da categoria adultos da mesma competição em 1971, vencendo o Atlético Clube Nacional, de Guadalupe. Em 1977, foi vice-campeão ao capitular diante do Esporte Clube São José.

Em 1982, bateu o Oriente Atlético Clube, tendo como artilheiro o atacante Corrêa. No mesmo ano venceu a Taça Eficiência, a exemplo do ano anterior. Em 1983, sagrou-se campeão de juniores.

Período na esfera profissional

Em 1989, estreia no profissionalismo ao disputar o Campeonato Estadual da 3ª Divisão de Profissionais. Fica apenas em 6º lugar no seu grupo, não se classificando para a fase final, ao ficar atrás de Entrerriense Futebol Clube, Céres Futebol Clube, Tamoio Futebol Clube e Portela Atlético Clube.

Em 1990, volta a disputar a mesma divisão com uma campanha bem melhor. É o líder na primeira fase, classificando-se, mas na fase final fica em 4º lugar, atrás de Tupy Sport Club, Céres Futebol Clube e Esporte Clube Maricá.

Em 1991, a antiga Terceira Divisão torna-se Segunda com a criação do Módulo “B” da Primeira Divisão. O Pavunense classifica-se em primeiro em seu grupo na fase inicial do campeonato, mas fica apenas em quarto lugar na classificação final, repetindo a boa campanha do ano anterior. Na sua frente ficaram Saquarema Futebol Clube, Olympico Futebol Clube e Canto do Rio Foot-Ball Club.

Em 1992, na Segunda Divisão, é terceiro em seu grupo, ficando atrás do Serrano Foot Ball Club e Bayer Esporte Clube classificando-se para a segunda fase.

Nesta, classifica-se em segundo lugar, atrás do Heliópolis Atlético Clube e vai para a fase final do certame quando acaba eliminado em terceiro lugar, atrás de Serrano e Heliópolis na chave “A”.

Em 1993, se licencia das competições profissionais, voltando no ano seguinte na mesma Segunda Divisão. Em 1994, é eliminado na primeira fase da competição ao ficar apenas em sétimo em seu grupo.

Celeiro de Craques

Advém então um longo período de inatividade de seu departamento de futebol profissional. A agremiação revelou nomes de vulto para o futebol como Osmar Guarnelli; Manguito; Juary; Ney Conceição e João Paulo (ex-Santos Futebol Clube e Clube de Regatas do Flamengo); Luiz Henrique (ex-Palmeiras); Luís Fernando (ex-Fluminense); Serginho Filho (ex-Madureira).

Títulos

1971 e 1982 – Campeão do Departamento Autônomo;

1971 – Vice-campeão do Torneio Início do VI° Campeonato Carioca de Veteranos do jornal Luta Democrática;

1969 – Campeão da I Taça Guanabara de Futebol Amador, categoria adultos;

1970 – Campeão da II Taça Guanabara de Futebol Amador, categorias adultos e juvenil;

1977 – Vice-campeão do Departamento Autônomo;

1979 – Campeão da Taça Cidade do Rio de Janeiro (Departamento de Futebol Amador da Capital);

1980 – Vice-campeão estadual de Veteranos do Departamento de Futebol Amador da Capital;

1980 – Vice-campeão do Torneio Início (Taça Aloísio Rodrigues) de veteranos do Campeonato Estadual, promovido pelo DFAC;

1982 – Campeão da Taça Eficiência (Departamento de Futebol Amador da Capital);

1983 – Campeão de Juniores do Departamento de Futebol Amador da Capital);

2019 – Campeão da Rio Copa, categoria sub 15;

Algumas formações:

Time base de 1931: Vasconcellos; Chico (Russo) e Adolpho (Macedo); Zezinho, Candido (Pedro Aredes) e Pestana (Oswaldo Pinto); Chilão (Herminio), Luciano (Sena), Cavallaria (Roque), Lobo (Rafael) e Vavao (Vino). Reservas: Cavalcante, Carneiro, Mandinho e Curuza.  

Time base de 1942: Zeca; Wilson e Seraphim; Vicente, Luciano e Osório; Carlinho (Alfredinho), Joãozinho, Nazary, Bidoca (Alemão) e Valete.

Time base de 1946: Iate (Tote); Vicente (Djalma) e Maciel (Nico); Carlinho, Haroldo (Clovis) e Osório; Bebeto (Waldemar), Alemãozinho (Walter II), Olegário (Carlinhos), Corujinha (Zezé) e Chico.

Time base de 1947: Tote (Jorge); Djalma e Muriel (Maciel); Carlos (Alcides), Haroldo (Freitas) e Osório; Bebeto (Roberto), Valdemar (Ary), Olegário, Augusto (Zeca) e Valter (Chico).

Time base de 1948: Jorge (Tote ou Fumaça); Reny (Bória) e Djalma (Nande); Lalao (Hélio), Haroldo (Souza) e Osório (Chico); Tiago (Bias), Alfredo (Tinteiro), Diogenes (Pires), Betinho (Graveto) e Valete (Lica ou Piolho).

Time base de 1949: Tote (Luiz Borracha); Americo e Djalma; Betinho (Carlinhos), Clovis e Osório; Bias, Diogenes (Julinho), Olegário (Chimbau), Osmar e Bebeto.

Time base de 1950: Divino (Zezinho); Djalma e Guaranhos (Lindo); Betinho (Valdir), Daú (Zezé) e Osório (Clovis); Bias (Timbolô), Zeca (Zé Maria), Diogenes (Walter), Ivan (Toinho) e Bebeto (Lica ou Jorge).

Time base de 1951: Jorge (Mão de Ferro ou Divino); Osmar (Di) e Diogenes (Daú); Betinho, Carlos Viana (Valdir) e Osório; José (Bias), Julinho (Zequinha), Nilo (Valdir Garrucha), Ivan (Banga) e Toinha (Lica).

Time base de 1961: Kaiser; Taminha, Neca, Ney, Osmar e Leonel (Boy); Zelito, Laranjeira, Valter, Wilson e Ivan.

FOTO: Acervo do ex-jogador João Paulo

FONTES: Wikipédia – A Manhã (RJ) – A Noite (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – Diário da Noite (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – Jornal do Brasil (RJ)