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20/02/1930 – 2º Jogo: Libertador (AM) 1 x 3 União Sportiva (PA)

Página do Jornal do Commercio anunciado a vitória da União Sportiva sobre o Libertador.

O próximo desafio da União Sportiva seria contra o Libertador, vice-campeão amazonense de 1929. O jogo se realizou no dia 20 de Fevereiro, numa Quinta-feira. Interessante é que, dois dias antes, os jogadores paraenses estiverem na sede do próprio Libertador, onde tiveram uma grande recepção com direito a uma bela homenagem das torcedoras do rubro-negro amazonense que atiraram nos visitantes pétalas de flores.

Apesar do comércio ter funcionado normalmente, grande número de torcedores se dirigiu ao Parque. Antes do jogo começar houve uma apresentação preliminar de quatro provas de atletismo praticado por praças do 27 Batalhão de Caçadores.

Às 16 horas ingressou no gramado o juiz Tácito Moura. Ao chamado do juiz, entraram em campo os dois times sob uma salva de Palmas. Antes do início do jogo, os jogadores paraenses atravessaram o campo e colocaram, cada um deles, uma fita com as cores alvinegras no peito dos jogadores amazonenses.

Esse gesto foi precedido de uma longa salva de palmas. Feito o sorteio, a saída coube à União. O chute de saída foi dado por Mem Xavier. Iniciada a partida, o atacante amazonense Marcolino teve a rótula da perna deslocada, sendo substituído por Miguel.

O jogador paraense Marituba, perseguido e pressionado, resolveu recuar a bola para o goleiro Listo, que não percebeu a intenção de seu colega de time. A bola acabou tocando na trave e desviado para dentro das redes, ocasionando um gol contra e abrindo a contagem para o Libertador.

Reiniciado o jogo, Miguel, do Libertador, foi substituído por Armandinho. Em uma rápida e bem combinada escapada da União, Reis assinalava o gol de empate de sua equipe. E assim terminou o 1º tempo empatado em 1 x 1.

Voltando os jogadores a campo para o segundo tempo, a saída foi dada pelo Libertador. Tininga, procurando anular o ataque da União, acabou tocando com a mão na bola. Marcado o pênalti, este foi cobrado por Marituba que chutou na trave.

Em outra escapada bem combinada dos atacantes paraenses, a bola foi aproveitada por Erberto que marcava o segundo gol da União, passando assim à frente do placar. Dado novamente a saída, é a vez de Paixão praticar uma falta em Tirteu.

Batida a falta por Aristheu, Reis recebeu a bola e a chutou contra as traves de Zé Lopes, assinalando o terceiro gol da União. O goleiro Zé Lopes, ao devolver a bola, machucou-se seriamente, sendo substituído por Levy. Lourena, ao perseguir Edgard, acabou fraturando o nariz após a chuteira do amazonense o acertar no rosto.

Devido a esse acidente, o jogo foi interrompido sendo o jogador paraense retirado de campo enquanto Edgard foi substituído por Miguel. Sem mais alteração no placar, o jogo foi finalizado às 18 horas e 5 minutos.

O time da União subiu à arquibancada e ali assistiu a entrega da Taça Mem Xavier da Silveira, a pedido do ofertante Inácio Ribeiro. Em seguida o secretário Paulo de Oliveira confiou a guarda do troféu à senhora Guiomar Cruz. Quanto ao jogador Lourena, o mesmo fez exames do nariz no hospital da Ben eficiente Portuguesa.

 

LIBERTADOR (AM)           1          X         3          UNIÃO SPORTIVA (PA)

LOCAL: Estádio Parque Amazonense, em Manaus (AM)

CARÁTER: Amistoso Nacional

DATA: Quinta-feira, 20 de fevereiro de 1930

ÁRBITRO: Tácito Moura

HORÁRIO: 16 horas (de Brasília)

PÚBLICO E RENDA: Não divulgados

LIBERTADOR: Zé Lopes; Tininga e Waldebrando; Paixão, Horácio e Fonseca; Miguel (Armandinho), Palheta, Rocha, Edgard e Marcolino.

UNIÃO SPORTIVA: Listo; Victor Lourena e Aristheu; João Lourena, Marituba e Tirteu; Reis, Joãozinho, Adolpho, Alcides e Erberto.

GOLS: Marituba, contra (Libertador); Reis (União Sportiva), no 1º Tempo. Erberto (União Sportiva); Reis (União Sportiva), no 2º Tempo.

 

FONTE : Gaspar Vieira Neto – Jornal do Commercio

 

16/02/1930 – 1º Jogo: Cruzeiro do Sul (AM) 1 x 1 União Sportiva (PA)

Finalmente, no dia 16 de Fevereiro de 1930, o alvinegro paraense faria sua estreia em gramados do Amazonas contra o Cruzeiro do Sul. Numerosa torcida compareceu ao Parque naquela tarde de domingo, e, antes do embate principal, houve um jogo preliminar entre os times reservas do Libertador e do Manaos Sporting que terminou com a vitoria do Libertador por 5 x 2.

Time do Cruzeiro do Sul, de 1930

Às 15 horas chegavam ao Parque, em automóveis, os jogadores da União Sportiva que ficaram na arquibancada vendo o final do jogo preliminar. Às 16 horas ingressava no campo o árbitro Francisco Oliveira. Logo depois chegava ao centro do campo o Tenente-Coronel Oliveira Góes, representante do governador, junto com Mem Xavier (mandatário da FADA).

A banda de música da polícia se fazia presente, tocando o seu vasto repertório musical. Entravam em campo os dois times, recebendo grande salva de Palmas. Depois,posaram para fotografias. O time visitante, por cada um de seus jogadores, empenhavam um cartaz com uma letra cada um,formando a inscrição “AMAZONAS-PARÁ“.

O jogo iniciou -se às 16 horas e 10 minutos sendo o chute de saída dado pelo representante do governador. A partida corria equilibrada quando o jogador Vinte e Sete abria a contagem para os visitantes. Em desvantagem, o time amazonense corria atrás do prejuízo quando Cyro, vendo o jogador Aristheu com a bola e indeciso para quem a passaria, resolveu avançar em direção ao zagueiro paraense.

Pressionado, Aristheu deu um passe para o goleiro Listo, mas o chute foi mal cronometrado e acabou marcando um gol contra, empatando para o Cruzeiro do Sul. E assim terminou o primeiro tempo em 1 x 1.

Começado o segundo tempo, começou a cair uma chuva torrencial, seguido de uma forte ventania, transformando o campo em um grande lago e prejudicando o andamento do jogo. Embora os dois times jogassem com afinco, em busca da vitória ,o placar não se alterou terminando empatado. Às 17 horas e 55 minutos acabava a partida, com ambas as equipes sendo muito ovacionadas pela torcida. À noite, os jogadores da União Sportiva visitaram a sede do Rio Negro, onde foram bem recebidos pelos diretores e associados do clube.

 

Página do Jornal do Commercio anunciando o resultado do primeiro jogo da União Sportiva em Manaus quando empatou com o Cruzeiro do Sul.

CRUZEIRO DO SUL F.C. (AM)   1          X         1          UNIÃO SPORTIVA (PA)

LOCAL: Estádio Parque Amazonense, em Manaus (AM)

CARÁTER: Amistoso Nacional

DATA: Domingo, 16 de fevereiro de 1930

ÁRBITRO: Francisco Oliveira

HORÁRIO: 16h10min. (de Brasília)

PÚBLICO E RENDA: Não divulgados

CRUZEIRO DO SUL: Elias; Caboclo e Waldemar; Pedro,Maluco e Lisboa; Cyro, Edgard, Leopoldo, Tácito e Augusto.

UNIÃO SPORTIVA: Listo; Victor Lourena e Aristheu; João Lourena, Marituba e Tirteu; Erberto, Joãozinho, Aristóbulo, Alcides e Adolpho.

PRELIMINAR: Libertador 5 x 2 Manaos Sporting

GOLS: Vinte e Sete (União Sportiva); Aristheu, contra (Cruzeiro do Sul), no 1º Tempo.

 

FONTE : Gaspar Vieira Neto – Jornal do Commercio

 

Em 1930, pela 1ª vez, a União Sportiva de Belém (PA) excursionou ao Amazonas

O Jornal do Commercio anunciando a chegada da delegação paraense em Manaus.

Após o sucesso da vinda do Paysandu à Manaus em 1929, a Federação Amazonense de Desportos Atléticos (FADA) tratou de convidar uma outra equipe paraense para se fazer presente a uma nova temporada futebolística ao Amazonas, em 1930. Dessa vez o convite foi feito à outra tradicional equipe de Belém daquela época, a União Sportiva. A União havia sido o vice-campeão paraense de 1929.

O clube era um dos mais antigos do Pará (foi fundado em 1906) e foi o 1º campeão dos dois primeiros campeonatos paraense da história (1908 e 1910). Feito o convite pelos amazonenses, a diretoria do clube alvinegro aceitou o novo desafio e tratou de organizar sua delegação que seguiria, pela primeira vez, para Manaus.

Organizada em definitivo a embaixada, os alvinegros embarcaram no navio a vapor Duque de Caxias, no dia 11 de Fevereiro de 1930. O senhor Sandoval Lage foi escolhido como presidente da delegação e como secretário, Paulo de Oliveira (que era redator do jornal O Estado do Pará).

Finalmente, a União chegava em Manaus na manhã do dia 15 de Fevereiro. Os representantes do governo e do prefeito (senhor Alcides Bahia) foram cumprimentá-los a bordo. Já no Porto se encontravam muitas pessoas e representantes das delegações dos clubes da cidade.

Ao desembarcarem, em companhia do senhor Mem Xavier da Silveira (presidente da FADA), os visitantes ficaram hospedados no Hotel Central. Depois de acomodados no local, fizeram um passeio de automóvel pela cidade onde visitaram o estádio Parque Amazonense, local onde seriam realizados todos os seus jogos.

Naquele mesmo dia 15 de Fevereiro, à tarde, o presidente Sandoval Lage e o secretário Paulo Oliveira, do clube visitante, visitaram a sede do Jornal do Commercio onde foram bem recebidos pelos redatores do jornal. Em uma reunião dos dirigentes da FADA e dos principais clubes de Manaus, ficou decidido que os adversários da União Sportiva seriam o Cruzeiro do Sul, Libertador e o Nacional.

FONTE : Gaspar Vieira Neto – Jornal do Commercio

Olaria Futebol Clube Recreativo – Belém (PA): Fundado em 1948

O Olaria Futebol Clube Recreativo é uma agremiação da cidade de Belém (PA). Fundado no dia 25 de dezembro de 1948 e reorganizado em 30 de outubro de 1961. A sua Sede própria fica situada na Rua 02 de Dezembro, 267; enquanto o Ginásio Esporte, fica na Passagem Furo do Maguari, 78; ambos  em Campina de Icoaraci (Icoaraci), em Belém.

O Olaria de Icoaraci participou do Campeonato Paraense da 2ª Divisão, organizado pela Federação Paraense de Futebol (FPF), em 1986. No dia 29 de maio de 2002, a Câmara Municipal de Belém (publicada no DOM nº 9.718) sancionou a Lei que fica reconhecido como de Utilidade Pública para o Município de Belém.

FONTES: Google Maps – Leis Municipais (Belém-PA)

Elo Marítimo (Belém) e a saga para chegar na primeira divisão

 

O Elo Marítimo, campeão de 3 edições da segundona paraense, brigou por quase 10 anos para conseguir disputar uma única edição do Campeonato paraense de Futebol, isso porque a Federação paraense de Futebol e a CBF impuseram condições rígidas, que muitos clubes não atendiam nos anos 1980.

Abaixo, segue uma nota do jornal Diário Do Pára, explicando um pouco da situação: