Arquivo da categoria: Amazonas

Escudo e uniforme Inéditos!! Atlético El-dorado Clube – Manaus (AM): Vice-campeão Estadual de 1949

O Atlético El-dorado Clube foi uma agremiação da cidade de Manaus (AM). A sua Sede ficava localizada na Rua Monsenhor Coutinho, s/n, no Centro da cidade. “Os Papagaios” foi Fundado no dia 28 de Setembro de 1941, pela família Rebelo de Souza.

O El-dorado jogava no Campo General Ozorio, onde participou do Campeonato Amazonense da 1ª Divisão, oito vezes: 1946, 1947, 1948, 1949, 1950, 1951, 1952 e 1953. Dentre essas edições a sua melhor colocação aconteceu em 1949, quando terminou com o vice-campeonato Estadual.

FONTE: Jornal do Commercio  

São Raimundo Esporte Clube – Manaus (AM): Modelo de 1964

O São Raimundo Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Manaus (AM). A sua Sede fica localizado na Rua 5 de Setembro, s/n, no Bairro de São Raimundo, em Manaus. O Tufão foi Fundado oficialmente no dia 18 de Novembro de 1918, logo após do fim do “boom” da Borracha em Manaus.

O nome deve-se ao bairro, que por fim deve este nome ao santo, que nasceu em 1204 na Espanha. O bairro em Manaus foi, por muito tempo, latifúndio da Igreja Católica, no século XIX, até que migrantes nordestinos viessem lá residir. São Raimundo está localizado à 200 metros do Centro Antigo de Manaus, separado deste pela Ponte Fábio Lucena, que só foi inaugurada em 1986.

Em 1915 Francisco Rebelo e o Professor Assis fundam o Risópolis Clube Recreativo. Mais tarde, em maio de 1918, mudam o nome para Risofóles, que meses depois acaba; transformando-se finalmente num nome que identificasse o proletário bairro, daí o nome de São Raimundo.

Alguns dos fundadores do São Raimundo são: Sr. Belmiro Costa, Sr. Olímpio Carvalho, Sr. Carlos Frederico, Sr. José Quincas, Sr. Vidal, Sr. Sena e Sr. Queiróz. O presidente desse novo clube era o “batalhadorFrancisco Rebelo.

O maior e mais ferrenho rival do “ Tufão – como o clube é conhecido – é o Sul América do bairro vizinho da Glória, que desde 1932. A 1ª Sede do São Raimundo localizava-se na mesma “Rua da Ponte“, rua 5 de setembro. Antes desta data, as reuniões eram em locais aleatórios.

O São Raimundo, ou “Mundico“, ou “Tufão“, ou ainda, “São Rai” só chegou na Primeira Divisão da antiga FADA em 1955, disputando no ano seguinte junto aos “grandes” de Manaus. Dono de uma torcida apaixonada, que mesmo quando o São Raimundo deixou de participar dos campeonatos amazonenses (de 1980 a 1983 e 1994 e 1995) nunca deixou de torcer pelo seu time e em ter esperança de sua volta aos gramados.

O São Raimundo, atuando a apenas 5 anos no profissionalismo arrebatou o Título Amazonense de 1961. O outro título viria 5 anos depois, em 1966, sendo o 1º campeão profissional do Amazonas, que neste campeonato tinha a recém criada FAF (Federação Amazonense de Futebol). Esse campeonato só terminou em 1967.

Durante muitos anos, o “Tufão” foi o dono da quarta maior torcida do estado, atrás de Nacional, Rio Negro e Nacional Fast. Com a sua definitiva volta aos estádios em 1996, o clube fez com sua torcida quintuplicasse em números e pode-se dizer hoje que está no mesmo nível do Nacional e do Rio Negro, sendo que nos últimos 4 anos, sempre esteve nas primeiras posições em presença nos estádios. Note-se que o Bairro de São Raimundo possui cerca de 10 mil moradores.

Após o titulo estadual de 1966, o clube passou por diversas crises econômicas. Tanto é que nos anos 80, o clube quase vendeu seu estádio e o mesmo quase fecha suas portas.O São Raimundo a partir de 1996 “renasceu” para o Amazonas.

Ivan Guimarães e Manecs – o primeiro, radialista -, colocaram a idéia para a presidência do Tufão de se criar um Departamento Autônomo dentro do clube. Orlando Saraiva (então presidente do São Raimundo) mais os outros diretores acataram e acreditaram na idéia.

A partir daí o São Raimundo rapidamente chamou ninguém mais, ninguém menos que um dos maiores treinadores do Brasil: Aderbal Lana, inscreveram o “Tufão” no Campeonato Brasileiro da Série C de 1996. Os resultados foram ruins naquele primeiro momento, mas a dupla continuou seu trabalho incessante, que deu frutos no tricampeonato amazonense (1997/98/99), no 3º lugar na última Copa Conmebol em 1999 e no vice-campeonato brasileiro na Série C desse mesmo ano, culminando com o acesso à Série B. Obteve excelentes resultados. O Sao Raimundo Esporte Clube ficou durante vários anos na serie B do campeonato brasileiro.

 

FONTES: Site do clube – Jornal do Commercio

Auto Esporte Clube – Manaus (AM): Escudo Raro dos anos 60

O Auto Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Manaus (AM). O “Clube Motorizado” foi Fundado no dia 16 de Setembro de 1950, por profissionais de volantes de Manaus. A sua 1ª Sede ficava na Rua Visconde de Mauá, nº 81/ 1º andar. Depois se transferiu para a Praça Oswaldo Cruz, nº 17 (sobrado), ambos no Centro de Manaus. 

Em 1955, Cláudio Coelho e um grupo de jogadores campeões pelo América de Manaus (no ano anterior) migraram para o Auto Esporte, onde foram campeões no ano seguinte e em 1959. Depois deste título, foi caindo de produção, até que, em 1964, com o advento do profissionalismo, extinguiu seu time de futebol.

Em 1961, o Auto Esporte venceu o 2° em 3 turnos, garantindo o direito de decidir o título com o São Raimundo. Nessa final, o Auto Esporte perdia para o Rio Negro por 3×1 quando alguns torcedores do “Clube Motorizado” invadiram o campo aos 10 minutos do 2° tempo, insatisfeitos com a atuação do árbitro José Pereira Serra. A partida foi suspensa e retomada 4 dias depois, com Dorval Medeiros no apito. Não houve alteração do placar e o título ficou com o São Raimundo.

Time campeão de 1956: Vicente, Guarda e Gatinho; Juarez Souza Cruz (Jaime Basílio), Gilberto e Gioia; Silvio (Gildo), Gordinho, Osmar, Sadoval e Nicolau. Jogaram ainda: Mário Matos, Anacleto, Moacir, Osmar e Ruy (goleiros) e Clemente. Técnico: Cláudio Coelho.

Time campeão de 1959: Alfredo, Valdér e Gatinho; Nonato, Almério e Guilherme; Totinha, Osmar, Gordinho, Caramuru e Manoel Conte. Jogaram ainda: Chagas, Sandoval, Guarda, Claudionor, Nonato e Ronaldo. Técnico: Cláudio Coelho.

Nove participações na 1ª divisão do estadual: de 1955, 1956, 1957, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962 e 1963 (último ano do amadorismo). Bicampeão Amazonense da 1ª Divisão: em 1956 e 1959.

Curiosidades

Artilheiros do campeonato estadual: em 1959, Gordinho (Mário da Cruz Gordinho), com 25 gols (o 2° colocado, Pratinha, do Nacional, fez 15 gols); em 1961, Nonato, com 10 gols.

Maiores artilheiros por campeonato: 1956: Osmar, 13 gols, 3°; 1957: Gordinho, 26 gols, 3°; Osmar, 25 gols, 4°; 1958: Sandoval, 6 gols, 2°; 1959: Gordinho, 25 gols, 1°; 1960: Osmar, 9 gols, 3°; Totinha, 8 gols, 5°; 1961: Nonato, 10 gols, 1°; 1962: Coelho, 6 gols, 3°; 1963: Torrado, 12 gols, 3°.

FONTES: Wikipédia – Jornal do Commercio (AM)

Nacional Futebol Clube – Manaus (AM): Modelo de 1964

O Nacional Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Manaus (AM). A sua Sede fica na Rua São Luís, s/n, no Bairro de Adrianópolis, em Manaus. Fundado no dia 13 de janeiro de 1913, como dissidência do antigo Manaos Sporting Club, e com objetivo de abrir espaço para brasileiros praticarem futebol, em uma época no qual o esporte era quase que exclusividade dos ingleses que viviam na capital amazonense.

Suas cores são o azul e o branco, e seus mascotes são a águia e o leão, este último o mais reconhecido e, por isso, o clube é conhecido pela sua torcida como o “Leão da Vila Municipal“, em homenagem ao então bairro da Vila Municipal (atual Adrianópolis), onde fica seu patrimônio social.

É um dos clubes mais tradicionais do Estado de Amazonas, sendo atualmente o recordista em número de títulos estaduais, com 43 conquistas, incluindo um hexacampeonato entre 1976 e 1981. Foi o primeiro clube do Norte do país a disputar a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, e é a equipe amazonense que mais disputou essa divisão principal do futebol nacional, tendo disputado um total de 14 edições da competição. Na Copa do Brasil, o Nacional esteve em 16 edições, também um recorde para equipes locais. Por esses feitos o Nacional é conhecido como o 3º maior clube da Região Norte e o maior do Amazonas.

É também o clube de melhor estrutura dentre os clubes esportivo-sociais do Amazonas e ainda dono da maior torcida no Amazonas entre equipe locais e a terceira maior da região norte. Seu principal rival no futebol é o Rio Negro, com quem mantém a maior rivalidade do futebol amazonense e um dos maiores clássicos do norte do país.

 

FONTES: Wikipédia – Jornal do Commercio (AM)

Inédito!! Labor Esporte Clube – Manaus (AM): Cinco participações na Elite Amazonense

O Labor Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Manaus (AM). O “Pavão de Constantinópolis” foi Fundado na década de 50, por funcionários da Usina Labor, liderados por Otilio Farias. A sua Sede e o Estádio Otilio Farias (antigo Campo Uzinal) ficavam situados nos fundos da Usina Labor, no Bairro de Constantinópolis (atual Educandos), em Manaus. Extinto por volta de 1965. O seu maior rival era o Educandos Atlético Clube. O Labor participou de cinco edições do Campeonato Amazonense da 1ª Divisão: 1957, 1958, 1959, 1962 e 1963,

DEBUTA NA ELITE AMAZONENSE EM 1957

O Labor dirigiu um pedido para a F.A.D.A. (Federação Amazonense de Desportos Atléticos), no dia 29 de maio de 1957, a fim de debutar no Campeonato Amazonense da 1ª Divisão daquele ano. Dois dias depois a entidade máxima do futebol Baré aceitou.

O que foi especulado na época é que o principal fator que ajudou o Labor a ingressar foi o seu estádio, uma vez que existia uma escassez de bons estádios, e como o Labor contava com o “Alçapão de Constantinopolis(alcunha do estádio), facilitou a decisão ser favorável ao ingresso a Primeira Divisão Fadense.

Após toda a celeuma, o Labor realizou um amistoso nos seus domínios, diante do tradicional Nacional, então Vicecampeão Estadual de 1956, no sábado, dia 1º de junho de 1957. E o Labor mostrou que não se limitava apenas a ter um bom estádio. No final da peleja, goleou o Nacional por 4 a 1. O árbitro da partida foi Álvaro Maranhão, e contou com uma Renda de Cr$ 18.342,00. Vale registrar que antes desta partida, o Labor havia enfrentado o Fast Club por duas vezes, no seu campo, e também saiu invicto (foram dois empates).

No entanto, tal decisão acarretou descontentamentos de outras equipes, como por exemplo, do Climax, da Segunda Divisão, que pediu o seu desligamento da F.AD.A. por se sentir desprestigiada.

Além do Labor, outras quatro equipes conseguiram adentrar na Elite Amazonense: Clipper, Atlético Guanabara, Barés e Independência Futebol Clube. Com isso, o Estadual de 1957 contou com a participação de 14 clubes, todos da capital de Manaus:

Atlético Guanabara Clube (Bairro de Constantinópolis/ Santa Luzia – Fundado no dia 27 de Abril de 1952);

Atlético Barés Clube

Auto Esporte Clube

Atlético Clipper Clube (Rua Visconde de Porto Alegre, no Centro);

Educandos Atlético Clube (Rua Inocêncio de Araújo, 137 – Bairro de Constantinópolis);

Independência Futebol Clube

Labor Esporte Clube (Bairro de Constantinópolis);

Nacional Fast Club

Nacional Futebol Clube

Olímpico Clube

Princesa Isabel Esporte Clube (Rua Lima Bacurí, 290, no Centro);

Santos Futebol Clube 

São Raimundo Esporte Clube (Bairro de São Raimundo);

Sul America Esporte Clube

Time-base de 1957-58: Simões (Jorge); Pancrácio e Roberval; Bacca (Vivaldo), Chagas (Alberto) e Branco; Bloy (Max), Esterlirio (Gravata), Aluisio (Santos), Olavo (Carioca) e Valdomiro.

 

Ainda em 1957, o Labor realizou a sua primeira partida em nível nacional. O clube enfrentou a Seleção do Acre, na tarde de domingo, no dia 22 de Dezembro de 1957, no Estádio Parque Amazonas, em Manaus. No final, melhor para os Acrianos que venceram por 3 a 2. Gols de Gravata, de cabeça, e Olavo, de pênalti para o Labor; enquanto Roberto, duas vezes, e Fuéd marcaram para os visitantes.

 

Além do Estadual de 1957, também participou das edições de 1958, 1959, 1960, 1961, 1962 e 1963. Durante esse período foi campeão do Torneio Início Amazonense Juvenil de 1960; e campeão da Série B, de 1961.

Em 1961 o Labor já dava sinais de que a sua extinção estava começando a ganhar os primeiros contornos. Após uma campanha ruim, na temporada anterior, o que se falava por de trás dos bastidores era que o clube poderia não disputar o Estadual.

No final, o Labor confirmou a sua presença. Mas para disputar a Elite do Futebol Amazonense, o Labor precisaria lutar pela vaga com o Expressinho, campeão da Segunda Divisão, numa melhor de quatro pontos. Por fim, o “Pavão de Constantinópolis”  conseguiu vencer o 1º jogo por 3 a 2 e no segundo, novo triunfo por 4 a 1. Gols de Fabio e Hilton, ambos dois gols cada; enquanto Charuto fez o tento de honra do Expressinho.

Nesta foto é possível ter uma ideia de como era o Estádio Otilio Farias

Apesar de ter vencido e permanecido na Primeira Divisão, o Labor foi inserido na Série B, que não era a Segundona, uma vez que já existia uma, mas também não enfrentou as principais equipes. Ou seja, uma “competição paralela“.

A organizadora da competição: a F.A.D.A. mais uma vez realizou um campeonato longo e confuso como nas edições anteriores. Voltando ao Estadual da Série B de 1961, começou bem vencendo os seus dois primeiros jogos: 3 a 1 no Internacional e 1 a 0 no Clipper. No final, a equipe comandada por Luiz Fortaleza venceu os três turnos e faturou o título com uma rodada de antecipação. O time campeão: Simões; Pancrácio e Roberval; Chumbinho, Santos e Zica; Ofir, Calango, Neves, Cleves e Ailton.

Mesmo assim, o Labor teve que enfrentar o América, último colocado na Série A, para retornar a Primeira Divisão. Venceu o 1º jogo por 2 a 1 e o último pelo placar de 4 a 1, retornando a elite amazonense.

No Estadual de 1963, o Labor começou mal os dois turnos e deu uma melhorada no terceiro. Chegou a liderar até a derrota suada para o Rio Negro por 1 a 0. A partir daí a equipe caiu de rendimento.

Em 1964, o Labor deixou o profissionalismo. Disputou o Campeonato Manauara de Amadores, também sob a tutela da F.A.D.A. No Grupo B, terminou o 1º turno em segundo lugar, atrás do Estrela do Norte (apenas os campeões das Chaves A e B avançavam para a decisão do turno).

Após essa competição o Labor foi gradativamente sumindo do noticiário até se extinguir, deixando um vazio para os moradores do Educandos. Na década de 70, surgiu um outro Labor Esporte Clube, também do mesmo bairro, que participou do campeonato amador, mas sem nenhum vinculo com o anterior.

 

FONTE: Jornal do Commercio (AM)