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Esporte Clube Mineração Geral do Brasil – Mogi das Cruzes (SP): Duas edições do Campeonato Paulista Amador do Interior, na década de 50

Por Sérgio Mello

O Esporte Clube Mineração Geral do Brasil foi uma agremiação da cidade de Mogi das Cruzes, localizado na Região Metropolitana de São Paulo a Alto Tietê, no estado de São Paulo. Com uma população de 449.955 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.

O “Clube do Aço” foi Fundado no início da década de 40, por funcionários da Usina de Mineração Geral do Brasil Ltda. A sua Sede ficava na Avenida Cavalheiro Nami Jafet, na Vila Industrial, em Mogi das Cruzes/SP.

Praça de Esportes

Em 1942, a empresa Mineração Geral do Brasil, adquiriu o terreno para a construção de uma usina siderúrgica. Uma área com 2 milhões de m² recebeu a unidade da empresa, um conjunto de 550 moradias para funcionários e um campo de futebol.

O Estádio Cavalheiro Nami Jafet foi erguido e administrado pelo Esporte Clube Mineração Geral do Brasil. Em 1957, na presidência de Jamil Harage, o clube transformou o local em um centro esportivo, com a instalação de outras estruturas esportivas, como pista de atletismo. Atualmente o local fica o Estádio Municipal Francisco Ribeiro Nogueira, com capacidade para 14.384 pessoas.

Duas participações no Paulista Amador do Interior

Há registros de que o Esporte Clube Mineração Geral do Brasil tenha disputado, pelo menos, oito edições do Campeonato Paulista Amador do Interior: 1944, 1945, 1949, 1955, 1956, 1957, 1958 e 1959.

No Campeonato Amador do Interior da Zona e Setor 1 de 1957, dirigido pela Liga Municipal de Futebol de Mogi das Cruzes, o E. C. Mineração Geral do Brasil, terminou na 5ª colocação. Abaixo a classificação final.

Esporte Clube Concordia Poaense, 3 pontos perdidos (Campeão);

Vila Santista, Futebol Clube, 7;

Suzano Futebol Clube, 9;

Esporte Clube Mineração Geral do Brasil, 14;

Guararema Futebol Clube, 12;

Cia. Suzano Papel e Celulose Futebol Clube, 19;

Esporte Clube Itamarati, 19;

Sociedade Esportiva Salesopolense, 21.

No Campeonato Amador do Interior da Zona e Setor 1 de 1958, o Esporte Clube Mineração Geral do Brasil fez parte do Setor 2: Mogi das Cruzes (Liga Municipal de Futebol de Mogi das Cruzes), juntamente com as seguintes equipes:

Esporte Clube Brasil Viscosel; Esporte Clube Itamarati; Vila Santista Futebol Clube (todos de Mogi das Cruzes); Guararema Futebol Clube (Guararema) e Suzano Futebol Clube (Suzano).

Time base de 1956: Leão (Castilho); Duílio e Sabiá; Peluda, Chico (Macaco) e Marino; Fumaça (Nei), Vernize, Piolim, Moacir e Chico (Orlando).  

Time base de 1958: Antônio (Samarone); Luiz (Puigo) e Oswaldo; Aparecido, Pazi (Cazinho) e Duílio (Sabiá); Antônio (Milton), Walter (Nilton), Moacyr (Garoto), João (Darcy) e Francisco.  

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Rodolfo Kussarev

FOTOS: Acervo de Waldomiro Junho

FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – Jornal de Notícias (SP)

Escudo e uniforme de 1956/57: Botafogo Futebol Clube – Ribeirão Preto (SP)

Por Sérgio Mello

O Botafogo Futebol Clube é uma agremiação da cidade Ribeirão Preto, localizado a 315 km da capital do estado de São Paulo. Conta com uma população de 698.642 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022.

O “Pantera” foi Fundado no sábado, do dia 12 de outubro de 1918, por meio da fusão dos três times da Vila Tibério: União Paulistano, Tiberense e Ideal Football Club.

A escolha do Nome

As lendas contam que os representantes do clube não conseguiam entrar em acordo quanto ao nome do novo clube e com os ânimos exaltados alguém teria dito que caso não houvesse consenso o melhor era “botá fogo” em tudo e desistir da fusão.

Cores

As cores escolhidas foram preta, branca e vermelha. O uniforme principal é todo branco, com uma faixa horizontal tricolor na camisa. O segundo uniforme possui camisa com listras verticais nas três cores, calção preto e meias vermelhas. Manda seus jogos no Estádio Santa Cruz, que tem capacidade para 28.900 pessoas.

Breve história

No início do século XX, na cidade de Ribeirão Preto (cidade do interior do estado de São Paulo), os primeiros times de futebol representando os bairros da cidade começaram a se estabelecer.

No caso da Vila Tibério, em vez de um, eram três os times que representavam o bairro: União Paulistano, Tiberense e Ideal Football Club. Isso fazia com que os bons jogadores do bairro se diluíssem entre os três, diminuindo assim sua competitividade quando jogavam contra equipes de outros bairros.

Para contornar esta situação, um grupo ligado ao Ideal Football Club convocou representantes do União Paulistano e do Tiberense para uma reunião, com o intuito de propor uma fusão do trio.

Com o consenso pela fusão, o Botafogo Football Club do Rio de Janeiro foi lembrado, e optaram por homenageá-lo com um nome homônimo ao novo time de Ribeirão Preto.

Há também uma versão que garante que chegar ao consenso nesta reunião não estava sendo fácil e, em um dado momento, um dos presentes teria ameaçado a fusão e dito que botaria fogo em todos os documentos que ali estavam; tal ameaça, de acordo com essa visão, teria inspirado o nome do time.

O 1º Presidente foi Joaquim Gagliano, que na ocasião também era funcionário da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Isso facilitou o caminho para que Gagliano conseguisse junto a alguns funcionários da Companhia o primeiro custeio para a aquisição de material esportivo.

As três cores, branco, preto e vermelho, foram tanto uma homenagem ao homônimo carioca (alvinegro) quanto para aludir às cores da bandeira paulista (o alvinegro somado ao vermelho).

Campeão do Centenário de Ribeirão Preto de 1956

A 1ª partida foi disputada em Franca, outra cidade do interior de São Paulo (distante cerca de 90 quilômetros de Ribeirão Preto), contra o Esporte Clube Fulgêncio: vitória por 1 a 0.

O 1º título conquistado foi o de Campeão do Interior da 1ª Região, em 1928, o que credenciou o Botafogo Futebol Clube à disputa da Taça Competência, contra o Palestra Itália, campeão do Campeonato Paulista organizado pela APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos).

Em 1956 e 1957 vieram as conquistas que confirmaram o estabelecimento do time como uma potência de sua região: foi campeão do Centenário de Ribeirão Preto (com vitória sobre o Comercial Futebol Clube por 4 a 2), da Taça dos Invictos do Interior (que pela primeira vez era oferecida a um time de fora da capital) e do Campeonato Paulista da 2ª Divisão, credencial para a disputa da divisão principal.

Hino do clube

Até os anos 70, o time não teve hino oficial, mas algumas marchinhas que aludiam ao clube. Em 1972, na gestão de Ricardo Christiano Ribeiro – que naquela oportunidade assumia o cargo de presidente pela primeira vez –, foi criado um concurso para a escolha de um hino oficial. Dentre 13 concorrentes, o campeão do concurso foi um composto pelo próprio Christiano Ribeiro, sobre letra de Horvildes Simões.

“Botafogo, Botafogo
Orgulho de Ribeirão
Sua fibra, sua raça
Mantém a nossa tradição
A bravura, da sua gente
Acende nossos corações
Grandioso Botafogo
Celeiro de campeões
Foi a Vila, Vila Tibério
O berço do tricolor
Crescendo sempre, se consagrando
Na glória da região
Sem preconceito, tem branco e preto nela
Vermelho representa o sangue do Pantera
Nossa bandeira altaneira, varonil
Vai tremulando pelo céu do meu Brasil
O tricolor de Santa Cruz ninguém engole
Porque a galera do Pantera não é mole”

Mascote

A mascote é uma pantera, instituída após o título de Campeão do Interior da 1ª Região, conquistado em 1928, momento em que a equipe passou a ser conhecida como “Pantera da Mogiana”.

Já o primeiro estádio foi o Luiz Pereira, inaugurado em 24 de fevereiro de 1924, que em seus primeiros anos era chamado de “campo da Vila Tibério”, “campo do Botafogo”, “Fortim da Vila” e “Madeirão”.  

Nos anos 60, foi construído o Estádio Santa Cruz, inaugurado em 21 de janeiro de 1968 em um amistoso contra a Seleção da Romênia, vencido pelos anfitriões por 6 a 2.

Dois dos jogadores que são fortemente associados ao Botafogo Futebol Clube, onde começaram suas carreiras como profissionais, são os irmãos Sócrates (1974-78 e 1989) e Raí (1984-87).

Craques da terrinha

Nascidos em Ribeirão Preto, Sócrates e Raí viram suas carreiras ganharem projeção nacional em suas passagens pelo Sport Club Corinthians e pelo São Paulo Futebol Clube, respectivamente.

Outros jogadores que também se destacaram em suas passagens pelo Pantera em todos os tempos foram o meia Tim (1930-34 e 1948-49), o lateral-esquerdo e zagueiro Dicão (1956-59 e 1960), o goleiro Machado (1954-66), o lateral-direito Eurico (1964-68), o zagueiro Manoel (1971-83), o centroavante Geraldão (1970-75), o atacante Didi (1980-81 e 1988), o centroavante Nélson (1985-92) e o goleiro Doni (2001).

Grande rival

O principal rival é o Comercial Futebol Clube, e o derby que ambos protagonizam é conhecido como “Come-Fogo”. Foram realizados 27 jogos entre 1920 e 1936, que é considerada como a fase amadora do confronto.

À altura de 2015, a soma de todas partidas indica que o Botafogo possuí 61 vitórias; enquanto Comercial venceu 49 e constam 57 empates, tendo o Botafogo assinalado 212 gols contra 208 tentos do Comercial.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: A Gazeta Esportiva (1957) – Acervo de Cartões Postais de Toninho Sereno

FONTES: Prefeitura de Ribeirão PretoHistória do futebol no Brasil, T. Mazzoni (2007) – Minienciclopédia do Futebol Brasileiro, Igor Ramos – Botafogo: uma história de amor e glórias, Ribeirão Preto, SP: I. Ramos, 2008 – Site oficial do Botafogo de Ribeirão Preto – Paulo Nascimento

Industrial Esporte Clube – Pedro Leopoldo (MG): enfrentou o Cruzeiro E.C. e a Seleção Mineira, na década de 50!

Por Sérgio Mello

O Industrial Esporte Clube foi uma agremiação do Município Pedro Leopoldo, que fica a 46 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais. A localidade conta com uma população de 62.580 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.

Fundado no quinta-feira, do dia 18 de Maio de 1939, por funcionários da fábrica de tecidos da Companhia Industrial de Belo Horizonte. Décadas depois alterou para Industrial Futebol Clube.

Por se tratar de um clube da principal empresa da cidade, o Industrial possuía uma estrutura de dar inveja aos adversários, como lembra Francisco de Paula Pires, o popular “Chico Gordura“, de 74 anos, que foi ponta direita e centroavante do tricolor de Pedro Leopoldo.

O industrial era como se fosse um time profissional. Quando você ia jogar, já tinha sua chuteira e camisa para cada jogador. Por ser da Fábrica de Tecidos tinha tudo organizado. Então era um time que podia considerar profissional por causa da condição que a Fábrica dava”, disse.

Parte dos funcionários morava em uma vila de trabalhadores que ficava ao redor da empresa, conhecida como “Quadro”, e para o lazer dos que viviam lá, foi criado um clube recreativo que contava com diversos espaços para prática de esporte, entre eles um campo de futebol utilizado pelo time do Industrial.

O espaço era chamado de Campo dos Eucaliptos, pelo fato do gramado ser rodeado pela espécie de árvore, o que gerava uma grande sombra no relvado, além de um belo visual. Ao fundo corria o Ribeirão da Mata.

O Industrial também possuía times masculinos e femininos de Basquete e Vôlei. O time encerrou as atividades na década de 80, devido a venda do espaço em que ficava seu campo e problemas internos na empresa.

Rivais da cidade

Era composto por trabalhadores da fábrica de tecido, a primeira da cidade, e seus familiares. Suas cores eram iguais às do Fluminense. Os seus grandes rivais eram o Sport Clube Pedro Leopoldo e Pedro Leopoldo Atlético Clube. Após a fusão desses dois, o rival passou a ser Pedro Leopoldo Futebol Clube.

No final da década de 50, destacam-se a dupla de ataque Gilberto e Pelau, que deixou o Industrial para jogar no Cruzeiro Esporte Clube. Este último, até hoje figura na lista dos 15 maiores artilheiros da Raposa

Enfrentou o Cruzeiro e a Seleção Mineira

Por falar nos anos 50, Industrial Esporte Clube enfrentou Cruzeiro Esporte Clube, em amistosos, quatro vezes. Foram uma vitória e três derrotas; marcando três gols, sofrendo oito e um saldo de menos cinco.

Domingo – 31 de dezembro de 1950Industrial2X3Cruzeiro
Domingo – 22 de maio de 1955Industrial0X2Cruzeiro
Domingo – 31 de setembro de 1955Industrial0X3Cruzeiro
Domingo – 17 de fevereiro de 1957Industrial1X0Cruzeiro

Na sexta-feira, do dia 07 de dezembro de 1956, o Industrial  enfrentou a Seleção de Minas Gerais. Porém, acabou sendo impiedosamente goleado por 10 a 1. Tomazinho, cinco vezes; Nilo, duas vezes; Mucio, Tati e Nelsinho, um tento cada; enquanto Mandegá fez o tento de honra do Industrial.  

Seleção Mineira: Danton; Anísio e Oswaldo (Rui); Afonso (Gerson), Mucio (Adésio) e Heraldo (Hélio), Paulinho, Nelsinho (Nilo), Tomazinho, Alfredo (Omar) e Tati. Técnico: Ricardo Diez.

ARTES: escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: site Futebol de Pedro Leopoldo –

FONTES: site Futebol de Pedro Leopoldo – Estado de Minas (MG) – Lavoura e Commercio (MG)

Escudo Raro de 1967 e 1972: URT de Patos de Minas (MG)

Por Sérgio Mello

Escudo de 1972

A U.R.T. (União Recreativa dos Trabalhadores) é uma agremiação da cidade de Patos de Minas (MG). Foi Fundado no domingo, do dia 09 de Julho de 1939, surgiu em uma reunião de amigos, composta por um grupo de senhores e senhoras, no prédio de propriedade do Sr. Jovino Fernandes Canedo, na antiga rua Industrial (atual: Rua Vereador João Pacheco), com presença de inúmeras pessoas, inclusive o Professor Zama Maciel, que abriu a sessão para organizar uma entidade recreativa e esportiva, contando com membros do Sindicato Operário de Patos de Minas

O seu 1º Presidente foi Júlio Fernandes, eleito no mesmo dia da fundação e empossado no dia 5 de Agosto do mesmo ano. O nome União Recreativa dos Trabalhadores – a União como era chamada de início e depois URT – foi sugerido pelo Sr. Divino Londi, um dos participantes do Sindicato Operário.

Comissões

A comissão de festas contava com João Formiga, Adélio de Lélis Ferreira, Elizeu de Lélis Ferreira, Cremilda Albino e Maria Melo, nomes apontados pelo Sr. Abderram Araújo. A comissão de esportes: Vicente Pedro da Silva, Augusto Cândido da Silva, Tito Silva, Zilda Escolástica da Silva e Joana da Silva Melo, por proposição de Dolor Lourenço. Na Comissão de Sindicância: Zama Maciel, Divino Londe, José Albino da Silva, Manoel Honório Rodrigues, Domingos Flávio, José Augusto de Melo, Abderram Araújo e Samuel Moreira Pinto.

URT de 1972 (Acervo José Mauro Versiani), formado somente com os jogadores da cidade. 
EM PÉ (esquerda para a direita): Celso Cocão, Bico, Cacá, Fernandinho, Cascudo e Tega;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Nogueira, Sabará, Otinho, Léo e Tê.

Arrecadação

A mensalidade estipulada foi de 5 mil réis para os homens e de 2 mil e 500 réis para as senhoras e senhoritas. A jóia para os não fundadores era de 8 mil réis, sendo isento os fundadores desta contribuição.

As cores

As cores preto e branco foram escolhidas para simbolizarem o clube, propostas por José Augusto de Melo. Outras cores sugeridas na oportunidade, vermelha e branca, azul e amarelo. Segundo o Sr. Messias Feliciano em 1940/41 as cores já eram azul e branco.

A União Recreativa dos Trabalhadores é o mais representativo time de futebol da cidade de Patos de Minas e maior torcida da região do Alto Paranaíba e do Triângulo Mineiro, gozando deste prestígio por sua história, tradição e títulos.

Maior campeão regional, com títulos de destaque estadual já conquistados, o Trovão Azul, como também é conhecido, tem como objetivo imposto pela atual Diretoria Executiva um processo de reestruturação ambicioso buscando estar próximo às modernas organizações empresariais, sendo gerido com ética e compromisso econômico.

Escudo de 1967

Sede e o Estádio

A sua Sede está localizada na Rua Joaquim das Chagas, nº 688, no bairro da Várzea, em Patos de Minas. A equipe manda os seus jogos no Estádio Zama Macial, “Arena DB – DanBred“, com capacidade para 4.858 pessoas (duas fotos abaixo).

Títulos

A conquista do bicampeonato do Alto-Paranaíba nos anos 1955 e 1956. O título do Amador em 1980, após muitos anos sem uma conquista na Categoria. O Troféu conquistado no Centenário de Patos de Minas em 1992, nos jogos contra o rival Mamoré e o bicampeonato da Taça Minas Gerais em 1999 e 2000, propiciando a participação na Copa do Brasil em 2000 e 2001.

Em 2000, estreou contra uma grande equipe: o Fluminense, do Rio de Janeiro, e só perdeu no Maracanã, tendo conseguido um empate no estádio Zama Maciel por 1 a 1, gol de Ditinho. Em 2001, a URT foi eliminada pelo Mixto de Cuiabá, logo na 1ª fase.

Em 2005 foi a 3ª colocada no Campeonato Mineiro, tendo como presidente Romero Meira, ficando atrás apenas do Ipatinga e do Cruzeiro. Em 2006, o clube novamente participou da Copa do Brasil, após a grande campanha no Campeonato Mineiro de 2005. Na estreia, jogou contra o Londrina e classificou-se a 2ª fase, vencendo os paranaenses no primeiro jogo por 3 x 2 no Estádio Zama Maciel e empatando no Estádio do Café. Na 2ª fase, o clube jogou contra outro time grande, o Santos Futebol Clube, dentro de casa, e perdeu por 3 a 1, sendo eliminado. O autor do gol da equipe foi Ditinho.

URT de 1967 (Acervo de Didi Sousa Sousa)
EM PÉ (esquerda para a direita): Clenio (treinador), Zé Geraldo, Pão, Tinda, Bajoso, Lúcio e Neto;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Pelezinho, Guilherme, Hélio, Natal e Nem.

Ditinho é um dos maiores ídolos da história da “veterana“. Foi artilheiro por duas vezes do Campeonato Mineiro da 1ª Divisão em 1999 e 2000, digno de estar eternizado nas bandeiras do nossa maior torcida, a “TOPA“.

O principal rival da equipe é o Esporte Clube Mamoré. Também mantém rivalidades com o Uberaba Sport Club, Associação Atlética Caldense e Uberlândia Esporte Clube.

HINO

Letra e música: Ibraim Francisco de Oliveira (participou de várias diretorias da Veterana, inclusive como presidente)

É União Recreativa dos Trabalhadores
Azul e Branco são as suas cores, time de garra e de tradição
Velha Mangueira, com mil bandeiras sempre a tremular
E a galera sempre a vibrar, com as conquistas do seu campeão
URT, tu és o símbolo de união, tu és a glória do esporte rei.
É o mais querido da região.
Salve a celeste, esquadra azul do gigante forte.
É nos gramados desde o sul ao norte
Mostrando raça e exibição
Lutar, vencer, é este o lema que lhe deu as glórias
Grandes conquistas faz a sua história
Salve a celeste, salve o campeão
URT, tu és o símbolo de união, tu és a glória do esporte rei.
É o mais querido da região.

ARTE: Escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTOS: Acervos José Mauro Versiani e Didi Sousa Sousa

FONTES: Site do clube – Site do clube – AG Esporte – Manchete EsportivaAta da Sessão de fundação da União Recreativa dos Trabalhadores

Inédito! Pedro Leopoldo Atlético Clube – Pedro Leopoldo (MG): Fundado na década de 20!

Por Sérgio Mello

Pedro Leopoldo Atlético Clube (PLAC) foi uma agremiação do Município Pedro Leopoldo, que fica a 46 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais. A localidade conta com uma população de 62.580 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.

Fundado na década de 20, o PLAC teve uma vida efêmera. Foi realizado uma assembleia na cidade que objetivava a criação de um clube sem fins lucrativos, que destinaria um espaço esportivo para a população.

Assim Pedro Leopoldo Atlético Clube acabou sendo incorporado pelo Sport Club Pedro Leopoldo dando origem a fundação do Pedro Leopoldo Futebol Clube, no sábado, do dia 23 de setembro de 1933.

ARTE: escudo e uniformes – Sérgio Mello

FONTES e FOTO: Prefeitura de Pedro Leopoldo – Site Futebol de Pedro Leopoldo

Escudo dos anos 90: Esporte Clube Limoeiro – Limoeiro do Norte (CE)

Por Sérgio Mello

O Esporte Clube Limoeiro é uma agremiação do município de Limoeiro do Norte, localizado no Vale do Jaguaribe, no estado do Ceará. Com uma população de 59.515 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010.

Nasce o expoente do futebol limoeirense

O “Cavalo de Aço do Vale” foi Fundado no domingo, do dia 1º de novembro de 1942, por um grupo de desportistas na antiga Rua Nova (atual: Rua Cônego Climério Chaves), s/n, no Centro da cidade.

A sua Sede social e o Estádio José de Oliveira Bandeira, o “Bandeirão”, com capacidade para 5 mil pessoas, ficam localizados na Rua Coronel Alexandrino, nº 2.395, no bairro Popular, em Limoeiro do Norte/CE.

A 1ª reunião se realizou por volta das 14 horas, e sua 1ª Diretoria, após vários contatos reservados na praça capitão João Enes ao lado do obelisco comemorativo a fundação da então Vila de Limoeiro foi eleita por unanimidade ficando assim constituída: 

Presidente – Edilberto Chagas e Silva;

Vice-presidente – José Marcelino de Almeida;

1º Secretario – Meton Maia e Silva;

2º Secretario – Joaquim Rodrigues Loureiro;

1º Tesoureiro – Aniceto Carneiro;

Diretor de Esportes – Antônio Lage Maia;

Orador oficial – Rufino Maia e Silva. 

Na reunião estiveram presentes presidentes de clubes locais e grande número de desportistas que participaram das assinaturas da primeira ata, tendo como ambiente, gentilmente cedido, a sala principal da residência do Sr. Alexandre Carneiro.

Primeiro jogo

Na tarde de sábado, do dia 28 de novembro de 1942, aconteceu a primeira partida, na Praça de Esportes, do Tabajara Sport Club (imóvel de propriedade do Cel. José Jerônimo de Oliveira, que cedeu gentilmente).

O adversário foi o conjunto suburbano do Palestra Football Club de Arraial, e o jogo terminou empatado em dois golsEsporte Clube Limoeiro, que estreou envergando camisas brancas e faixa azul horizontal, além de possuir belíssima bandeira foi à seguinte: Gerardo Passarinho; Chico Tomaz e Soares; Estevam Alves, Lirio Remigio e Rufino; Raimundo Tomaz, Horácio, Farjado, Djalma Osterne e Cidinho.

No ano seguinte o clube é reorganizado

No domingo, do dia 3 de outubro de 1943, no paço municipal a Rua Cel. Malveira, no Centro, realizou-se uma reunião preparatória para reorganização da agremiação sócio esportiva, biênio 1943/44 sendo constituído após parecer do dinâmico e grande desportista Mario Braga Brasil especialmente convidado e alto funcionário do IAPC cidadão de solida formação moral e esportiva e de profundos conhecimentos, um conselho executivo o qual unanimemente aprovado, ficou com a seguinte constituição: 

Presidente – Dr. Manuel Castro Filho;

Secretario – Mario Braga Brasil;

Tesoureiro – José Rodrigues Loureiro Chaves;

Diretor de Esportes – Meton maia e Silva;

Orador oficial – José Osterne Junior

Em virtude de inúmeros afazeres, o desportista José Rodrigues Loureiro no início de 1944 deixa a tesouraria por meio de uma solicitação oficial sendo substituído pelo Sr. Raimundo Fidelis Maia que teve como adjunto o jovem estudante José Cupertino de Freitas. Como cronometrista foi convidado o Sr. Raimundo Maia de Freitas.

Clube ajuda a fundar a Liga de Limoeiro

Durante este período a diretoria do esporte promoveu interessantes jogos amistosos inclusive com clubes de municípios vizinhos como Morada Nova, oportunidade em que houve estreita cordialidade esportiva entre as duas cidades jaguaribanas, valendo ressaltar por outro lado os eventos sociais e os primeiros contatos para juntamente com outros clubes locais tratar-se da fundação na quarta-feira, do dia 02 de julho de 1947, a Liga Desportiva de Limoeiro do Norte (LDLN), que como 1º Presidente o médico Dr. Francisco de Andrade Carneiro.

Limoeiro vence o Ceará, em Fortaleza

No domingo, a tarde, do dia 18 de abril de 1948, em pleno estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, em amistoso, o Esporte Clube Limoeiro, venceu, de virada, o poderoso Ceará Sporting Club pelo placar de 3 a 2. Os gols foram de Alfredinho, duas vezes, e Lírio Remígio, de cabeça para o Limoeiro; enquanto Mitotonio e Jurandir descontaram para o alvinegro. Alfredinho que na década de 50 jogou no Santos ao lado de Pelé.

Os primeiros títulos, entre 1944 a 1956

O Esporte Clube Limoeiro se sagrou Campeão do Campeonato Limoeirense de Futebol de 1956, ao derrotar o Paissandu. Com o arrombamento do Açude Orós ocorreu uma cheia no Vale do Jaguaribe e o clube parou as atividades.

Nesse primeiro momento o Esporte Clube Limoeiro conquistou os seguintes títulos:

Campeão do Torneio São Silvestre (realizado no Parque Duque de Caxias, no domingo, do dia 31 de dezembro de 1944);

Campeão do Torneio Relâmpago (promovido pela LDLN em 1948);

Vice-campeão limoeirense de futebol, em 1947 e 1948;

Campeão da Copa Jaguaribana de 1952;

Campeão do Torneio Quadrangular de 1956 (conquistando a Taça “Walter Sátiro” Ex-Maguari E.C de Fortaleza, representado pelo desportista Luiz Pitombeira).

Após se licenciar forçosamente, Limoeirense volta à ativa

Foram quase três décadas inativo. Na quinta-feira, do dia 1º de novembro de 1984, aconteceu a primeira reunião para retornar o Esporte Clube Limoeiro ao futebol limoeirense estiveram presentes os desportistas:

De Assis Gurgel, Rubio Vieira, Antônio Lourenço, Mazé Faheina, Wilson Ricardo, Denizar Freitas, Sargento Silva Filho, Ricardo Rodrigues, João Eudes Saraiva, Ricardo Antônio, Nilvaldo Saraiva e Dr. Tarcisio.

A primeira partida, após voltar às atividades, aconteceu na terça-feira, do dia 7 de Maio de 1985, quando o Esporte Clube Limoeiro venceu o Calouros do Ar pelo placar de 1 a 0.

Tricampeão Citadino

O “Cavalo de Aço do Vale” se sagrou Tricampeão do Campeonato Citadino de Limoeiro do Norte: 1987, 1988 e 1989. Nas 3 conquistas derrotou o Fluminense do Sítio Socorro. Voltou a ser campeão nos anos 1992 e 1994 derrotando Palmeiras do Arraial.

Limoeiro debuta na esfera profissional

Em 1994, sob a presidência de João Gadelha do Reis o Esporte Clube Limoeiro se filiou na Federação Cearense de Futebol (FCF), e ingressou no futebol profissional. Logo de cara, foi campeão do Torneio Seletivo (Equivalente ao Campeonato Cearense da 2ª Divisão). A competição contou com a participação de oito equipes:

Associação Atlética Novo Palmeiras (Pacajus);

Associação Esportiva Cearazinho (Paracuru);

Centro Esportivo Ubajarense (Ubajara);

Esporte Clube Limoeiro (Limoeiro do Norte);

Esporte Clube Vasco da Gama (Iguatu);

Maguari Esporte Clube (Capistrano);

Sociedade Esportiva União (Russas);

Uruburetama Futebol Clube (Uruburetama).

Na grande final, Esporte Clube Limoeiro e Uruburetama Futebol Clube decidiram em dois jogos (ida e volta) o título. Nos seus domínios, no sábado, do dia 24 de setembro de 1994, o Limoeiro não saiu de um empate sem gols.

Na partida de volta, no sábado, do dia 1º de outubro de 1994, novo empate, dessa vez em 1 a 1.  Com isso, o campeão foi definido na disputa de penalidades. E o Limoeiro levou a melhor, vencendo por 5 a 4, se sagrando Campeão da Segundona, e assegurando o seu lugar na 1ª Divisão Cearense.

Limoeiro jogou na Elite do Futebol Cearense por cinco temporadas

A estreia aconteceu no dia 28 de maio de 1995, vencendo o Quixadá por 3 a 0, no Estádio Bandeirão, em Limoeiro. No final, o clube terminou o Campeonato Cearense da 1º Divisão, em 8º lugar.

Em 1996, o Esporte Clube Limoeiro voltou a fazer um Estadual regular e repetiu a colocação anterior: 8ª posição. Em 1997, o “Cavalo de Aço do Vale” não repetiu as campanhas anteriores terminado na 12º colocação no Estadual.

Em 1998, o Limoeiro fez excelente campanha no Estadual, terminando em 5º lugar, e, conquistando o direito de um voo maior: disputar uma competição nacional.

Na estreia do Brasileiro da Série C, Limoeiro ficou em 7º lugar

Dessa forma, o Limoeiro estreou no Campeonato Brasileiro da Série C de 1998, chancelado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Na primeira fase o Limoeiro ficou em 1º lugar do Grupo 03 (juntamente com Icasa-CE, Potiguar de Mossoró-RN, Baraúnas-RN, Campinense-PB e Juazeiro-BA) com 16 pontos conquistados.

Vale salientar que o Cavalo de Aço foi o único cearense a passar da fase inicial da competição (Icasa foi eliminado no mesmo grupo do Esporte, enquanto Fortaleza e Ferroviário foram eliminados no grupo 02), tornando-se o time cearense de melhor campanha daquele campeonato.

Nas fases seguintes o Limoeiro eliminou o Picos (PI), com vitórias nas duas partidas do mata a mata, e o Confiança (SE), eliminando um dos maiores times do futebol sergipano em pleno estádio Batistão em Aracaju.

No primeiro jogo da 4ª fase, marcado por uma intensa chuva no local da partida, contra o Anapolina de Goiás, no estádio Jonas Duarte na cidade de Anápolis, o Limoeiro sofreu um revés de 5 a 0. No jogo de volta no Bandeirão o Limoeiro não conseguiu reverter a vantagem goiana e empatou em 1 a 1, sendo eliminado da competição nacional.

Num total de 66 clubes participantes, o Esporte Clube Limoeiro terminou na 7ª colocação no geral: foram 16 jogos com 26 pontos; foram oito vitórias, dois empates e seis derrotas; marcando 27 gols, sofrendo 29 e um saldo de menos dois.

Estadual de 1999, time acaba rebaixado

Após uma sequência de belas campanhas, o Esporte Clube Limoeiro acabou amargando um senhor revés. No Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1999, terminou em 9º lugar e foi rebaixado para 2º Divisão. Em 2000, na Segundona Cearense, o “Cavalo de Aço do Vale” ficou em 9º lugar e por falta de apoio encerrou suas atividades profissionais.

Limoeiro revelou grandes craques

Durante as cinco temporadas (1995 a 99), o Esporte Clube Limoeiro revelou vários jogadores: Dude (8x Campeão Cearense pelo Fortaleza), Chiquinho (Campeão Cearense pelo Fortaleza e chegou a jogar no Vasco da Gama), Mazinho Lima (Passagens por Fortaleza, Ceará, Avaí e outros), Fabricio Ceará (Chegou a jogar em Portugal).

De volta as origens

Entre os anos de 2001 e 2012 o Limoeiro disputou o Campeonato Citadino de Limoeiro do Norte e outras competições amadoras. Em 2012, encerrou suas atividades amadoras.

Limoeiro volta a esfera profissional

Após quatro anos inativo, o Esporte Clube Limoeiro retornou a esfera profissional. Em 2016, o clube com muita dificuldade, pagou 70 mil reais a FCF. Dessa forma, retornou ao futebol profissional e foi vice-campeão cearense da 3º Divisão do Campeonato Cearense. Neste mesmo disputou a Copa Fares Lopes.

Já em 2017, o Limoeiro voltou disputar o Campeonato Cearense da 2º Divisão, onde terminou como 6º colocado. Em 2018, acabou na modesta 8ª posição.  Em 2019, o time fez uma campanha sofrível, terminado na última colocação com apenas três pontos (três empates).

Após um ano sabático, o Limoeiro retornou ao Estadual da 3ª Divisão de 2021. No entanto, a campanha foi péssima: quatro jogos e quatro derrotas. Em 2022, nova campanha pífia, ficando na lanterna no geral.

Em 2023, a história se repetiu e o Esporte Clube Limoeiro terminou na última colocação. Nesse ano (2024), enfim, “Cavalo de Aço do Vale” está galopando como um cavalo de “pura raça” e não mais como um “pangaré”. O Limoeiro realizou três jogos e conquistou o mesmo número de vitórias: 1 a 0, no Tianguá (em casa); 2 a 1, no Terra e Mar (fora); 2 a 0, no Itarema (em casa).

ARTES: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Adeilton Alves

FOTO: Página do Instagram – NE Camisas

FONTES: Rsssf Brasil – Futebol Cearense – Globo Esporte – Federação Cearense de Futebol

Escudo de 1940: Pedro Leopoldo Futebol Clube – Pedro Lepoldo (MG)

Por Sérgio Mello

Pedro Leopoldo Futebol Clube é uma agremiação do Município Pedro Leopoldo, que fica a 46 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais. A localidade conta com uma população de 62.580 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.

Foi realizado uma assembleia na cidade que objetivava a criação de um clube sem fins lucrativos, que destinaria um espaço esportivo para a população. Assim o“Bode” foi Fundado no sábado, do dia 23 de setembro de 1933, por meio do Pedro Leopoldo Atlético Clube (alvinegro), que incorporou o Sport Club Pedro Leopoldo dando origem a fundação do Pedro Leopoldo Futebol Clube (alviverde)

Suas cores são o preto e o branco (semelhante ao Atlético-MG) e a mascote é o “bode”, criado pelo do cartunista Fernando Pierucetti, o Mangabeira, que também cunhou os animais de Cruzeiro, América e Atlético.

O terreno do campo é o mesmo desde a fundação, cedido por personalidades do município e localizado na parte central da Rua Comendador Antônio Alves, principal via de Pedro Leopoldo. Atualmente, leva o nome de “Estádio César Julião de Sales” em homenagem ao prefeito de mesmo nome que governou o município em 3 mandatos (1967 – 1970 / 1972 – 1976 / 1983 – 1988).

Acervo de Fabiano Rosa Campos:
Papel timbrado de 12 de março de 1940

No mês de junho de 1943, se filiou à Federação Mineira de Futebol (FMF), juntamente com Associação Atlética Caldense (Poços de Caldas); Clube Ferro Brasileiro (Caeté); Minas Futebol Clube (Nova Era) e Paraense Esporte Clube (Pará de Minas).

Equipe pousada do Pedro Lepoldo F.C. da década de 40

SETE PARTICIPAÇÕES NA ELITE MINEIRA

O time disputou campeonatos amadores na cidade e região até 1958, atingindo resultados satisfatórios, o que levou a Federação Mineira de Futebol a elevar o clube a categoria de profissionais naquele ano. O clube passaria a disputar o Campeonato Mineiro da 1ª Divisão de 1959.

Em sua estreia no Campeonato Mineiro, o Bode, alcançou o 7º lugar em um campeonato com 11 clubes, conseguindo seis vitórias, três empates e 11 derrotas, marcando 27 gols e sofrendo 39. Borges foi o artilheiro da equipe com 8 gols e Gilberto marcou 7 tentos.

Em 1958, na sua estreia o Pedro Leopoldo terminou na 11ª posição, entre 16 equipes, com 4 vitórias, 4 empates e 7 derrotas; marcando 25 gols, sofrendo 30 e um saldo de menos cinco.

Em 1959, o Pedro Leopoldo ficou no Grupo Sertão, com seis equipes. Terminou na 3ª colocação com 11 pontos: 4 vitórias, 3 empates e 3 derrotas; 19 gols pró, 18 tentos contra e o saldo de um. O Bode avançou para o Campeonato Mineiro. o Pedro Leopoldo conseguiu o 7º lugar num total de 11 clubes. Foram 15 pontos em 20 jogos:  6 vitórias, 3 empates e 11 derrotas; 27 gols pró, 39 tentos contra e o saldo negativo de 12.   

Equipe pousada do Pedro Lepoldo F.C. da década de 50

Em 1960, o clube alcança 8º lugar entre 16 participantes, com 11 vitórias, 6 empates e 13 derrotas, marcando 45 gols e sofrendo 56. Pelau com 11 gols e Borges com 10 foram os artilheiros da equipe.

Em 1961, novamente termina o campeonato em 8º lugar, entre 12 participantes, alcançando 9 vitórias, 7 empates e 10 derrotas, marcando 45 gols e sofrendo 51 gols. Gilberto com 14 gols e Pelau com 9 foram os artilheiros do Bode.

Em 1962, termina a competição em 8º lugar pelo terceiro ano consecutivo, obtendo 8 vitórias, 3 empates e 11 derrotas, anotando 31 gols e sofrendo 38. Gilberto com 15 gols e Tomazinho com 8 sagraram-se artilheiro do time.

No ano de 1963, alcançou o 9º lugar no campeonato, obtendo 6 vitórias, 5 empates e 11 derrotas, marcando 22 gols e sofrendo 35. Os artilheiros da equipe foram Neco com 6 gols e Simália com 4 tentos.

Já o ano de 1964 é trágico para o profissionalismo do clube, com uma campanha de 1 vitória, 5 empates e 16 derrotas, terminando na lanterna do campeonato e sendo rebaixado.

O time marcou 14 gols e sofreu 50, tendo Curiol e Dias como artilheiros com respectivamente 4 e 3 gols marcados. Este golpe é fatal para o Pedro Leopoldoque logo depois, atolado em dívidas financeiras, abandona o seu Departamento de Futebol Profissional e passa a se dedicar a atividades amadoras.

Equipe pousada do Pedro Lepoldo F.C. da década de 60

UMA VEZ NA SEGUNDONA MINEIRA

Contudo, o Bode ainda tentou o retorno em 1968, quando disputou o Campeonato Mineiro Segunda Divisão. Contudo, fez uma campanha ruim, terminando na 4ª posição no Grupo II (seis jogos e três pontos: uma vitória, um empate e quatro derrotas; marcando sete gols e sofrendo 12), e acabou eliminado na fase classificatória.

No amadorismo, sagrou-se por diversas vezes campeão municipal, além do título de Campeão da Copa Itatiaia de Futebol Amador de 1983 e sendo vice em 1982, 1985 e 2001.

O clube manda seus jogos no Estádio César Julião Cecé de Sales, no centro da sua cidade natal. A Mascote do Clube é o Bode, idealizado pelo cartunista mineiro Fernando Pieruccetti, mais conhecido como Mangabeira, que também criou as mascotes de Cruzeiro, Atlético, América e outros times de futebol do país.

A origem da mascote deu-se graças ao fato de que em um certo dia, nos fundos de um antigo campo do Atlético, foram encontrados um casal e um bode preto numa fossa em um ritual de macumba. Associando esse fato ao pedroleopoldense Chico Xavier, Mangabeira criou o Bode como mascote do Pedro Leopoldo Futebol Clube.

Time base de 1946: Edmundo; Jesus e Alípio; José Justino, Maurício e Dedé; Lourinho, Gabriche, Ângelo, Hélio e Paulo.

Time base de 1958: João Grosso (Noni); Luciano (Roberto) e Licinho (Oswaldo ou Carvalho); Leci (Ildeu), Dunga (Jaci) e Reinaldo (Ruarinho); Antenor (Gilberto), Caé, Dalcio (Ary), Vacari (Ferreira) e Barrica (Dias).

ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

 FONTES & FOTOS: Gazeta de Paraopeba (MG) – Lavoura e Commercio (MG) – Jornal dos Sports (RJ) – Rsssf Brasil – Página e Site do clube no Facebook

Associação Atlética Usinas Junqueira – Igarapava (SP): Disputou algumas edições do Campeonato Amador do Interior Paulista!

Por Sérgio Mello

A Associação Atlética Usinas Junqueira foi uma agremiação do município de Igarapava, situado no Interior Paulista (SP). Localizado a 447 km da capital (São Paulo), Igarapava conta com uma população de 26.212 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.    

A palavras “Igarapava” é um termo de origem tupi que significa “Porto de canoas“, através da junção dos termos ygara (canoa)upaba (Porto). Numa tradução mais objetiva e a qual foi realmente chamada, Igarapava quer dizer: “Porto das Canoas“.

Após ser realizado nos salões dos escritórios das Usinas Junqueira, uma importante reunião presidida pelo sr. Martiniano de Andrade a “Caçulinha” foi Fundada no domingo, do dia 29 de dezembro de 1935, com o nome de Associação Athletica e Recreativa das Usinas Junqueira.

Nessa reunião tomaram parte todos os elementos mais destacados das Usinas, tendo a mesma corrido animada sob os esforços do sr. Martiniano de Andrade, gerente geral das Usinas, que desejava ver a Associação elevada ao nível do progresso da empresa.

O clube se filou na Federação Paulista de Futebol (FPF), onde disputou o Campeonato Amador do Interior Paulista, em algumas edições, como por exemplo: 1955, 1956, 1957, 1958 e 1982.

A melhor colocação, aconteceu em 1982, quando chegou na grande final, sendo derrotado pelo Corinthians de Pindamonhangaba, terminando assim com o vice-campeonato. A equipe foi campeã do II Torneio da Alta Mogiana de 1978.

Time base de 1956: Armando (Guim); Paulo (Artur) e Cambio; Athaíde, Argemiro (Vadinho) e Melquiades; Pedro (Cormanete), Ditão, Zé, Lelo (Dedé) e Nenê.

Colaborou: Waldomiro Junho

ARTES: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: Página do Facebook de Walterci Fedato e da Usinas Junqueira

FONTES: Prefeitura de Igarapava – Correio Paulistano (SP) – A Gazeta Esportiva (SP)