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No dia que Roberto Rivellino jogou no ABC de Natal (RN), no amistoso contra o Vasco da Gama (RJ), em 1979

Roberto Rivellino faturou 100 mil cruzeiros para vestir a camisa do ABC de Natal

A grande atração do amistoso nacional, entre ABC e Vasco da Gama foi o craque Roberto Rivellino (ex-jogador do Fluminense Football Club e Al Hilal, da Arábia Saudita). Para esse jogo, o “Patada Atômica” recebeu a quota de Cr$ 100 mil, livres de despesas, além de passagens e estadas para ele e a esposa Maysa Gazzola, pagas pelo ABC.

O técnico Ferdinando Teixeira acertou com Rivellino sua participação no treino de terça-feira (03 de Julho de 1979), para que o craque tenha o mínimo de entrosamento com o time. “Trata-se de um amistoso, mas pretendemos derrotar o Vasco para dar animo à equipe. Fomos campeões do primeiro turno e não podemos cair de produção“, afirmou Ferdinando Teixeira.

Curiosidades do Vasco da Gama para esse jogo

A Delegação do Clube de Regatas Vasco da Gama, seguiu para Natal às 9 horas, da terça-feira, do dia 03 de Julho de 1979, no avião da Transbrasil, onde fez escalas em Salvador/BA e Recife/PE. Pelo jogo, o Vasco recebeu a cota de Cr$ 300 mil cruzeiros.

Foi chefiada por Paulo Neri Garcia (Vice-presidente de futebol), Emílson Pessanha (Supervisor), Edmundo Filho (Coordenador), Oto Glória (treinador), Raul Carlesso (preparador físico), Eduardo “Pai” Santana (Massagista), Severino (Roupeiro), além dos 17 jogadores:

Emerson Leão, Paulinho II, Abel, Gaúcho, Marco Antônio, Dudu, Helinho, Toninho Vanusa, Wilsinho, Roberto Dinamite, Artino, Jair, Argeu, Paulo César, Carlos Alberto Garcia, Geraldo e Jader.

Ao desembarcar em Natal, às 13h40min., a delegação ficou hospedada no Hotel São Francisco (anteriormente a primeira informação era de que o local seria no Hotel Ducal), no bairro do Alecrim, em Natal/RN.

No dia após o jogo, na quinta-feira, após o almoço, o grupo seguiu de ônibus especial, para João Pessoa (PB), onde no dia seguinte, o Vasco enfrentou a Seleção Paraibana, às 16h30min., dentro do programa de festividade da capital da Paraíba. Para essa partida, o Vasco recebeu a quota de Cr$ 400 mil cruzeiros.         

O treinador vascaíno não pode contar com Guina, Paulinho e Orlando Lelé. Os dois primeiros foram convocados para a Seleção Brasileira de Novos. Já ó último ainda sentia um desconforto na virilha e ficou no Rio fazendo tratamento para se recuperar da lesão.   

EM PÉ (esquerda para a direita): Cláudio Oliveira, Baltazar, Carpinelli, Carlos Augusto, Vuca e Domício;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Tinho, Dentinho, Roberto Rivellino, Danilo Menezes e Berg.

Preços dos ingressos

O promotores do jogo, mandaram confeccionar 47.500 mil ingressos, de arquibancadas ao preço de Cr$ 50,00; Gerais em Cr$ 25,00; numeradas no valor de Cr$ 100,00 e especiais no valor de Cr$ 200,00.   

Jogo: ABC de Natal e Vasco ficaram no empate

Em noite de festa para o público de Natal, na quarta-feira, do dia 04 de Julho de 1979, com a presença de Roberto Rivellino jogando pelo time da casa, o ABC e Vasco empataram em 1 a 1, com gols de Roberto Dinamite aos 43 minutos do primeiro tempo, e Noé Soares, aos seis minutos da etapa final.

O técnico do Vasco, Oto Glória promoveu o juvenil Artino na ponta esquerda e o garoto agradou em cheio, demonstrando personalidade e fazendo uma série de boas jogadas, tentando sempre a linha de fundo para os cruzamentos.  

A maior estrela do espetáculo foi Rivellino, que vestiu a camisa nº 10 do ABC. O Reizinho mostrou que ainda era um dos maiores jogadores do mundo. O momento ruim, aconteceu aos 32 minutos, quando o ponta-direita Wilsinho, “O Xodó da Vovó“, deu uma entrada violenta em Dentinho e acabou sendo expulso, deixando o Vasco com um a menos.  

Mesmo assim, o Vasco abriu o placar aos 43 minutos, com Roberto Dinamite mandou um balaço no ângulo superior esquerdo, sem chances para o goleiro Carlos Augusto, que viu a bola morrer no fundo das redes.

Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco, o “Castelão”

Na etapa final, foi emocionante, o ABC voltou com tudo, querendo mudar o marcador, aproveitando estar com um jogador a mais, chegou ao empate logo aos 6 minutos, Noé Soares, recebeu a bola nas costas do zagueiro Gaúcho e chutou sem chances de defesa para Emerson Leão.    

O ABC criou algumas boas chances de virar o jogo, mas o Vasco, na raça, soube segurar o marcador até o fim. O jogo amistoso, aconteceu no Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco, o “Castelão” (em 1989, alterou o nome para Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado, o “Machadão”).

Rivellino e Carpinelli

ABC DE NATAL (RN)       1          X         1          VASCO DA GAMA (RJ)

LOCALEstádio Humberto de Alencar Castelo Branco, o “Castelão”, em Natal (RN)
CARÁTERAmistoso Nacional
DATANa quarta-feira, do dia 04 de Julho de 1979
HORÁRIO21 horas (de Brasília)
RENDACr$ 1.174.725,00
PÚBLICO23.185 pagantes
ÁRBITROJáder Correia (FNF)
AUXILIARLuís Meireles (FNF) e Afrânio Messias (FNF)
CARTÃO VERMELHOWilsinho (Vasco da Gama)
ABCCarlos Augusto; Vuca, Domício, Cláudio Oliveira e Carpinelli; Baltazar, Danilo Menezes e Rivellino (Noé Soares); Tinho, Dentinho e Berg. Técnico: Ferdinando Teixeira
VASCOEmerson Leão; Paulinho II, Abel, Gaúcho e Marco Antônio; Carlos Alberto Garcia, Helinho e Dudu; Wilsinho, Roberto Dinamite e Artino (Toninho Vanusa). Técnico: Oto Glória
GOLSRoberto Dinamite aos 43 minutos (Vasco), no 1º Tempo. Noé Soares aos 6 minutos (ABC), no 2º Tempo.

Colaborou: Adeilton Alves

FOTOS: Acervos de Zuzuarte – Válberson Sousa – Galdino Silva

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Jornal do Brasil (RJ) – Diário de Natal (RN)

União Atlética Ferroviária Candidomotense – Cândido Mota (SP): disputou o Paulista da 4ª Divisão em 1964 e 1965

A União Atlética Ferroviária Candidomotense (UAFC) foi uma agremiação do município de Candido Mota (população de 31.410 habitantes, segundo a estimativa do IGBE/2021), que fica a 428 km da capital do estado de São Paulo.

O “Canarinho” ou “Ferrinha” foi Fundado na terça-feira, do dia 15 de Novembro de 1949, por funcionários da extinta Estrada de Ferro Sorocabana. A UAFC mandava o seus jogos no Estádio Municipal Benedito Pires, com Capacidade para 3 mil pessoas, em Cândido Mota.

A 1ª competição relevante que se tem notícia, foi o Campeonato Paulista do Interior, no Setor 16, em 1950. Na década seguinte, o União Atlética Ferroviária Candidomotense disputou o Campeonato Paulista de Profissionais da 4ª Divisão, em 1964 e 1965.

Nessas duas edições, a “Ferrinha” foi enfrentou o seu grande rival da cidade: o CAC (Clube Atlético Candidomotense). Esses jogos atraíram o interesse dos moradores que lotavam as dependências do estádio para assistir as pelejas.

EM PÉ (esquerda para a direita): Gilbertinho (goleiro titular), Marcos (quarto zagueiro), Bechelli (médio volante), Ticonha (centroavante), Zola (lateral-direito), Ageu Valverde (zagueiro central), Salin (Goleiro reserva) e Deolindo Gossi (dirigente);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Treinador (não identificado), Carlinhos Vaghetti (ponta direita), Serginho (lateral-esquerdo), Valdir Chizolini (meia direita), Carlinhos (meia esquerda), Nano (ponta direita) e Godofredo Silva (Presidente).

Entretanto, se o público tinha o interesse, o mesmo não pode ser dito aos dirigentes, que desistiram do profissionalismo. Tempos depois, a “Ferrinha” acabou desaparecendo para tristeza dos cândido-motenses.

distintivo dos anos 50

Uma curiosidade sobre essa agremiação está nas cores. No Paulista do Interior de 1950, o escudo circular conhecido era vermelho e branco. A novidade está no final da década de 50 e início de 60, quando UAFC utilizava um escudo inspirado na Seleção Brasileira e as cores também: verde, amarelo, azul e branco.

Foto dos anos 50

Colaborou: Wanderson Pereira

FOTOS: Acervos de José Roberto Ribeiro, Romildo Pereira de Carvalho e Douglas Nascimento

FONTES: Wikipédia – Correio Paulistano (SP)

Foto rara, de 1969: Madureira Atlético Clube – Rio de Janeiro (RJ)

O Madureira Atlético Clube, no Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1969, organizado pela Federação Carioca de Futebol (FCF). Na ocasião, os 12 clubes participantes se enfrentaram no 1º turno (entre 8 de março a 11 de maio), se classificando para o Returno, os oito melhores.

EM PÉ (esquerda para a direita): Ubaldo, Luciano, Silva, Taquinho, Edmar, Mansur e Pereira;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Marcílio, Nodir, Netinho e Miguel.

No entanto, o Madureira comandado pelo técnico Esquerdinha (preparador físico Gildo Rodrigues) não obteve êxito, terminado na última colocação. A equipe de Conselheiro Galvão, somou três pontos em 11 jogos: uma vitória, um empate e nove derrotas; marcando seis gols, sofrendo 27 tentos e um saldo negativo de 21

Time base: Ubaldo; Luís Almeida, Ananias (Luciano), Silva e Pereira; Taquinho, Mansur e Marcílio; Netinho, Miguel e Nodir (Dida). Técnico: Esquerdinha.

FOTO: Acervo de José Leôncio Carvalho    

FONTE: Jornal dos Sports (RJ)

Foto rara, de 1975: Cruzeiro Esporte Clube – Belo Horizonte (MG)

O Cruzeiro Esporte Clube se sagrou Tetracampeão do Campeonato Mineiro a 1ª Divisão (1972, 1973, 1974 e 1975). Nesse mesmo ano, a Raposa terminou o Campeonato Brasileiro de 1975, com o vice campeonato, só perdendo para o Sport Club Internacional de Porto Alegre (RS).

EM PÉ (esquerda para a direita): Darci Menezes, Nelinho, Moraes, Zé Carlos, Raul e Vanderlei;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Guido (massagista), Roberto Batata, Eduardo, Jairzinho, Palhinha e Joãozinho.

O Cruzeiro era um time recheado de grandes craques como se pode notar pelas feras que estão posados na foto. Além deles, vale lembrar que Dirceu Lopes estava na reserva e Wilson Piazza estava contundido e por isso não saiu nessa foto.

Técnico do Cruzeiro Zezé Moreira  

Time base: Raul; Nelinho, Moraes, Darci Menezes e Vanderlei; Zé Carlos, Eduardo (Roberto Batata) e Wilson Piazza (Dirceu Lopes); Jairzinho, Palhinha e Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira  

Colaborou: José Leôncio Carvalho

FOTO E FONTE: Revista Placar

Inédito!! Grêmio Esportivo 14 de Julho – Xanxerê (SC): Disputou o Estadual de 1964

O Grêmio Esportivo14 de Julho foi uma agremiação do município de Xanxerê (com uma população de 50.309 habitantes, segundo o censo do IBGE/2017) que fica a 508 km da capital de Florianópolis, no estado de Santa Catarina. Anteriormente, Xanxerê era um Distrito da cidade de Chapecó, até ser emancipado no sábado, do dia 27 de Fevereiro de 1954.  

O “Áureo-anil Xanxerense” foi Fundado em 1959, com o nome de Grêmio Esportivo Renner pelo Sr. Olavo Meyer. O 1º Presidente foi o Sr. Nilo Munareti. Na gestão de Olavo Mayer mudou o nome para Grêmio Esportivo 14 de julho.

A equipe mandava os seus jogos no Estádio Olavo Meyer, localizado entre as ruas Itá e Carlos Antoniole, no bairro dos Esportes, em Xanxerê. Atualmente, o estádio foi demolido e no seu lugar foi erguido o Ginásio Ivo Sguissardi.

Presidido pelo Dr. Almiro de Miranda, a Liga Esportiva Chapecoense (LEC), de Chapecó, se filiou a Federação Catarinense de Futebol (FCF), em Março de 1961. As equipes que faziam parte da LEC: Atlético Chapecó, Independente, Grêmio Comercial, Guaicará, Diadema (Xaxim) e 14 de Julho (Xanxerê).

Posteriormente se filiou à Liga Esportiva Oeste Catarinense (LEOC). A partir de 1966, o Grêmio Esportivo 14 de julho se filiou à Liga Esportiva Xanxerense (LEX).

Campeonato Catarinense, da Zona 4 de 1964

Em 1964, o 14 de Julho, de Xanxerê disputou a Zona 4, do Campeonato Catarinense, juntamente com mais 11 equipes: Associação Atlética Videirense (Videira), Associação Imaribo (Tangará), Atlético Chapecó (Chapecó), Cruzeiro Atlético Clube (Joaçaba), Esporte Clube Alvorada (Videira), Esporte Clube Hervalense (Herval d’Oeste), Esporte Clube Torino (Tangará), Grêmio Caçadorense (Caçador), Grêmio Esportivo Comercial (Joaçaba), Sociedade Esportiva e Recreativa Sadia (Concórdia) e Vasco da Gama Futebol Clube (Caçador).

A “estreia“, na tarde de domingo, do dia 15 de Março de 1964,no Estádio Municipal de Caçador, o 14 de Julho acabou não comparecendo e perdendo por W.O. para o Vasco da Gama.

Então, uma semana depois, jogando no seu Estádio (Olavo Meyer), o 14 de Julho venceu a Associação Imaribo (Tangará). Novamente nos seus domínios, na tarde de domingo, do dia 29 de Março de 1964, o 14 de Julho foi derrotado pelo Atlético Chapecó (Chapecó).  

Pela 4ª rodada, no domingo, do dia 05 de Abril de 1964, o 14 de Julho foi até Videira e venceu Esporte Clube Alvorada por 2 a 0, no Estádio Municipal Luiz Leoni. Na 5ª rodada, no domingo, do dia 12 de Abril de 1964, o 14 de Julho perdeu para o Grêmio Caçadorense, pelo placar de 2 a 0, no Estádio Municipal Caçador.

Válido pela 6ª rodada, na tarde de domingo, do dia 19 de Abril de 1964, o 14 de Julho voltar a jogar no Estádio Olavo Meyer, em Xanxerê. No entanto, a Associação Atlética Videirense (Videira), não tomou conhecimento e goleou pelo placar de 5 a 2.  

Na 7ª rodada, na tarde de domingo, do dia 03 de Maio de 1964, o 14 de Julho venceu o Esporte Clube Torino (Tangará), no Estádio Olavo Meyer, em Xanxerê. Não foi encontrado o resultado da 8ª rodada, na tarde de domingo, do dia 10 de Maio de 1964, entre o 14 de Julho e Cruzeiro Atlético Clube (Joaçaba), no Estádio Olavo Meyer, em Xanxerê.

Pela 9ª rodada, na tarde de domingo, do dia 24 de Maio de 1964, o 14 de Julho foi até Concórdia e foi batido pela Sociedade Esportiva e Recreativa Sadia por 1 a 0. Na 10ª rodada, na tarde de domingo, do dia 31 de Maio de 1964, no Estádio Olavo Meyer, em Xanxerê, o 14 de Julho perdeu para o Grêmio Esportivo Comercial (Joaçaba), por 3 a 1.

Na 11ª rodada, na tarde de domingo, do dia 07 de Junho de 1964, em Joaçaba, o 14 de Julho arrancou importante vitória sobre o Esporte Clube Hervalense (Herval d’Oeste), pelo placar de 1 a 0.

As rodadas 12ª (na tarde de domingo, do dia 14 de Junho de 1964, em Xanxerê, entre o 14 de Julho e Vasco da Gama Futebol Clube, de Caçador) e a 13ª (na tarde de domingo, do dia 21 de Junho de 1964, entre o 14 de Julho e Associação Imaribo, do Distrito de Monte Carlo, de Tangará) não encontramos os resultados.

A partida da 14ª rodada, na tarde de domingo, do dia 12 de Julho de 1964, em Xanxerê, o 14 de Julho e Atlético Chapecó, foi adiado. Pela 15ª rodada, na tarde de domingo, do dia 24 de Maio de 1964, o 14 de Julho e o Esporte Clube Hervalense (Herval d’Oeste), empataram em 1 a 1, em Xanxerê.  

Na 16ª rodada, na tarde de domingo, do dia 19 de Julho de 1964, o 14 de Julho bateuo Grêmio Caçadorense (Caçador), pelo placar de 3 a 0, no Estádio Olavo Meyer, em Xanxerê.

Pela 17ª rodada, na tarde de domingo, do dia 26 de Julho de 1964, o 14 de Julho voltoua ser goleado pela Associação Atlética Videirense, pelo placar de 5 a 1, no Estádio Luiz Leoni, em Videira.

A 18ª rodada, na tarde de domingo, do dia 02 de Agosto de 1964, em Xanxerê, a partida entre o 14 de Julho ea Sociedade Esportiva e Recreativa Sadia foi adiada. Pela 19ª rodada, na tarde de domingo, do dia 09 de Agosto de 1964, o 14 de Julho foi até Tangará e perdeu para o Esporte Clube Torino, por 4 a 3.

Na 20ª rodada, na tarde de domingo, do dia 23 de Agosto de 1964, em Xanxerê, o 14 de Julho venceu o Esporte Clube Alvorada (Videira), por 2 a 0. Pela 21ª rodada, na tarde de domingo, do dia 06 de Setembro de 1964, o Grêmio Esportivo Comercial derrotou o 14 de Julho por 2 a 0, no Estádio Municipal Oscar Rodrigues da Nova, em Joaçaba. Não foi encontrado o resultado da 22ª rodada, na tarde de domingo, do dia 20 de Setembro de 1964, entre Cruzeiro Atlético Clube e 14 de Julho, no Estádio Municipal Oscar Rodrigues da Nova, em Joaçaba.

Classificação final, da 4ª Zona do Campeonato Catarinense de 1964

CLUBESPONTOS GANHOS
Caçadorense33
Atlético Chapecó32
SER Sadia31
Comercial30
Cruzeiro29
Vasco da Gama28
Hervalense21
14 de Julho20
Videirense20
10ºTorino14
11ºAlvorada13
12ºImaribo11

* Avançaram para a fase seguinte, os cinco primeiros colocados

Foto rara de 1967 – Time juvenil do 14 de Julho de Xanxerê, no Estádio Olavo Mayer (no fundo aparece o Jockey Clube Xanxerense)

Em 1968, A. C Chapecó na Divisão Especial

A Federação Catarinense de Futebol, informou mudanças profundas no sistema de disputas do campeonato estadual de profissionais. Foi criada uma divisão especial, reunindo 22 clubes catarinenses, sendo 14 do litoral e centro e oito do oeste catarinense. Entre os representantes oestinos da divisão especial estão Chapecó, 14 de Julho de Xanxerê, Cruzeiro e Comercial de Joaçaba e outro de Caçador, Videira e Concórdia.

Clube se fundiu ao Sete de Setembro em 1985

O Grêmio Esportivo 14 de Julho existiu até 1985, quando se fundiu ao Clube Sete de Setembro, também de Xanxerê (fundado no dia 07 de setembro de 1958), dando origem o “Sede Campestre 14 de Julho do Clube Cultural Recreativo e Esportivo 7 de Setembro“.

Atualmente, o Clube hoje possui duas sedes, a social localizada na Rua Celistre de Campos, 68 , centro e a sede campestre localizada na rua Dirceu Giordani Bairro Jardim Tarumã, em Xanxerê.

Trabalho de pesquisa: Sérgio Mello, Cícero Urbanski e Adalberto Klüser

FOTO: Acervo de Jorge Migliorini

FONTES: Wikipédia – O Estado de Florianópolis (SC) – Jornal Folha d’Oeste Esportiva (SC) – A Nação (SC) – site do Clube 7 Xanxerê

Inédito!! FOZ MEC – das cidades de Foz do Iguaçu e Medianeira (PR), disputou o Estadual de 1993

POR: Sérgio Mello

O FOZ MEC foi uma agremiação das cidades de Foz do Iguaçu e Medianeira (PR). Em 1993, o Foz do Iguaçu Esporte Clube e Medianeira Esporte Clube juntaram as suas forças e criaram o FOZ MEC a fim de disputar o Campeonato Paranaense da 1ª Divisão daquele ano, organizado pela FPF (Federação Paranaense de Futebol).

Os jogos como mandante, o clube revezava: ora jogava no Estádio ABC (Foz do Iguaçu) e ora no Estádio Edgard Darolt (Medianeira). Apesar disso, para a FPF quem jogou foi o Foz do Iguaçu Esporte Clube, mesmo com o nome, uniforme e escudo do FOZ MEC.   

Dados do Paranaense de 1993

O Campeonato Paranaense da 1ª Divisão de 1993, foi realizado por cerca de sete meses: entre o dia 31 de Janeiro a 29 de Agosto de 1993. Nessa edição, contou com a participação de 20 equipes, cujo Paraná Clube foi o grande campeão, enquanto o Londrina Esporte Clube ficou com o Vice. A média de público foi de 2.385 pagantes.

Número de Jogos e média de gols marcados

Foram disputadas nas três fases do campeonato 226 partidas. 1ª Fase: 190 jogos; 2ª Fase: 24 jogos; 3ª Fase: 12 jogos. Foram marcados 529 gols. Média de 2,34 por partida. 1ª Fase: 451 gols; 2ª Fase: 53 gols; 3ª Fase: 25 gols.

Artilheiro, Goleiro menos vazado e Atleta mais disciplinado

O atacante Renaldo, do Athletico Paranaense, foi goleador máximo com 22 gols. Já o goleiro Régis, do Paraná Clube, foi o menos vazado, tendo sofrido 16 gols em 28 jogos, uma média de 0,57 por partida. O jogador mais disciplinado foi Ancelmo da Silva, Mazaroppi, do Francisco Beltrão FC, que disputou 29 jogos e em 28 participações, saiu de campo sem levar nenhum cartão.

 Após o termino da fase classificatória, o FOZ MEC ficou na 10ª e última colocação no Grupo A. Com isso, a equipe teve que disputar o Torneio Extra para Rebaixamento, juntamente com outras11 equipes. No final, o FOZ MEC se recuperou, terminando na 5ª colocação, garantindo a sua permanência na Elite do Futebol do Paraná.

Classificação Torneio Extra

1º Lugar – Apucarana AC;

2º Lugar – GE Maringá;

3º Lugar – Operario FEC;

4º Lugar – Francisco Beltrão;

5º Lugar – FOZ MEC;

6º Lugar – AA Batel;

7º Lugar – SE Platinense;

8º Lugar – AA Iguaçu;

9º Lugar – Caramuru FC;

10º Lugar – GER Goioerê;

11º Lugar – AC Paranavaí; (rebaixado para a Divisão Intermediária de 1994).

12º Lugar – Umuarama AC; (rebaixado para a Divisão Intermediária de 1994).

Contudo, após o final do Estadual, a parceria foi desfeita e no ano seguinte (1994), o Foz do Iguaçu Esporte Clube foi a agremiação que disputou o certame.   

Colaborou: Rodrigo S. Oliveira

FOTO: Acervo do Paraná Clube – Fábio Kolling

FONTES: Departamentos de Futebol Profissional e Financeiro da FPF (Federação Paranaense de Futebol)

Foto rara de 1949: São Paulo F.C., o “Rolo Compressor”

Estádio do Pacaembu, em 1949
EM PÉ (esquerda para a direita): Rui, Savério, Mauro, Mário, Bauer e Noronha.
AGACHADOS (esquerda para a direita): Friaça, Ponce de Leon, Leônidas da Silva, Remo e Teixeirinha.

O Rolo Compressor e o Rei da Década de 40

Nos primeiros anos de existência do Pacaembu, o São Paulo reinou com um futebol avassalador

Por A Gazeta Esportiva – O Tricolor, no Pacaembu, foi o rei da década de 40

Os fatos demonstram que a torcida são-paulina, nos anos 40, frequentava o Pacaembu para ver o Tricolor não se perguntando se o time conseguiria a vitória, mas sim de quanto venceria, ou, indo além, apostando qual seria o placar da goleada. Esse período ficou conhecido como a “Era do Rolo Compressor”, quando o clube que conquistou cinco títulos estaduais (a competição mais importante do período) em sete anos: 1943, 1945, 1946, 1948 e 1949: o Rei da Década!

Como diz o ditado, depois de aberta a porteira, onde passa um boi, passa uma boiada. Com o título de 1943 e a moeda que caiu de pé, iniciou-se o reinado do São Paulo no Estado naquela década. Não fosse pelo ano perdido de 1947, seriam seis títulos e um penta consecutivo. O esquadrão comandado por Leônidas era praticamente insuperável. Mas a história do termo “rolo compressor”, contudo, nasceu antes mesmo da chegada do Diamante Negro ao Tricolor.

A ORIGEM

Muitos pesquisadores defendem que o primeiro time apelidado como rolo compressor no Brasil foi o Internacional, no início dos anos 40. O time porto-alegrense chegou a ser hexacampeão local naquele período. Porém, a alcunha era aplicada aos são-paulinos já alguns anos antes da primeira conquista colorada daquela fase, em 1940.

É o que se vê na revista Arakan: Órgão do Grêmio Sampaulino, de setembro de 1940 (antes mesmo de finalizado o gauchão vencido pelo Internacional – encerrado em novembro), onde o próprio Vicente Feola relata como o time por ele comandado, que pouco antes havia incorporado o Clube Atlético Estudantes Paulista, arrancou para o topo do Campeonato Paulista de 1938, aplicou a maior goleada até hoje já executada sobre o Palestra/Palmeiras e que somente não se sagrou campeão pelo desvio de conduta da arbitragem na partida decisiva do certame, contra o Corinthians, na qual se validou um gol de mão cometido pelo rival.

Ou seja, de toda maneira, o São Paulo era conhecido como “Rolo Compressor” desde 1938/1939 (o campeonato daquela temporada acabou no ano seguinte). Com a volta dos títulos e, principalmente, dos placares dilatados à favor do Tricolor, o apelido Rolo Compressor ganhou peso (e concorrência de outras equipes no uso da nomenclatura) nos anos seguintes.

A MAIOR GOLEADA DO PACAEMBU

Nos dez primeiros anos do Tricolor no Estádio Municipal foram, nada menos, que 172 vitórias e 64 goleadas aplicadas nos adversários (em um universo de 281 partidas – 61% de jogos ganhos e praticamente uma goleada a cada cinco jogos, ou ainda: mais de um terço das vitórias foram com resultados expressivos)

Dentre as mais famosas goleadas, um estrondoso 9 a 1 em cima do Santos, em 1944, a maior goleada do clássico até hoje. Curiosamente, na preliminar daquele jogo, os aspirantes massacraram o time da Vila por espantosos 14 a 0. 23 gols tricolores em um só dia! Algo não muito diferente aconteceu no ano seguinte, mais exatamente no dia 8 de julho de 1945, pelo Paulistão: Outra vitória marcante, mas agora por 12 a 1 no Jabaquara!

O São Paulo, que naquela altura já liderava a competição da qual viria a sagrar-se campeão, não tomou conhecimento do adversário e poderia ainda ter terminado o jogo com contagem mais elevada no placar. O destaque ficou para o capitão Leônidas, que marcou quatro belos gols, inclusive um de “letra” e relembrou as memoráveis atuações do centroavante pela seleção brasileira.

O jogo foi o famoso “vira seis, acaba doze”, pois ao fim da primeira etapa o São Paulo já goleava por meia dúzia a zero. Os gols foram anotados por Remo, aos 17, Leônidas, aos 18, Leônidas, aos 31, Teixeirinha, aos 38, Remo, aos 39 e Leônidas, aos 42 minutos do primeiro tempo, seguindo por Barrios, aos 8, Leônidas, de calcanhar, aos 11, Teixeirinha, aos 15, Remo, aos 17, Teixeirinha, aos 40 minutos e por fim (aleluia), já perto do final do segundo tempo, Remo marcou o 12º tento do Tricolor (o Jabaquara marcou o tal gol de honra, de pênalti, quando o placar já se encontrava em 10 a 0).

Foi a maior goleada da história do Tricolor após a reorganização do clube em 1935, como também o maior placar já visto no Pacaembu e no Campeonato Paulista profissional. Mas até ai, tudo bem. O peculiar se encontra no fato de que na preliminar o São Paulo venceu por 8 a 1. Desta vez, então, foram 20 gols tricolores em um único dia (pequena queda de rendimento), 22 ao todo.

Com o time voando, não foi de se espantar que o Tricolor conquistasse o título do Estadual de 1945 com duas rodadas de antecipação e apenas uma derrota (vingada com requintes de crueldade um ano depois). O troféu veio contra o modesto Ypiranga. Porém, na temporada seguinte, a façanha foi realmente épica…

A TAÇA DOS INVICTOS

O ano de 1946 foi um capítulo marcante e especial na história do Tricolor. A temporada começou auspiciosamente bem: goleada para cima do Corinthians – 5 a 1 (gols de Rubén Barrios, duas vezes, Remo, Antoninho e Américo), logo no dia 1º de janeiro.

E terminou magnificamente, com a conquista do título paulista – o primeiro da história são-paulina realizado de forma invicta (feito que só veio a se repetir em 2012, com a Copa Sul-Americana, entre as competições de longa duração).

Porém, entre o começo e o fim, o Tricolor logrou outras grandes façanhas. Na estreia do Campeonato Paulista, 4 a 0 sobre o pequeno Jabaquara. Antes da segunda rodada, deu tempo de golear o Flamengo, em amistoso no Pacaembu, por 7 a 1: uma partida sensacional de Teixeirinha, que marcou quatro gols (Leônidas deixou dois e Yeso completou o placar).

No estadual, o Tricolor então embalou seis sucessos seguidos, culminando em nova vitória sobre o Corinthians, agora por 2 a 1, em junho, antes de um ligeiro tropeço: o empate em 1 a 1 com a Portuguesa, na sétima rodada.  Nos clássicos posteriores: 3 a 2 no Santos, na Vila Belmiro, e 1 a 1 com o Palmeiras. Seguiu-se, depois, outra série de seis vitórias consecutivas e mais uma partida contra o time do Parque São Jorge.

No dia 29 de setembro de 1946, o São Paulo bateu mais uma vez no Corinthians (2 a 1 novamente) e conquistou um prêmio há muito cobiçado: a Taça dos Invictos de A Gazeta Esportiva. O troféu foi instituído em 1939 pelo jornal paulistano e era concedido ao clube que quebrasse o recorde de jogos consecutivos sem perder no Campeonato Paulista (que naquela ocasião era a marca de 22 jogos, número pertencente ao Palestra Itália de 1934).

O São Paulo, sobrepujando o Corinthians, completou 23 jogos invictos, contando com os últimos seis resultados do certame de 1945 – a sequência começou após a única derrota do time naquela edição, frente ao mesmo oponente. A revanche veio com um gosto todo especial. Os festejos pela condecoração foram enormes e paralisaram a capital paulista.

Os jogos invictos

  • 1º. 19.08.1945. Pacaembu: 4×0 Santos
  • 2º. 26.08.1945. Pacaembu: 2×1 Portuguesa
  • 3º. 09.09.1945. Pacaembu: 2×1 Comercial-SP
  • 4º. 16.09.1945. Pacaembu: 3×2 Ypiranga
  • 5º. 23.09.1945. Pacaembu: 1×1 Palmeiras
  • 6º. 30.09.1945. Marapá. 5×1 Portuguesa Santista
  • 7º. 14.04.1946. Pacaembu: 4×0 Jabaquara
  • 8º. 27.04.1946. Pacaembu: 5×2 Portuguesa Santista
  • 9º. 05.05.1946. Pacaembu: 3×1 São Paulo Railway
  • 10º. 19.05.1946. Pacaembu: 4×3 Ypiranga
  • 11º. 01.06.1946. Pacaembu: 7×3 Juventus
  • 12º. 09.06.1946. Pacaembu: 2×1 Corinthians
  • 13º. 23.06.1946. Pacaembu: 1×1 Portuguesa
  • 14º. 07.07.1946. Pacaembu: 6×2 Comercial-SP
  • 15º. 14.07.1946. Vila Belmiro: 3×2 Santos
  • 16º. 21.07.1946. Pacaembu: 1×1 Palmeiras
  • 17º. 28.07.1946. Marapé: 2×0 Portuguesa Santista
  • 18º. 11.08.1946. Pacaembu: 4×2 Comercial-SP
  • 19º. 18.08.1946. Pacaembu: 1×0 Ypiranga
  • 20º. 31.08.1946. Pacaembu: 2×0 Santos
  • 21º. 07.09.1946. Marapé: 4×0 Jabaquara
  • 22º. 15.09.1946. Pacaembu: 2×0 São Paulo Railway
  • 23º. 29.09.1946. Pacaembu: 2×1 Corinthians (conquista)
  • 24º. 13.10.1946. Pacaembu: 1×1 Portuguesa (ampliação)
  • 25º. 26.10.1946. Pacaembu: 7×0 Juventus
  • 26º. 10.11.1946. Pacaembu: 1×0 Palmeiras
  • 27º. 25.05.1947. Pacaembu: 3×1 Comercial-SP
  • 28º. 31.05.1947. Pacaembu: 1×1 Nacional
  • 29º. 15.06.1947. Pacaembu: 3×3 Portuguesa
  • 30º. 22.06.1947. Pacaembu: 7×2 Juventus (número final)

O GOL MILAGROSO

O São Paulo chegou às duas rodadas finais do Paulistão de 1946 com somente três pontos perdidos, dentre 36 possíveis. O segundo colocado na tabela era o próprio Corinthians, freguês na temporada, que possuía quatro pontos perdidos – as duas únicas derrotas deles foram justamente para o Rolo Compressor.

Nessa penúltima rodada, o Tricolor enfrentou o Juventus e goleou por 7 a 0, com direito a espetáculo de Luizinho, que fez quatro gols e um mais bonito que o outro (de pé direito, de cabeça, de falta e de chaleira). Já o Corinthians sofreu, mas venceu o Ypiranga por 3 a 2. A decisão seria mesmo na última rodada e seria a vez do time do Parque São Jorge enfrentar o combalido Juventus. Por sua vez, o São Paulo bateria de frente com o Palmeiras, rival da conquista de três anos antes. O jogo dos são-paulinos, todavia, seria uma semana depois da partida corintiana!

Apesar do espetáculo que o então Tricolor do Canindé deu em todo o campeonato, muitos analistas viam o rival como favorito ao título, visto o tradicional nível de dificuldade do Choque-Rei e ao fato do Corinthians ter goleado o Juventus por 5 a 1, obrigando os tricolores a vencerem o clássico (um empate provocaria decisão em jogo extra entre os dois primeiros colocados).

A Gazeta Esportiva, 9 de novembro de 1946

Entre 40 e 45 mil pessoas no Pacaembu para a decisão do Paulista de 1946. Bola rolando, jogo tenso e amarrado na etapa inicial, com poucas chances para ambos os lados. O primeiro tempo terminou como começou, 0 a 0. O cenário mudou radicalmente na fase complementar, em que o São Paulo dominou a peleja, fazendo forte pressão.

Aos 12 minutos do segundo tempo, o tricolor Luizinho atingiu o goleiro palmeirense em uma dividida. Começou a confusão, com socos e pontapés aqui e acolá. Quando a coisa se acalmou, o árbitro expulsou dois de cada lado: Luizinho e Remo, pelo São Paulo, Og e Villadoniga, pelo Palmeiras. Mas sobrou também para o argentino e são-paulino Renganeschi, que no rebuliço levou uma pancada e, contundido, foi deslocado para a ponta esquerda para fazer número (não eram permitidas substituições, na época).

Praticamente com um a menos, o fim do jogo foi de muita superação e vontade por parte dos tricolores. Aos 38 minutos, Bauer avançou pela ponta direita e cruzou. A bola subiu estranhamente, enganou o goleiro adversário e bateu no travessão. Então, de onde menos se esperava, veio o sutil toque que rolou a bola mansamente para o fundo do gol. Renganeschi! Manquitolando no ataque, o zagueiro definiu o jogo e o título!

Fotos de Arquivo Histórico, Arakan e O Esporte

A temporada do foi perfeita. Até hoje, nenhuma outra campanha superou essa em aproveitamento. 84,21% dos pontos disputados (à época, 2 pontos por vitória): 30 vitórias, quatro empates, quatro derrotas. No Campeonato Paulista, 92,5% de aproveitamento e nenhuma derrota. Título invicto!

O FIM DE UMA ERA

Depois perder a chance de obter o tricampeonato estadual em 1947, o São Paulo trocou o comando técnico do time, com Vicente Feola no lugar do grande campeão Joreca (que veio a falecer pouco tempo depois, em dezembro de 1949). Feola, velho conhecido dos são-paulinos – assumiu a primeira vez o cargo de técnico em 1937 – manteve o Rolo Compressor na linha e já na primeira temporada saiu-se vitorioso: Campeão Paulista de 1948.

Foi nessa temporada que Leônidas eternizou a bicicleta em imagem. O terceiro gol do Tricolor na vitória por 8 a 0 sobre o Juventus, no dia 13 de novembro, em que o camisa número nove (o primeiro são-paulino a usar esse número em campo – pois as camisas passaram a ser identificadas assim justamente ao final desse ano) executou essa jogada em cima do goleiro Muñiz, foi captada pelas lentes fotográficas e registrada nos exemplares de A Gazeta Esportiva para todo o sempre.

No ano seguinte, 1949, o Tricolor voltou a vencer o Campeonato Paulista, sagrando-se bicampeão. Foi o último título da era Rolo Compressor. 

Ao derrotar o Santos (quando precisava somente do empate para já comemorar com uma rodada de antecipação), por 3 a 1, com gols de Teixeirinha e Friaça (2), no dia 20 de novembro, os são-paulinos celebraram o último título daquele período e foram coroados campeões da década.

Desta maneira, o clube tomou posse definitiva e levou para o Canindé – então sede do São Paulo – a Taça Federação Paulista de Futebol (troféu instituído em 1942, que era de posse transitória até que um clube o conquistasse três vezes consecutivas ou cinco alternadas).

A conquista fez jus à equipe são-paulina, que estabeleceu o melhor ataque e a melhor defesa do certame, com 70 gols marcados e 23 sofridos, em 22 partidas disputadas, possuindo ainda o artilheiro do torneio: Friaça, com 24 tentos. O time sofreu somente duas derrotas, para o Santos, no primeiro turno, e para o XV de Piracicaba, o “campeão do interior”, lá na terra do “Nhô Quim”. E ainda deixou para a posteridade grandes goleadas, como um 8 a 2 no Juventus, 5 a 0 no Nacional, 5 a 1 no Ypiranga e um 5 a 1 no Palmeiras, até então invicto.

Esse título tricolor foi o derradeiro com a presença do eterno Diamante Negro (e também foi a última temporada em que marcou um gol de bicicleta pelo clube: no 7 a 2, contra o Comercial paulistano). Leônidas da Silva, que jogou no Tricolor entre 1942 e 1950, foi o maior responsável pela revolução que o São Paulo passou, transformando-se em uma das maiores potências do país.

Ao lado de Leônidas, os outros ídolos presentes em todas as cinco conquistas daquela década foram Teixeirinha, Noronha e Remo. 

Em 1950, o São Paulo não conseguiu superar o adversário e a arbitragem para conquistar o tão esperado tricampeonato. Na última rodada, o Tricolor estava um ponto atrás do Palmeiras e enfrentou o mesmo adversário, no dia 28 de janeiro de 1951. A vitória daria o título aos são-paulinos e foi esse resultado que o time procurou desde o início. Teixeirinha abriu o placar logo aos três minutos de jogo. No segundo tempo, o rival empatou aos 15 minutos. 

O lance cabal do jogo, do torneio e do tricampeonato foi quando Teixeirinha marcou o gol que representaria a vitória tricolor, mas que foi anulado pelo bandeirinha Richard Eason e pelo árbitro Alvin Bradley – ambos ingleses. Imagens (como a vista acima, da Revista Tricolor nº 14, de fevereiro de 1951) comprovam que o atacante são-paulino não estava em posição de impedimento, tendo entre ele (encoberto) e o goleiro, na verdade, outros dois adversários.

Boatos dizem que a arbitragem inglesa foi vista, depois, celebrando o carnaval ao lado de belas mulheres em certo clube da capital. Meros boatos. 

BÔNUS: O EXPRESSINHO

Nos anos 40, não foi somente o time principal do Tricolor que sobrou no campo do Pacaembu nos anos 40. Outra equipe são-paulina que dava show – e aplicava até mesmo goleadas muito maiores (como o 14 a 0 sobre o Santos, em 1944) – era a de jogadores aspirantes. 

De 1943 (foto) a 1947, o time considerado reserva do São Paulo ganhou tudo. Pentacampeão consecutivamente do Campeonato Paulista da categoria (também venceu o Campeonato Paulista Amador de 1942). O time que revelaria Yeso, Leopoldo, Antoninho e Savério para o elenco profissional, voava no gramado. Em 101 jogos no período 1943-47, venceram 77 vezes, empataram 18 e perderam apenas seis partidas, marcando 325 gols (média de mais de três gols por peleja) e sofrendo só 96 (menos de um por disputa). 

Por tamanho futebol, este time aspirante ficou conhecido como Expressinho. O nome em si faz referência ao Expresso da Vitória, nome ao qual ficou conhecida a vitoriosa equipe do Vasco da Gama, no Rio de Janeiro dos anos 40, um dos poucos adversários a altura do Rolo Compressor do Tricolor, no período. 

O apelido, posteriormente, teve a notoriedade resgatada (em verdade, ao longo dos anos sempre foi vez ou outra utilizado). Primeiramente com os fortes times de base criados por Cilinho na época dos Menudos do Morumbi, em meados dos anos 80, e principalmente no início dos anos 90, graças ao trabalho de Telê Santana e Muricy Ramalho, culminado com a conquista da Copa Conmebol de 1994, em que o São Paulo eliminou os times principais de Grêmio e Corinthians, e goleou na final o Peñarol do Uruguai (6 a 0), mesmo tendo atuado com um time de jovens das categorias de base, formado por Rogério Ceni, Juninho, Catê, Denilson e Caio, dentre outros guris.

Colaborou: José Luiz Braz

FONTE: Michael Serra / Arquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube

1° escudo: Terrestre Sport Club – Belo Horizonte (MG), Fundado em 1934

O Terrestre Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). O “Grêmio de Lagoinha” foi Fundado na segunda-feira, do dia 1º de Janeiro de 1934 (com o nome de Terrestre Sport Club), pelos desportistas Armando Gomes, Herculano Seixas, Ernesto Rêgo, Osvaldo Freitas Galo e Roberto Tamieti, na Igreja de Lagoinha.

Algumas curiosidades

A palavra Terrestre foi uma homenagem a Companhia Sul America Terrestre e Capitalização. O 1º Presidente foi o Sr. Edward Queiroz, conhecido nas rodas esportivas por ‘Blage’.

Trabalhou por mais de uma década no clube, se destacando, dentro das quatro linhas, sendo o principal jogador, sendo classificado como craque absoluto da várzea em um memorável concurso do jornal “Folha de Minas“.   

A sua Sede ficava localizada na Rua Rutilo, nº 9, no bairro Lagoinha, em Belo Horizonte. Além do futebol, o clube alvirrubro também contavam com outras modalidades: basquete, vôlei, atletismo, ciclismo e ping-pong (Tênis de Mesa).

Títulos e a Praça de Esportes

O Terrestre possuía uma rica coleção de troféus, como o Bicampeonato do Departamento de Futebol Amador (ligado a Federação Mineira de Football Amador – FMFA), de Belo Horizonte, o Segundo Quadros foi Campeão Invicto em 1943. No mesmo ano, os Juvenis também levantaram a taça na sua categoria, aplicando uma goleada histórica: 30 a 0, no Esperança (detalhe: o time ainda teve cinco gols anulados pela arbitragem). O título de “Clube mais Querido da Cidade“.

O desejo da torcida e da diretoria era ter a sua Praça de Esportes, no entanto o Conselho Regional de Esportes, de Belo Horizonte não via com “bons olhos” os clubes menores da cidade terem a sua casa, pois para o prefeito da cidade a construções de campos poderiam intensificar ainda mais a educação física dos jovens.  

Celeiro de craques

Em uma década (1934 a 1944), o Terrestre revelou diversos jogadores para o futebol profissional,como: Gerson, Gregorio, Oldack, Zezé Mexe-Mexe, Rubens, Ponte Nova, Luiz Pedro, Hélio, Antoninho, Luquinha, Homero, e muitos outros que brilharam em grandes clubes.

Clube contava com cerca de 600 sócios

Em março de 1944, o “Grêmio de Lagoinha” contava com mais de 600 sócios quites e a maior torcida do setor amadorista. A Diretoria do clube de 1944, contavam com os seguintes membros:

Presidente de Honra – Dr. Amintas de Barros;

Vice-Presidente de Honra – Leão Cabernite;

Presidente – João Trindade do Nascimento;

Vice-Presidente – Miguel Jorge;

Secretário Geral – José Wardi;

1º Secretário – Rui Ferreira Barbosa;

2º Secretário – José Nilson;

Tesoureiro Geral – José Maia;

1º Tesoureiro – Jorge Elias;

2º Tesoureiro – José de Almeida Durões;

Comissão de Festas – Helio Tocafundo, Wilson Rocha e Wilson França;

Representante junto a Departamento de Futebol Amador (DFA) – José Vicente Gomes;

Diretor de Esportes – Tancredo Gomes;

Técnico – Geraldo Zacarias.

FOTOS: Vitor Dias (time posado de 1944) – Acervo de Fabiano Rosa Campos

FONTES: Diário da Noite (RJ) – Vida Esportiva (MG)