O Esporte Clube Avro Paulista foi uma agremiação da cidade de São Paulo. Fundado em Setembro de 1945, graças ao esforços dos funcionários doServiço de Obras da 4ª Zona Aérea. Constituída a Primeira Diretoria, com os seguintes membros:
Presidente –Major Alberto Rodrigues Gomes;
Vice-Presidente –Tenente Humberto dos Santos Maito;
Secretário Geral – Ciro José Monteiro Brizola;
1º Secretário – Edmur Alvarez Machado;
2º Secretário – José Maciel;
Tesoureiro – Henrique Maia.
No começo da agremiação, possuíam dois departamentos: futebol e bola ao cesto (basquetebol). No futebol foram formados os Primeiros e Segundos Quadros, onde realizaram diversos amistosos contra as equipes de Fuselagem do Parque de Aeronáutica de São Paulo, da Contabilidade da Estrada de Ferro Sorocabana e do Banco Cruzeiro do Sul, estando invicto nesses jogos.
Na quarta-feira, do dia 13 de fevereiro de 1946, o Departamento Amador da Federação Paulista de Futebol, admitiu na Segunda Divisão, os clubes: Vila Esperança Futebol Clube (campeão da Divisão Varzeana de 1945) e o Avro Paulista.
Campeão do Torneio Início de 1946
A estreia aconteceu no Torneio Início da 2ª Divisão Amadora da Capital, diante do União Vila Esperança Futebol Clube, no domingo, às 13 horas, do dia 7 de abril de 1946, realizado no campo do Clube Atlético Juventus. O Avro Paulista. Fez uma bela campanha, conquistando o seu primeiro título em sua curta história.
Na estreia do Campeonato Paulista Amador da 2ª Divisão de 1946, o Avro Paulista não tomou conhecimento do Clube Atlético Vila Mazzei e goleou, em casa, por 3 a 0. Os gols foram assinalados por Waldemar, duas vezes, e Vale.
O time formou assim: Mandi; Alemão e Vale; Nunes, Barbosa e Quati; Aranha, Jayme, Waldemar, Laine e Pavão.
Nos Segundos Quadros, o Avro Paulista também venceu pelo placar de 3 a 2.
Campeão da 1ª Divisão de Amadores da Capital de 1947
A maior conquista do Esporte Clube Avro Paulista aconteceu em 1947, quando se sagrou campeão da 1ª Divisão de Amadores da Capital. A competição contou a participação de 10 agremiações:
Clube Atlético Vila Mazzei;
Clube Esportivo Macabi;
Clube Recreativo Maria Zélia;
Clube Atlético Silvicultura;
Esporte Clube Avro Paulista;
Esporte Clube Vigor;
Lauzane Paulista Futebol Clube;
Minas Gerais Futebol Clube;
Oliveira Futebol Clube;
União Vila Esperança Futebol Clube.
O Jornal de Notícias (SP), contou assim: “No campo do C. E. Rae, na Ponte Pequena, realizou-se na tarde de ontem (domingo, do dia 21 de setembro de 1947) o prélio entre os quadros do E. C. Avro Paulista e os respectivos do C. A. Vila Mazzei.
O prélio, cujo desenrolar decorreu bastante animado, veio a terminar com o triunfo favorável ao Avro Paulista pela contagem de 3 a 2, que desta forma sagrou-se campeão da 1ª Divisão de Amadores da Capital de 1947. Pavão duas vezes, e Jaime, foram os marcadores dos tentos do ‘onze’ principal vencedor que alinhou: Mandi; Waldemar e Vale; Carde, Barbosa e Bala; Ivo, Orlando, Jaime, Claudio e Pavão. Na partida dos Segundos Quadros verificou-se empate de 1 a 1”.
Classificação Final (Primeiros Quadros)
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
E.C. Avro Paulista
28
16
12
4
–
47
20
27
2º
União Vila Esperança F.C.
22
16
9
4
3
39
19
20
3º
E.C. Vigor
21
16
9
3
4
36
15
21
4º
Lauzane Paulista F.C.
20
16
8
4
4
33
22
11
5º
C.R. Maria Zélia
17
16
7
3
6
33
30
3
6º
C.A. Vila Mazzei
15
16
6
3
7
26
27
-1
7º
Oliveira F.C.
13
16
4
5
7
33
37
-4
8º
Minas Gerais F.C.
5
16
2
13
1
16
48
-32
9º
E.C. I.B. Macabi
3
16
1
14
1
22
67
45
Obs.: O Clube Atlético Sivicultura foi desclassificado. O Minas Gerais Futebol Clube desistiu do Campeonato no final do returno.
Classificação Final (Segundos Quadros)
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
C.R. Maria Zélia
28
16
13
2
1
54
12
42
2º
Lauzane Paulista F.C.
27
16
12
3
1
46
12
34
3º
C.A. Vila Mazzei
17
16
7
3
6
19
33
-14
4º
E.C. Avro Paulista
17
16
6
5
5
37
33
4
5º
União Vila Esperança F.C.
16
16
5
6
5
19
24
-5
6º
Minas Gerais F.C.
13
16
5
3
8
20
21
-1
7º
E.C. Vigor
10
16
3
4
9
17
29
-12
8º
E.C. I.B. Macabi
9
16
4
1
11
28
64
-36
9º
Oliveira F.C.
7
16
2
3
11
18
20
-2
Posteriormente, o Esporte Clube Avro Paulista disputou ainda em 1947, o Torneio dos Campeões Amadores da Capital, com outras cinco equipes: Sociedade Esportiva Palmeiras, Associação Atlética Vila Deodoro, Salada Futebol Clube, Cerâmica Futebol Clube e Esporte Clube União S. Teles. A competição foi em turno único, e o Palmeiras foi o campeão, com a Vila Deodoro ficou em segundo.
De 1942 a 1958, o Torneio dos Campeões Amadores da Capital foi disputado entre os vencedores do Campeonato Amador da Capital, os vencedores do Campeonato Varzeano da Capital, os vencedores da Associação Classista de Esportes Atléticos (ACEA, Associação Atlética Desportiva de Classe), e os vencedores da Liga Esportiva de Comércio e Indústria (LECI, Liga Desportiva do Comércio e Indústria).
Classificação Final
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
S.E. Palmeiras
10
5
5
–
–
11
2
9
2º
A.A. Vila Deodoro
6
5
3
–
2
8
11
-3
3º
Salada F.C.
4
5
2
3
–
13
9
4
4º
E.C. Avro Paulista
4
5
2
3
–
10
10
0
5º
Cerâmica F.C.
4
5
2
3
–
6
10
-4
6º
E.C. União S. Teles
2
5
1
–
4
5
11
-6
Na quinta-feira, do dia 22 de Julho de 1948, o clube, com a competição em andamento, solicitou o seu afastamento do Campeonato da Divisão Principal da Série B, alegando dificuldade na ordem técnica. O Departamento Técnico da Federação Paulista de Futebol aceitou, mas pelo regulamento o Avro Paulista acabou rebaixado para o Departamento Varzeano da FPF.
Time base de 1946: Mandi (Walter); Erasto (Dotti ou Alemão) e Zuza (Afonso ou Vale); Quati (Zelão), Barbosa e Nunes (Claudio); Waldemar (Aranha ou Pascoal), Tico (Silva), Tavares (Fevereiro), Jayme (De Pato ou Laine) e Antoninho (Pavão).
Time base de 1947: Mandi; Waldemar e Vale; Carde, Barbosa e Bala; Ivo, Orlando, Jaime, Claudio e Pavão.
Time base de 1948: Fubá; Alemão e Anibal; Waldemar, Barbosa e Bala; Ivo, Orlandinho, Jaime, Cláudio e Pavão.
Colaborou: Rodrigo S. Oliveira
FOTO: Escola de Aviação São Paulo – Brasil “Papel Pega-Mosca” (28/09/1946) – Arquivo Campo de Ação
FONTES: Correio Paulistano (SP) – Jornal de Notícias (SP) – Diário da Noite (SP)
O Sport Syrio Horizontino foi uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). Não uma riqueza de informações relacionada ao Syrio. A sua fundação consta duas datas: no domingo, do dia 16 de abril de 1922 ou na terça-feira, do dia 17 de abril de 1923, por um grupo da colônia sírio-libanesa.
As cores escolhidas foram da bandeira da Síria, mas não atual, mas sim a que existia naquela época (imagem abaixo). As imagens encontradas do uniforme, em suma, possuíam duas formas (ambos listrados na vertical): verde e branco ou verde e preto.
Algumas sedes foram encontradas ao longo da sua existência: na Rua Tamóios; altos da Casa Saliba, no Centro de BH; Rua Caethés, no Centro, em BH; na Av. Afonso Pena, no Centro dois endereços: números 316 e 1.846.
Campeão do Torneio Início de 1926
O Syrio Horizontino debutou no futebol, disputando o Torneio Início de 1926, e de cara chegou na final e derrotou o Palestra Itália (atual Cruzeiro), se sagrando campeão!
Depois, no Campeonato Mineiro da 1ª Divisão de 1926, começou vencendo os quatro primeiros jogos: América Football Club (9 de maio – 2 a 1); Sport Club Calafate (6 de junho – 3 a 1); Guarany Foot Ball Club (27 de junho – 4 a 0); Palmeiras Foot Ball Club (29 de junho – 3 a 1).
Na sequência veio a primeira derrota: Atlético Mineiro (14 de julho – 5 a 2); fechando o turno com empate em 2 a 2 diante do Sete de Setembro Football Club.
O Syrio Horizontino terminou o primeiro turno na vice-liderança com 9 pontos (quatro vitórias, um empate e uma derrota), só atrás do Atlético Mineiro com 11 pontos (cinco vitórias e um empate).
No returno – no domingo, do dia 29 de agosto – começou empatando com o América (1 a 1). Contudo, logo após desistiu de disputar os cinco jogos restantes. Em razão disso, a Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT), que organizava a competição, anulou todos os resultados do Syrio.
Primeira partida em nível nacional
No domingo, do dia 31 de outubro de 1926, realizou o seu 1º jogo nacional, diante do Syrio Libanez Athletico Club, do Rio de Janeiro. Após ir para o vestiário perdendo por 4 a 1, a equipe mineira tentou esboçar uma reação, mas acabou derrotado pelo time carioca por 6 a 4.
Campanha aquém
Em 1927, o clube fez uma campanha ruim. Das 11 equipes participantes, o Syrio Horizontino terminou na 10ª posição(uma vitória, um empate e oito derrotas; marcando 16, sofrendo 35 e um saldo negativo de 19 tentos).
Syrio abandona competição e só retorna em 1930
Em 1928, disputou o 1º Turno somando três pontos(uma vitória, dois empates e seis derrotas; marcando 14, sofrendo 36 e um saldo negativo de 22 tentos).
Porém, desistiu, novamente, de disputar o returno alegando não ter campo para treinar. Ainda em 1928, o clube paralisou as suas atividades. Retornou dois anos depois (setembro de 1930).
Syrio foi excluído da LMDT
Um duro golpe, aconteceu quando a Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT), por intermédio do presidente Anibal de Mattos, na quinta-feira, do dia 22 de outubro de 1931, eliminou sete clubes (America, Villa Nova, Sete de Setembro, Syrio Horizontino, Montes Claros, Uberaba e Vespasiano).
O motivo foi em decorrência de todos os clubes terem participado da ocupação na sede da Ligana segunda-feira, do dia 28 de setembro de 1931, onde assinalaram a ata de posse da diretoria proclamada pelos sete clubes que promoveram a deposição dos diretores da LMDT atual.
O time do Syrio de 1931: Tonico; Vevê e Jorge; Cruvina, Dazinho e Caria; Adolpho, Mundico, Cutão I, Canhoto e Mineiro.
Clube faz parte na criação de nova Liga
Na segunda-feira, do dia 7 de março de 1932, ajudou a Fundar a União Mineira de Esportes Geraes (UMEG), realizado na Sede do Palestra. Os clubes que participaram da criação da nova liga foram os seguintes:
Após fundar a nova liga, a diretoria do Syrio Horizontino, no ano seguinte, desativou o seu departamento de futebol em razão da homologação do profissionalismo em 1933.
Em março de 1948, a União Síria Brasileira chegou a discutir a volta do futebol no Syrio, porém sem êxito. Três meses depois, o clube se filiou a Federação Mineira de Vôlei. Naquele momento, a quadra do Syrio ficava nos fundos da sua sede, localizado na Avenida Augusto de Lima, nº 1.255, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte/MG.
Colaboraram: Gerson Rodrigues e Fabiano Rosa Campos
FONTES: O Paiz (RJ) – O Imparcial (RJ) – Risos e Sorrisos (MG) – A Noite (RJ) – O Dia (PR) – Diário da Noite (RJ) – Rsssf Brasil – Henrique Ribeiro
Após a separação do estado de Mato Grosso, no dia 1º de janeiro de 1979(quando passou a ter dois estados: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), aconteceu o 1º Campeonato Matogrossense da Primeira Divisão daquele ano.
Nessa divisão a Federação Matogrossense de Futebol (FMF), perdeu duas agremiações importantes: Operário Futebol Clube e o Esporte Clube Comercial, ambos da cidade de Campo Grande (agora capital do novo estado de MS). A partir de agora vamos contar como aconteceu esse Estadual de 1979, que foi o “divisor de águas”, no futebol Matogrossense.
Na segunda-feira, do dia 23 de abril de 1979, ficou decidido, na Federação Matogrossense de Futebol (FMF), que o certame começaria dia 13 de maio, pois o União não aceitou enfrentar o Mixtono dia 5 de maio, data do aniversário de Rondonópolis.
O presidente da FMF, Carlos Orione informou que o Comercial de Poconé não disputaria nenhuma competição na temporada, pois se encontrava sem nenhuma condição (financeira) de retornar ao profissionalismo.
A única novidade no primeiro certame, a ser promovido pela entidade FMF foi o representante do município de Cáceres. Portanto, a FMF confirmou que o Campeonato Estadual da 1ª Divisão seria composto por sete equipes:
Barra do Garças Futebol Clube (Barra do Garças);
Clube Esportivo Operário Várzea-grandense (Várzea Grande);
Clube Esportivo Dom Bosco (Cuiabá);
Estrela D’Oeste Futebol Clube (Cáceres);
Mixto Esporte Clube (Cuiabá);
Palmeiras Esporte Clube (Cuiabá);
União Esporte Clube (Rondonópolis).
O representante de Cáceres foi o Estrela D’Oeste F.C.
Importante fazer um esclarecimento: pesquisando o jornal “O Estado de Mato Grosso (MT)” ficou claro que o representante da cidade de Cáceres no Estadual não foi o Cáceres Esporte Clube, mas sim o Estrela D’Oeste Futebol Clube.
As pistas surgiram antes e depois da participação do time. Cerca de um mês antes da estreia no Campeonato Matogrossense, na matéria acima, o presidente do Cáceres Esporte Clube, Silvio Pinheiro da Silva estava empenhado em mudar o nome do clube para Estrela D’Oeste Futebol Clube.
No decorrer da competição, o jornal “O Estado de Matogrosso” colocava repetidas vezes o nome de Cáceres Esporte Clube, criando a ideia para quem lê que o clube não conseguiu alterar o nome. Mas da matéria sobre a campanha do Mixto (15/09/1979), os dois jogos diante do representante da cidade de Cáceres foi Estrela D’Oeste Futebol Clube(possivelmente os dados foram repassado pelo MIxto).
Tabela definida
O Conselho Arbitralda FMF se reuniu na noite da sexta-feira, do dia 27 de abril de 1979, às 20 horas, com as agremiações, onde foi definido a tabela e regulamento do Campeonato Matogrossense da 1ª Divisão de 1979. A primeira rodada foi definida para começar no domingo, do dia 13 de maio. O campeão do certame regional receberá o Troféu “Frederico Carlos Soares de Campos”, então governador do estado de Mato Grosso.
Uma inovação no Regulamento do certame: “O clube que atuar irregular (jogador com três cartões amarelos ou sem contrato), poderá ser multado em 5 mil cruzeiros, desde que o Tribunal de Justiça Desportiva da FMF venha comprovar a irregularidade”. Alguns jogos foram transmitidos pela TV Centro América.
O Primeiro Turno transcorreu entre o dia 13 de maio a 17 de junho. Foram 38 gols em 21 jogos, o que deu uma média de 1,8 gol por partida. No final, melhor para o União Esporte Clube de Rondonópolis, que terminou na liderança isolada, garantindo o Troféu “Archimedes Pereira Lima” e também um ponto de bonificação para a Fase Final do Estadual. Abaixo, os resultados dos 21 jogos do turno. O atacante do União de Rondonópolis, Gilson Lira foi o artilheiro do turno com 5 gols em seis jogos.
Primeiro Turno
1ª Rodada
Domingo, 13 de maio
16 horas
Palmeiras
1
X
0
Operário-VG
Cuiabá
Domingo, 13 de maio
15h30min.
União
1
X
0
Mixto
Rondonópolis
Domingo, 13 de maio
15h30min.
Barra do Garças
0
X
1
Dom Bosco
Barra do Garças
2ª Rodada
4ª-feira, 16 de maio
21 horas
Dom Bosco
1
X
1
União
Cuiabá
3ª Rodada
Domingo, 20 de maio
15h30min.
Estrela D’Oeste
0
X
0
Palmeiras
Cáceres
Domingo, 20 de maio
15h30min.
Barra do Garças
1
X
1
União
Barra do Garças
4ª Rodada
4ª-feira, 23 de maio
21 horas
Operário-VG
2
X
1
Barra do Garças
Vargem Grande
5ª Rodada
Domingo, 27 de maio
16 horas
Mixto
0
X
0
Palmeiras
Cuiabá
Domingo, 27 de maio
15h30min.
Estrela D’Oeste
2
X
2
Barra do Garças
Cáceres
Domingo, 27 de maio
15h30min.
União
2
X
1
Operário-VG
Rondonópolis
6ª Rodada
4ª-feira, 30 de maio
21 horas
Dom Bosco
0
X
0
Palmeiras
Cuiabá
7ª Rodada
Domingo, 03 de junho
16 horas
Dom Bosco
0
X
0
Operário-VG
Cuiabá
Domingo, 03 de junho
15h30min.
Estrela D’Oeste
1
X
2
União
Cáceres
Domingo, 03 de junho
15h30min.
Barra do Garças
3
X
1
Palmeiras
Barra do Garças
8ª Rodada
4ª-feira, 06 de junho
21 horas
Mixto
3
X
0
Estrela D’Oeste
Cuiabá
9ª Rodada
Domingo, 10 de junho
16 horas
Operário-VG
0
X
0
Estrela D’Oeste
Vargem Grande
Domingo, 10 de junho
15h30min.
Barra do Garças
2
X
1
Mixto
Barra do Garças
Domingo, 10 de junho
15h30min.
União
2
X
0
Palmeiras
Rondonópolis
10ª Rodada
5ª-feira, 14 de junho
16 horas
Mixto
0
X
0
Operário-VG
Cuiabá
5ª-feira, 14 de junho
15h30min.
Estrela D’Oeste
0
X
2
Dom Bosco
Cáceres
11ª Rodada
Domingo, 17 de junho
16 horas
Dom Bosco
2
X
2
Mixto
Cuiabá
Classificação final do Primeiro Turno
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
União
10
6
4
2
–
9
4
5
2º
Dom Bosco
8
6
2
4
–
6
3
3
3º
Barra do Garças
6
6
2
2
2
9
8
1
4º
Mixto
5
6
1
3
2
6
5
1
5º
Operário-VG
5
6
1
3
2
3
4
-1
5º
Palmeiras
5
6
1
3
2
2
5
-3
7º
Estrela D’Oeste
3
6
–
3
3
3
9
-6
Tabela do Returno definido
Na sexta-feira, dia 08 de junho de 1979, às 20 horas, ocorreu a reunião do Conselho Arbitralda FMF juntamente com os representantes dos clubes para definir a tabela do Segundo Turno.
Contudo, a tabela não foi aprovada, pois optaram em aguardar do presidente da FMF, Carlos Orione à Cuiabá, sobretudo no aspecto financeiro. Em razão disso, foi transferido para a sexta-feira, dia 15 de junho de 1979. Com todas as questões pendentes equacionadas foi divulgada a tabela do returno.
Segundo Turno
1ª Rodada
Domingo, 24 de junho
15h30min.
Estrela D’Oeste
1
X
0
Operário-VG *
Cáceres
Domingo, 24 de junho
15h30min.
União
1
X
1
Barra do Garças
Rondonópolis
Domingo, 24 de junho
16 horas
Palmeiras
0
X
5
Mixto
Cuiabá
* Na noite da quinta-feira, do dia 19 de julho de 1979, o Operário-VG ganhou os pontos no Tapetão. Por 5 votos a zero, O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), deu os pontos da partida para o Operário-VG, por considerar que o Cáceres ter cometido irregularidades de dois atletas (Fernando e Marco Antonio) e mais o fato de ter participado com apenas 10 jogadores (registrados na Federação).
2ª Rodada
4ª-feira, 27 de junho
19 horas
Dom Bosco
0
X
0
Barra do Garças
Cuiabá
4ª-feira, 27 de junho
21 horas
Operário-VG
1
X
1
União
Cuiabá
3ª Rodada
Domingo, 1º de julho
15h30min.
Barra do Garças
1
X
1
Estrela D’Oeste
Barra do Garças
Domingo, 1º de julho
15h30min.
União
0
X
0
Dom Bosco
Rondonópolis
Domingo, 1º de julho
15h30min.
Operário-VG
1
X
0
Palmeiras
Cuiabá
4ª Rodada
Domingo, 08 de julho
15h30min.
Barra do Garças
1
X
1
Operário-VG
Barra do Garças
Domingo, 08 de julho
15h30min.
União
2
X
0
Estrela D’Oeste
Rondonópolis
Domingo, 08 de julho
16 horas
Dom Bosco
0
X
1
Mixto
Cuiabá
5ª Rodada
4ª-feira, 11 de julho
19 horas
Palmeiras
2
X
3
Estrela D’Oeste
Cuiabá
4ª-feira, 11 de julho
21 horas
Mixto
4
X
1
Barra do Garças
Cuiabá
6ª Rodada
Domingo, 15 de julho
15 horas
Palmeiras
1
X
4
Barra do Garças
Cuiabá
Domingo, 15 de julho
17 horas
Dom Bosco
2
X
2
Operário-VG
Cuiabá
Domingo, 15 de julho
15 horas
Estrela D’Oeste
1
X
1
Mixto
Cáceres
7ª Rodada
4ª-feira, 18 de julho
21 horas
Palmeiras
0
X
4
Dom Bosco
Cuiabá
8ª Rodada
Domingo, 22 de julho
15 horas
Palmeiras
2
X
2
União
Cuiabá
Domingo, 22 de julho
17 horas
Operário-VG
0
X
1
Mixto
Cuiabá
9ª Rodada
4ª-feira, 25 de julho
19 horas
Dom Bosco
2
X
0
Estrela D’Oeste
Cuiabá
4ª-feira, 25 de julho
21 horas
Mixto
4
X
0
União
Cuiabá
Classificação final do Segundo Turno
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
Mixto
11
6
5
1
–
16
2
14
2º
Dom Bosco
7
6
2
3
1
8
3
5
3º
Operário-VG
7
6
2
3
1
6
5
1
4º
Barra do Garças
6
6
1
4
1
8
8
0
5º
União
6
6
1
4
1
6
8
-2
5º
Estrela D’Oeste
4
6
1
2
3
5
9
-4
7º
Palmeiras
1
6
–
1
5
5
19
-14
No final do returno, o Mixto Esporte Clube de Cuiabá, foi o campeão, assegurando um ponto de bonificação para a Fase Final do Estadual. A rodada dupla (na preliminar o Dom Bosco bateu o Cáceres por 2 a 0), o Mixto goleou o União de Rondonópolis pelo placar de 4 a 0, no Estádio Verdão.
O público foi de 4.152 pagantes e uma Renda de Cr$ 112.870,00. O árbitro foi Antônio Ângelo, auxiliado por Armindo Antunes e Oséias Leme Vieira. Os gols foram de Bife, três vezes, e Miro completaram para o Alvinegro da Vargas.
Mixto: Ernane; Luiz Carlos (Jorge Aguiar), Miro, Jorge e Remo; Fabinho, Márcio e Pastoril; Gonçalves, Bife (Hideraldo) e Adilson. Técnico:Milton Buzetto.
União: Rubio; Pindu, Jurandir, Mauro e Nélson; Di Deus, Pintinho e Chundi;Alencar, Gilson Lira (Carlos Eduardo) e Joãozinho. Técnico: China.
Classificação final dos dois Turnos
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
Mixto
16
12
6
4
2
22
7
15
2º
União
16
12
5
6
1
15
12
3
3º
Dom Bosco
15
12
4
7
1
14
6
8
4º
Barra do Garças
12
12
3
6
3
17
16
1
4º
Operário-VG
12
12
3
6
3
9
9
0
6º
Estrela D’Oeste
7
12
1
5
6
8
18
-10
7º
Palmeiras
6
12
1
4
7
7
24
-17
Quarta e última Vaga
Como Barra do Garças e Operário-VG terminaram eempatados, no somatório dos dois turnos, foi necessário a realização de um jogo-extra para definir a quarta vaga. No domingo, às 16 horas, do dia 29 de julho de 1979, foi definido em jogo único a última da Quadrangular Final do Campeonato Matogrossense. E, quem ficou com a vaga foi o Operário de Varge Grande que venceu o Barra do Garças, por 1 a 0, no Estádio Verdão, em Cuiabá. O gol da classificação foi assinalado por Marco Aurélio, na primeira etapa.
Quadrangular Final (1º Turno)
1ª Rodada
4ª-feira, 1º de agosto
21 horas
Mixto
1
X
0
União
Cuiabá
2ª Rodada
domingo, 5 de agosto
16 horas
Dom Bosco
2
X
2
Mixto
Cuiabá
domingo, 5 de agosto
16 horas
União
0
X
0
Operário-VG
Rondonópolis
3ª Rodada
4ª-feira, 8 de agosto
21 horas
Dom Bosco
1
X
1
Operário-VG
Cuiabá
4ª Rodada
domingo, 12 de agosto
16 horas
Mixto
1
X
2
Operário-VG
Cuiabá
domingo, 12 de agosto
16 horas
União
2
X
0
Dom Bosco
Rondonópolis
Classificação do Quadrangular final do 1º Turno
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
Operário-VG
4
3
1
2
–
3
2
1
2º
União
4
3
1
1
1
2
1
1
3º
Mixto
4
3
1
1
1
4
4
0
4º
Dom Bosco
2
3
–
2
1
3
5
-2
Com os resultados, o Operário de Vargem Grande assegurou o seu lugar na decisão do Estadual de 1979, com o título da Fase Final do Primeiro Turno.
Quadrangular Final (2º Turno)
1ª Rodada
domingo, 19 de agosto
15h30min.
União
0
X
0
Mixto
Rondonópolis
domingo, 19 de agosto
17 horas
Operário-VG
1
X
1
Dom Bosco
Cuiabá
2ª Rodada
4ª-feira, 22 de agosto
21 horas
Operário-VG
3
X
1
União
Cuiabá
3ª Rodada
domingo, 26 de agosto
17 horas
Mixto
3
X
1
Dom Bosco
Cuiabá
4ª Rodada
domingo, 2 de setembro
15 horas
Dom Bosco
5
X
1
União
Cuiabá
domingo, 2 de setembro
17 horas
Operário-VG
1
X
2
Mixto *
Cuiabá
* O árbitro da partida, Olandir Rondon marcou um pênalti (segundo a reportagem do jornal “O Estado de Mato Grosso” foi inexistente) a favor do Operário-VG. A decisão revoltou os jogadores do Mixto que abandonaram o campo. O TJD de FMF após 2 meses definiu multa ao Mixto, sem a perda de pontos.
Classificação do Quadrangular final do 2º Turno
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
Mixto
5
3
2
1
–
5
2
3
2º
Dom Bosco
3
3
1
1
1
7
5
2
3º
Operário-VG
3
3
1
1
1
5
4
1
4º
União
1
3
–
1
2
2
8
-6
Após muitas idas e vindas, o TJD da FMF deu ganho de causa para o Operário-VG, porém a punição foi uma multa ao Mixto e não a perda dos pontos. Com isso, foi definido que as duas equipes teriam que jogar para definir o campeão Estadual de 1979. Ficou decidido que a decisão seria numa melhor de 4 pontos, nas datas de 5, 9, 12 e 16 de dezembro.
Classificação do Quadrangular final (dois turnos)
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
Mixto
9
6
3
2
1
9
6
3
2º
Operário-VG
7
6
2
3
1
8
6
2
3º
Dom Bosco
5
6
1
3
2
10
10
0
4º
União
5
6
1
2
3
4
9
-5
Empate no primeiro jogo
O 1º jogo da decisão, na quarta-feira, às 21 horas, do dia 5 de dezembro de 1979, teve o árbitro carioca José Aldo Pereira, auxiliado por Benedito Pio dos Santos (MT), na bandeira vermelha, e Airton de Sousa Franco (MT), na bandeira amarela, no Estádio Verdão, em Cuiabá.
No final, Mixto e Operário-VG ficaram no empate em 1 a 1. Os gols saíram na segunda etapa: Bife abriu o placar aos 28 minutos para o Mixto. E no “apagar das luzes”, Cacá deixou tudo igual aos 46 minutos para o “Chicote”.
O jogo foi muito faltoso, com oito cartões amarelos: Arildo, Ernani e Marcinho (Mixto) e Gaguinho, Ernane, Cacá, Joílson e Edval (Operário-VG). E, dois cartões vermelhos: Ernane (Operário-VG) e Marcinho (Mixto). O público foi de 12.019 pagantes, com uma Renda Cr$ 481.790,00. Na Preliminar o Dom Bosco goleou por 6 a 2 a Seleção Matogrossense Juvenil.
Mixto: Ernane; Arildo, Jorge Aguiar, Miro e Remo; Fabinho, Márcio e Udelson; Gonçalves, Bife e Toninho Campos (Adavilson). Técnico: Milton Buzetto.
Operário-VG: Veludo; Gilmar, Edval, Paulino e Joílson; Gaguinho, Tim e Ruiter; Cacá, Ramon e Ernane. Técnico: Zé Maria.
Operário-VG vence e fica a um ponto do título
Infelizmente, o 2º jogo da decisão, no domingo, às 16 horas, do dia 9 de dezembro de 1979, vencida pelo Operário-VG por 2 a 0, diante do Mixto, no Estádio Verdão, em Cuiabá, não foi possível encontrar a ficha-técnica do jogo, uma vez que a página do dia não está disponibilizada no jornal “O Estado de Mato Grosso (MT)”. Com o resultado o Operário-VG chegou aos três pontos e só precisaria de mais um ponto para ficar com o título.
Mixto vence o terceiro jogo e a decisão fica para o último encontro
Na 3ª partida, na quarta-feira, às 21 horas, do dia 12 de dezembro de 1979, o Mixto devolveu a derrota pelo mesmo placar e bateu o Operário-VG por 2 a 0, no Estádio Verdão, em Cuiabá.
O público foi de 14.140 pagantes e uma Renda de Cr$ 579.545,00. O árbitro foi paulista Dulcídio Wanderley Boschilla, auxiliado por Airton de Sousa Franco (MT) e Aramando Camarinha (MT). Os gols foram assinalados por Bife e Adavilson, no segundo tempo. Foram três cartões amarelos: Odenir (Operário-VG) e Luiz Carlos e Udelson (Mixto).
Mixto: Ernane; Luiz Carlos, Jorge Aguiar, Miro e Remo; Fabinho, Márcio e Udelson; Gonçalves, Bife e Adavilson (Toninho Campos). Técnico: Milton Buzetto.
Operário-VG: Veludo; Gilmar, Edval, Paulino e Justino; Joel Diamantino, Tim e Ruiter (Luizinho); Cacá, Ernane (Marco Aurélio) e Odenir. Técnico: Zé Maria.
Como ficou a decisão?
Com esse resultado, as duas equipes estão rigorosamente empatados com três pontos. Com isso, na última partida, quem vencesse ficaria com o título. Em caso de empate, prorrogação de 30 minutos (15 minutos cada tempo) e se persistir a igualdade o campeão será definido na disputa de pênaltis.
Mixto bate o Operário-VG é fica com o título Estadual de 1979
No 4º e último jogo da decisão, no domingo, às 17 horas, do dia 16 de dezembro de 1979, o Mixto derrotou o Operário-VG por 1 a 0, no Estádio Verdão, em Cuiabá. Com esse resultado, o Mixto se sagrou campeão do Campeonato Matogrossense da 1ª Divisão de 1979.
O gol que deu o título saiu aos 32 minutos do segundo tempo, por intermédio do atacante Bife, que terminou o Campeonato Matogrossense como artilheiro isolado com 12 gols. O presidente do Mixto, Lino Miranda pagou o prêmio de 20 mil pela conquista do título.
O jogo foi dos mais nervosos e muitas oportunidades de gols foram perdidas, notadamente por parte do clube varzeagrandense que teve a oportunidade de mostrar novamente a ausência de finalizadores em sua equipe.
O resultado foi justo, já que o alvinegro teve melhor participação que o seu adversário no decorrer do tumultuado Campeonato Matogrossense, competição de alto valor histórico, já que foi o primeiro certame disputado pós-divisão de Mato Grosso (em 11 de outubro de 1977, o então Presidente-General Ernesto Geisel assinou o documento decretando a emancipação político-administrativa do até então Estado de Mato Grosso. Data lembrada por ambos Estados, o feriado de divisão de MT e MS é um marco de independência principalmente da Região Sul em relação a Cuiabá. Em 1º de Janeiro de 1979, a separação foi oficializada).
Após o gol de Bife, a torcida alvinegra iniciou um verdadeiro carnaval nas dependências da praça esportiva e que se prolongou fora do Verdão até às primeiras horas da madrugada da segunda-feira.
Jogos das Finais
4ª-feira, 5 de dezembro
21 horas
Mixto
1
X
1
Operário-VG
Cuiabá
domingo, 9 de dezembro
16 horas
Operário-VG
2
X
0
Mixto
Cuiabá
4ª-feira, 12 de dezembro
21 horas
Mixto
2
X
0
Operário-VG
Cuiabá
domingo, 16 de dezembro
17 horas
Operário-VG
0
X
1
Mixto
Cuiabá
Curiosidades do Estadual de 1979
Os Times base
Barra do Garças: Agnaldo; Cabral (Marrom), Paulo Alves, Nelson e Wilson Soares; Ayres, Almir (Bomba) e Alisson; Ary Paghetti (Careca), Edivan (Polaco ou Deucy) e Carlos (Ricardo). Técnico: Joel Santos
Estrela D’Oeste: Jony (Aguimar); Bota (Décio), Bill, Bideu e Dito (Fernando ou Décio); João Carlos, Hélio e Batista (Marco Antonio); Baianinho (Té ou Canhento), Gérson Lopes (Helinho) e Neca (Claudeci). Técnico: Nivaldo Santana
Dom Bosco: Mão de Onça (Lula); Tuca (Lenine), Altivo (Eden), Walter e Serginho (Amaury); Fidélis, Ismael (Nene) e Lopes (Adilson); Babá, Barga (Bosco) e Juju. Técnico: Décio Leal (Depois Álvaro Scolfaro)
Mixto: Ernani; Luiz Carlos (Arildo), Miro, Jorge Aguiar e Remo (Bauer); Fabinho, Márcio (Osvaldo ou Udelson) e Pastoril (Jonas); Gonçalves (Deucy), Bife (Hideraldo ou Adavilson) e Toninho Campos. Técnico: Hélio Machado (Depois Milton Buzetto)
Operário-VG: Veludo; Zé Maria (Jota Alves), Zé Augusto (Edval), Gaguinho (Joílson) e Justino (Zé Mario); Tim (Mosca), Mario (Joel Diamantino) e China (Marquinhos); Ernane (Polula), Marco Aurélio (Luizinho ou Davi) e Odenir (Bernardo). Técnico: Aristeu Rezende (Depois Alceu Provatti e em seguida Totinha e por fim Zé Maria)
Palmeiras: Washington; Nide (Maurício), Pereira (Avanil), Tadeu e Herivelton; Nunes, Tupã (Leandro) e Pelego; Careca, Jair e Vieira (Wilson). Técnico: Damasceno (depois Ademir Moreira)
União: Almeida (Rubio); Silva (Pindu), Jurandir (Nando), Mauro (Aguiar) e Nélson (Índio); Di Deus (Durcelino), Chundi e Pintinho;Alencar (China), Gilson Lira (Carlos Eduardo) e Luisinho (Joãozinho). Técnico: China
Estádios utilizados
Estádio Engenheiro Lutero Lopes (Rondonópolis)
Estádio José Fragelli, o “Verdão” (Cuiabá)
Estádio Presidente Eurico Gaspar Dutra (Cuiabá)
Estádio Luiz Geraldo da Silva, o “Geraldão” (Cáceres)
Estádio José Valeriano da Costa (Barra do Garças)
Artilheiro, título inédito, premiação e séria lesão
O atacante do Mixto, Bife, foi o artilheiro do Campeonato Matogrossense com 12 gols. O presidente do Mixto, Lino Miranda pagou o prêmio de 20 mil pela conquista do título.
O técnico do Mixto, Milton Buzetto, então com 42 anos, após passagens pelo Juventus/SP (1971-75), Corinthians/SP (1975-76), Guarani/SP (1976-77) e Goiás/GO (1978-79), conquistou o seu 1º título Estadual.
A nota triste da partida foi o ponteiro esquerdo do Mixto, Toninho Campos, que entrou no lugar de Gonçalves, no segundo tempo. Com menos de cinco minutos em campo, teve a infelicidade em um lance casual contra o zagueiro Edval.
Ele avançou pela esquerda, tentou fintar o zagueiro operariano, quando este, na tentativa de lhe tirar a bola, entrou de carrinho e acertou as pernas de Toninho Campos.
Na euforia da vitória, o médico Waldemir Olavarria de Pinho não percebeu a gravidade da contusão do mineiro e o levou para o vestiário onde enfaixou o local atingido.
Como as dores eram insuportáveis, o jogador foi melhor examinado quando se constatou fratura na perna esquerda. A previsão foi de 60 dias (cerca de dois meses) de inatividade.
Classificação Geral do Matogrossense de 1979
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
Mixto*
30
22
11
7
4
35
16
19
2º
Operário-VG
22
22
6
10
6
20
19
1
3º
União
21
18
6
8
4
19
21
-2
4º
Dom Bosco
20
18
5
10
3
24
16
8
5º
Barra do Garças
12
12
3
6
3
17
16
1
6º
Estrela D’Oeste
7
12
1
5
6
8
18
-10
7º
Palmeiras
6
12
1
4
7
7
24
-17
*Mixto Esporte Clube Campeão Matogrossense da 1ª Divisão de 1979
FOTO: Acervo de Sérgio Santos
FONTES: O Estado de Mato Grosso (MT) – Jornal dos Sports (RJ) – Diário de Pernambuco (PE)
O Primavera Futebol Clube é uma agremiação do município de Queimados, situado na Baixada Fluminense do estado do Rio de Janeiro. Com uma população de 152.311 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2021, está a 45 km de distância da capital do Rio.
Fundado no domingo, do dia 15 de setembro de 1963, a sua Sede está situada na Rua Queimados, nº 26, no bairro Primavera, em Queimados. As suas cores: verdee branca. Seus maiores rivais são o Vila Central, Delamare e o Dragagem.
Na década de 70, o Primavera disputava o Campeonato Citadino Iguaçuano da Segunda Divisão, organizado pela Liga de Desportos de Nova Iguaçu (LDNI), onde teve o seu melhor desempenho.
Em 1974, o time se sagrou campeão Iguaçuanoda 2ª Divisão, deixando o rival Intimidade, do Parque Flora, com o vice-campeonato.
Vale ressaltar que Campeonato Citadino Iguaçuano da Segunda Divisão era composta por equipes cujos campos eram abertos, ou seja, não eram murados. Para ascender à elite, precisavam, não só ganhar a Segundona, como reformar seu campo ou alugar algum em condições exigidas.
Atualmente, o Primavera se encontra filiado à Liga de Desportos de Queimados e disputa preferencialmente as competições de veteranos. Atualmente é presidido por Nilton de Souza.
O Fraternidade Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de São João de Meriti, situado na Baixada Fluminense do estado do Rio de Janeiro. Com uma população de 473.385 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2021 está a 25 km da capital do Rio.
Fundado no domingo, do dia 1º de janeiro de 1956. O Fraternidade foi uma tradicional agremiação social-esportiva do bairro de Venda Velha, em São João de Meriti, e criado pela família Teles de Menezes, a mesma que dá nome a bairros e logradouros da cidade, como Vilar dos Teles.
Tradicionalmente o clube era composto por diversos membros da família. Sua sede, localizada na Rua Quintino, 18, era colada à garagem de ônibus da empresa Beira-Mar. Já o campo ficava em frente. Hoje essa praça de esportes é ocupada pelo antigo depósito do extinto supermercados Sendas, filial 49.
Pedro Jeremias da Silveira Menezes, conhecido como Doquinha, foi o principal mantenedor da agremiação ao longo dos anos.
O Fraternidade mantinha forte rivalidade no bairro de Venda Velha e arredores com outras equipes tradicionais da cidade como Olímpico, Santana, Sumaré, Palmeirinha, Novo Brasil, entre outras.
O time se filiou e disputou diversos certames promovidos pela Liga de Desportos de São João de Meriti, sobretudo nos anos 70 e 80 e revelou atletas, como Nei Conceição, Osmar, Nílson Dias e Puruca.
Em 1974, o Fraternidade se sagrou vice-campeão da segunda divisão do campeonato meritiense ao capitular numa melhor de três pontos diante do Trio de Ouro.
O time-base era formado por Delson; Izidro, Paulo, Zé Carlos e Arsênio; Luiz Alavanca e Camilo; Bira, Jorge, Romualdo e Hermes. O segundo lugar, contudo, foi suficiente para ascender a equipe para a divisão principal de São João de Meriti.
O Fraternidade disputou a primeira divisão de São João de Meriti, sem brilho, em 1975 e 1976. A partir de 1977, a equipe passou a disputar também a categoria de veteranos e juvenil, promovida pela liga local.
Em 1979, retorna pela última vez à disputa da primeira divisão meritiense. Seu time-base era formado por Crispim; Cambura, Roger, Bonga e Antônio; Buda e Souza; Cacareco, Edmur, Jorge e Nazário.
Contudo, por falta de estrutura, sua campanha é bastante insatisfatória, tendo faltado a vários jogos da tabela, inclusive na categoria juvenil, sendo eliminado do certame juntamente com o Vila Jurandir.
O Fraternidade, portanto, passa a se dedicar apenas à categoria de veteranos até 1982, quando cessam as suas atividades.
Até hoje os mais antigos sentem falta das rodas de conversa e das tardes musicais do clube, um dos mais renomados de Venda Velha.
O Atlético Clube Paranavaí (ACP) é uma agremiação da cidade de Paranavaí, localizado no Noroeste do estado do Paraná. O município fica a 504 km da capital Curitiba, contando com uma população de 91.950 habitantes, segundo o censo do IBGE/2019.
A sua Sede está situada na Rua Carlos Faber, s/n/ Sala 1, Subsl, Estadio Mun. W. W., no bairro Santa Cecília, em Paranavaí/PR. A equipe manda os seus jogos no Estádio Municipal Dr. Waldemiro Wagner, o “Felipão”, com capacidade para 25 mil pessoas.
O “Vermelhinho do Fim da Linha” foi Fundado na quinta-feira, do dia 14 de março de 1946, com o nome de Paranavaí Futebol Clube. A sua primeiraparticipação no Campeonato Paranaense, aconteceu em 1960.
Tricampeão Estadual da Segundona
Em 1967, 1983 e 1992 foi campeãoEstadual da Segunda Divisão. Na Elite do Futebol Paranaense, a sua melhor colocação foi o vice-campeonato em 2003, perdendo a final apenas para o Coritiba, tendo empatado na ida por 2 a 2, e perdendo na volta por 2 a 0.
Duas finais e um título inédito na Primeira Divisão Estadual
Em 2007, conquistou o seu 1º títuloCampeonato Paranaenseda Primeira Divisão, ganhando em cima do Paraná Clube, vencendo o primeiro jogo por 1 a 0, e empatando por 0 a 0 na Vila Capanema. O “Vermelhinho do Fim da Linha” disputou no mesmo ano o Campeonato Brasileiro da Série C, sendo eliminado na primeira fase.
Declínio
Em 2013, o ACP entrou no Estadual justamente com a meta de se manter na Primeira Divisão. No primeiro turno o time conseguiu bons resultados e chegou a ocupar a 5ª colocação na tabela.
Na reta final do turno começaram os problemas da equipe. Foram quatro derrotas seguidas junto coma a saída do técnico Ney César. Depois, o Paranavaí acumulou maus resultados e passou a brigar com os times que estavam ameaçados do rebaixamento.
A fase ruim ficou evidente com a saída de vários atletas nos últimos jogos e a greve dos jogadores por conta dos salários atrasados desde a metade de fevereiro. Foi rebaixado após derrota de 3 a 0 para o Paraná Clube.
Em 2019 o clube foi rebaixado para a Terceira Divisão Paranaense após derrota de 4 a 2 para o Rolândia. O Vermelhinho já estava em situação complicada pelos quatro pontos perdidos por colocar em campo 16 jogadores não inscritos na Confederação Brasileira de Futebol nas partidas.
FOTO: “Acervo Futebol do Interior Paranaense – Profissionais”
FONTES: Wikipédia – Páginas do clube nas redes sociais
O Intimidade Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Nova Iguaçu (população de 785.867 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2022), situado na Baixada Fluminense do Estado do Rio de Janeiro.
História
Fundado no domingo, do dia 17 de setembro de 1972, o Rubro-negro do Parque Flora, o “Amor do Parque“, como era chamado pelos seus inúmeros torcedores e admiradores, foi uma das maiores expressões do futebol iguaçuano.
Sua sede ficava localizada na Alameda Acássia, nº 11, no bairro de Parque Flora, onde eram realizados inúmeros bailes dançantes, festas e solenidades, onde lotavam os salões do clube.
O Intimidade se notabilizou ainda por uma imensa claque de torcedores e torcedoras, que compareciam em massa aos jogos para incentivar os atletas. E estes, por sua vez, não decepcionavam. O time promoveu memoráveis campanhas nos anos em que esteve presente nos certames promovidos pela Liga de Desportos de Nova Iguaçu (LDNI).
Vice-campeão de 1974
Sua estreia ocorreu em 1974 no Campeonato Citadino de Nova Iguaçu da Segunda Divisão. Vale frisar que os times que não possuíam campos fechados, atuavam no segundo escalão, caso do Intimidade. Nesse mesmo ano, a agremiação, então comandada pelo lendário treinador Manuel Robalinho, se classificou para a fase final da competição juntamente com o Unidos de Santa Rita e o Primavera, de Queimados, se sagrando vice-campeão ao capitular diante dos queimadenses.
A agremiação foi eleita como clube-revelação de 1974 da Liga de Desportos de Nova Iguaçu. Sua importância era tamanha que seus atacantes Muçum, Dibarro e Paulo Preto, mesmo atuando num clube da Segunda Divisão de Nova Iguaçu, eram convocados para a Seleção Iguaçuana, que na época disputava o campeonato municipal de seleções.
Seu time-base de 1974 era composto por Bira; Joviano, Itamar, Cici e Rudá; Mair e Gico; Camundongo, Dibarro, Muçum e Paulo Preto. Técnico: Manoel Robalinho.
Vice-campeão do II Torneio de Integração Otacílio Rezende de 1975
Em 1975, o Intimidade foi convidado a integrar o II Torneio de Integração Otacílio Rezende, promovido pelo Departamento Autônomo (DA) e a Liga de Desportos de Nova Iguaçu. O certame ainda contou com as participações do Nova Cidade, de Nilópolis, Roial, da Ilha do Governador, e Anchieta. Os nilopolitanos foram os vencedores do torneio, enquanto o Intimidade, surpreendentemente, ficou com o vice-campeonato.
Outro Vice na Segundona Iguaçuana de 1975
Na categoria principal, o time foi novamente vice-campeão ao capitular por 3 a 0 diante do Unidos de Santa Rita, que se sagrou vencedor. Ambos teriam o direito de ascender à elite do futebol iguaçuano, mas apenas o campeão resolveu disputar a Primeira Divisão, pois a ascenção acarretava em inúmeros gastos em reforma ou aluguel de campo fechado.
Seu time-base: Bira; Joviano, Rudá, Cici e Itamar; Mair e Gico; Camundongo, Di Barro, Paulo Preto e Muçum. Técnico: Jorge Pousada.
Campeão Inédito da Segunda Divisão de Nova Iguaçu de 1976
Em 1976, finalmente o Intimidade colocou as suas mãos na taça ao bater o São Lázaro, de Vila de Cava, por 3 a 1. Seu time-base era: Bira; Paraná, Zé Antônio, Itamar e Nair; Cici e Israel; Badeco, Avestruz, Rudá e Sérgio. Técnico: Alípio Moura.
Mais uma vez o time não quis ascender à Primeira Divisão do Campeonato Citadino de Nova Iguaçu devido à falta de recursos. Apenas o São Lázaro utilizou desse direito.
Campeão Citadino de Aspirantes de 1978
Em 1977, o Intimidade ficou fora da fase final da Segunda Divisão Iguaçuana ao perder a vaga, no tribunal, para o Cajueiros. O campeão daquela edição foi o Canarinhos. O time-base foi: Beline; Moacir, Zé Antônio, Luizinho e Paulo; Rudá, Cristiano e Alcântara; Samuel, Cici e Edson.
Em 1978, ocorreu outra campanha aquém do esperado para o Rubro-negro do Parque Flora. O vencedor daquela edição foi o Arrastão, de Mesquita, e vice, o Social Júnior.
Contudo, o time, comandado por Joviano, venceu o Campeonato de Aspirantes (segundos quadros), em 1978. No mesmo ano, o “Amor do Parque” se sagroucampeão invicto, de segundos quadros (aspirantes) ao bater o Aliados, no campo deste, em Santa Eugênia, pelo placar de 5 a 1.
Bicampeão Iguaçuano da 2ª Divisão
Em 1979, depois de uma campanha de 7 meses, o Intimidade se consagrou novamente campeão do Campeonato Citadino de Nova Iguaçu da Segunda Divisão, disputada inicialmente por 22 clubes.
A fase final, no entanto, foi integrada ainda por Palmares, Cajueiro, Divineia, Ouro Fino, Iguaçuano(ex-Funeral), Interlúcia e Vila São Miguel. O time-base campeão era composto por Jaudeir; Joviano, Parará, Zé Luiz e Carlão; Joca, Aurélio e Muçum; Rudá, Dibarro e Henrique. Técnico: Demétrio.
Em seu último jogo, na fase final, a equipe goleou o Cajueiro por 4 a 0, no campo do Cabuçu e a festa se estendeu até de madrugada na sede e nas ruas do Parque Flora.
Debuta da Elite do Futebol Iguaçuano, se sagrando campeão nos Aspirantes
Em 1980, finalmente o Intimidade estreou na elite do futebol iguaçuano. O time era composto por Maurício; Joviano, Adonias, Mauricinho e Carlão; Joca, Luquinha e Muçum; Henrique, Dibarro e Benjamin. Técnico: Demétrio.
O “Amor do Parque” fez campanha bastante ruim, tendo a defesa mais vazada. O campeão foi o Morro Agudo e vice o Laterizi. No mesmo ano o time novamente vence os segundos quadros (aspirantes).
Clube se licencia do Campeonato Iguaçuano
Em 1981, o clube declinou da disputa da Campeonato Citadino de Nova Iguaçu da 1ª Divisão, participando apenas do Torneio da Amizade, entre times que estavam fora da Copa da Baixada, e composto também por Cabuçu, Heliópolis e Aliados.
O Intimidade sofreu várias derrotas e retumbantes goleadas, sendo essa a pior fase de sua história. Seu time era formado por Cláudio; Joviano, Jorge Teixeira, Valdecir e Carlão; Joca, Garrote e Muçum; Henrique, Luquinha e Cléber. Técnico: Jorge Pousada.
A sua última aparição no futebol, em 1982
Em 1982, de volta à Segunda Divisão do Futebol Iguaçuano, o Intimidade não chegou à fase final do certame. Foi a última participação do clube no campeonato iguaçuano.
Crise acaba colocando um ponto final no Intimidade
Em 1983, não só a agremiação, como a Liga de Desportos de Nova Iguaçu estavam em profunda crise. No caso da entidade que rege o futebol do município, a gestão de Nilton Casimiro era extremamente contestada devido a vários fatores, tais quais, a demora dos recursos julgados pela Junta de Justiça Desportiva, a qualidade da arbitragem e o consequente afastamento de clubes como Morro Agudo, Cabuçu, Potyguar e o próprio Intimidade, além de outros que se profissionalizaram, como Miguel Couto e Heliópolis.
No que tange ao Intimidade, a antiga direção, capitaneada por nomes históricos, como Joviano Henrique de Souza Filho, Luiz Pousada e Wanderley, deu lugar a uma nova administração que só afundou o clube, culminando por encerrar as suas atividades.
Uma linda história que deixou saudades
O Intimidade Futebol Clube, reconhecido como de utilidade pública em 27 de setembro de 1974, e das festas, pagodes, carnavais, do bloco Unidos do Flora, ficou definitivamente no passado.
Sua sede se encontra abandonada até os dias de hoje. A alegria e a pujança são relembradas pelos antigos sócios e admiradores que lamentam o fim deste tão simpático clube, responsável pela união de tantas famílias e pela alegria de tantas pessoas.
Por que os dois uniformes possuíam o escudo da FUGAP?
A partida que marcou a despedida de Mané Garrincha tinha uma curiosidade. Afinal, os dois selecionados entraram em campo com uniformes cujo escudo era um losango com a sigla FUGAP.
Afinal, o que era? Bom, FUGAP quer dizer: Fundação Garantia do Atleta Profissional, entidade foi criada durante o governo de Carlos Lacerda/Estado da Guanabara, por determinação do Decreto “N” nº 107, na segunda-feira, do dia 09 de dezembro de 1963.
A Fundação de Garantia ao Atleta Profissional (FUGAP) é uma das poucas entidades a dar algum tipo de auxílio aos ex-jogadores. A FUGAP está localizada em uma pequena sala no complexo Célio de Barros, e sobrevivia com 2% da renda líquida dos jogos no Maracanã.
Roteiro da Despedida de Mané
O vice-presidente da FUGAP, Gilbert informou a programação da despedida de Mané Garrincha. As duas preliminares foram confirmadas:
A partir das 19h15min., artistas de telenovelas x cantores, e, logo em seguida, às 20h15min., veteranos de 1958 e 1962 (Valdir, Jair Marinho, Belini, Orlando, Nilton Santos, Zózimo, Zito, Bauer, Maurinho, Chinezinho, Servílio, Canhoteiro e outros) x time da ADEG.
A partida da “Despedida de Mané Garrincha” estava programada para começar às 22 horas, entre a Seleção Nacional x Selecionado Estrangeiro.
O Flamengo cedeu o casarão da Rua Jaime Silvado, em São Conrado, para concentrar os jogadores.
Na ocasião, a ADEG, CBD e FUGAP abriram mão de suas taxas e a única despesa que os organizadores do espetáculo terão e da ordem de apenas 15 mil cruzeiros, referente ao quadro móvel do estádio do Maracanã.
O Ponto Frio (30 mil ingressos pela bagatela de Cr$ 300 mil cruzeiros) e BancoDelfin-Rio compraram 400 mil cruzeiros de ingressos para a distribuição entre seus clientes.
Ingressos (locais e valores)
Os ingressos foram vendidos na véspera (terça-feira, do dia 18 de dezembro de 1973) e no dia do jogo, se encerrando às 20 horas. O local das vendas foi nas 16 agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no Rio Grande, nos seguintes locais:
Zona Sul
Rua Voluntários da Pátria, 254, no bairro de Botafogo;
Avenida Nossa Senhora de Copacabana, no bairro de Copacabana;
Largo Machado, 35, no bairro de Catete;
Rua Carlos Vasconcelos, 43, no bairro da Tijuca;
Centro do Rio
Rua 1º de Março, 64, no Centro;
Rua das Marrecas, 19, no bairro de Lapa;
Praça Mauá, 7, no Centro;
Subúrbio (atual Zona Norte)
Rua Padre Manso, no bairro de Madureira;
Rua Nicarágua, 517, no bairro da Penha;
Rua Teixeira Soares, 39, no bairro da Praça da Bandeira;
Campo de São Cristóvão, 378, no bairro de São Cristóvão;
Zona Rural (atual Zona Oeste)
Praça Raul Boaventura, 61, no bairro de Campo Grande;
Baixada Fluminense
Avenida Getúlio Moura, 1.399, no município de Nilópolis;
Rua Otávio Tarquino, 87, no município de Nova Iguaçu;
Avenida Dr. Arruda Negreiros, 399, no município de São João de Meriti;
Região Serrana
Avenida 15 de Novembro, 350, no município de Petrópolis.
No 2 do jogo, os postos da ADEG também venderam os ingressos, das 9 as 19 horas:
Theatro Municipal, na Rua Treze de Maio, no Centro;
Mercadinho Azul, no bairro de Copacabana;
Posto Esso, na Av. Epitácio Pessoa;
Rua José Alvarenga, 127, no Centro de Duque de Caxias;
No estádio Mario Filho, o Maracanã, as bilheterias e os portões foram abertos a partir das 18h30min. Os ingressos estavam com os seguintes valores:
SETORES
PREÇOS
Camarote nobre
Cr$ 1.500,00
Camarote lateral
Cr$ 175,00
Camarote de curva
Cr$ 125,00
Cadeira lateral especial
Cr$ 50,00
Cadeira lateral
Cr$ 30,00
Cadeira de curva
Cr$ 25,00
Arquibancada
Cr$ 10,00
Geral
Cr$ 2,00
Geral (militar e/ou fardado)
Cr$ 1,00
Homenagens
Pela manhã, às 10 horas da quarta-feira, do dia 19 de dezembro de 1973, a ECT homenageou Garrincha com o lançamento de um carimbo comemorativo, no Gabinete da Presidência da empresa. Às 11h30min., foi entregue no MEC o convite para o Ministro da Educação, o Sr. Jarbas Passarinho, que recebeu um autografo do “Anjo das Pernas Tortas”.
No período da tarde, às 16h30min., Garrincha, acompanhado de toda a diretoria da FUGAP, foi recebido, em audiência especial, no Palácio Laranjeiras, para entregar ao Presidente da República, Sr. Emílio Garrastazu Médici, o convite para assistir a festa da gratidão. No jogo, Médici assistiu o jogo, em uma cabine de rádio, uma vez que a Tribuna de Honra estava passando por reformas.
O dia ainda teve o lançamento em todas as livrarias, o livro “Garrincha, o Demônio de Pernas Tortas”, de autoria de Renato Peixoto dos Santos, no qual o jogador fala de seus sonhos (terminar a carreira no Vasco da Gama), suas tristezas (perder a Copa do Mundo de 1966) e seu time de todos os tempos (no qual por modéstia escalou Julinho na ponta direita).
Crônica do JS
O Jornal dos Sports assim fez a crônica da partida que marcou a despedida de Mané Garrincha, na noite (22 horas) do dia 19 de dezembro de 1973, no Maracanã para um público superior a 155 mil pagantes:
“O Estádio Mário Filho viveu ontem um dia de grande festa, fazendo com que a homenagem a Garrincha se transformasse em tudo aquilo que se esperava. O Estádio lotou para mostrar sua gratidão ao maior ponta-direita do mundo e para assistir a um desfile de grandes estrelas, tendo ainda a satisfação de ver que Pelé continua como Rei.
Numa jogada sensacional, driblando seguidamente cinco adversários, ele fez o primeiro gol da Seleção de Brasileiros na vitória de 2 a 1 sobre a de Estrangeiros.
Mas, sobretudo, houve um momento, no primeiro tempo, que todo o Estádio ficou de pé para aplaudir a jogada tão esperada: Garrincha pegou a bola, jogou por entre as pernas de Brunei, entrou na área, mas chutou mal. Para a torcida foi alegria e ao mesmo tempo tristeza, porque ela reviveu as diabruras de Mané, sabendo que foi aquela a última vez.
Mas aos 23 minutos, o maior volume de jogo dos Estrangeiros resultou em gol. Everaldo falhou ao atrasar a bola e Brindisi, de direita, chutou sem defesa para Félix.
A tristeza acabou quando Garrincha pegou na bola. Ele era o dono da festa e mais uma vez aos 26 minutos, deixou saudades na torcida: cruzou na conta para Jair, que dominou no peito e chutou, mas Andrada pós a corner.
Aos 30 minutos, antes do programado Garrincha teve que deixar o campo. O jogo foi paralisado e ele deu a volta olímpica, jogando a camisa, chuteiras e meias para a torcida.
Com a entrada de Zequinha, a partida foi reiniciada, permitindo com isso mais pressão dos brasileiros, que empataram numa jogada sensacional de Pelé. Ele recebeu de Clodoaldo na intermediária, driblou cinco adversários e, na saída de Andrada, tocou para o gol.
No segundo tempo, o jogo caiu. Pelas inúmeras substituições e pelo cansaço dos dois times. Como os brasileiros tinham mais reservas, puderam aguentar mais e pressionar, pois o time de estrangeiros recuou. Inclusive a partida perdeu a sua grande estrela, que vinha sendo Pelé, que mostrou que ainda continua sendo o maior jogador do mundo.
Com a pressão, os brasileiros conseguiram desempatar aos 20 minutos, numa arrancada de Jairzinho pela direita. Ele passou por seu marcador e cruzou rasteiro. Luís Pereira, que acompanhava o lance, tocou de direita, quase caindo, para as redes. Depois houve mais substituições e o jogou caiu, com os jogadores procurando deixar o tempo passar”.
CANTORES 3 X 1 ATORES
LOCAL
Estádio Mario Filho, o ‘Maracanã’
CARÁTER
Despedida de Mané Garrincha – 1ª Preliminar
DATA
Quarta-feira, do dia 19 de dezembro de 1973
HORÁRIO
19 horas e 15 minutos (De Brasília)
RENDA
Cr$ 1.383.121,00
PÚBLICO
131.555 pagantes (155 mil presentes).
ÁRBITRO
Não divulgado
CANTORES
Zeca do Conjunto do Simonal; Simonal (Paulo Sérgio Vale), Armando Migliácio, Gato Felix dos Novos Baianos e Agnaldo Timóteo (Paulinho Tapajós, depois Erlon Chaves); Mazola e Betinho (Jorge Ben); Rui do MPB4 (Silvio César), Chico Buarque (Galvão), Tobias (Morais) e Miltinho do MPB4 (Paulinho da Viola).
ATORES
Jadilson Santana; Mieli (Nicolau), Pitanga, Maurício do Vale e Edson França; Arnaud Rodrigues (Ivan) e João Carlos Barroso; Petraglia, Milton Morais (Carlos Eduardo Dolabela, depois Fúlvio Stefanini, Grande Otelo e Iata Anderson), Francisco Cuoco (Dari Reis) e Adriano Stewart.
GOL(S)
Jorge Bem (Cantores); Francisco Cuoco (Atores); Jorge Bem (Cantores); Galvão (Cantores).
ADEG 1 X 1 SELEÇÃO DO BI MUNDIAL
LOCAL
Estádio Mario Filho, o ‘Maracanã’
CARÁTER
Despedida de Mané Garrincha – 2ª Preliminar
DATA
Quarta-feira, do dia 19 de dezembro de 1973
HORÁRIO
20 horas e 15 minutos (De Brasília)
RENDA
Cr$ 1.383.121,00
PÚBLICO
131.555 pagantes (155 mil presentes).
ÁRBITRO
Geraldino César (F.C.F.)
ADEG
Barbosa; Joel Martins, Djalma Dias, Altair e Pampoline; Constantino (Antoninho) e Jansen (Barbosinha); Ademir Menezes (Sabará), Airton do Flamengo, Décio Esteves e Calazans (Zé Carlos).
BI MUNDIAL
Adalberto; Jair Marinho, Belini, Orlando e Nilton Santos; Zito (Bauer) e Zózimo; Julinho (Maurinho), Chinesinho, Vavá (Quarentinha) e Zagallo (Bené).
GOL(S)
Vavá aos 6 minutos (Bi Mundial), no 1º Tempo. Pampoline aos 2 minutos (ADEG), no 2º Tempo.
CURIOSIDADE
O 1º tempo teve a duração de 30 minutos, enquanto no segundo tempo foi de apenas 17 minutos. Um total de 47 minutos.
SELECIONADO BRASILEIRO 2 X 1 SELECIONADO ESTRANGEIRO
LOCAL
Estádio Mario Filho, o ‘Maracanã’
CARÁTER
Despedida de Mané Garrincha
DATA
Quarta-feira, do dia 19 de dezembro de 1973
HORÁRIO
22 horas (De Brasília)
RENDA
Cr$ 1.383.121,00
PÚBLICO
131.555 pagantes (155 mil presentes).
ÁRBITRO
Armando Marques (apitou o 1º tempo) e Arnaldo César Coelho (apitou o 2º tempo)
AUXILIARES
Manuel Espezim Neto (FCF) e José Roberto Wright (FCF)
BRASIL
Félix (Leão); Carlos Alberto Torres (Zé Maria), Brito (Luís Pereira), Piazza e Everaldo (Marinho Chagas); Clodoaldo (Zé Carlos) e Rivellino (Manfrini); Garrincha (Zequinha), Jairzinho (André), Pelé (Ademir da Guia) e Paulo César Caju (Mario Sérgio). Técnico: Mario Jorge Lobo Zagallo
ESTRANGEIROS
Andrada; Forlan, Alex, Reyes (Olevanski) e Brunel; Dreyer e Pedro Rocha; Houseman (Babington), Brindisi, Doval e Onishenko (Levtchev). Técnico: Mário Travaglini
GOL(S)
Brindisi aos 23 minutos (Estrangeiros); Pelé aos 38 minutos (Brasil), do 1º Tempo. Luís Pereira aos 20 minutos (Brasil), do 2º Tempo.
Segundo o Jornal dos Sports, Pelé foi o grande nome da partida. Abaixo destacamos alguns dos principais nomes da partida:
Roberto Rivellino – Uma das figuras de destaque. Correu muito e criou várias boas jogadas de estilo. Deu um drible em Doval que arrancou aplausos da galera.
Mané Garrincha – O nome da noite, quando recebeu a primeira bola, o estádio Mário Filho cheio vibrou. Era o dono da festa e só por isso já merecia a nora máxima. Mas para lembrar o demônio de duas Copas, deu um drible por baixo das pernas de Brunel, o último “João”.
Pelé – Foi o grande nome da noite. Marcou um golaço sensacional, quando passou por cinco adversários e tocou na saída desesperada de Andrada. Continua Rei.
Os gringos do jogo
O combinado estrangeiro contava com Andrada (Vasco), Forlan e Pedro Rocha (São Paulo), Alex (América-RJ), Reyes e Doval (Flamengo) e Dreyer (Coritiba). O técnico foi Mário Travaglini.
O argentino convidado Brindisi, que jogava pelo Huracán e seleção argentina, abriu o placar. Pelé, com um golaço, em jogada individual, empatou ainda no primeiro tempo. Luís Pereira fez no segundo o gol da vitória da seleção.
Curiosidades sobre a grana que Garrincha recebeu nesse jogo
Foram arrecadados mais de US$ 160 mil. Garrincha, então com 40 anos, comprou sete casas (para as filhas), outra na Tijuca, um carro Mercedes-Benz (usado) e uma casa de shows no bairro de Vila Isabel, onde sua companheira e cantora Elza Soares poderia se apresentar.
Infelizmente, Mané Garrincha, morreu pobre, uma década depois, aos 49 anos, em decorrência do alcoolismo. Apesar do final não sido da forma como os fãs do Gênio das Penas Tortas, a história desse craque merece ficar guardado nos corações dos brasileiros e do resto do mundo! Obrigado Mané, por tudo que fez pelo Brasil!
Vídeo do jogo: https://www.youtube.com/watch?v=_vX07RXj5dE