Arquivo da categoria: 08. Gilberto Maluf

Alguns dos mais famosos “frangos” de todos os tempos

Alguns dos mais famosos “frangos” de todos os tempos

Cada um tem seus “favoritos”, mas alguns frangos históricos, como o engolido por Waldir Peres na Copa de 1982, têm lugar cativo na lista de qualquer pessoa. A bola veio lá de longe e caprichosamente fugiu das mãos do goleirão, que, graças ao momento infeliz, até hoje é lembrado como “frangueiro”. Embora a expressão frango tenha surgido para descrever falhas como essa de Waldir Peres – quando a bola foge como galinha desesperada -, também consideramos frango falhas decorrentes da falta de habilidade do goleiro com os pés – como a furada histórica do goleirão Marcos, do Palmeiras, em 2003, na derrota por 7 a 2 contra o Vitória – ou mesmo uma pane geral, como a que acometeu Rogério Ceni na final da Libertadores deste ano. Para a sorte desses goleiraços, essas megafalhas não figuram no nosso top 5 dos maiores frangos, que você vê abaixo. Para montar essa divertida lista, contamos com a colaboração valiosíssima de um time de jornalistas esportivos: Sérgio Xavier, da revista Placar; José Roberto Torero e Rodrigo Bueno, colunistas da Folha de S. Paulo; Celso Unzelte e Mauro César Pereira, da ESPN Brasil; Tomaz Alves, do site Trivela; e Paulo Guilherme, autor do livro Goleiros – Heróis e Anti-Heróis da Camisa 1.Sai que é sua…
Reconstituímos cinco frangos históricos com sérias restrições :

Waldir Peres
Times – Brasil 2 x 1 União SoviéticaData – 14/6/1982Campeonato – Copa do Mundo (estréia do Brasil)
1. 34 minutos do primeiro tempo. O volante soviético Andreij Bal resolve testar o goleiro Waldir Peres e solta uma bicuda da intermediária
2. Tudo parecia sob controle: bola de longe, não muito forte… Waldir Peres se abaixa para pegá-la, mas fica só com o vento e as penas deixadas pelo caminho

Zetti

Times – Palmeiras 1 x 3 São PauloData – 30/8/1987Campeonato – Campeonato Paulista (semifinal)
1. Falta para o São Paulo na intermediária do campo palmeirense. Neto (que anos depois brilharia jogando pelo Corinthians) ajeita a bola
2. O goleirão Zetti estava 13 jogos sem tomar gol. Cheio de confiança – já tinha defendido um pênalti no jogo -, manda a barreira abrir
3. A bola vem fácil e Zetti se adianta para encaixá-la no peito. Quando tenta agarrá-la, ela escapa e passa entre suas pernas. Frangaço!

Taffarel

Times – Bolívia 2 x 0 BrasilData – 25/7/1993Campeonato – Eliminatórias para a Copa
1. Etcheverry, o rápido ponta boliviano, partiu pela esquerda. Chegou à linha de fundo e, sem ângulo para chutar, deu uma bica para o meio da área. O jogo estava 0 a 0 e já passava dos 42 do segundo tempo
2. Nenhum boliviano chegou na bola, mas Taffarel deu uma forcinha: a bola bateu no seu calcanhar esquerdo e rolou para o fundo do gol. E assim o Brasil perdeu sua primeira partida em eliminatórias…

Oliver Kahn

Times – Bayern de Munique 0 x 1 GotemburgoData – 10/12/1997Campeonato – Copa dos Campeões (1ª Fase)
1. O jogo parecia fácil para o Bayern. O time alemão jogava em casa e tinha craques como Lothar Matthäus, o brasileiro Élber e o goleirão Oliver Kahn, já famoso e marrento nessa época
2. Tudo ia bem até que o zagueiro Babbel recua uma bola para Kahn e ela rola mansa sob o pé esquerdo do goleirão. 1 a 0, placar final

Júlio César

Times – Bahia 1 x 2 FlamengoData – 6/4/2003Campeonato – Campeonato Brasileiro (2ª Rodada)
1. 30 minutos do segundo tempo, 1 a 0 para o Flamengo. Júlio César solta o pé para repor a bola em jogo
2. O chutão sai muito baixo, acerta a nuca do volante flamenguista Fabinho (hoje no Internacional) e volta com força em direção à meta de Júlio César
3. Sem chances para chegar à bola, Júlio lamenta a falha. Fabinho, a “vítima” da bolada, é assinalado como autor do gol contra

Obs. Manga jogando pelo Brasil nos anos 60 , no Maracanã, contra a Rússia, fez a mesma coisa que o Julio Cesar.

Palestra Itália, da fundação até a inauguração do Pacaembu

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Luigi Cervo, Vicenzo Ragognetti, Luigi Emanuele Marzo e Ezequiel Simone, idealizaram a formação de um clube de futebol representativo da comunidade italiana e projetaram a criação do Palestra Itália. Os sucessos obtidos pelas apresentações dos clubes italianos Pro-Vercelli e Torino ao excursionarem a São Paulo, em 1913 e 1914, inspiraram e estimularam os idealizadores do Palestra.
[img:origem_do_palestra.jpg,resized,vazio]
Mais que nunca, desejavam criar um clube de futebol que, em terras paulistas, congregasse a imensa colônia italiana. A partir desta idéia surgiu a seguinte carta no “Fanfulla”:
Pela formação de um quadro Italiano de Futebol em São Paulo.
São Paulo, 14 de agosto de 1914. Egrégio Sr. diretor do “Fanfulla”:
Uma palavra apenas e para esta um cantinho no vosso jornal. Eis do que se trata: alguns conhecidos futebolistas italianos, mas associados à clubes brasileiros, encarregaram-me de escrever-vos acerca de um projeto pôr eles ideado, entre dois goles de café, fazendo-me então compreender que tal projeto o vosso jornal deverá se tornar o propugnador e o propagandista.
Nós temos em São Paulo – afirmam os referidos esportistas – o clube de futebol dos alemães, dos ingleses, dos portugueses, dos internacionais e mesmo dos católicos e dos protestantes, mas, um clube que seja exclusivamente de “sportmen” italianos, e sendo nossa colônia a maior do Estado, nada se tentou ainda realizar!
Futebolistas italianos que jogam bem encontram-se em São Paulo, porque, de comum acordo, não reunimos os referidos senhores, e assim como temos associações de remo, filodramáticas, mundanas, patrióticas, etc., etc., de estrutura italiana, poderemos também ter um clube de futebol exclusivamente de italianos”. Ai fica a proposta dos futebolistas italianos; com vossa senhoria, diretor, o comentário.
Vicente Ragognetti.

Após à publicação desta carta, parece que se notou no seio da juventude da colônia, um imprevisto e maravilhoso despertar do entusiasmo pelo jogo do futebol, conseqüência da visita dos jogadores peninsulares no Brasil.
Cinco dias depois da publicação da referida carta, na mesma rubrica do mesmo jornal, em data de 19 de agosto, apareceu o seguinte comunicado:
PALESTRINOS
Foi organizada uma diretoria provisória, para a formação de uma sociedade que será denominada Palestra Itália. A sociedade compreendera também a seção filodramática e dançante, uma seção esportiva objetivando a organização de um time puramente italiano para o jogo do “football”.
Os aderentes, que. até ao momento se compõem de estudantes e empregados no comércio, reunir-se-ão hoje às 20 horas no Salão Alhambra, à rua Marechal Deodoro nº 2, com o fim de eleger a diretoria provisória e para a completa formação da sociedade. Este comunicado foi publicado sob os auspícios de funcionários da firma Matarazzo local, cujos elementos pertenciam ao elenco de sócios da sociedade Recreativa Bela Estrela, pertencentes ao partido da oposição. Desgostoso com a atitude da direção da “Bela Estrela”, o grupo de empregados da Matarazzo pensou em retirar-se e formar uma sociedade dançante à parte com sua seção esportiva.
Sendo todos italianos ou filhos, de italianos; por proposta do Sr. Luigi Cervo, que chefiava, o grupo em questão, foi decidido denominar-se a sociedade que se pretendia fundar “Palestra Itália”: Na noite de 19 de agosto de 1914; no salão Alhambra compareceram 37 pessoas de origem italiana ou de descendência italiana.
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Taça Savoia. a primeira taça ganha pelo Palestra
Votorantim, 24 de janeiro de 1915
Palestra Itália 2 x 0 Savóia
1 – Bianco – Primeiro gol da história, cobrando falta.2 – Alegretti – Cobrando pênalti.
Savoia: Culbert. Ferreira e Silveira. Gibi. Zecchi e Fredrich. Imparato I. Cardoso. Ferreira II. Imparato II e Pinho.
Palestra: Silitiano. Bonato e Fúlvio. Police. Bianco e Vale. Cavinato. Fiaschi. Alegretti. Amílcar e Ferré.
Estádio: Castelões, Sorocaba – São Paulo
Árbitro: Sylvio Lagrecca ……………………………………………….
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GOLEIROS
Goleiros que jogaram no Palestra Italia, de todos o, unico que seguiu jogando pelo Palmeiras,
foi Oberdan Catani, que terminou sua carreira em 1954, indo jogar no C. A. Juventus.
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SEDE
No edifício de esquina da Rua São Bento com a Praça Antonio Prado, o Palestra Itália tinha sua sede em 1920. Depois de adquirido o Parque Antártica, o clube já não podia prescindir também de instalações sociais condizentes com o seu progresso sempre crescente.
O escudo palestrino estava permanentemente exposto no balcão do sobrado, no ângulo entre a rua e a praça. Nos dias de festas e nos dias de jogos, a bandeira palestrina era hasteada no mastro da grande janela central.
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Neste local o Palestra Itália festejou, ruidosamente, a conquista do seu primeiro título de campeão, em 1920.

O VELHO ESTÁDIO PARQUE ANTÁRTICA
O Velho Parque Antártica, Hoje Estádio Palestra Itália, Foi Sempre a Casa do Palmeiras. E Sempre Será.
Propriedade da Companhia Antártica Paulista, local de reunião dos paulistanos para piqueniques em fim de semana. No Parque Antártica havia campo de futebol que era cedido ao Germânia. Com a guerra, a situação ficou difícil e o Germânia foi obrigado a passar o campo para o América F. C., um clube que então se formava.
O América não podia arcar com as despesas de aluguel sozinho; o Palestra, que já levava grande público a seus jogos, interessou-se pelo local. E, em 1917, foi feito o contrato de aluguel, 500 mil reis por mês. Foi assim que o Palestra Itália se instalou no tradicional local e o América F. C. não demorou a desaparecer. O contrato, então, passou a ser direto entre o Palestra e a Antártica.
A gente Palestrina sonhava em adquirir o local. Os entendimentos para compra demoraram três anos para serem concluídos. Em 1920, precisamente no dia 27 de abril, o presidente Menotti Falchi assinava a escritura de compra do terreno por 500 contos de réis; sendo 250 contos no ato da compra e 250 contos em duas parcelas anuais. A escritura foi lavrada no Tabelião Veiga e o Palestra Itália ganhou casa própria.
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ÚLTIMA PARTIDA COM O NOME DE PALESTRA ITÁLIA
Taça de Campeões SP e RJ – Quintela de Ouro
Na foto o terceiro da esquerda para a direita, é Oberdan, o sexto é Brandão,(Osvaldo Brandão) que por 3 vezes foi tecnico do Palmeiras. Campeão paulista, em 1942 como jogador, e como tecnico, em 1947, 1959, 1974.
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INAUGURAÇÃO DO PACAEMBU
Coube a, Palestra Itália o primeiro jogo na inauguração do estádio do Pacaembu em 27 de abril de 1940. O Palestra Itália jogou contra o Coritiba do estado do Paraná. O resultado do jogo foi 6 x 2, para o Palestra Itália, mas quem marcou o primeiro gol no Pacaembu, foi Zequinha um jogador do Coritiba.
Quando eclodiu II Guerra Mundial, aliada ao Japão e a Alemanha, a Itália se tornou inimiga do Brasil que apoiava as Forças Aliadas. No caso do Palestra Itália e de outras agremiações esportivas a solução seria a mudança de nome. Aos que não adotassem, a ameaça do governo Getúlio Vargas seria de tomar-lhes o patrimônio.Inicialmente a direção palestrina tentou “substituir” a palavra Itália por São Paulo, passando-se a chamar Palestra de São Paulo. Não deu certo e tivemos que mudar de nome novamente. O São Paulo Futebol Clube, então uma equipe simples, sem estádio, sonhava com o fim do Palestra para adquirir todo seu patrimônio. Na noite de 14 de setembro de 1942, quando o diretor de esportes da cidade de São Paulo, por telefone, em nome de “entidades superiores”, exigiu uma vez mais a mudança de nome. A situação não poderia perdurar por mais tempo. O Palestra de São Paulo, invicto até o momento, precisava de paz para ser dono de mais um título. E Mário Minervino encontrou a solução: a partir de 14 de setembro de 1942, o Palestra de São Paulo, antigo Palestra Itália passaria a se chamar Sociedade Esportiva Palmeiras, inspirado na extinta A. A. das Palmeiras; e retirou-se o vermelho do uniforme. Por coincidência a primeira partida da Sociedade Esportiva Palmeiras seria a disputa do título Paulista com o São Paulo. Inconformado com a impossibilidade de ficar com tudo o que pertencia ao Palmeiras, a diretoria são-paulina criou um clima de hostilidade antes da partida. Diziam que os paulistas deveriam encarar os jogadores do Palmeiras como inimigo da Pátria.
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Primeiro jogo com o nome Palmeiras.
Decisão do campeonato paulista de 1942.
Foi quando entrou em nossa história Adalberto Mendes, militar sergipano apaixonado pelo nosso clube. Foi idéia dele que os jogadores entrarem em campo com a bandeira do Brasil. Quando entramos em campo o estádio por uns instantes se calou, mas em seguida aplaudiu efusivamente nossos atletas com o Coronel Adalberto Mendes à frente.O jogo foi fácil, 3 a 1 e tivemos a satisfação de ver São Paulo deixar o gramado antes do fim da partida; impedindo a cobrança de pênalti e uma goleada maior. Naquela tarde de 20 de setembro de 1942 entrou para a história a famosa frase…
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Fonte: Blog do Mario Lopomo
mlopomo.zip.net

Qual é o melhor campeonato de futebol do mundo?

Qual é o melhor campeonato de futebol do mundo?

A Premier League inglesa é o campeonato mais rico e o que mais cedeu jogadores para a última Copa do Mundo. Agora, em termos de público nos estádios, o campeonato inglês fica em segundo lugar, atrás do alemão. Um outro critério que poderia ser usado para apontar o melhor torneio é o número de títulos internacionais obtidos recentemente pelos times de cada país. Aí, quem manda bem mesmo é o campeonato argentino, com 11 canecos internacionais obtidos por seus clubes nos últimos dez anos. Ah, você acha que o melhor torneio é aquele mais equilibrado? Então, calculando a diferença de pontos entre os primeiros e os últimos colocados da tabela, o campeonato mexicano é aquele em que a disputa realmente pega fogo. Como esses cinco critérios podem ser usados para apontar o melhor torneio, analisamos todos eles para comparar os principais campeonatos de futebol .
Assim, você tem argumentos de sobra para apontar o seu número 1. O difícil mesmo será convencer alguém de que o Brasileirão está entre os primeiros…Copa dos campeonatos

INGLÊS – PREMIER LEAGUE
FATURAMENTO: Total de dinheiro arrecadado pelos clubes da liga principal na temporada 2005/2006 – R$ 5,1 bi – 100% MÉDIA DE PÚBLICO: Média de torcedores por jogo na temporada mais recente – 34 363 – 91,3%JOGADORES NA COPA: Jogadores do campeonato que disputaram a Copa do Mundo de 2006 – 108 – 100%TÍTULOS: Conquistas internacionais (continentais e mundiais) nas últimas dez temporadas – 5 – 45,5%EQUILÍBRIO: Número baseado na diferença de pontos entre os quatro primeiros colocados e os quatro últimos na temporada mais recente (o campeonato com menor diferença, ou seja, o mais equilibrado, recebeu nota 10; os demais receberam notas proporcionais) – 8,7 – 87, 1%Para ter uma idéia do poder econômico do futebol inglês, a 2ª divisão do país fatura 1,1 bilhão de reais por ano – só um pouco menos do que faturam os campeonatos principais do Brasil e da Argentina somados!

MEXICANO – PRIMERA DIVISÍON
FATURAMENTO: Total de dinheiro arrecadado pelos clubes da liga principal na temporada 2005/2006 – R$ 1 bi – 19,6%MÉDIA DE PÚBLICO: Média de torcedores por jogo na temporada mais recente – 25 417 – 67,5%JOGADORES NA COPA: Jogadores do campeonato que disputaram a Copa do Mundo de 2006 – 23 – 21,3%TÍTULOS: Conquistas internacionais (continentais e mundiais) nas últimas dez temporadas – 7 – 63,6%EQUILÍBRIO: Número baseado na diferença de pontos entre os quatro primeiros colocados e os quatro últimos na temporada mais recente (o campeonato com menor diferença, ou seja, o mais equilibrado, recebeu nota 10; os demais receberam notas proporcionais) – 10 – 100%

ARGENTINO – PRIMERA DIVISIÓN
FATURAMENTO: Total de dinheiro arrecadado pelos clubes da liga principal na temporada 2005/2006 – R$ 0,6 bi – 11,8%MÉDIA DE PÚBLICO: Média de torcedores por jogo na temporada mais recente – 14 853 – 39,5%JOGADORES NA COPA: Jogadores do campeonato que disputaram a Copa do Mundo de 2006 – 9 – 8,3%TÍTULOS: Conquistas internacionais (continentais e mundiais) nas últimas dez temporadas – 11 – 100%EQUILÍBRIO: Número baseado na diferença de pontos entre os quatro primeiros colocados e os quatro últimos na temporada mais recente (o campeonato com menor diferença, ou seja, o mais equilibrado, recebeu nota 10; os demais receberam notas proporcionais) – 8,7 – 87,1% Entre as seleções eles só têm tomado coco… Mas o desempenho internacional dos clubes argentinos é impressionante. Os hermanos detêm o recorde de nove títulos mundiais interclubes – empatados com o Brasil – e ainda têm 21 troféus da Libertadores

E O BRASILEIRÃO?
Grana na Inglaterra é quase nove vezes maior que aqui! FATURAMENTO: Total de dinheiro arrecadado pelos clubes da liga principal na temporada 2005/2006 – R$ 0,6 bi – 11,8%MÉDIA DE PÚBLICO: Média de torcedores por jogo na temporada mais recente – 12 401 – 32,9%JOGADORES NA COPA: Jogadores do campeonato que disputaram a Copa do Mundo de 2006 – 7 – 6,5%TÍTULOS: Conquistas internacionais (continentais e mundiais) nas últimas dez temporadas – 10 – 90,9%EQUILÍBRIO: Número baseado na diferença de pontos entre os quatro primeiros colocados e os quatro últimos na temporada mais recente (o campeonato com menor diferença, ou seja, o mais equilibrado, recebeu nota 10; os demais receberam notas proporcionais) – 9,3 – 93,1%O campeonato brasileiro não é o melhor em nada… Está entre os piores em faturamento e foi o que teve menos jogadores na última Copa do Mundo. Mesmo assim, é o segundo com times que ganham mais títulos internacionais. Vai entender…

HOLANDÊS – EREDIVISIE
FATURAMENTO: Total de dinheiro arrecadado pelos clubes da liga principal na temporada 2005/2006 – R$ 0,9 bi – 17,6%MÉDIA DE PÚBLICO: Média de torcedores por jogo na temporada mais recente – 18 052 – 48%JOGADORES NA COPA: Jogadores do campeonato que disputaram a Copa do Mundo de 2006 – 27 – 25%TÍTULOS: Conquistas internacionais (continentais e mundiais) nas últimas dez temporadas – 1 – 9,1%EQUILÍBRIO: Número baseado na diferença de pontos entre os quatro primeiros colocados e os quatro últimos na temporada mais recente (o campeonato com menor diferença, ou seja, o mais equilibrado, recebeu nota 10; os demais receberam notas proporcionais) – 7,5 – 75,3%O fato de o campeonato holandês da última temporada ter sido o segundo menos equilibrado da lista não é uma novidade. Desde 1965, o título só não ficou entre Ajax, PSV e Feyenoord uma vez, na temporada 1980/81 – quando o campeão foi o AZ

ALEMÃO – BUNDESLIGA
FATURAMENTO: Total de dinheiro arrecadado pelos clubes da liga principal na temporada 2005/2006 – R$ 3,1 bi – 60,8%MÉDIA DE PÚBLICO: Média de torcedores por jogo na temporada mais recente – 37 644 – 100%JOGADORES NA COPA: Jogadores do campeonato que disputaram a Copa do Mundo de 2006 – 72 – 66,7%TÍTULOS: Conquistas internacionais (continentais e mundiais) nas últimas dez temporadas – 2 – 18,2%EQUILÍBRIO: Número baseado na diferença de pontos entre os quatro primeiros colocados e os quatro últimos na temporada mais recente (o campeonato com menor diferença, ou seja, o mais equilibrado, recebeu nota 10; os demais receberam notas proporcionais) – 9,2 – 92,1%

FRANCÊS – LIGUE 1
FATURAMENTO: Total de dinheiro arrecadado pelos clubes da liga principal na temporada 2005/2006 – R$ 2,3 bi – 45,1%MÉDIA DE PÚBLICO: Média de torcedores por jogo na temporada mais recente – 21 947 – 58,3%JOGADORES NA COPA: Jogadores do campeonato que disputaram a Copa do Mundo de 2006 – 53 – 49,1%TÍTULOS: Conquistas internacionais (continentais e mundiais) nas últimas dez temporadas – 0 – 0%EQUILÍBRIO: Número baseado na diferença de pontos entre os quatro primeiros colocados e os quatro últimos na temporada mais recente (o campeonato com menor diferença, ou seja, o mais equilibrado, recebeu nota 10; os demais receberam notas proporcionais) – 9,8 – 98,4%Mesmo com o Lyon levando um título atrás do outro (com vantagem de 17 pontos este ano!), o campeonato francês é o segundo mais equilibrado. Isso porque, tirando o Lyon, todos os demais times ficaram muito embolados

ITALIANO – SÉRIE A
FATURAMENTO: Total de dinheiro arrecadado pelos clubes da liga principal na temporada 2005/2006 – R$ 3,6 bi – 70,6%MÉDIA DE PÚBLICO: Média de torcedores por jogo na temporada mais recente – 18 473 – 49,1%JOGADORES NA COPA: Jogadores do campeonato que disputaram a Copa do Mundo de 2006 – 65 – 60,2%TÍTULOS: Conquistas internacionais (continentais e mundiais) nas últimas dez temporadas – 4 – 36,4%EQUILÍBRIO: Número baseado na diferença de pontos entre os quatro primeiros colocados e os quatro últimos na temporada mais recente (o campeonato com menor diferença, ou seja, o mais equilibrado, recebeu nota 10; os demais receberam notas proporcionais) – 6,8 – 67,7%Com o time mais popular do país, a Juventus de Turim, rebaixado para a 2ª divisão após trapaças de seus cartolas, a média de público da Série A italiana foi 15% menor na temporada 2006/2007 do que na 2005/2006

PORTUGUÊS – BWIN LIGA
FATURAMENTO: Total de dinheiro arrecadado pelos clubes da liga principal na temporada 2005/2006 – R$ 0,6 bi – 11,8%MÉDIA DE PÚBLICO: Média de torcedores por jogo na temporada mais recente – 10 636 – 28,3%JOGADORES NA COPA: Jogadores do campeonato que disputaram a Copa do Mundo de 2006 – 17 – 15,7%TÍTULOS: Conquistas internacionais (continentais e mundiais) nas últimas dez temporadas – 3 – 27,3%EQUILÍBRIO: Número baseado na diferença de pontos entre os quatro primeiros colocados e os quatro últimos na temporada mais recente (o campeonato com menor diferença, ou seja, o mais equilibrado, recebeu nota 10; os demais receberam notas proporcionais) – 7,7 – 76,9%O campeonato português é o mais enxuto da lista, com 16 clubes disputando o título. E parece que nem precisa de mais times mesmo… Dos 72 campeonatos da liga disputados até hoje, 70 foram faturados por apenas três clubes: Benfica, Porto e Sporting

ESPANHOL – LA LIGA
FATURAMENTO: Total de dinheiro arrecadado pelos clubes da liga principal na temporada 2005/2006 – R$ 3,1 bi – 60,8%MÉDIA DE PÚBLICO: Média de torcedores por jogo na temporada mais recente – 28 838 – 76,6%JOGADORES NA COPA: Jogadores do campeonato que disputaram a Copa do Mundo de 2006 – 54 – 50%TÍTULOS: Conquistas internacionais (continentais e mundiais) nas últimas dez temporadas – 9 – 81,8%EQUILÍBRIO: Número baseado na diferença de pontos entre os quatro primeiros colocados e os quatro últimos na temporada mais recente (o campeonato com menor diferença, ou seja, o mais equilibrado, recebeu nota 10; os demais receberam notas proporcionais) – 9,2 – 91,7%Os galácticos Real Madrid e Barcelona foram os clubes que mais arrecadaram no mundo na temporada 2005/2006. Juntos, os dois rivais faturaram 1,4 bilhão de reais, quase a metade do faturamento total da liga espanhola

JAPONÊS – J. LEAGUE
FATURAMENTO: Total de dinheiro arrecadado pelos clubes da liga principal na temporada 2005/2006 – R$ 0,8 bi – 15,7%MÉDIA DE PÚBLICO: Média de torcedores por jogo na temporada mais recente – 18 292 – 48,6%JOGADORES NA COPA: Jogadores do campeonato que disputaram a Copa do Mundo de 2006 – 16 – 14,8%TÍTULOS: Conquistas internacionais (continentais e mundiais) nas últimas dez temporadas – 3 – 27,3%EQUILÍBRIO: Número baseado na diferença de pontos entre os quatro primeiros colocados e os quatro últimos na temporada mais recente (o campeonato com menor diferença, ou seja, o mais equilibrado, recebeu nota 10; os demais receberam notas proporcionais) – 8,6 – 85,9%Jogadores brasileiros seguem fazendo sucesso na J. League. Na temporada 2006, os atacantes Magno Alves (Gamba Osaka) e Washington (Urawa Reds) dividiram a artilharia e brigaram pelo título até a última rodada – o Urawa levou o canecoObs.: Os dados de faturamento dos campeonatos europeus são da temporada 2005/06; os dos campeonatos brasileiro e argentino são de 2005; todos eles foram divulgados pela consultoria inglesa Deloitte.

Os dados de faturamento do campeonato japonês são de 2005, divulgados pelo site oficial do campeonato. Os dados de faturamento do campeonato mexicano são de 2005, numa estimativa publicada pela revista mexicana Expansión
FONTES: Annual Review of Football Finance 2007 e relatório Latin American Football Money League 2006, ambos da consultoria Deloitte (www.deloitte.com); ENB Sport Statistics (www.enbltd.com); revista Expansión (www.expansion.com.mx); sites oficiais dos campeonatos/por Tiago Jokura/
www.mundoestranho.com.br

Qual é o time mais vice-campeão no Brasil?

Qual é o time mais vice-campeão no Brasil?

Considerando as três divisões do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e a primeira divisão dos 27 campeonatos estaduais, o time que mais “nadou, nadou e morreu na praia” foi o América do Rio Grande do Norte, que coleciona um total de 44 vices. São 42 no estadual potiguar, um na segunda divisão do Campeonato Brasileiro e outro na terceira. Mas, se considerarmos apenas torneios nacionais disputados atualmente, o campeão de vices é o São Paulo: cinco vices da primeira divisão do Brasileirão e um vice da Copa do Brasil. Os são-paulinos, contudo, podem se defender argumentando que, levando em conta os resultados do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, que antecedeu o Brasileirão como competição nacional, o Internacional, bi-vice da competição e tetra-vice do Brasileirão, iguala a marca do São Paulo. O que não dá para discutir é a desagradável liderança do América-RN no ranking de vices estaduais. Primeiro, porque seus 42 vices estão muito à frente dos times que o seguem na lista: o Atlético-MG tem 32 vices mineiros, o Paysandu, 31 vices paraenses e o Flamengo, 30 vices cariocas. Além da diferença considerável, temos que lembrar que os campeonatos de Minas Gerais, Pará e Rio de Janeiro são pelo menos dez anos mais antigos do que o potiguar. Um possível consolo para os torcedores do América-RN é que, apesar dos 42 vices, o time já venceu o potiguar 29 vezes – tá certo que o ABC, seu maior rival no estado, tem 48 títulos e “apenas” 27 vices…

por Artur Louback Lopes

Por que os times de futebol têm 11 jogadores?

Por que os times de futebol têm 11 jogadores?

Existem duas explicações para essa história. A primeira é que o número seria uma homenagem aos 11 colégios que participaram da reunião que determinou as regras do esporte em 1863, na Inglaterra. A segunda diz que 11 era a quantidade de atletas nos times da Universidade de Cambridge, também na Inglaterra, a primeira a publicar as definições básicas do jogo. Na época, cada classe tinha apenas dez estudantes. Os times, porém, eram completados por um 11º atleta: o bedel (inspetor de alunos) de cada classe, para quem sobrava a ingrata tarefa de ficar no gol. “Essa é a versão aceita pela Fifa, a associação que define as regras do futebol no mundo”, afirma o ex-árbitro Emídio Marques Mesquita, instrutor da entidade. Antes das primeiras regras, não havia padronização: há registros de partidas com até 17 jogadores! O certo é que o número 11 foi adotado já no século 19 e até hoje permanece entre as 17 leis que regem o esporte.

Outras regras mudaram bastante daqueles tempos para cá .Dá para acreditar que nos primórdios do futebol não havia nenhum juiz? Pois é: as faltas eram acertadas entre os dois times, em um acordo de cavalheiros. O árbitro aparece apenas em 1868 e, mesmo assim, ele apitava pouco: ficava de fora do campo e não tinha autonomia para marcar infrações. Tudo precisava ser decidido junto com os capitães dos times: se um dos dois não aceitasse a marcação, nada feito. A autoridade do árbitro só passou a ser absoluta a partir de 1894, com a modernização das regras do esporte. O papel do goleiro também se modificou: no século 19, ele podia segurar a bola no ar em qualquer parte do campo, só não podia conduzi-la com as mãos. A proibição de agarrar fora de sua área surgiu em 1912. Mais bizarro ainda é que outras situações comuns nos jogos não são previstas nas regras oficiais.

É o caso da barreira que protege o gol na hora da falta. “O máximo que a Fifa diz é que nenhum jogador pode ficar a menos de 9,14 metros de distância da bola quando ocorre uma infração. Os jogadores é que decidiram que a melhor forma de guardar a meta era formar um bloco compacto em frente à bola. Isso é muito comum no futebol: primeiro as coisas aparecem na prática para somente depois se tornarem regras”, afirma o jornalista e pesquisador do esporte Celso Unzelte, autor de O Livro de Ouro do Futebol.

por Rodrigo Ratier/mundoestranho.abril.com.br

Como é feita a transmissão de um jogo de futebol?

Como é feita a transmissão de um jogo de futebol?

1. Para levar o jogo do seu time até sua casa, as emissoras de TV montam uma verdadeira operação de guerra, que envolve mais de cem pessoas

2. De 10 a 20 câmeras são usadas de acordo com o jogo. Há câmeras fixas, como as sobre gruas atrás do gol, e as móveis, que ficam no ombro dos cinegrafistas

3. Numa sala exclusiva, posicionada perto das numeradas ou arquibancadas, ficam o narrador e os comentaristas. Essa cabine, com monitoresde TV e microfones, é isolada acusticamente

4. Dois repórteres trabalham no campo, um de olho em cada time. Eles usam microfones sem fio para se movimentar com rapidez e são acompanhados por um cinegrafista

5. As câmeras e toda a parafernália eletrônica da cabine são ligadas a um caminhão da emissora, estacionado fora do estádio, por fios de até 300 metros de comprimento

6. Até 20 pessoas trabalham no caminhão, ou unidade móvel. Tudo o que é captado pelas câmeras e microfones vai para lá. Ali as imagens são selecionadas e preparados os replays

7. Só uma imagem por vez pode ser enviada à emissora pela antena do caminhão. Para mostrar duas coisas ao mesmo tempo (dividindo a tela da TV em duas imagens),a emissora precisa de dois caminhões

8. O caminhão transmite as imagens do jogo por sinais de microondas, que viajam até um satélite a 36 mil quilômetros de altitude! O satélite então “rebate” o sinal para a emissora

9. No prédio da emissora, uma antena capta o sinal do satélite. As microondas são decodificadas em sinal de TV, que é enviado para uma sala onde a imagem será pós-produzida

10. Na emissora, o centro de tudo é a sala do switcher, aparelho que “mixa” o que vai para nossa casa. Na hora do intervalo, por exemplo, alterna a imagem do estádio com outras produzidas nos estúdios ou videotapes

11. Na sala do switcher são inseridos os GCs, as palavras que aparecem na tela informando o placar, as substituições etc. Tudo é pré-programado, e uma pessoa atualiza as estatísticas, enquanto outra as publica na tela

12. Toda a operação no switcher é organizada por um coordenador, que, usando um ponto eletrônico, fala com 15 pessoas ao mesmo tempo. Fora as que estão na sala com ele!

13. Do switcher, a imagem é codificada em sinal de VHF e transmitida pela mesma antena que recebeu o sinal do satélite. Apesar desse caminho todo, um gol feito no estádio chega à sua casa com atraso de só 1 segundo!

por Tarso Araújo/mundoestranho.abril.com.br
Obs:switcher, aparelho que “mixa” o que vai para estúdios ou videotapes

Estádios da Copa do Mundo de 1962

O Estádio Carlos Dittborn é um estádio de futebol localizado em Arica, Chile.
Inaugurado em 15 de Abril de 1962, foi uma das sedes da Copa do Mundo de 1962.
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O nome do estádio é uma referência a Carlos Dittborn Pinto, presidente da Conmebol e do comité organizador da Copa do Mundo, que faleceu alguns dias antes na inauguração.
Lance de um jogo pela Copa de 62:
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O Estádio El Teniente é um estádio de futebol localizado na cidade de Rancagua, no Chile. É a casa do clube de futebol Club Deportivo O’Higgins.
Inaugurado em 1945, pertencia a empresa de exploração de cobre Braden Copper Company. Foi utilizado como sede da Copa do Mundo de 1962 devido a inutilização de vários estádios (Talca, Concepción e Talcahuano) e a desistência de outras cidades (Antofagasta e Valparaiso) por causa do terremoto que devastou o Chile em 1960.
[img:est__dio_el_teniente_de_rancagua.jpg,full,vazio]
Na época, foi considerado por muitos como modesto e pequeno para os padrãos de uma Copa do Mundo. Atualmente tem capacidade para 14.550 torcedores.

O Estádio Sausalito é um estádio de futebol de Viña del Mar, no Chile. Foi construído em 1929 e tem como capacidade de 25.000 espectadores, apesar de já ter recebido mais de 30.000 em algumas partidas.
[img:sausalito.jpg,resized,vazio]
É o estádio do clube local, Everton, e foi a sede do Grupo C (Brasil, Tchecoslováquia, México e Espanha), de um jogo das Quartas de Final e uma Semi-Final da Copa do Mundo de 1962 e a Copa
América de 1991.
Lance do jogo Brasil x Espanha
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O Estádio Nacional de Chile é um estádio multi-uso localizado em Santiago, capital do Chile. Tem capacidade para pouco mais de 77.000 torcedores. É onde a Seleção Chilena de Futebol e o time da Universidad de Chile jogam com mais freqüencia.
[img:_Estadio_Nacional_de_Chile.jpg,resized,vazio]
Construído entre 1937 e 1938 pelo arquiteto austriaco Karl Brunner, o estádio foi inaugurado em 3 de Dezembro de 1938 pelo Presidente da República Arturo Alessandri Palma. A inspiração foi no Estádio Olímpico de Berlim (sede das Olímpiadas dois anos antes),
No projeto original havia um velódromo, mas com a Copa do Mundo de 1962, o estádio foi remodelado e a pista de ciclismo, removida.
Lance da final contra os checos onde Garrincha jogou com 39 graus de febre
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O dia em que o estádio do Noroeste pegou fogo.

Logo após ler o blog do Roberto Pypcak, sobre a trajetória do Noroeste de Bauru, deparei-me com um artigo em flintstones.blogger.com.br na coluna Playground dos Dinossauros, que repasso:

Eu sempre gostei de futebol. Antes até do Brasil conquistar a sua primeira Copa do Mundo. Quando criança, vivia pedindo ao meu pai pra deixar ver os jogos do E.C. Noroeste, de Bauru, que fica na área metropolitana de Duartina… Pra quem não sabe ainda, essa região abrange a grosso modo, uma área que vai de Bauru a Marília… E esses pedidos se tornavam mais veementes quando o meu tricolor vinha jogar. Jogar não, desfilar, em Bauru. Era o tempo do Poy, De Sordi, Mauro – só feras. E todo sao-paulino sabia a escalação do time de cor, que naquela época não mudava por anos.

Num domingo ensolarado, enquanto assistia a um desses jogos entre o Noroeste e o meu São Paulo, de repente notamos uma multidão descendo das gerais e uma fumaceira atrás. Um incêndio havia começado nas gerais. O antigo Estádio Alfredo de Castilho, do Noroeste, era um dos poucos, entre os times da divisão principal, em que as arquibancadas ainda eram de madeira. O fogo estava se alastrando rapidamente. Felizmente era bem longe de onde estávamos. Houve uma correria, os alambrados cairam com a pressão das pessoas que desciam das gerais fugindo do fogo. Uma grande parte dos torcedores invadiram o campo.

Um amigo do meu pai, motorista de praça dos bons, era o adulto que tomava conta da gente nesse dia. Era um sujeito alto, muito calmo e no meio daquela correria ajudou a acalmar as pessoas em volta. Não fiquei sabendo de nenhuma morte nesse incêndio.

Saímos do estádio e fomos direto pro carro dele e rumamos de volta pra Duartina. No meio do caminho, cruzamos com o meu pai que ouvira sobre o incêndio na rádio, e estava a caminho de Bauru todo afobado e preocupado. Só hoje, depois que virei um pai, fui entender o quanto ele devia estar apreensivo. Aliviado por ter nos encontrado, meu pai deu meia volta e seguimos atrás. Em casa, a minha mãe também ficou aliviada e toda sorridente mas disse que eu nunca mais deveria botar os pés num estádio, que coisa mais perigosa onde se viu e coisa e tal. Mas nada de abraços. Japoneses são assim mesmo, não são bons para demonstrar afetos ou sentimentos. E como um bom descendente, sofro do mesmo mal, porém procuro superar isso. Cobri o meu de abraços quando criança e só agora, que ele virou adolescente, é que parei um pouco. Mais por causa dele, que diz não ser mais criancinha …

Quanto ao Noroeste, teve que jogar por um bom tempo no campo do BAC (o time onde Pelé começou a sua carreira) até que o Estádio Ubaldo de Medeiros ficasse pronto em 1960. Um lindo estádio com um desenho arrojado pra época. Depois de alguns anos voltou a ter o nome do antigo estádio. E o jogo em questão, foi retomado quase um mês depois com a vitória sao-paulina por 3×1.

Eu? Depois que cheguei em casa, peguei a minha bola de capotão e saí pra uma pelada na rua com os amigos. Com a camisa do São Paulo, claro.

::: Relembrado por gaijin4ever 3:10 AM