Arquivo da categoria: 20. Diogo Henrique

GAS – Grêmio Atlético Samapaio do Acre


O Grêmio Atlético Sampaio foi fundado e dirigido pelo Comando do Exército do Estado do Acre no ano de 1964, já disputando seu primeiro estadual no mesmo ano de sua fundação. Foi campeão acreano em 1967. Mas pouco tempo depois, em 1969, apenas 2 anos após seu título, terminou extinto. Ao todo participou de 4 Campeonatos estaduais. Treinava no campo da 4ª Companhia da Fronteira. O principal incentivador do GAS, era o Capitão Maia. Teve muitos craques em suas equipes, como Ailton, Chico Alab, Palheta e Amilcar. Treinava no campo da 4ª Companhia da Fronteira.

Grêmio Atlético Sampaio – 1967. Em pé, da esquerda para a direita: Toinho, Viana, Palheta, Pional, Chico Alab e Rocha. Agachados: Amílcar, José Augusto, Babá, Rui Macaco e Ailton. Foto/Acervo FFAC.

Em 1967, o Grêmio Sampaio sagrou-se campeão estadual. No ano seguinte, porém, o time do Exército nem sequer disputou a finalíssima. Talvez por isso os militares tenham resolvido dissolver a agremiação.
Ainda na lateral, o Chico Alab, era o dono da posição, e havia se machucado. O miolo de zaga do Grêmio Sampaio nessa época era formado por Rocha e Viana. Só depois Palheta se firmou como zagueiro central, ao lado do Viana. O time era muito bom. No ataque tinha Amaral, Rui Macaco, o Jangito e Ailton. A equipe tinha ótimos jogadores, como Danilo Galo e do Jérsey.

O fim do GAS

Seleção da 4ª Companhia de Fronteira – 1972. Em pé, da esquerda para a direita: Toinho, Palheta, Anazildo, Rocha, Louzada, Sérgio e tenente Chico Muniz (dirigente). Agachados: Santarém, Erádio, Vaisquerê, Norberto, Juca e sargento Hugo (dirigente). Foto/Acervo Francisco Dandão.

O que aconteceu para a extinção do GAS, depois do campeonato de 1968, foi que chegou um novo comandante na 4ª Companhia de Fronteira, o major Werther Moraes, um paraense, que foi inclusive professor da Universidade Federal do Acre, que não gostava de futebol. Não queria mesmo nem ouvir falar de bola. Por isso e por uma outra coisa, ele achou por bem acabar com o time. O certo mesmo é que a extinção do GAS, a desistência do time em continuar disputando o campeonato acreano, não teve nada a ver, como muitos falam por aí, com o fato de que em 1968 não conseguiu chegar à final,o campeão de 1968 foi o Atlético Acreano, depois de vencer o Juventus numa disputada melhor de três partidas. Nada a ver com isso.

Fontes:
Arquivos pessoal
http://noticiasacre.com
http://www.militaresbrasil.com 

A.A. Santa Rita de Mendes-RJ

Agradecimentos Sérgio Mello pela imagem

Continuando a linha de raciocínio do Sérgio Mello, segue mais uma imagem da Associação Atlética Santa Rita de Mendes-RJ
Época em que o Futebol Amador ainda arrastava um grande público aos estádios.
Na imagem, arquibancadas do Estádio Isa Fernandes “Campo do Cipec”

Associação Atlética Santa Rita, campeã da Liga Mendense de 1984

Fonte: Facebook/Antigamendes

Inédito: E.C. 1º de Maio – Piraí-RJ

Segue, com muito entusiasmo, esta descoberta que vem para completar ainda mais nossos estudos sobre o extinto Campeonato Fluminense de Futebol. Como uma vez solicitado pelo amigo Antonio Mario Ielo.

Este registro foi encontrado exposto em uma parede de um restaurante aqui de Mendes-RJ.

 

 

 

O Esporte Clube 1º de Maio

O Esporte Clube 1° de Maio, foi um clube do distrito de Santanésia, em Piraí, interior do Estado do Rio de Janeiro, que fundiu-se com o Jabaquara FC originando o CIP – Clube Industrial de Piraí. Disputou os Campeonatos Fluminenses de 1952 (Extra), terminando em quinto lugar, em 1953, 1954 e 1955. Foi Campeão da Liga Desportiva de Barra do Piraí em 1951 e da mesma Liga Desportiva de Barra do Piraí, categoria Amador em 1959. Infelizmente não foi possível descobrir a data de fundação do Clube. Despois destas datas, não possuo mais informações sobre o clube.

Imagem do E.C. 1º de Maio em uma partida em Mendes | Fonte: Facebook/Antigamendes

Seu estádio ainda existe, porém sem nenhuma referência sobre o clube, mantendo apenas suas cores.

Sede da CIP – Clube Industrial de Piraí onde era a antiga sede do 1º de Maio.

Fontes:
Restaurante Ki-Sabor – Mendes-RJ

Facebook/Antigamendes
Google Earth
RSSSF Brasil
Arquivos pessoal 

Central e Royal. Uma rivalidade tão forte na década de 60 que ganhou as páginas da Placar

O novo milênio definitivamente está sendo de vacas magras para os clubes de Barra do Piraí. Mas em outros tempos os times profissionais de Royal e Central davam à cidade papel de protagonismo no estado do Rio de Janeiro. Entre os times do interior eram os mais respeitados, e nos confrontos com os times da capital, que na época constituía o Estado da Guanabara, Royal e Central sempre davam trabalho.
“Torcedora do Royal não namora torcedor do Central. Os bares têm mesas separadas para os torcedores dos dois grupos”. Essa rivalidade entre centralinos e royalinos, contada com certo exagero pelo repórter Teixeira Heizer, era o combustível que mantinha o motor do futebol profissional funcionando. No começo da década de 70, a força do futebol barrense chamou a atenção da grande imprensa e a Revista Placar foi até Barra do Piraí para conversar com os torcedores e contar a história da rivalidade para todo o Brasil. Veja a transcrição completa da matéria, publicada na edição de 4 de setembro de 1970:

Barra do Piraí a cidade dividida 

Reportagem de Teixeira Heizer e fotos de Fernando Pimentel, enviados especiais. 

Torcedora do Royal não namora torcedor do Central. Pai que é fã do Central nem em sonho admite ter como genro um torcedor do Royal. Os bares têm mesas separadas para os torcedores dos dois grupos.
Isso tudo acontece em Barra do Piraí, cidade do Estado do Rio, cujos 60.000 habitantes se dividem entre seus dois times de maior fama.

O clímax da inimizade foi atingido há dezesseis anos, quando o Central sentou em campo. Houve quebra-quebra na cidade, os dois lados distribuíram folhetos insultuosos e, afinal, os dois clubes romperam relações, que até hoje não reataram: eles só jogam partidas oficiais. Assim mesmo para não perder os pontos. A explicação do torcedor, de apelido Placar, um homem fanático pelo Royal, define perfeitamente as relações entre os dois clube, que se equivalem em patrimônio e tradições. O Central é mais popular, foi fundado por ferroviários. O Royal orgulha-se de seu berço de ouro, da elite que o fundou.

O Central é presidido por Majeleeh Cukier e seu treinador é o ex-atacante Denis, do Flamengo, que também joga quando é necessário. A estrutura financeira do clube repousa nos 1.500 sócios – Contribuintes, patrimoniais e proprietários -, na sua boa sede e no estádio para 5.000 torcedores. Mas a manutenção do time também se deve ao auxílio dos torcedores, sempre dispostos a dar algum dinheiro para o clube.

Na história dos jogos entre os dois, o Central tem nítida vantagem: 27 vitórias contra catorze derrotas – e mais cinco empates, tem um saldo a seu favor de 22 gols. Sustentado por quatrocentos sócios proprietários e seiscentos contribuintes, o Royal também tem que se valer do auxílio de seus torcedores para a manutenção do time de futebol. Seus dirigentes não discutem a vantagem do Central, certos de que ela se restringe ás disputas entre os dois. Para Rubens Rabello dos Santos, presidente do Royal, o que importa são os resultados obtidos fora da cidade: o Campeonato do Vale do Paraíba, em 1963, 66 e 69. Os dois vice-campeonatos conquistados em 67 e este ano(1970), no Campeonato Estadual. O título de campeão do Torneio Minas-Estado do Rio.

No começo de 1967, o Royal completou 48 jogos invictos, jogando, inclusive, contra clubes cariocas. Chegou a empatar de 2 a 2 com a Seleção Brasileira, em jogo-treino realizado em Teresópolis. No último Torneio Otávio Pinto Guimarães, disputado o ano passado, com os cincos pequenos do Rio e mais alguns clubes do Estado do Rio, o Royal foi campeão da fase de classificação e o vice-campeão do turno final. Apesar de todas as dificuldades, inclusive a de dividir para sobreviver, como é a tônica do futebol de Barra do Piraí, Royal e Central podem orgulhar-se de ser, atualmente, os clubes profissionais mais respeitados do Estado do Rio. E até em jogos com os grandes times do futebol carioca, sem exceção, eles têm levado certa vantagem. A maior prova foi dada pelo Royal, no ano passado.

Fonte: http://www.futebolbarrense.com.br/ 

 

 

Juventus Esporte Clube – Memórias do Futebol Amapaense

O “Moleque Travesso” do Futebol Amapaense desapareceu das competições oficiais da FAD no início da década de setenta por causa de uma divergência entre os padres do PIME e o treinador Humberto Santos, que se uniu a outros esportistas e trouxe a Sociedade Esportiva e Recreativa São José de volta aos gramados amapaenses, já que a agremiação fundada por Messias do Espírito Santos estava licenciada.”

O Juventus Esporte Clube, de Macapá, pretendia disputar o campeonato Amapaense de Futebol usando camisas iguais ao do Juventus da Itália, alvinegras. Ocorre que o Amapá Clube tinha uniforme semelhante, espelhado no Botafogo de Futebol e Regatas do Rio de Janeiro, o que fez prevalecer a preferência do alvinegro amapaense. Foi, então, que o Chefe Humberto Dias Santos, um dos fundadores do Grupo de Escoteiros Católicos São Jorge, cuja cor do lenço era verde e vermelho, sugeriu que elas também fossem adotadas como cores do time de futebol. O verde e o vermelho são as cores de São Jorge, patrono do Exército Português. As cores de Portugal também são essas. A Portuguesa de Desportos, de São Paulo, fundada pela colônia lusitana são o verde e o vermelho.

Quem viu o Juventus em campo sabe o futebol que era praticado pelo time da Prelazia.”

 

Da esquerda para a direita, em pé: Zé Elson, Círio, Mocinho, Curupira, José Maria e Magalhães; Agachados, no mesmo sentido: Enildo, Joca, Timbó, Moacir Banhos e Praxedes.

 

Escudo utilizado no uniforme.

O Juventus Esporte Clube,  é filho de padre. Foi fundado no seio da antiga Prelazia de Macapá, na Praça da Matriz, por iniciativa de sacerdotes italianos e revelou muita gente graças ao olho clínico e competência do técnico Humberto Dias Santos. Rivalizou com CEA Clube, Santana, Macapá, Amapá e Trem na década de sessenta, antes da volta do São José, licenciado, e antes do surgimento do Ipiranga e do Independente, o Carcará de Vila Maia. Era dirigido por Humberto Dias Santos, que levou o Moleque Travesso ao tricampeonato na era do futebol amador.

 

3 Campeonatos Amapaense: 1964, 1966 e 1967

Anos 60 - Em pé a partir da esquerda: Sabará, Coaraci Cabral, Reinaldo Barcessat, José Maria Franco, Célio Paiva e Venturoso. Agachados: Enildo Amaral, Joca, Austregecildo, Orlando Torres e Moacir Banhos.

O velho Estádio Municipal “Glycério de Souza Marques”, em Macapá, a praça de esportes oficial mais antiga do Brasil, inaugurado seis meses antes da inauguração do estádio do Maracanã, construído para a Copa do Mundo de 1950.
Foi palco de muitos jogos com apresentação de grandes times do futebol local e nacional. Entre eles estava o Juventus Esporte Clube – o clube do “moleque travesso”

Em pé: Mucuim, Otávio Nery, Bento Góes, Base, Haroldo Pinto e Dico. Agachados: Camarão, Jangito, Jupati, Bené e Evilásio.

 

Fontes:
http://porta-retrato-ap.blogspot.com.br/
http://joaosilvaap.com.br/
Arquivos pessoais. 


O primeiro título do Auto Esporte Clube

O Auto Esporte Clube foi um clube brasileiro de futebol, da cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas. Como bem destaca o nome, era chamado de time dos motorizados, uma vez que nasceu dentro da classe e que teve como seus maiores lutadores, os desportistas Antônio Lourenço Marques e Odorico Andrade. Uniforme amarelo-ouro com a gola e punhos verde, calções também verde e escudo de águia no peito. Tinha o de número dois com as mesmas cores, mas em grossas listras, amarelo ao centro e verde nas laterais. Fundado no início da década de 50, ingressou na primeira divisão do futebol amazonense, em 1955, na época da Federação Amazonense de Desportos Atléticos (FADA), após participar de alguns Campeonatos da Segunda Categoria.

Ao subir à primeira divisão, ainda se praticava o futebol amador e um período em que se atravessava uma crise muito grande, principalmente por falta de público no estádio do Parque. Um dos fatores era atribuído aos movimentados campeonatos nos subúrbios, como por exemplo, no campo do Hore, no Plano Inclinado ou no Estádio General Osório, do hoje Colégio Militar, com bons jogos aos sábados e aos domingo à tarde e de graça.

Cláudio Coelho, antigo ídolo do Rio Negro, acabara de dar quatro títulos seguidos ao América dos irmãos Teixeira (Artur e Amadeu), resolveu ajudar o Auto Esporte e com ele foram quase todos os jogadores do seu antigo clube, como Guarda, Clemente, Juarez Souza Cruz, Brás Gioia, Hélcio Peixoto, Gordinho, Osmar, Mário Matos e Nicolau.

Auto Esporte de 1957: Em pé, o técnico Cláudio Coelho, Manteiga, Valdér, Claudinho (filho do técnico), Mário China,
Waldir Santos e Borges. Agachados: Totinha, Pratinha, Gordinho, Nonato e Hugo

PRIMEIRO TÍTULO

O Auto tornou-se a maior potência do futebol local, tanto que no ano seguinte, 1956, conquistava seu primeiro título na divisão principal.

Coroado no primeiro turno, após decidir com o Fast. No segundo turno, o Nacional estava na frente. No jogo final do campeonato, uma vitória do Auto, por 3 a 1, com muitos jogadores expulsos de campo: Jaime Basílio do Nacional, Gatinho e Nicolau, do Auto Esporte e logo a seguir, expulsões de Dadá e Boanerges, do Nacional.

Outro jogo foi marcado para decidir o título. O Auto venceu por 1 a 0, já no mês de abril de 1957, com um gol de penalidade máxima cobrada pelo zagueiro Clemente Iberê. Pior para o Nacional que nesse mesmo jogo Adamor e Nelson Pereira desperdiçaram uma penalidade máxima cada.

O time base era formado por Vicente, Guarda e Gatinho; Juarez Souza Cruz, (Jaime Basílio), Gilberto e Brás Gioia; Sílvio (Gildo), Gordinho, Osmar, Sandoval e Nicolau, mas ainda participaram da campanha, o goleiro Osman, Ruy, Mário Matos, Anacleto, Clemente e Moacir.

O atacante Osmar (Ferreira Vieira), vindo do município de Óbidos, foi o terceiro goleador do campeonato com 15 gols.

O Auto Esporte Clube teve nove participações na 1ª divisão do estadual: de 1955 a 1963 (último ano do amadorismo) e dois títulos de Campeão Estadual da 1ª divisão: em 1956 e 1959.

Fonte: http://www.bauvelho.com.br/