O Auto Esporte Clube foi um clube brasileiro de futebol, da cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas. Como bem destaca o nome, era chamado de time dos motorizados, uma vez que nasceu dentro da classe e que teve como seus maiores lutadores, os desportistas Antônio Lourenço Marques e Odorico Andrade. Uniforme amarelo-ouro com a gola e punhos verde, calções também verde e escudo de águia no peito. Tinha o de número dois com as mesmas cores, mas em grossas listras, amarelo ao centro e verde nas laterais. Fundado no início da década de 50, ingressou na primeira divisão do futebol amazonense, em 1955, na época da Federação Amazonense de Desportos Atléticos (FADA), após participar de alguns Campeonatos da Segunda Categoria.
Ao subir à primeira divisão, ainda se praticava o futebol amador e um período em que se atravessava uma crise muito grande, principalmente por falta de público no estádio do Parque. Um dos fatores era atribuído aos movimentados campeonatos nos subúrbios, como por exemplo, no campo do Hore, no Plano Inclinado ou no Estádio General Osório, do hoje Colégio Militar, com bons jogos aos sábados e aos domingo à tarde e de graça.
Cláudio Coelho, antigo ídolo do Rio Negro, acabara de dar quatro títulos seguidos ao América dos irmãos Teixeira (Artur e Amadeu), resolveu ajudar o Auto Esporte e com ele foram quase todos os jogadores do seu antigo clube, como Guarda, Clemente, Juarez Souza Cruz, Brás Gioia, Hélcio Peixoto, Gordinho, Osmar, Mário Matos e Nicolau.
Auto Esporte de 1957: Em pé, o técnico Cláudio Coelho, Manteiga, Valdér, Claudinho (filho do técnico), Mário China,
Waldir Santos e Borges. Agachados: Totinha, Pratinha, Gordinho, Nonato e Hugo
PRIMEIRO TÍTULO
O Auto tornou-se a maior potência do futebol local, tanto que no ano seguinte, 1956, conquistava seu primeiro título na divisão principal.
Coroado no primeiro turno, após decidir com o Fast. No segundo turno, o Nacional estava na frente. No jogo final do campeonato, uma vitória do Auto, por 3 a 1, com muitos jogadores expulsos de campo: Jaime Basílio do Nacional, Gatinho e Nicolau, do Auto Esporte e logo a seguir, expulsões de Dadá e Boanerges, do Nacional.
Outro jogo foi marcado para decidir o título. O Auto venceu por 1 a 0, já no mês de abril de 1957, com um gol de penalidade máxima cobrada pelo zagueiro Clemente Iberê. Pior para o Nacional que nesse mesmo jogo Adamor e Nelson Pereira desperdiçaram uma penalidade máxima cada.
O time base era formado por Vicente, Guarda e Gatinho; Juarez Souza Cruz, (Jaime Basílio), Gilberto e Brás Gioia; Sílvio (Gildo), Gordinho, Osmar, Sandoval e Nicolau, mas ainda participaram da campanha, o goleiro Osman, Ruy, Mário Matos, Anacleto, Clemente e Moacir.
O atacante Osmar (Ferreira Vieira), vindo do município de Óbidos, foi o terceiro goleador do campeonato com 15 gols.
O Auto Esporte Clube teve nove participações na 1ª divisão do estadual: de 1955 a 1963 (último ano do amadorismo) e dois títulos de Campeão Estadual da 1ª divisão: em 1956 e 1959.
Fonte: http://www.bauvelho.com.br/