Arquivo do Autor: Gilberto Maluf

Revista do Esporte

A Revista do Esporte surgiu em fins dos anos 50 e foi a principal revista voltada para o futebol.  Com tiragem semanal sobreviveu até o final dos anos 60.  Lembro-me que comprei na banca de revistas o primeiro número do ano de 1963, que trazia o Nei, centroavante do Corinthians. Todo o dinheiro que tinha foi usado na compra da revista. Lembrando da revista, procurei algumas fotos  das capas e o arquivo de Adalberto Day nos mostra muitas capas, conforme segue:




Locutores Esportivos, Narrações de Futebol e Copas do Mundo

Locutores Esportivos, Narrações de Futebol e Copas do Mundo

Narração de Futebol pela PRA-E Educadora de Sao Paulo com Armando Pamplona – 1934
Ary Barroso no começo da carreira como locutor esportivo narra a Final na Copa do Mundo de 1938
Jingle Futebolístico de autoria de Lamartine Babo, Seu Lalá – anos 30
Copa do Mundo de 1950 – Narração da Final da Copa entre Brasil e Uruguai – Maracanã, 16 de julho de 1950
Antônio Cordeiro narra o final da Copa do Mundo de 1950 entre Brasil e Uruguai – Maracanã, 16 de julho de 1950
Edson Leite narra a final da Copa do Mundo de 1958 entre Brasil e Suécia – 1958

Geraldo José de Almeida (apelidou a seleção de Seleção Canarinho) na partida final da Copa do Mundo entre Brasil e Suécia – 1958
Oduvaldo Cozzi narra a final da Copa do Mundo de 1962 entre Brasil X Tchecoslováquia – 1962
Pedro Luiz narra a final da Copa do Mundo de 1962 entre Brasil X Tchecoslovaquia – 1962
Waldir Amaral narra o milésimo gol de Pelé – Maracanã 1969
Jorge Curi narra partidas de futebol no anos 70
Waldir Amaral narra gol do Vasco no anos 70
João Saldanha em sua última transmissão de futebol – Brasil X Itália – Copa do Mundo de 82
http://www.locutor.info/audioEradeOuro.html

Álbum de Figurinha de 1960

– Álbum de Figurinha: “Balas Ídolos”

Álbum de bala do Mercado Livre. Também distribuía prêmio, como mostra a contra capa.

Este é de 1960, com figurinhas de jogadores de futebol dos times de S.Paulo e R. de Janeiro que disputavam, anualmente, o Torneio Rio-São Paulo.
Nas duas páginas de figurinhas estão os times do Flamengo, Fluminense, Corinthians e Palmeiras.
Os times de 1960 basicamente jogavam com as formações abaixo e procurei escalar os times no  tradicional 4-4-2.
Palmeiras de 1960:
Valdir, D.Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Jorge. Zequinha e Chinezinho.
Julinho, Humberto, Romeiro e  Cruz.
Corinthians de 1960:
Cabeção, Egídio, Olavo, Oreco e Ari.
Roberto Balangero e Rafael.
Lanzoninho, Luizinho, Joaquinzinho e Guimarães.
Flamengo de 1960:
Mauro, Joubert, Milton Copolilo, Jadir e Jordan. Carlinhos e Gerson.
Roberto, Moacir, Henrique e Germano.
Fluminense de 1960:
Castilho, Jair Marinho, Pinheiro Clovis e Altair; Edmílson e Tele.
Maurinho, Paulinho, Waldo e Escurinho

Derrota fez goleiro perder até a esposa

Derrota fez goleiro perder até a esposa

Revista do Esporte e colaboração de Mario Lopomo

Por causa de um jogo de futebol,  em que não reeditou as atuações que o consagraram como um dos maiores jogadores do mundo na sua posição, o goleiro espanhol Ramallets foi lançado na rua da amargura. Perdeu tudo que conquistara à custa de muitos anos de atividade: a posição de titular no Barcelona, o seu fan-clube e até mesmo a esposa.

Ramallets ingressou no Barcelona em 1947 e rapidamente se tornou o dono da camisa um do clube. Na Copa do Mundo de 1950, foi uma das grandes figuras da seleção espanhola. Sua popularidade era tão grande que seu fan-clube tinha mais de cinco mil sócios cadastrados.

Ramallets jogando no Maracanã

No inicio dos anos sessenta, Ramallets passou a ser um homem desiludido. Ninguém mais o festejava e seu posto no Barcelona passou a ser ocupado por José Manuel Pesudo. Isso aconteceu porque Ramallets no dia 31 de maio de 1960, foi apontado como responsável pela derrota diante do Benfica, na peleja decisiva da Taça da Europa. Recebido com vaias na volta a Barcelona, soube que fôra barrado no clube que defendeu por 15 anos e, procurou refugiar-se em casa para curtir a sua dor. No seu lar, porém, não havia ninguém para confortá-lo. A própria esposa do veterano goleiro havia fugido de casa, envergonhada com a derrota e o fiasco do marido.

Vejam o vídeo e em especial o 2° gol do Benfica.

Duelos do Futebol

Em 13.04.2009, publiquei o artigo ” Duelos de Gente Grande” aqui no Blog História do Futebol.

Na mesma época encaminhei o artigo para o site São Paulo Minha Cidade onde existem vários esportistas das antigas. Não sei porque  somente em 30/03/2001 foi publicado.

O artigo, relembro, tratou dos duelos Paraná x Jair Marinho e Caçapava x Serginho Chulapa.

Segue abaixo os mais variados comentários e lembranças sobre grandes duelos dos craques de nosso futebol e julguei oportuno trazer para conhecimento:

Duelo de Titãs : PELÉ vs. TRAPPATONI(Milan Itália) Campeonato Mundial Inter-Clubes ano 1963 Santos F.C. Bi-Campeão Mundial !!!!!!

Enviado  por Eduardo –

Assisti a maioria desses duelos entre esses genios do Futebol, mas o Duelo que até hoje me da Arrepios e traumas foi o Duelo de 1950, entre Brasil 1 X Uruguai 2 Até hoje não me recuperei e eu só tinha 11 aninhos, pô, e tinha certeza da nossa vitória. e Pior que eu tenho saudades até hoje, e é isso que me da mais raiva.

Enviado 1 por Arthur Miranda –

Me lembro mais dos duelos entre Paraná e Carlos Alberto Torres, quando este jogava no Santos. Carlos Alberto levava vantagem pois além da grande categoria sabia bater como poucos. Paraná ainda hoje é lembrado por ter chutado a bandeirinha do Maracanã numa cobrança de escanteio. Não sei se poderia usar a palavra duelo para os confrontros entre Nei, ponta esquerda do Palmeiras e Forlan, lateral do São Paulo. abraços, Abilio

Enviado  por Abilio Macêdo –

grandes duelos: o maior CanhoteiroxIdario,Roberto DiasxPELÉ,Garrincha x Geraldo Scott,Luisinho X Luiz Villa,VitorxPelé,Mauro Ramos x Baltazar pelo alto.Que saudades.

Enviado por jose carlos passos –

Luiz Trujillo (Luizinho) x Gino Orlando. Esse sim foi um duelo de dar o que falar. Luizinho tinha fama de marido traído e de ter um irmão gay. Quem não deixou por menos foi Gino que, de dedo em riste disse na cara dele em campo para desestabilizá-lo. Num jogo São Paulo x Corinthians, Alfredo que fora do São Paulo por muitos anos e, estava no Corinthians quebrou a perna justo num jogo entre as duas equipes, era 1957. Os ex colegas de Alfredo, do São Paulo foram visitá-lo em sua casa na zona Leste. Quando saiam de lá, Luizinho escondido atrás de uma pilha de tijolos, pegou um e atirou na testa de Gino abrindo um corte que sangrou muito. No jogo final do campeonato Corinthians x São Paulo 22 de dezembro de 1957, todo mundo estava de olho nos dois. E Gino novamente meteu o dedo na cara de Luizinho que não viu a cor da bola. Resultado São Paulo 3 x 1 Corinthians. Um dia Manoel de Nóbrega levou os dois na Praça da Alegria e fez os dois fazerem a paz.

Enviado  por Mario Lopomo –

Amigo Gilberto, depois de Parana não vi outro ponta cruzar uma bola tão perfeita. ele botava na cabeça do centroavante. Grande abraço Falcon

Enviado  por marcos Falcon –

O futebol era uma arte, e os artistas eram os jogadores. Inúmeras vezes fui ao Pacaembu para ver o Luizinho jogar, o Canhoteiro, o Mauro Ramos, o Gilmar e o Poy, o Pelé, o Zito, o Ademir da Guia e muitos outros. Ia para ve-los e apreender a jogar como eles. Minha posição era a do Zito, e quando junto ao alambrado acompanhei suas jogadas mudei de posição. Zito era uma fera, o Santos deve muito a ele.

Enviado  por Hermes C. Figueiredo –

Gilberto: Falar do futebol de outrora é emocionante. Acredito que nossa geração foi priveligiada porque pegou a riquissima decada 60 inteira. Quantas e quantas e quantas outras historias iguais a esta que você contou, nós temos para contar nãoé mesmo ?….Eu gostava muito dos duelos Roberto Dias c/Roberto Rivelino.

Enviado  por Xico Lemmi Filho –

Velho e bom Gilberto, vc citou alguns duelos realmente marcantes do futebol de São Paulo, assisti a todos, eu e outros amantes do futebol da minha geração, fins dos anos 1930s e anos 1940s. Em minha memória futebolística alguns embates ficaram marcados de modo indelével (eita clichezão!): Idário (Corinthians) vs Canhoteiro (São Paulo) por exemplo: não havia botinada, o negócio era na bola, quem “soubesse” mais chorava menos e normalmente o Canhoteiro levava vantagem; Aldemar (Palmeiras) vs Pelé, também um duelo de cavalheiros; um embate que ocorreu poucas vezes: Luizinho (Corinthians e Seleção Brasileira), o Bruxa, Pequeno Polegar, etc, vs Nestor Rossi (sempre pela Seleção argentina) normalmente vencido pelo Luizinho, esse duelo nem tanto cavalheiresco, sempre havia um quebra pau no fim… Como vê, duelos uma ou duas gerações de futebolistas antes da sua, grandes jogadores, grandes duelos, ótimas lembranças. Abraço do Ignacio

Enviado  por joaquim ignacio de souza netto –

TAMBEM ASSISTI GRANDES DUELOS NO FUTEBOL, CANHOTEIRO X IDARIO, LUIZINHO X LUIS VILLA, MAURO RAMOS DE OLIVEIRA X BALTAZAR, LEONIDAS X OBERDAN CATANI, JULINHO X DEMA, ALDEMAR, OU ROBERTO DIAS X PELE. GARRINCHA X TODOS OS LATERAIS, EPOCA MARAVILHOSA.

Enviado por joao claudio capasso – ]

Jogo de botão na adolescência

Antes de tudo, esta minha narrativa leva em conta minha idade na época, entre 10 e 13 anos de idade. Tudo começava indo  aos relojoeiros  para conseguir, alguns se lembram,   tampas de relógio de modelos masculinos, os maiores, também chamados  celulóides.  Estes eram destinados de  preferência para a defesa e para a proteção da defesa , onde jogavam os Centro-Médios, que também auxiliavam na armação das jogadas.    Já os relógios femininos, menores, eram bons para os atacantes, leves e com muita facilidade para encobrir o goleiro adversário. Das figurinhas de futebol a gente recortava o nome e quando dava, o rosto do jogador. Depois de devidamente colado com fita scotch ( durex )  na parte inferior do celulóide, estava pronto o nosso time de botão.
Ah, ia esquecendo do goleiro que era resultado de   uma caixa de fósforo com chumbo por dentro para resistir às “bombas” dos adversários. Estas bombas eram desferidas pelos jogadores da linha média , maiores e com potencial de chute forte. Os celulóides côncavos  eram ideais para chutes fortes. Os convexos, não planos,  lançavam chutes cruzados e por coberturas.
Salienta-se que os goleiros eram revestidos com as fitas scotch e de preferência com a cor do time do coração. Os palmeirenses usavam a cor verde, os são-paulinos a vermelha e os corintianos a preta.
Segue algumas fotos dos relógios antigos, a título ilustrativo,  dos quais  viravam nossos  jogadores:
Relógio De Pulso Antigo Universal Geneve Corda Ouro 18 K
Este certamente devia jogar de linha média para a armação das jogadas.
Relógio de pulso em ouro antigo - Compra - Venda
Deste tamanho eu utilizava nas pontas direita e esquerda.
O celulóide abaixo  era daqueles que mandavam as “bombas” para o gol.
Relógio Lanco Suiço Incabloc 17 Jewels Antigo Coleção
Já a bola nós utilizavamos aquelas que vinham  nos jogos das lojas, que parecia um trapézio, com duas medidas .  Com a base maior no chão, era difícil levantar, iam quase que rasteiras. Já com a base menor no chão, era perfeita para encobrir os goleiros.
Em determinados lugares a bolinha era feita de piche de asfalto. Certamente o controle dela era mais difícil.
Li de um internauta que na mesma época, início dos anos 60, que  o seu time de botão ficou 40 jogos em perder e o tabu foi quebrado para um time de tampa de relógio por 7×6. Será que era as maiores medidas?
Eu não gostava de jogar com aqueles times mesclados, ou seja, na defesa colocavam aqueles jogadores de plástico dos times da Fábrica de Brinquedos da  Estrela. Eles  eram altos e serviam para dificultar nossos chutes a gol.
Segue foto de times da Estrela para ilustrar:

Onomatopéia do som da bolinha batendo na telinha informando que tem gol

Todos nós que acompanhamos os jogos do campeonato brasileiro sempre somos alertados por aquele barulho, plááá, indicando que tem gol na rodada.

Se você está assistindo a um jogo que não é o do seu time , certamente seu coração dará uma pequena disparada.

Fui buscar no site campeões do futebol as maiores goleadas do Brasileirão a partir de 1998 :

20/09/1998 São Paulo 2 x 7 Portuguesa/SP
Gols: Serginho e Marcelinho (S. Paulo); Emerson, César, Leandro, Carlinhos, Evandro, Ricardo Lopes e Da Silva (Portuguesa)
16/05/2004 Criciúma 7 x 2 Goiás
Gols: Marcos Denner (3), Reinaldo (3) e Rafael Toledo; e Gustavo e Paulo Baier (Goiás)
27/07/2005 Atlético/PR 7 x 2 Vasco da Gama
Gols: Lima(2), Paulo Andre, Evandro, Jancarlos, Aloisio Chulapa e Finazzi (Atl-PR); Anderson Costa e Alex Dias (Vasco)
06/11/2005 Corinthians 7 x 1 Santos
Gols: Carlitos Tevez (3), Nilmar (2), Rosinei e Marcelo Mattos (Cor); e Geilson (San)
24/07/2008 Figueirense 1 x 7 Grêmio
Gols: Reinaldo (3), Perea (3) e Marcel (Gremio); e Cleiton Xavier (Figueirense)

Imaginem o trabalho que a sonoplastia teve. Pior ainda foi o torcedor de ver , na maioria dos jogos listados, 7 gols contra seu time de coração.

Os dois gols mais bonitos de Pelé

Juventus x Santos na Rua Javari, no dia 2 de agosto de 1959. Nesse dia, Pelé fez o gol mais bonito da carreira, segundo o próprio “rei”. O goleiro é Mão de Onça. À frente dele estão Homero e Clóvis Nori. O “peixinho” foi dado por Pelé. Atrás do rei podemos ver um “pedacinho” de Pando. Do outro lado, o santista é Coutinho. A foto foi retirada do site do Juventus (www.juventus.com.br).


Até o filme “Pelé Eterno” fica com ciúmes dessa seqüência de fotos que retrata tão bem o histórico gol de placa de Pelé, em Castilho do Flu, no dia 5 de março de 1961 no Maracanã, pelo Torneio Rio-São Paulo. O número 6 do Tricolor é Clóvis, ex-Guarani, e veja nas fotos acima Pelé cercado por até 6 (seis) jogadores do Flu e vence a todos. Acompanham também o genial lance Pinheiro, Dorval e Coutinho. Tinha mesmo que ter nascido ali o “gol de placa”, criação do então jornalista esportivo Joelmir Beting. As fotos são do livro “Eu sou Pelé”, de Benedito Ruy Barbosa, editado em 1961, sendo a primeira obra específica em livro sobre o Rei do Futebol.

Capa do livro “Eu sou Pelé”