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YPIRANGA F.C. – CAMPEÃO CATARINENSE DE 1936

CAMPEONATO CATARINENSE DE 1936

Associação Catarinense de Desportos

Participantes:

América Futebol Clube – Joinville

América Futebol Clube – Mafra

Clube Atlético São Francisco – São Francisco do Sul

Bangú Futebol Clube – São Francisco do Sul

Caxias Futebol Clube – Joinville

Gremio Esportivo Joinville – Joinville

Liga Esportiva São Luiz – Joinville

Pery Ferroviário Esporte Clube – Mafra

Ypiranga Futebol Clube – São Francisco

JOGOS

ZONA 1

1. TURNO

29/03/1936 AMÉRICA F.C. 3 X 0 GREMIO E. JOINVILLE

29/03/1936 YPIRANGA F.C. 3 X 2 BANGÚ de São Francisco

05/04/1936 LIGA E. SÃO LUIZ 3 X 2 AMÉRICA F.C.

05/04/1936 ATLÉTICO SÃO FRANCISCO 0 X 2 CAXIAS F.C.

19/04/1936 GREMIO E. JOINVILLE 1 X 2 YPIRANGA F.C.

19/04/1936 BANGÚ de São Francisco 2 X 2 LIGA E. SÃO LUIZ

26/04/1936 CAXIAS F.C. 6 X 0 BANGÚ de São Francisco

26/04/1936 ATLÉTICO SÃO FRANCISCO 6 X 1 AMÉRICA F.C.

03/05/1936 LIGA E. SÃO LUIZ 4 X 3 GREMIO E. JOINVILLE

03/05/1936 YPIRANGA F.C. 3 X 2 CAXIAS F.C.

10/05/1936 AMÉRICA F.C. 2 X 7 YPIRANGA F.C.

10/05/1936 BANGÚ de São Francisco 1 X 2 ATLÉTICO SÃO FRANCISCO

17/05/1936 LIGA E. SÃO LUIZ 2 X 1 ATLÉTICO SÃO FRANCISCO

17/05/1936 BANGÚ de São Francisco WO X 0 GREMIO E. JOINVILLE

24/05/1936 GREMIO E. JOINVILLE 2 X 2 CAXIAS F.C.

24/05/1936 ATLÉTICO SÃO FRANCISCO 2 X 3 YPIRANGA F.C.

31/05/1936 CAXIAS F.C. 1 X 2 LIGA E. SÃO LUIZ

31/05/1936 BANGÚ de São Francisco 0 X WO AMÉRICA F.C.

07/06/1936 GREMIO E. JOINVILLE 1 X 2 ATLÉTICO SÃO FRANCISCO

07/06/1936 YPIRANGA F.C. 1 X 0 LIGA E. SÃO LUIZ

21/06/1936 AMÉRICA F.C. 3 X 0 CAXIAS F.C.

Classificação do 1. turno

P.P. PG. J V E D
YPIRANGA F.C. 0 12 6 6 0 0
LIGA E. SÃO LUIZ 3 9 6 4 1 1
ATLÉTICO-SF 6 6 6 3 0 3
AMÉRICA F.C. 6 6 6 3 0 3
CAXIAS F.C. 7 5 6 2 1 3
BANGÚ-SFS 9 3 6 1 1 4
GREMIO E. JOINVILLE 11 1 6 0 1 5

2. TURNO

05/07/1936 GREMIO E. JOINVILLE 1 X 2 AMÉRICA F.C.

05/07/1936 BANGÚ de São Francisco 1 X 5 YPIRANGA F.C.

19/07/1936 YPIRANGA F.C. 4 X 0 GREMIO E. JOINVILLE

19/07/1936 CAXIAS F.C. 3 X 1 ATLÉTICO SÃO FRANCISCO

26/07/1936 ATLÉTICO SÃO FRANCISCO 1 X 0 BANGÚ de São Francisco

02/08/1936 GREMIO E. JOINVILLE 6 X 0 BANGÚ de São Francisco

02/08/1936 YPIRANGA F.C. 5 X 1 AMÉRICA F.C.

16/08/1936 CAXIAS F.C. 5 X 0 AMÉRICA F.C.

23/08/1936 LIGA E. SÃO LUIZ 3 X 3 BANGÚ de São Francisco

23/08/1936 ATLÉTICO SÃO FRANCISCO 5 X 0 GREMIO E. JOINVILLE

30/08/1936 AMÉRICA F.C. 2 X 0 BANGÚ de São Francisco

30/08/1936 YPIRANGA F.C. 3 X 2 ATLÉTICO SÃO FRANCISCO

13/09/1936 LIGA E. SÃO LUIZ 5 X 4 YPIRANGA F.C.

13/09/1936 BANGÚ de São Francisco 0 X WO CAXIAS F.C.

27/09/1936 CAXIAS F.C. 2 X 2 YPIRANGA F.C.

27/09/1936 ATLÉTICO SÃO FRANCISCO 1 X 1 LIGA E. SÃO LUIZ

04/10/1936 LIGA E. SÃO LUIZ 2 X 3 CAXIAS F.C.

11/10/1936 AMÉRICA F.C. 1 X 3 ATLÉTICO SÃO FRANCISCO

18/10/1936 GREMIO E. JOINVILLE 2 X 1 LIGA E. SÃO LUIZ

25/10/1936 CAXIAS F.C. 7 X 0 GREMIO E. JOINVILLE

25/10/1936 AMÉRICA F.C. 3 X 6 LIGA E. SÃO LUIZ

Classificação final

P.P. PG. J V E D GP GC SG
YPIRANGA F.C. 3 21 12 10 1 1 42 20 22
CAXIAS F.C. 8 16 12 7 2 3 33 15 18
LIGA E. SÃO LUIZ 9 15 12 6 3 3 31 26 5
ATLÉTICO-SF 11 13 12 6 1 5 26 18 8
AMÉRICA F.C. 14 10 12 5 0 7 20 36 -16
GREMIO E. JOINVILLE 19 5 12 2 1 9 16 32 -16
BANGÚ-SFS 21 3 12 1 1 10 9 30 -21

ZONA 2

25/10/1936 PERY F.E.C. de Mafra 5 X 0 AMÉRICA F.C. de Mafra

FINAL

17/01/1937 YPIRANGA F.C. 4 X 3 PERY F.E.C. de Mafra

YPIRANGA F.C. – CAMPEÃO CATARINENSE DE 1936 (ACD)*

*Titulo não homologado pela FCF, rival da ACD, neste periodo.

 

AFONSO PENA F.C. – JOINVILLE/SC

O Afonso Pena Futebol Clube foi fundado em 16 de Julho de 1936, numa residencia da Rua Afonso Pena, no bairro Bucarein em Joinville.

Sua primeira diretoria era composta por:

Presidente: Virgilio da Silva

Vice-presidente: Odorico Moura

1. Secretario: Wolvenaer Satiro dos Passos

2. Secretario: Joao Eurico Castelhano

1. Tesoureiro: Liberato Dias Tavares

2. Tesoureiro: Paulo Stoicker

Diretor Esportivo: Alfredo Fagundes de Oliveira

Estreou nos campeonatos da Associação Catarinense de Desportos (ACD), atual Liga Joinvillense de Futebol (LJF) em 1938, logo ganhando o apelido de “benjamin da ACD”. Sua estréia oficial foi pouco promissora, pois foi eliminado na 1. rodada do Torneio Inicio pelo Glória F.C.

No campeonato oficial de 1938, embora não tenha brigado pelo titulo, deixou uma otima impressão por ter saido invicto diante do América contra quem conseguiu uma vitória e um empate.

Em Dezembro de 1938, inaugurou o seu estádio, chamado Germano Stein, localizado na rua Porto Belo, no bairro Bucarein.

Disputou ininterruptamente os campeonatos oficiais de Joinville até 1946, tendo vivido o seu auge em 1945 quando foi o vice-campeão.

Entre 1947 e 1949 adotou a denominação de Clube Recreativo Flamengo e as cores rubro-negras. Foi sem duvida seu pior momento, já que foi inúmeras vezes goleado por América, Caxias e Atlético de São Francisco que eram bem superiores aos demais times da região.

Entre 1950 e 1954 esteve ausente dos campeonatos oficiais, retornando em 1955, com a antiga denominação, no campeonato da Segunda Divisão.

Em 1956 fez sua ultima participação na elite do futebol local, com uma modesta campanha, frente a adversários como Gloria, Floresta, Estiva, Operário e São Luiz.

SÃO PAULO 16X0 SANTA CATARINA – CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1926

 26/09/1926:

Em São Paulo:

No Parque Antarctica, em disputa do Campeonato Brasileiro de 1926:

O PAULO 16×0 SANTA CATARINA

SÃO PAULO:

Tuffy

Grané – Del Debbio

Xingo –  Amílcar  –  Serafim

Apparício  –  Heitor  –  Petronilho  –  Feitiço  –  Mele

SANTA CATHARINA:

Moritz

Aldo (Cap.)  –  Zurich

Enéas  –  Zé Macaco  –  Perú

Carioca – Laporta II –  Ivo – Zinder –  Accioly.

A contagem paulista foi aberta por Petronilho, que se aproveitou de uma defesa infeliz de Moritz. Os outros pontos da primeira fase foram conquistados, com pequenos intervalos, na seguinte ordem: Apparício (2), Feitiço, Petronilho (3), Zé Macaco (contra o seu próprio quadro) e Petronilho. No segundo tempo, os paulistas continuaram a dominar o jogo, marcando mais 7 tentos, obtidos por intermédio de Grané, Heitor (2), Petronilho, Heitor, Petronilho e Amílcar.

MOVIMENTO TECHNICO

                                 Paulistas         Catharinenses

Toques:              2                          1

Escanteios:        2                          9

Infracções:        3                          0

Impedimentos:   3                         0

Defesas:            4                         20

Agradecimentos ao Toninho Sereno por nos apresentar ‘A Cigarra’.

FERROVIÁRIO DE UNIÃO DA VITÓRIA: CAMPEÃO DA 1. TAÇA PARANÁ 1964


O LENDÁRIO FERROVIÁRIO ESPORTE CLUBE, HÁ 50 ANOS,  CONQUISTAVA A MAIOR GLÓRIA DO FUTEBOL DAS CIDADES GÊMEAS DE ‘PORTO UNIÃO DA VITÓRIA’.

1ª TAÇA PARANÁ DE FUTEBOL AMADOR 1964

PARTICIPANTES:

CHAVE Sul 1
Araucária Futebol Clube (Araucária)
Associação Esportiva Porcelana Steatita (Campo Largo)
Clube Atlético Seleto (Paranaguá)
Real Esporte Clube (Curitiba)
XV de Novembro Esporte Clube (Antonina)

CHAVE Sul 2
Esporte Clube 7 de Setembro (Dois Vizinhos)
Ferroviário Esporte Clube (União da Vitória) 
Isal Esporte Clube (Irati)
Pavão Esporte Clube (Guarapuava)

CHAVE Norte 1
Atlético Clube Paranavaí (Paranavaí)
Clube Atlético Loandense (Loanda)
Grêmio Esportivo Maringá (Maringá)
União dos Estudantes (Apucarana)

CHAVE Norte 2
Associação Atlética Portuguesa (Londrina)
Azul Clube (Cornélio Procópio)
Clube Atlético Platinense (Santo Antonio da Platina)
Clube Esportivo Agroceres (Jacarezinho)

 

CAMPANHA DO FERROVIÁRIO ESPORTE CLUBE

1. FASE – CHAVE SUL 2 

Em Irati – Isal 0 x 4 Ferroviário – Gols: Nico 4x.

Em União da Vitória – Ferroviário 0 x 0 Isal

Em União da Vitória – Ferroviário 3 x 1 Pavão (Nelsinho 2x e Aguinaldo)

Em Guarapuava – Pavão 3 x 2 Ferroviário – na prorrogação 1×1 (Ferroviário se classificou pelo saldo de gols)

Gols: Aguinaldo, Assunção e Nico.

SEMIFINAL – CAMPEÃO CHAVE SUL 1 X CAMPEÃO CHAVE SUL 2

Em Curitiba 13/12/1964 – Real E.C. 1 x 1 Ferroviário – Gol: Edelson Jipão.

Em União da Vitória 20/12/1964 – Ferroviário 2 x 2 Real – Na prorrogação 0x0. Nos penaltis Ferrinho 7×6.

Gols: Bepe 2x

FINAL – CAMPEÃO CHAVE SUL X CAMPEÃO CHAVE NORTE: 

Em Jacarezinho – 03/01/1965 – Agroceres 1 x 0 Ferroviário

Em União da Vitória – 13/01/1965 – Ferroviário 2 x 0 Agroceres – Na prorrogação: Ferroviário 1 x 0.

Gols: Assunção, Edelson Jipão e Luis Jorge Côas

 

OS CAMPEÕES:

Goleiros – Paulo, Bertolotte e Itorzinho (Pombo Seco)
Defesa – Julinho, Rui, Joanides, Nenê, Pedrinho e Ítalo Pasqualin
Meio Campo – Aguinaldo, Assunção, Feijó e Bepe
Atacantes – Edelson Jipão, Faísca, Nelsinho, Nico Parisi, Luis Jorge Côas, Odair Bertolotte, Pingue e Brandina.
Massagista – Marcondes
Técnicos – Salim Yared (primeira partida) e Azalmor de Almeida
Presidente: Ireno Vicente.

TAÇA DOADA PELA PREFEITURA

FLAMULA DA CONQUISTA

LIVRO SOBRE O CLUBE

ESCUDO ALTERNATIVO

TIME CAMPEÃO DE 1964

Créditos: Jair Silva ‘Kiko’, Aguinaldo Souza e Tide Karioka.

CENTENÁRIO DO SPORT CLUB PALMEIRAS DE FLORIANÓPOLIS/SC

A FUNDAÇÃO

Há cerca de um século atrás, mais precisamente em 4 de Janeiro de 1915 foi fundado o Sport Club Palmeiras de Florianópolis.

Certamente a inspiração foi a A.A. Palmeiras de São Paulo, já que o time florianopolitano também adotou as cores alvinegras.

A maioria dos fundadores era dissidente do famoso Club Sportivo Florianópolis, o que deu ao novo clube, bastante força já no início de sua jornada.

Sua primeira diretoria ficou assim constituida:

Presidente: Eugenio Bruck

Vice-presidente: Elpidio Silva

1º Secretário: José Tolentino de Souza

2º Secretário: José Diniz

1º Thesoureiro: Pedro Gonçalves

2º Thesoureiro: Gentil Silva

Orador: Oswaldo Mello

Captain-geral:Daniel Guedes.

 

O PRIMEIRO ABALO

Em Abril de 1915, ocorreu o primeiro abalo na trajetoria do clube, que foi a renuncia do seu presidente Eugenio Bruck, que tinha idéias de vanguarda na época, como a criação de uma Liga.

Por motivos pessoais, ele deixou Florianópolis para dar sequencia aos estudos, tornando-se posteriormente, um dos principais  agronomos do Estado. Sua sucessão envolveu muita discussão e por pouco o clube não sofreu uma debandada de sócios.

OS PRIMEIROS CLÁSSICOS CONTRA O C.S. FLORIANÓPOLIS

O S.C. Palmeiras, graças aos excelentes jogadores que tinha, apesar de alguns serem bem novos, mostrou-se um rival á altura do C.S. Florianópolis, que havia sido fundado em 1914 e desde então dominava o futebol da capital.

Eis os jogos:

21/4/15 SCP 2×2 CSF

16/5/15 SCP 3×5 CSF

8/8/15 SCP 7×5 CSF

5/9/15 SCP 2×3 CSF

20/9/15 SCP 2×4 CSF

Ilustração

1916: UM ANO RUIM

O ano de 1916 foi ruim para o Palmeiras. Houve perda de jogadores e os que ficaram desanimaram um pouco dos jogos e treinos. Para piorar a situação, as obras de construção de seu campo, na Rua Bocayuva, que estavam muito atrasadas, custaram a vida de dois operários que morreram soterrados.

O acirramento da rivalidade com o Florianópolis, os desentendimentos entre seus próprios diretores e a falta de um local adequado para a realização de treinos e jogos prejudicou muito a vida do clube.

Eis os jogos:

14/7/16 SCP 3×7 INTERNATO

8/10/16 SCP 1×2 CSF

15/10/16 SCP 2×4 CSF

5/11/16 SCP 2×3 CSF

26/11/16 SCP 1×3 CSF

1917: SEM CAMPO E SEM JOGOS

O ano de 1917 foi ainda pior para o Palmeiras que não conseguiu ver terminada a construção de seu campo e não realizou um único jogo sequer. Houveram algumas tentativas de jogos contra o Internato mas nenhum se confirmou. Ao menos as relações com o C.S. Florianópolis melhoraram quando os dois times se juntaram para formar dois mistões que se enfrentaram num jogo beneficente em prol das famílias dos operários mortos.

A diretoria trabalhou para tentar organizar melhor o clube elaborando os estatutos e aumentando o valor das mensalidades para sanar algumas dividas, porém, o fim parecia próximo.

1918: O FIM DEFINITIVO

A crise instalada em 1916 não pode ser contornada pelos sócios do clube, mesmo em meio á algumas tentativas de recolocar o time em campo e compor uma diretoria que fosse do agrado de todos.

Num ultimo ato, ocorrido em abril de 1918, foi eleita uma nova diretoria, conforme abaixo, porém, depois disto, nada mais se falou á respeito do clube, que depois de um inicio promissor, deixou o cenário esportivo silenciosamente.

Presidente: Achilles W. dos Santos

Vice-presidente: João Baptista da Costa Pereira

1º Secretário: José Tolentino de Souza

2º Secretário: Ernesto de Souza Medeiros

1º Thesoureiro: Arão Cunha

2º Thesoureiro: Altamiro Guimarães

Captain geral: Paulo Gouvêa.

 

CAXIAS FC DE JOINVILLE – CAMPEÃO CATARINENSE DE 1929

O Campeonato Catarinense de Futebol de 1929 foi o sexto disputado na história, o terceiro com participação de clubes do interior do Estado.

O maior campeão até então era o Avahy FC com quatro conquistas: 1924, 26,27 e 28. O outro campeonato havia sido conquistado pelo Externato FC, do Gymnasio Santa Catharina (atual Colégio Catarinense) em 1925.

Repetindo a formula dos últimos dois anos, ficou definido pela Federação Catharinense de Desportos que o campeão estadual seria conhecido após a realização de um jogo único, a ser disputado em Florianópolis, no “Campo da Liga”, na rua Bocayuva, envolvendo o “Campeão da Capital” e o “Campeão do Interior”.

Devido a total desorganização da Federação, o Campeonato Estadual teve inicio somente em Dezembro e a eventual tabela projetada para a competição era cruel para o vice-campeão estadual Brasil de Blumenau e favorecia muito o Pery de Mafra.

Tabela do campeonato

No primeiro jogo do Campeonato, realizado em 1º de Dezembro, o Brasil F.C. de Blumenau, vice-campeão de 1927 e 1928, arrasou o Brusquense por 10×2 classificando-se para a fase seguinte.

No mesmo dia deveriam jogar em Itajahy: Marcilio Dias x Lauro Muller, no entanto, o rubro-anil entregou os pontos ao Lauro Muller F.C. que deste modo, avançou sem esforço.

Na semana seguinte o Lauro Muller comprovou a sua força e bateu o até então favorito Brasil de Blumenau por 3×1, obtendo assim, o status de ‘Campeão do Vale do Itajahy’. Conforme a tabela, seu próximo adversário seria o ‘Campeão de Joinville’.

8/12/29 – CAXIAS: CAMPEÃO JOINVILLENSE

O campeonato joinvillense de 1929 resumiu-se ao jogo único entre América e Caxias, válido pelo Campeonato Estadual, realizado no campo do Caxias, na Rua Imaruy, conforme escolha da FCD que enviou seus próprios juizes e representantes para o jogo.

O Caxias FC tinha um time mais forte, porém, teria que quebrar um tabu de jamais ter vencido o campeonato da cidade, coisa que o América FC havia conseguido em quatro oportunidades: 1920, 22, 23 e 25.

O América FC com um time envelhecido, não estava disposto a perder a condição de principal time da cidade e por isto foi atrás de reforços, conseguindo com muito custo (financeiro) trazer o jogador Garantão, famosíssimo em Ponta Grossa, exclusivamente para este duelo.

O Caxias FC era composto por jogadores e dirigentes ardilosos, sempre atentos aos bons valores da região, e em resposta ao rival, reforçou o seu time com um jovem atacante local, ainda desconhecido, chamado Cylo. A confiança era grande, pois no meio do ano, o time já havia se reforçado com o meia Marinheiro, craque da varzea curitibana.

CILO E MARINHEIRO: Grandes reforços.

Caxias e América se enfrentaram em 8 de Dezembro, perante duas mil pessoas. O jogo foi muito disputado e o gol da vitória caxiense saiu somente aos 35 minutos do segundo tempo, feito por Cyrillo após um passe do estreante Cylo. Esta dupla de atacantes, entrosada até no nome, faria história do futebol joinvillense.

15/12/29: UMA VITÓRIA CONTURBADA

Dando sequencia ao ‘Campeonato do Interior’, em 15 de Dezembro, o Caxias recebeu o fortíssimo Lauro Muller, de Itajahy, no campo da Rua Imaruy.

O Lauro Muller havia sido fundado em 24 de Março e desde o principio colocou-se como uma nova força do futebol catarinense. Sendo composto exclusivamente por operários, moradores do bairro Vila Operária, convenientemente patrocinados por seus patrões, era um time muito aguerrido para os padrões da época, e não era raro seus jogos acabarem em confusão.

Em campo, o Caxias não deu chances ao Lauro Muller e venceu facilmente por 3×0, com gols de Chiquinho, Cyrillo e Candinho. O Lauro Muller, descontente com a atuação do juiz da FCD, ou talvez temendo uma goleada, abandonou o campo aos 17 minutos do segundo tempo. Os itajahyenses ainda requereram a anulação da partida junto a FCD mas seus argumentos não foram aceitos.

5/1/30: CAMPEÃO DO INTERIOR

CAXIAS 1X0 PERY de Mafra

Após bater América e Lauro Muller, o Caxias teria pela frente, em 5 de Janeiro de 1930, o Pery de Mafra, num jogo que valeria a passagem para a final do Campeonato Estadual.

O jornal ‘O Pharol’, de Itajahy, havia informado que o Pery de Mafra enfrentaria o Porto União FC na primeira fase do campeonato, no entanto, este clube era totalmente desconhecido até o momento e o único clube desta cidade filiado á FCD era o Club Athletico Catharinense. Era comum nesta época, os jornais errarem o nome de clubes de outras cidades.

De qualquer modo, o resultado deste jogo entre mafrenses e porto-unionenses jamais foi divulgado pelos jornais da época, o que leva a crer que jamais se realizou. Supõe-se que por problemas na filiação ou transporte, o representante da Porto União não pode enfrentar o Pery, que era o favorito absoluto para vencer a partida.

Certo é que, sem muito esforço, o Pery estava prestes a chegar na final do Campeonato Catarinense de 1929, afinal, tinha um time experiente, acostumado a jogos difíceis, já que Mafra, por meio do trem, era a cidade catarinense mais próxima de Ponta Grossa e Curitiba, que neste período, eram centros futebolísticos bem mais avançados que qualquer outro em Santa Catarina.

A força do Pery se traduz na dificuldade que foi o jogo para o Caxias, que mesmo jogando em seu campo, teve imensas dificuldades para vencer. O time joinvillense abriu o marcador aos 27 minutos com Cylo, porem, pouco depois, o Pery empatou numa cobrança de pênalti. O segundo tempo foi dramático com o Pery ameaçando virar o jogo e o Caxias, levemente prejudicado pela arbitragem, sentindo-se frustrado com a anulação de dois gols. Somente graças a um gol do reserva Pedro Lemos foi que o Caxias conseguiu assegurar a vitória e assim se credenciar á final do Campeonato.

ADOLPHO KONDER FC: CAMPEÃO DA CAPITAL

O Campeonato da Capital deste ano, disputado em pontos corridos, acabou somente em Março de 1930 e foi conquistado pelo Adolpho Konder F.C. que teve como principal rival o vice-campeão Tamandaré.

Fundado em 1926 por praças da Força Publica (atual Policia Militar), o Adolpho Konder ganhou este nome em homenagem ao Governador do Estado. A sua conquista do título florianopolitano não foi surpresa, afinal, nos últimos dois anos, contando com jogadores fisicamente muito bem preparados, já vinha ameaçando a soberania avahyana.

O ESTÁDIO ADOLPHO KONDER

A Federação Catharinense de Desportos, presidida pelo coronel Pedro Lopes Vieira, chefe da Força Publica e fundador do Adolpho Konder F.C. vinha construindo desde 1929 o seu estádio, no local onde ficava o antigo Campo da Liga e numa “justa” homenagem ele receberia o nome do Estádio Adolpho Konder.

A ideia era inaugurar o novo estádio com uma grandiosa festa esportiva que teria como principal atração, a final do Campeonato, onde, sob os olhares do governador Adolpho Konder e diversas outras autoridades, jogariam o time da casa, o Adolpho Konder FC contra o Caxias FC de Joinville.

O atraso nas obras fez com que a final entre Adolpho Konder e Caxias fosse postergada para 21 de abril.

Após novos contratempos, foi marcada uma nova data: 4 de Maio.

Finalmente, para que vossa senhoria o Governador pudesse estar presente á inauguração do Estádio e ao jogo final, ficou definido que o jogo aconteceria em 13 de Maio. As festas de inauguração, que contaram com uma extensa programação esportiva, com provas atléticas, jogos de vôlei e futebol iniciaram já no dia 11.

O Caxias esperou pacientemente pela final sem reclamar, afinal, sentia-se honrado em participar deste grande evento. Por outro lado, esta espera teve alguns percalços. O jogador Cyrillo adoeceu e chegou a ter sua morte anunciada pela cidade, o que não aconteceu, tanto é que rapidamente voltou a defender o alvinegro. Um grande desleixo do clube foi aceitar realizar um amistoso contra o Lauro Muller, em Itajahy, em fevereiro, onde além de amargar uma derrota por 3×2, os joinvillenses tiveram nada menos que sete jogadores machucados pela meia Mocinho, tudo fruto da rivalidade criada no jogo valido pelo Estadual.

ADOLPHO KONDER: O homenageado

 13/5/30: CAXIAS: CAMPEÃO ESTADUAL DE 1929

CAXIAS 7×3 ADOLPHO KONDER FC

O Adolpho Konder tinha um time forte, mas sabia que o Caxias era mais poderoso, fato é que, no único jogo amistoso realizado entre ambos até então, em Julho de 1929, havia sido derrotado em casa por 4×0.

Para remediar este desnível técnico, o clube entregou-se á exaustivos treinos no campo da Federação, para assim, ter vantagem sobre o rival ao menos no que diz respeito ao campo de jogo, já que o Caxias não teria tempo hábil para fazer um reconhecimento do novo gramado.

A pressão sobre o time canarinho era imensa, sobretudo após todas as solenidades, provas e festividades realizadas antes do jogo, que decorreram com enorme perfeição, faltando apenas, a vitória do time ilhéu para que tudo fosse fechado com chave de ouro.

Em campo o Caxias tratou de estragar a festa e mostrou-se arrasador nos primeiros minutos fazendo 3×0 com Cylo aos 6, Raul Schmidlin aos 7 e novamente Cylo aos 9 minutos de jogo!!!

O Caxias se descuida e permite que aos 15 e aos 25 minutos o Adolpho Konder desconte para 3×2, gols de Cidade e Candinho.

O Caxias redobra as atenções e ainda no 1º tempo faz 4×2 com Reck.

No 2º tempo o Caxias não deu chances ao rival e tratou de assegurar o titulo com mais três gols, marcados por Raul Schmidlin aos 13, Cyrillo aos 25 e novamente Raul Schmidlin aos 31.

Com 6×2 no placar o jogo tornou-se uma brincadeira para o veterano goleiro caxiense Benedicto, que passou a se exibir fazendo defesas com a cabeça, para delírio e ao mesmo tempo indignação da torcida local. Numa de suas gracinhas, Benedicto fez um golpe de vista mal feito e permitiu que aos 39 minutos o Adolpho Konder descontasse para 7×3.

O Caxias foi campeão com: Benedicto, Candinho e Chiquinho; Marinheiro, José e Otto; Meyer, Cyrillo, Raul Schmidlin, Cylo e Reck. Os meias Antonio Augusto, Arthurzinho, Lemos e Amorim também participaram da campanha.

Para os veteranos Benedicto e Candinho, que atuavam no futebol desde a década de 1910, esta foi a glória que coroou seu pioneirismo. Também foi a consagração máxima para Raul Schmidlin que defendeu o clube durante 25 anos (1922-1947). Marinheiro teve a chance de alçar voos mais altos, porem, não se adaptou o profissionalismo do Vasco da Gama. Os jogadores Benedicto, Arthurzinho, Pedro Lemos e Cyrillo, foram duplamente festejados, primeiro em Joinville, onde participaram da carreata pelas principais ruas do centro da cidade, e posteriormente em São Francisco do Sul, onde residiam e também defendiam o Ypiranga FC.

A vitória caxiense abalou tanto a moral dos florianopolitanos que os cronistas esportivos dos jornais mais importantes da cidade: O Estado e Republica limitaram-se em informar o placar do jogo, não dando maiores detalhes á respeito do seu desenrolar. Tal desserviço não foi repetido pela ‘Folha Nova’ que detalhou minuciosamente a conquista alvinegra.

Até mesmo o Coronel Pedro Lopes perdeu a compostura com a derrota e no dia seguinte mandou prender o goleiro Alfredinho, acusando-o de ter falhado e facilitado a vitória joinvillense.

A primeira conquista estadual de um time do interior, jogando contra um rival de Florianópolis, algo raro de acontecer até hoje, foi comemorada não apenas em Joinville, mas também em Blumenau, já que o Brasil FC havia sofrido nas mãos da FCD nas duas finais que havia realizado diante do Avahy, tanto é que chegou até de desfiliar da entidade por algum tempo.

CAXIAS E A TAÇA DE CAMPEÃO DE 1929

 Tabela e resultados do Campeonato

VILA ISABEL F.C. – RIO DE JANEIRO/RJ – 1913

O Villa Izabel Foot-Ball Club foi fundado em 2 de Maio de 1912.

Teve como primeiro estádio o campo localizado na antiga praça Sete de Setembro (hoje Praça Barão de Drummond), mais tarde, passou a mandar seus jogos no campo do antigo jardim zoológico, localizado a 500 metros da praça Sete.

O Villa usou vários uniformes distintos ao longo de sua história. O mais curioso era todo branco, tinha uma bola de futebol com as iniciais V.I.F.C. no centro da camisa, com raios negros saindo desta e, por conta disso, o clube era conhecido como o “Raio de Sol”.

Foto da revista O Malho de 18/10/1913

Fontes: O Malho e blog Lingua Solta http://linguasoltafc.blogspot.com.br