Arquivo do Autor: Antonio Mario Ielo

Campeonato Fluminense

Breve histórico

Da antiga província do Rio de Janeiro surgiu a nova capital e consequentemente o distrito federal, ficando à capital da província a cidade de Niterói, tendo sua história sempre influenciada pela capital federal até sua unificação em 1975 quando foi extinto o Estado da Guanabara, antigo Distrito Federal. Antes desta unificação o antigo Estado do Rio de Janeiro teve sua própria organização de futebol na sua capital como nos demais estados, independente da capital federal. A Liga Sportiva Fluminense de Niterói era pouco reconhecida pelas demais cidades, pois também realizavam seus campeonatos citadino e tinham como referência de melhor futebol a capital federal.
O primeiro campeonato citadino de Niterói foi considerando por este trabalho como o primeiro campeonato estadual em 1913, promovido pela Liga Sportiva Fluminense que era representante oficial do estado na Confederação Brasileira Desportos.

Em 1925 atendendo as reivindicações de outras cidades foi criada a Associação Fluminense de Esportes Atléticos que realizou apenas tres campeonatos de clubes, reorganizando em 1928 o Campeonato Fluminense de Seleções Municipais, sendo que entre 1941 a 1945, os campeões citadinos representavam sua cidade no campeonato podendo assim ser considerado campeões Fluminenses. Em 1947 volta a ser disputado por seleções municipais perdurando até 1974.

Em 1952 é fundado a Federação Fluminense de Desportos que organiza o 1º Campeonato Fluminense de Futebol Profissional, cujas inscrições foram abertas a todos os clubes de futebol profissionais do Estado, inclusive aos clubes das cidades de Campos e Niterói. Muitos clubes aderiram ao profissionalismo e inscritos na FFD. Em agosto de 1952, FFD decidiu organizar um campeonato extra com os novos clubes inscritos mais aqueles que desempenharam o primeiro campeonato.

Em 1953 e criado o Departamento Niteroiense de Futebol Profissional, assim o Estado passa a ter 3 campeonatos de futebol profissional, o Campeonato Campista de Futebol Profissional, organizado pela Liga Campista de Futebol Profissional, o Campeonato Niteroiense de Futebol Profissional, organizado pelo Departamento Niteroiense de Futebol Profissional e o Campeonato da Divisão Estadual de Futebol Profissional, organizado pela DEP / Departamento Estadual de Futebol Profissional com clubes do sul do estado. A partir de 1953, surge o Campeonato Fluminense com os campeões de Campos, Niterói e do DEP.

Em 1956 a FFD dissolveu o DEP e criou a Divisão Departamental de Profissionais – DDP, o estado foi dividido em zonas agrupando um determinado numero de cidade e nas zonas onde houvesse clubes ou ligas profissionais seus campeonatos valeriam como chaves classificatórias para a disputa das finais estaduais. Se em algum ano apenas uma zona organizasse um campeonato profissional, o mesmo valeria também como campeonato fluminense. A partir de então, o campeão fluminense passou a ser conhecido a partir do cruzamento dos campeões (ou em algumas ocasiões outros clubes bem-posicionados em suas ligas) das zonas da divisão estadual da FFD. Mas por discordâncias entre os clubes não houve disputa final em 1956 e 1957. A partir do campeonato de 1958 o campeão Fluminense passou a representar o estado na Taça Brasil do ano seguinte.

Em 1962 a FFD considerou os campeonatos do Departamento Estadual de Futebol Profissional – DEP como sendo Campeonato Fluminense e o confronto dos campeões o supercampeonato. Assim nos anos de 1953 e 1955 foram considerados dois campeonatos e dois campeões, o campeonato do DEP e o Supercampeonato Fluminense.

Em 1963 só o campeonato citadino de Campos foi realizado assim seu campeão foi considerado campeão fluminense e conseqüentemente classificação para a Taça Brasil de 1964. O mesmo aconteceria em 1964, mas os clubes de Niterói realizaram seu campeonato em 1964 e consideraram sendo de 1963, assim houve a disputa do supercampeonato com os dois campões, o campista de 1964 e o Niteroiense de 1963, sendo o campeão classificado para a Taça Brasil de 1965. Novamente em 1965 só é realizado o campeonato citadino de Campos e seu campeão declarado campeão fluminense e classificado para a Taça Brasil.

Em 1966, 1967 e 1968 são realizados 3 campeonatos, os citadinos de Campos e Niterói e o campeonato do Sul Fluminense, sendo os campeões decidindo o campeão Fluminense.

Em 1969 a 1974 novamente o Campeonato Fluminense foi divido em 3 Zonas: Centro, Sul Fluminense e Campista classificatórios para a fase final.

Em 1975 embora já unificado os dois estado, da Guanabara e do Estado do Rio, as federações ainda não haviam sido unificadas, foi realizado só campeonato citadino de Campos sendo declaro o campeão fluminense. Ao final de 1975 a Federação Fluminense Desportos promoveu o campeonato do Interior, não considerado como campeonato fluminense, mas no nosso entender foi deve ser considerado como campeonato fluminense.

Em 1976 e 1977 é realizado o campeonato fluminense por zonas classificatórias.

Em 1978 finalmente e unificado as federações é e realizado o 1º Campeonato de Futebol Profissional do Estado do Rio de Janeiro, que teve duas fases classificatórias: um campeonato da cidade do Rio de Janeiro e o campeonato do interior do Estado do Rio de Janeiro (antigo campeonato fluminense). Este foi o último campeonato disputado por clubes do antigo Estado do Rio.

Fontes:
RSSSF / autores: Auriel de Almeida e Stéfano Salles
Wikipédia
Livro do Eduardo Viana
Livro Istó é o Petropolitano
Livro da História do Frigorifico FC
Tabelão da Revista Placar de 2 out 1975
Dados publicados no blog história do futebol por Julio Diogo, Edu Cacella, Jose Ricardo Almeida, Rodolfo Kussarev. e Antonio Fragoso.
Dados Pessoais

Observação importante:
Pela dificuldade de encontrar publicações sobre este campeonato e a sua inconstancia muitos dados são contestados, assim este trabalho sempre estará aberto a complementações e correções, mesmo porque, falta ainda dados de vários campeonatos.

Ielo

Campeonato Paulista Kaiser Feminino 2008

O Futebol Feminino começa a se despontar com as boas colocações das seleções brasileiras, com a medalha de prata na ultima olimpíada de Atenas, a medalha de ouro nos jogos panamericanos do Rio e o vice campeonato mundial em 2007.
Assim pela primeira vez houve um competição nacional realizado pela CBF com apoio do Ministério dos Esportes que foi a Copa Brasil de Futebol Feminino de 2007 tendo a equipe do Mato Grosso do Sul EC como campeã e o Botucatu FF como vice campeã. Não foi a primeira competição nacional pois a Linaf – Liga Nacional de Futebol já vinha realizando torneios nacionais, embora com pouquíssima repercussão nacional.
Alguns estados brasileiros já vinham realizando seus campeonatos organizados pelas suas respectivas federações.
A CBF ao realizar sua primeira copa estimulou as federações de todo o Brasil a realizar seus campeonatos que serão classificatórios para as equipes disputarem a Copa Brasil de 2008.

A Federação Paulista de Futebol com o apoio da Secretaria de Esportes do Estado vem realizando campeonatos regulares e este ano produziu um Guia do Campeonato Paulista Feminino com o patrocinio da Kaiser. A Rede Vida de Televisão vem transmitindo “ao vivo” uma partida por semana do campeonato Paulista Feminino aos sábados as 11 horas.

As 18 equipes participantes do Campeonato Paulista de 2008 estão divididos em dois grupos iniciais:

Grupo Um

Associação Jaguariunense de Atletas – AJA de Jaguariuna
América FC / Juventude de São José do Rio Preto
Botucatu FC / Prefeitura de Botucatu
Ferroviária Futebol S/A de Araraquara (antiga AFE)
Prefeitura Municipal de Franca
Rio Branco EC / Secretaria de Esportes de Americana
Saad EC de Aguas de Lindóia
Secretaria de Esportes e Lazer de Lorena
SE Palmeiras / CEUNSP de Salto

Grupo Dois

ACE Kurdana de Cotia
CA Juventus de São Paulo
Nacional AC de São Paulo
Paulista FC / SME de Jundiaí
Santos FC / Fund Pró-Esportes de Santos
São Bernardo FC Ltda de São Bernardo do Campo
São José EC de São José dos Campos
Seleção Sorocabana de Futebol de Sorocaba
SC Corinthians Paulista de São Paulo

Se classifica as 4 melhores equipes de cada grupo.

O sapateiro alemão “Adi” Dassler

Artigo complementar ao excelente e polêmico artigo “O milagre de Berna ou a tecnologia das chuteiras germânicas?”

Fonte: Mundo das Marcas

A história da Adidas
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Atletas no pódio. Quebras de recordes. Limites superados. Vitórias. Dificilmente em alguma dessas situações esportivas as singelas “três listras” não estiveram presentes. Nenhuma marca simboliza mais a eficiência e competitividade alemã nos esportes que a ADIDAS.

As origens da marca datam do século 20, quando Adolph Dassler iniciou um pequeno negócio, na cidade alemã de Herzogenaurach, no coração da Francônia, ao norte de Nüremberg, produzindo malas militares e calçados para sustentar a família. A velha lavanderia de sua mãe foi logo convertida em uma modesta oficina de 20 metros quadrados. Mas o jovem fanático por esportes precisaria ser muito criativo para trabalhar nos difíceis anos do pós-guerra, sem dispor de máquinas, eletricidade ou materiais adequados. Inicialmente, o negócio era parecido com o de qualquer outro sapateiro, mas ele nunca desistiu de seu sonho e da paixão por desenvolver calçados especificamente para o esporte. Após um período difícil de inflação e desemprego, seu irmão, Rudolf, juntou-se ao negócio em 1924. Sendo um vendedor treinado, Rudolf era responsável principalmente por tarefas administrativas, enquanto Adolf concentrava-se no desenvolvimento e na produção. Os irmãos fundaram a “Dassler sport shoes” (Fábrica de Calçados Esportivos dos Irmãos Dassler) em 1924, inicialmente empregando 12 trabalhadores. Trabalhando dia e noite em sua oficina ampliada, os irmãos e seus funcionários conseguiam produzir 50 calçados por dia. Em 1925, Dassler obteve suas primeiras patentes: uma para um calçado de corridas com travas forjadas a mão, e outra para uma chuteira de futebol com botões de couro rebitados. Tudo motivado pela idéia que o guiou durante toda sua vida: a de que cada atleta tivesse o sapato adequado para o esporte que praticava. O sucesso do modelo serviu de incentivo para Adi Dassler, que logo desenvolveu sapatos para outras modalidades do atletismo e chuteiras para futebolistas. Utilizava sua própria experiência e a ajuda de atletas e técnicos para desenvolver e projetar seus sapatos.

A marca foi registrada somente em 18 de agosto de 1949. O nome deriva de “ADI”, apelido de Adolph, e “DAS” iniciais de seu sobrenome Dassler. A busca por uma imagem que chamasse a atenção, para tornar seus calçados mais reconhecidos à distância, culminou com o famoso design das três listras, que foram acrescentadas como marca registrada no ano seguinte, surgindo assim um dos logotipos mais famosos do mundo. A conquista do Campeonato Mundial de Futebol de 1954 pela Alemanha selou definitivamente o sucesso da ADIDAS: na legendária partida final contra a Hungria, conhecida como “a batalha de Berna”, os jogadores da seleção alemã calçavam chuteiras com travas removíveis desenvolvidas por Adi Dassler. As três listras se popularizaram em 1962, quando foram aplicadas em calças e agasalhos fabricados pela empresa. Fundindo-se com o grupo Salomon, em 1997, após uma fase de fracassos financeiros, a Adidas-Salomon passou a congregar a maior variedade do mundo em artigos esportivos, que são vendidos sob diferentes marcas, em um total de 600 modelos de sapatos e 1.500 peças de confecção. Em 2005 a ADIDAS deu um grande passo para tentar recuperar o mercado mundial de equipamentos esportivos ao comprar a americana Reebok por US$ 3.5 bilhões. No ano seguinte executou outra manobra ousada ao pagar cerca de US$ 400 milhões para ser patrocinadora oficial da liga de basquete americana (NBA).

O Trefoil
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No final da década de 1960 e início da década de 1970 problemas crescentes com falsificações de sua marca registrada fizeram Adi Dassler desenvolver um novo logotipo. Em 1972, nascia o famoso logotipo Trefoil (três folhas em francês), vindo a se tornar a marca registrada oficial da empresa, adornando cada um de seus itens de vestuário.

Comentários

Para quem acredita na tecnologia como eu, as chuteiras “Adidas” podem ter influenciado no resultado da Copa de 1954, mas outros fatores alheios ao campo é comum no futebol, vide a recente Copa do mundo de 1998 na França, e aí, a versão alemã para a surpreendente vitória tenha se tornado uma bela jogada de marketing.
O que acho também bem curioso é que das mãos dos irmãos Dassler surgiu duas grandes marcas mundiais de material esportivo a Adidas e a Puma.

Ielo

Tupan Futebol Clube – MA

O Tupan Sport Clube começo a disputar o campeonato Maranhense em 1926, depois disputou o ano de 1930, foi campeão maranhense em 1932, disputando os anos de 1933, 1934, campeão maranhense em 1935, provavelmente 1937, campeão novamente 1938, provavelmente disputou 1939, disputou 1940, provavelmente os anos de 1941,42,43 e 44, disputou 1945, 46, 47, por falta de dados não sei se disputou os anos seguintes. Em algumas sitações de participação aparece como Tupan Foot ball Club.

Em um informativo dos clubes sociais de São Luís, que obtive por correspondência, tem um pequeno histórico da Sociedade Esportiva Tupan, que não faz nenhuma referencia ao clube Tupan das décadas anteriores.

No dia 23 de dezembro de 1958 foi fundado o Tupan Futebol Clube por um grupo de abnegados amigos do Bairro de Madre de Deus, tendo o escudo a cara do índio, as cores oficiais azul, amarelo, verde e branco e seis estrelas, posteriormente foi introduzido mais uma estrela (as estrelas representam seus fundadores).
Disputou o campeonatos da 1a divisão em 1976.
Em 1977 foi adquirido um terreno no Bairro de Renascença, mudou o nome para Sociedade Esportiva Tupan e e novas cores Azul, branco e vermelho.
Segundo o informativo a mudança do nome foi para abranger novos esportes.
Disputou o campeonatos até 1994, com exceção ao ano de 1991. Hoje é um clube social e de esportes amadores de São Luís.
Fonte: Arquivo pessoal, Blog História do Futebol e Jornal dos Clubes de São Luís.
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O escudo abaixo foi encontrado em um péssimo desenho em folha de papel comum a lápis de cor na Federação Maranhense em 2005, precisaria de mais informações ou documentos.
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Ielo

Os escudos mais procurados…1960 até 2007

A um bom tempo venho pensando em criarmos a lista dos escudos mais procurados de cada membro do blog como o artigo do Rodolfo Stella, principalmente após as declarações a descoberta do Porto Franco EC.
Faço a sugestão para cada membro coloque quais são os 10 mais procurados considerando inicialmente as participação do clube de 1960 até 2007.
Assim os meus 10 mais procurados de meus arquivos são:

1. Mafra Atlético Clube – Mafra/SC – 1980
2. Grêmio Esp. e Recr. Palmitos – Palmitos/SC – 1976
3. São Matheus Futebol Clube – São Matheus/ES – 1996
4. C.E. UNiversitario do ES / CEUNES – Vitória/ES – 1976
5. Associação Recreativa Tiradentes – Niterói/RJ – 1975
6. Associação Atlética Eletrovapo – Niterói/RJ – 1964
7. Sociedade Esportiva Atlântico – Campo Grande/MS – 1977
8. São Cristóvão Esporte Clube – Cuiabá/MT – 1971
9. Associação Atlética Guanabara – Brasilia/DF – 1960 até 1963
10. Palestra Futebol Clube – Salvador/BA – 1972 e 1973

Ielo

Obs1: Eu não considero os escudos da internet do Mafra e do Atlântico, há necessidade de mais informações que confirmasse a autenticidade.

Obs2: Escudo RARO é outra coisa.