Arquivo do Autor: Antonio Mario Ielo

A importância dos Campeonatos Estaduais

A história de cada estado brasileiro e seus respectivos campeonatos estaduais, são a riqueza e a grandiosidade que explica a seleção brasileira de futebol ser a mais vitoriosa com 5 Copas mundiais.

O Brasil é um país continental, com milhões de praticantes e admiradores do futebol, não tendo nenhum outro país continental com clima favorável para a imensa prática esportiva. O Brasil é o 5º maior em extensão territorial, é o 5º mais populoso, é o 6º mais rico e a 7º maior economia do mundo. Os países continentais e ricos não praticam massivamente o futebol por questões culturais, como o EUA, a China e a Índia, enquanto a continental e rica Rússia tem um clima hostil em grande parte de seu território. O futebol é um esporte de verão, para áreas abertas, favorável aos países com temperatura agradável durante todo o ano.

  Maior Economia   Mais Rico   Mais Populoso   Maior Extensão   Mais Copas
EUA EUA China Rússia BRASIL
China China Índia Canadá Alemanha
Índia Japão EUA China Itália
Japão Alemanha Indonésia EUA Argentina
Alemanha França BRASIL BRASIL Uruguai
Rússia BRASIL Paquistão Austrália França
BRASIL Reino Unido Bangladesh Índia Inglaterra
França Itália Nigéria Argentina Espanha
Reino Unido Rússia Rússia Cazaquistão    
10º Indonésia 10º Índia 10º Japão 10º Argélia    

 

Como o nosso país e divido por ESTADOS, e organizou seu futebol por FEDERAÇÕES ESTADUAIS,  e somente na segunda metade do século XX, organizou seu campeonato nacional e continuou com suas bases nos campeonatos estaduais, que sempre multiplicou o numero de praticantes, mantendo a qualidade e grandeza do futebol brasileiro.

O monopólio da Rede Globo, proporcionado pela CBF que vende os direitos exclusivos de transmissão dos campeonatos brasileiros e estaduais, vem ao seu interesse próprio, ao longo das ultimas décadas, diminuindo a importância e o calendário dos campeonatos estaduais, valorizando e proporcionando aos grandes anunciantes a divulgação de suas marcas para todo o Brasil através do campeonato brasileiro, em detrimento das marcas regionais que geram mais empregos e distribui riqueza com os campeonatos estaduais.

Precisamos fazer voltar a importância dos campeonatos estaduais, devolvendo o calendário para ser realizado durante 5 meses, como antes, e diminuir o nacional para 5 meses, distribuindo com mais equilíbrio, antes que aconteça a ruptura final entre grandes e os médios e pequenos, acabando com o grande seleiro de jogadores e craques de futebol.

O Campeonato brasileiro deveria diminuir os participantes da 1ª divisão de 20 clubes para 16 clubes, e aumentar e valorizar a 2ª divisão para 32 clubes (2 grupos de 16 clubes, com títulos distintos Norte/Nordeste/Centro-Oeste e Sul/Sudeste) e a 3ª divisão para 64 clubes (4 grupos de 16 clubes, com títulos distintos Norte/Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul) com clubes classificados pelos Campeonatos Estaduais. Totalizando 112 clubes disputando 9 títulos.

 Distribuir melhor o calendário é distribuir melhor a economia gerada, mantendo e proporcionando o numero grande de praticantes de futebol, dos campinhos de bairro as grandiosas Arenas, por todos os cantos do continente chamado Brasil, sem ruptura entre os grandes, médios e pequenos.

Não queremos 4ª divisão ou 5ª divisão, “divisões abstratas” e sem “tradição”, e sim, o fortalecimento dos “tradicionais” campeonatos estaduais, com suas características próprias, conforme sua geografia, história e cultura esportiva.

 Com o aumento da temporada dos campeonatos estaduais, os clubes que não participarem do campeonato brasileiro (1a, 2a e 3a divisão) terão um semestre garantido de sustentabilidade com jogos com o “grandes” e poderá utilizar o segundo semestre para procurar, remontar e aprimorar, participando de torneios regionalizados, como por exemplo, Copas Estaduais com equipes de todas as divisões estaduais, ou mesmo, metropolitanos ou citadinos com clubes de menor expressão, com jogadores desconhecidos que podem interessar para equipes de nível superior. Enquanto os grandes poderão aprimorar suas equipes para o campeonato brasileiro, motivando suas torcidas com possiveis títulos estaduais.

 

Pelo FIM DO MONOPÓLIO e VENDA DE EXCLUSIVIDADE, que não são imprescindíveis e não proporcionam mais lucros para as federações e clubes, mas proporciona a possibilidade de corrupção para favorecimento e direcionamento. A CBF deve por força da “Lei contra monopólios” vender os direitos de transmissão com valor fixo e único como qualquer produto, para que toda emissora de TV que comprar, realize suas transmissões, atraindo seus anunciantes, grandes e regionais, distribuindo melhor a renda gerada e proporcionando a busca pela melhoria do trabalho, motivado pela concorrência.

 

Desculpe, Paulo André, Dida e amigos atletas profissionais, mas… Isto sim, é BOM SENSO.

Manejo Futebol Clube – Resende (RJ)

O Manejo Futebol Clube de Resende / RJ, após ter conquistado o título citadino de Resende de 1960, participou do Campeonato Fluminense de Clubes Campeões de 1960, realizado no primeiro semestre de 1961.

Este artigo contou com a colaboração dos membros Roberto Saraiva e Sérgio Mello.

Fonte: site resendefotos.com.br – Jornal “O Fluminense” de 1961.

Esporte Clube Comercial – Itaboraí / RJ

O Esporte Clube Comercial de Itaboraí / RJ, fundado em 19 de novembro de 1951, após ter conquistado o título citadino de Itaboraí de 1958, participou do 1o Campeonato Fluminense de Clubes Campeões de 1958, realizado no primeiro semestre de 1959.

Atualmente possui sede social com quadra poliesportiva.

Campeonato Fluminense de Campeões Municipais de 1960

A Federação Fluminense de Desportos organizou em 1960 a disputa entre o campeão do Campeonato Campista de Profissionais e do campeão do Campeonato Niteroiense de Profissionais, únicos do Estado, segundo a Federação, considerando como o Campeonato Fluminense de Futebol Profissional de 1960. Mas o Goytacaz FC, campeão campista não compareceu, sendo desclassificado por WO. O Fonseca AC, campeão Niteroiense, foi beneficiado e declarado Campeão Fluminense, sendo o indicado do “Estado do Rio” para a Taça Brasil de 1961.

Para os demais clubes do “Estado do Rio” foi organizado o Campeonato Fluminense de Campeões Municipais de 1960, disputado no primeiro semestre de 1961, nos moldes da Taça Brasil, convidando os campeões citadinos fluminenses, independente de serem ou não equipes profissionais ou amadoras.

Campeonato Fluminense de Campeões Municipais de 1960 / FFD
Inicio 12 março 1961
campeão:
Esporte Clube Metalurgico de São Gonçalo
vice campeão:
Esporte Clube 1º de Maio de Barra do Piraí
demais participantes:
Rubro Atlético Clube de Araruama
Clube dos Coroados de Valença
Frigorifico Atlético Clube de Mendes
Riachuelo Atlético Clube de Paraíba do Sul
Entreriense Futebol Clube de Tres rios
Guarani Esporte Clube de Volta Redonda
Tamoio Esporte Clube de Cabo Frio
Ypiranga Futebol Clube de Macaé
Motorista Futebol Clube de Rio Bonito
Esporte Clube Vila São Luiz de Duque de Caxias
Fluminense Futebol Clube de São João da Barra
São Pedro Esporte Clube de São Pedro d’Ajuda
Manejo Futebol Clube de Resende
Flamengo Futebol Clube de Nilópolis

Estes clubes foram encontrados em diversos artigos deste campeonato, no Jornal “O Fluminense”, podendo ter havido outros clubes participantes.

Achegas dos Primórdios do Campeonato Goiano

O Estado de Goiás originou da Capitânia de Goiaz criada em 1744, com sua economia voltada à exploração de ouro descoberto pelos bandeirantes, sendo sua capital o primeiro arraial, Vila Boa de Goiaz. No fim do século XVIII, o ouro nas minas tornaram escasso e o comércio se ressente, estagnando a Capitânia pelas dificuldades de distâncias dos grandes centros.

Lentamente a economia mudou para a pecuária no norte e no sudoeste, estabelecida através de duas grandes vias de penetração: a do nordeste, representada por criadores e rebanhos nordestinos, e a de São Paulo e Minas Gerais, que através dos antigos caminhos da mineração, estabilizando-se no Sudoeste da capitânia. Assim, extensas áreas do território goiano foram ocupadas em função da pecuária, dela derivando a expansão do povoamento e o surgimento de cidades como Itaberaí, inicialmente uma fazenda de criação, e Anápolis, local de passagem de muitos fazendeiros de gado que iam em demanda à região das minas. Os núcleos urbanos eram pobres e em número reduzido, destacando-se apenas as povoações de Meia Ponte, atual Pirinópolis e Vila Boa de Goiaz, a capital.

No inicio do século XX a economia ressurge com agropecuária seguindo a expansão da Estrada de Ferro Mogiana, vindo de São Paulo até Araguari (MG) e depois Catalão no Estado de Goiás, e o mesmo aconteceu com o Futebol, vindo de São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Uberaba e Araguari. Por volta de 1909 e 1911, na capital de Vila Boa de Goiaz, existiam os times Goyaz Football Club e o Sport Club Goyano Athletico, constituido por jovens goianos que estudavam em São Paulo e no Rio de Janeiro. Importante resaltar que a capital goiana tinha pouco mais de 13 mil habitantes por volta de 1910, enquanto Catalão já atingia população superior a 30 mil habitantes, surgindo em 1913 o Catalão Foot-Ball Club. Até o fim da década de 1910, a organização de times e a realização de partidas foram registradas, pelo menos, em Anápolis, Pirenópolis e Catalão.

No alvorecer da década seguinte, intensificou-se a disseminação da prática do futebol. Nessa época, o Catalão Football Club já possuía um terreno para a construção de uma praça de esportes, onde outros times da cidade, como o Operário, o Americano e o Brasil FC debater-se-iam contra o Leão do Cerrado. Em 1923, depois de vencer vários jogos contra times da região, uma equipe de Catalão viajou até Anápolis para disputar uma partida contra um time que também tinha vencido partidas em Goiás, Inhumas, Morrinhos e Pirenópolis. A equipe de Catalão venceu por 2 x 0, motivo pelo qual é apontado como primeiro campeão goiano extraoficial. Em 1925 já existiam: Bela Vista FC, Atlético Belavistense, Bonfim EC, Leopoldo de Bulhões FC, Vianápolis EC, AA Rio Verde e Rio Bonito FC. Em 1926 é fundado o Jaraguá FC e em 1927 na capital, a Associação Athlética União Goyana.

Em 1930 o Estado de Goiás, que não enviou seleção estadual para o Campeonato Brasileiro de Seleções, após críticas da imprensa goiana, proporcionou a fundação na capital de Goiaz de entidade para organizar a seleção goiana e os clubes do estado, fundando a Associação Goiana de Esportes Athléticos, considerando os clubes como os dos Sargentos, dos Operários, do Tiro 78, do Ibsen Caiado, do Anhanguera, do América e do Brasil Central, todos da cidade de Goiaz e dos clubes das outras cidades goianas, mas só três filiaram-se na nova entidade.

Muitos clubes vão surgindo em cada cidade goiana, como o União Sportiva Ypamerina de Ypameri, Morrinhos FC e Ypiranga de Pires do Rio. Em 1931 ocorre a fundação do Annapolis Sport Club em Anapólis e segundo clube de Catalão, o Clube Recreativo Atlético Catalão, iniciando o primeiro grande clássico do Estado com o Catalão Football Club. Em 1933 surge o Burity Esporte Clube e o União Operaria Sport Club em Santa Luzia, primeiro clube de operários.

Em 1933, inicia a transferencia da capital, que se concretiza efetivamente em 1937, com a capital goiana oficialmente transferida da Cidade de Goiaz para Goiânia.

Em 1938, os dois clubes da nova capital, Atletico Goianiense (fund 1937) e o Corinthans FC (fund 1938) realização um melhor de tres para saber que é o campeão citadino de Goiania, vencido pelo Atletico.

Em 1939 acontence a fundação da Federação Goiana de Futebol, que realizando o campeonato citadino de 1940 com 5 clubes: Atlético Goianiense, Goiânia EC campeão (o Corinthians mudou de nome para Goiania), Campinas Esporte Clube, Clube Esportivo Operário e ECG – Empresa de Construções Gerais FC. O Campeonato acontece em 1940 até 1943.

Participaram do campeonato citadino de Goiânia de 1943, Goiânia EC campeão, Atlético Goianiense, Goias Esporte Clube, Vila Nova FC e o Comercial EC.

Em 1944 é realizado o primeiro campeonato estadual de Goiás com:

1o Atlético Goianiense
2o Goiânia EC
3o Goias Esporte Clube
4o Vila Nova FC
5o Campinas EC.

Autor: Antonio Mario Ielo

Fontes consultadas: site do Wikipédia, Primórdios do Futebol em Goiás de Cleber Dias, RSSSF, arquivos publicados no Blog História do Futebol e arquivos pessoais.

Esporte Clube Maricá de Maricá / RJ

Esporte Clube Maricá, disputou o Campeonato Carioca da 4a Divisão de 1990 obtendo o 3o lugar, classificando e disputando a 3a Divisão de 1991. O clube que foi fundado em 1 de maio de 1943, também disputou o 1o Campeonato Fluminense de Clubes Campeões de 1958, realizado no primeiro semestre de 1959, após ter conquistado o título citadino de Maricá de 1958.

Atualmente licenciado do futebol profissional, com sede social e esportiva e disputa o campeonato amador e nas categorias de base, possui o Estádio Dr. João Francisco de Oliveira.

fonte: Jornal “O Fluminense” de 1959, Julio Diogo, site oficial do EC Maricá, Wikipedia e arquivo pessoal.
Obs: o escudo do EC Maricá já foi publicado no blog HF pelo Julio Diogo.

Andorinhas Futebol Clube de Magé / RJ

No distrito de Santo Aleixo, localizado em um vale ao norte do município de Magé, vizinho ao distrito de Pau Grande e da Serra dos Orgãos, com bela vista do famoso “Dedo de Deus”, tinham nas industrias textieis os empregos de quase toda a população local e era no futebol que os operários tinham suas horas de descanso e lazer. Fundaram clubes que existem até os dias de hoje, mesmo com a decadência e falência das indústrias e a econômia local mudando para outras áreas como o turismo e esportes de aventura, devido a belas paisagens e cachoeiras existentes.

O Andorinhas Futebol Clube foi um destes clubes, fundado em 17 de novembro de 1917, que após ser campeão da Liga Mageense em 1958, participou do 1o Campeonato Fluminense de Clubes Campeões de 1958, no primeiro semestre de 1959. O mesmo aconteceu com o título citadino de Magé de 1961, disputando também o Campeonato Fluminense de Clubes Campeões de 1961, disputado em 1962.

fonte: Fonte: Jornal “O Fluminense” de 1959, Julio Diogo, Wikipedia e arquivo pessoal.
Obs: o escudo do Andorinhas FC já foi publicado no blog HF pelo Julio Diogo..

Aperibeense Futebol Clube de Sto Antonio de Pádua / RJ

O Aperibeense Futebol Clube do distrito de Aperibé, em Santo Antônio de Pádua, campeão em 1958, participou do 1o Campeonato Fluminense de Clubes Campeões de 1958, no primeiro semestre de 1959.

Em 1992 ocorreu a criação do município de Aperibé, emancipando-se de Santo Antônio de Pádua.
O significado da palavra Aperibé em tupi-guarani é cachimbo acesso.

Em 2007 inicia participação na 3a Divisão conquistando o vice campeonato e alcançando o acesso.
Em 2008 obtem a 3o lugar da 2a Divisão, disputando o quadrancular final com Bangu, Olaria e Tigres.
Em 2011 foi reabaixado para a 3a Divisão por não divulgar os “borderôs”, licenciando.

Possui o Estádio José Gonçalves Brandão Filho com capacidade para mil pessoas.

fonte: Fonte: Jornal “O Fluminense” de 1959, Wikipedia e arquivo pessoal.