Arquivo do Autor: McNish

Flamengo em Criciúma


A reinauguração do Estádio Euvaldo Lodi, do Metropol, só poderia ser com a presença do Flamengo. E o Rubro-Negro trouxe ao Sul de Santa Catarina um time cheio de nomes famosos. Venceu por 5 a 0, numa tarde memorável. Na foto, da esquerda para a direita, parte da equipe que atuou na década de 1960: Amauri, Babá, Carlinhos, Jordan, Dida, Joel, Jadir e Gerson.

Fonte: DC

Ranking Catarinense de Torcidas

Pesquisa de opinião ouviu 1,6 mil entrevistados no Estado e mostrou um retrato da paixão dos torcedores pelo futebol

O Avaí é o time catarinense com maior torcida no Estado. É o que revela pesquisa realizada pela Lupi & Associados, que ouviu 1,6 mil pessoas entre 6 e 24 de junho deste ano, a pedido do Grupo RBS. Ao serem questionados sobre por qual time de Santa Catarina torcem, 1.201 entrevistados (75% do total) revelaram alguma preferência. Neste quesito, o Avaí aparece com 30,6% das opções, seguido por Figueirense (19,8%), Criciúma (11,4%), Chapecoense (10,4%) e Joinville (8,9%).

Líder estadual, vice na sua própria região. Considerando os 227 entrevistados da Grande Florianópolis, quem lidera é o Figueirense, com 53,3%, deixando o time azurra para trás, com 48,8%. O Avaí volta a ser o catarinense número um entre os entrevistados do Vale do Itajaí (47,6%) e do Planalto Serrano (59,2%). No Norte, liderança para o Joinville (55,5%); o Sul é do Criciúma (67,5%); e o Oeste tem a Chapecoense na ponta (65,5%). Por região, a margem de erro é maior porque o número de entrevistados cai.

A pesquisa também sondou os torcedores sobre os times de SC com maior rejeição. E novamente o mais citado foi o Avaí (37,2%), seguido por Figueira (30,7%), Criciúma (10,1%), Joinville (8,1%) e Chapecoense (3,4%).

Alguns resultados são boas notícias para o futebol de SC. A Lupi perguntou, por exemplo, a opinião dos entrevistados sobre este esporte no Estado. Resultado: a maioria (51,8%) respondeu que está evoluindo ou está muito bom/bom. Outra boa nova da pesquisa está na pergunta sobre qual time – catarinense ou não – o entrevistado prefere. Neste item, 21% citaram times de SC. Este percentual é cinco vezes maior que os 4% obtidos em pesquisa idêntica que a Lupi fez em 1999. Gradualmente, o coração do torcedor vai sendo conquistado pelos clubes da terra.

Se revelou crescimento dos catarinenses na preferência, a pergunta do time preferido também deixou claro que ainda há um longo território a percorrer. O Flamengo lidera (18,4%), seguido por Grêmio (14,3%), Inter (9,8%), Corinthians (8%) e Vasco (7,8%). O Avaí, melhor classificado de SC, aparece na sexta posição (7,4%), com o Figueirense em oitavo (5,9%), atrás do São Paulo (7%).

A pesquisa é um dos mais representativos retratos já feitos sobre a paixão do torcedor de SC. Entrevistou moradores de 230 cidades, respeitando a proporcionalidade da distribuição da população e não se concentrando apenas em alguns poucos e grandes municípios, como costuma acontecer.

Grêmio de São Joaquim SC


A foto é de 1957. O time é o Grêmio, de São Joaquim, muitas vezes campeão nos idos de 1950 e 1960. Confira, da esquerda para a direita: Deca, Rogério I, Rogério II, Joaquim, Domingos e Laurides. Agachados: Ivan, Inácio, Hélvio, Henrique e Rogério III. Craques do time: o jornalista Rogério Martorano e o ex-governador Henrique Córdova.

Fonte: DC

Histórias de um comendador: Fernando Linhares da Silva

Era noite, e Florianópolis assistiria ao primeiro clássico noturno, em 20 de julho de 1951. Presenças ilustres do governador Irineu Bornhausen e do prefeito Paulo Fontes.

Como assistir

Os ingressos eram caros. Haviam apenas duas alternativas: ou pulava o muro, como sempre, ou entrava acompanhado de algum figuraço. A segunda opção.

Meia

Fernando Linhares da Silva, um dos maiores narradores esportivos do rádio catarinense, foi para a mesma prática. Ao não conseguir, tentou entrar comprando meia-entrada. Antes, foi ao porteiro, seu Waldemar, e perguntou: “Posso entrar com meia?”.

Literalmente

Seu Waldemar, que não era fácil no trato, levantou a boca da calça do Linhares, olhou e viu que estava com as duas meias no sapato e respondeu: “Pode, até sem meia, se quiseres”.


O árbitro

Carlos de Campos Ramos, o Leleco, de Blumenau, apitou o jogo. Virou técnico de futebol, jogador e, finalmente, delegado. Foi de tudo um pouco. Era uma figura bastante folclórica.

Anos depois

O encontro e o diálogo entre o então delegado de polícia Leleco e o advogado Saul Oliveira, o Saulzinho, ex-jogador:

– Vim soltar meu cliente, que é inocente, e você foi arbitrário em sua prisão – declarou Saul.

– Posso ser tudo o que quiseres, mas ele continuará preso – respondeu Leleco.

– Por quê?

– Lembra que disseste que eu era um juizinho de merda naquele primeiro clássico noturno?

– Não só eras um juizinho de merda como é um delegado de bosta.

Fonte: DC

Avaí e Figueirense de 1967

Clássico de 1967, no Estádio Adolfo Konder. No centro do gramado, dois atletas do Figueirense: à esquerda, Carlos Roberto, e à direita, Rubens (Pardal).

De repente, entre ambos, surge o ponteiro-direito do Avaí Rogério Maluco, ou Rogério Segundo, como chamavam. Apenas para se ter uma ideia de como a amizade era importante naquela época. Uma foto dessas, hoje, é muito difícil de ocorrer.

Fonte: DC

SE Palmeiras, 97 anos de história


A História da Sociedade Esportiva Palmeiras começa no dia 26 de agosto de 1914, quando o clube foi fundado por imigrantes italianos na cidade de São Paulo com o nome de Società Sportiva Palestra Italia. A primeira partida da equipe foi disputada em 24 de janeiro de 1915 contra o Savóia, do atual município de Votorantim, à época distrito de Sorocaba, no interior paulista, e contou com a vitória palestrina por 2 a 0, com gols de Bianco e Alegretti. Depois de colecionar nas décadas de 20 e 30 do Século XX uma série de títulos paulistas e conquistar uma quantidade relevante de torcedores, o clube foi obrigado a mudar seu nome para Sociedade Esportiva Palmeiras em 1942, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, já que o Brasil, governado pelo então presidente Getúlio Vargas, declarou guerra aos países do “Eixo” (Alemanha, Itália e Japão) e se alinhou aos países “Aliados”, (EUA, URSS, Grã-Bretanha, França, e outros países).

Na sua primeira partida com o novo nome, sagrou-se campeão paulista com uma vitória sobre o São Paulo FC no Estádio do Pacaembu. Nas décadas seguintes, ampliou seu acervo de títulos e se consolidou com uma das equipes mais importantes do Brasil.

Nos “anos de ouro” do futebol brasileiro, quando o País conquistou seus três primeiros títulos mundiais de futebol e encantou o planeta, o Palmeiras era um dois poucos times que conseguiam ser páreo para o Santos de Pelé, considerado um dos maiores times do mundo em todos os tempos. Na ocasião, por conta da técnica apurada e pelo toque de bola refinado de seus jogadores, o Palmeiras foi comparado durante anos a uma “Academia de Futebol”, que teve entre os principais protagonistas, em duas fases distintas e consecutivas, grandes nomes do futebol, como Ademir da Guia, Dudu, Julinho Botelho, Djalma Santos, Servílio, Tupãzinho, Luís Pereira, Leivinha, César e Leão

Coincidentemente, após o maior ícone da Academia, o meia Ademir da Guia, encerrar a carreira em 1977, o Palmeiras ficou durante um longo período sem conquistar títulos. Conhecido como “Divino” por conta da grande classe no trato da bola e pela eficiência, Ademir é considerado o maior jogador da história do alviverde, com a impressionante marca de 901 jogos disputados, 153 gols marcados e dezenas de títulos conquistados, entre campeonatos oficiais e torneios amistosos nacionais e internacionais.

O jejum de títulos entre 1976 e 1993 foi o mais longo da história do clube e exigiu paciência da torcida, que viu seus maiores rivais dominarem as conquistas da década de 1980. O martírio alviverde foi sepultado depois que a diretoria idealizou uma inédita parceria para a gestão do futebol com a empresa multinacional de origem italiana Parmalat. Tal acordo, possibilitou a contratação de grandes jogadores e técnicos competentes, como Luiz Felipe Scolari, que recolocaram o Palmeiras na trilha das conquistas e levaram a equipe para o topo da América, com o título da Libertadores de 1999.

Depois do novo período de alegria e já com o término da parceira com a Parmalat, a torcida alviverde conviveu com a enorme tristeza do rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2002. Numa demonstração de paixão e fidelidade, apoiou o Palmeiras na conquista da Série B de 2003. A primeira década do Século XXI foi um período de tentativas de reestruturação política e administrativa para o clube, que voltou a levantar um título de primeira divisão somente em 2008, quando conquistou o Campeonato Paulista.

TITULOS
Mundiais
Copa Rio Internacional: 1 (1951)

Continentais
Copa Libertadores da América: 1 (1999)
Copa Mercosul: 1 (1998)

Nacionais
Campeonato Brasileiro: 4 (1972, 1973, 1993 e 1994)
Copa do Brasil: 1 (1998)
Taça Brasil: 2 (1960 e 1967)
Robertão: 2 (1967 e 1969)
Copa dos Campeões: 1 (2000)
Campeonato Brasileiro – Série B: 1 (2003)

Regionais
Torneio Rio-São Paulo: 5 (1933, 1951, 1965, 1993 e 2000)
Copa dos Campeões Estaduais Rio-São Paulo: 4 (1926, 1934, 1942 e 1947)

Estaduais
Campeonato Paulista: 22 (1920, 1926, 1927, 1932, 1933, 1934, 1936, 1940, 1942, 1944, 1947, 1950, 1959, 1963, 1966, 1972, 1974, 1976, 1993, 1994, 1996 e 2008)
Campeonato Paulista Extra: 2 (1926 e 1938)