Arquivo da categoria: 08. Gilberto Maluf

São Paulo x Milan, 1º de Abril de 1951

A Rádio Panamericana colocou no ar a narração forjada, causando desespero na torcida são-paulina.
Segundo a ” trasnsmissão ” , o juiz roubava descaradamente para os italianos que ” jogavam ” pesado, agredindo os brasileiros. Hélio Ansaldo frisa: ” Foi criado todo um clima contra o Milan e contra o juiz, e esse clima foi o que fez com que o São Paulo estivesse perdendo de 4 a 0.
Aí ” caiu a linha ” . Muitos desligaram o rádio antes do final da transmissão fictícia.
Já no Bixiga, bairro de imigrantes italianos, os torcedores comemoraram a vitória do Milan.

O segredo da gravação fora tão bem guardado que nem Consuelo Viegas de Almeida, espos de Geraldo José, sabia da verdade. Ela nos contou que um irmão do locutor, Sebastião José de Almeida, são-paulino roxo, até se sentiu mal durante a irradiação.
Aurélio Campos, que estava no estádio do Pacaembu narrando um jogo pelo Campeonato Paulista por uma emissora concorrente, protestou, exaltado, e disse que o governo, os deputados, “seja lá quem fosse” , deveriam tomar providências, por ser um absurdo o São Paulo ter se submetido a esse vexame de apanhar de 4 x 0, desmoralizando o futebol brasileiro.

Paulo Machado de Carvalho Filho assinala que no dia seguinte alguns jornais brasileiros, principalmente de outros estados, publicaram matéria ” como se o jogo fictício realmente tivesse havido “. Com o cuidado de guardar as devidas proporções, ele compara o episódio à falsa invasão dos Estados Unidos pelos marcianos, programa de rádio de Orson Welles, em 1938, que provocou pânico nos norte-americanos.

Quando a Panamericana informou que se tratava de uma brincadeira do ” Dia da Mentira ” , os jornais se dividiram: os que deram o resultado criticaram a emissora; os que não deram o resultado divertiram-se com a “barriga” dos concorrentes. Quatro dias depois o Diário Popular estampo manchete de sua página de esportes: ” Agora, não é Primeiro de Abril….” o jornal noticiava que o São Paulo perdera para a seleção da cidade de Bruxelas por 2 x 1.

A brincadeira da Emissora de Esportes serviu para comprovar que depois do rádio ter iniciado as transmissões diretas, os jornais passaram a utilizar as informações radiofônicas , numa inversão da época da “gilete press”.

fonte: livro O Rádio Esportivo em São Paulo

Geraldo José de Almeida, narrador da Copa 70 pela TV

Geraldo José de Almeida começou no rádio em 1936, como locutor comercial. Dois anos depois, estava no rádio esportivo e fez a maior parte de sua carreira na rádio Record, até passar, em 1963, para a televisão.
Dono de grande capacidade de comunicação, conseguiu adaptar-se à linguagem da TV e foi um dos poucos narradores do telejornalismo esportivo a dar certo no novo meio de comunicação.
Ficou conhecido por seu entusiasmo exagerado. São dele as frases: ” Vamos minha gente”, “Lindo! Lindo! Lindo!” , “O que que é isso, minha gente?”, “Por pouco pouco, muito pouco, pouco mesmo!”, ” De ponta de bota” e o mais comum: “mata no peito e baixa na terra”.
Na televisão, nos jogos da Copa de 1970, quando a seleção brasileira ganhou definitivamente a Copa Jules Rimet, criou a expressão “Seleção Canarinho”, aproveitando a cor amarela da camisa da equipe do Brasil.
Respeitado como profissional competente, era criticado por sua paixão declarada pelo São Paulo. Em 08 de fevereiro de 1943, o jornalista que assinava na Folha da Noite, de São Paulo, com o pseudônimo de ” EL Sordo ” , a coluna ” No mundo do Rádio”, ataca Geraldo José de Almeida. O cronista qualifica o radialista como um dos melhores locutores de futebol, que se dedica com amor à sua especialidade mas é ” declarada, clara e indiscutivelmente um speaker que torce de corpo e alma para o São Paulo Futebol Clube”.
Isso depois de afirmar que locutores/torcedores “(…) ficam com voz embargada quando a bola está defronte da meta de seu clube predileto, guaguejam quando esta meta é vazada, vociferam contra o juiz, dizem desaforos aos elementos do outro quadro…”O jornalista Raul Duarte sai em defesa dele e observa que o radialista foi o único narrador a assumir a paixão por seu clube.
Na transmissão das partidas, Geraldo José de Almeida, lembra Hélio Ansaldo, fantasiava bastante a jogada, dava apelidosa todos os jogadores, aos times e até à seleção.Alguns desses apelidos:

Pelé – “Craque Café”
Servílio – ” Bailarino ”
Jairzinho – ” Furacão da Copa”
Tostão – ” Mineirinho de Ouro ”
Everaldo – ” Gauchão ”
Vavá – ” Peito de Aço ”
Rivelino – ” Garoto do Parque ”
Bauer – ” Coca Cola “.

De todas as expressões que criou, Geraldo registrou somente ” Seleção Canarinho “.

Fonte: Livro A Bola no Ar, o Rádio Esportivo em São Paulo , de Edileuza Soares

Geraldo José de Almeida, narrador da Copa 70 pela TV

Geraldo José de Almeida começou no rádio em 1936, como locutor comercial. Dois anos depois, estava no rádio esportivo e fez a maior parte de sua carreira na rádio Record, até passar, em 1963, para a televisão.
Dono de grande capacidade de comunicação, conseguiu adaptar-se à linguagem da TV e foi um dos poucos narradores do telejornalismo esportivo a dar certo no novo meio de comunicação.
Ficou conhecido por seu entusiasmo exagerado. São dele as frases: ” Vamos minha gente”, “Lindo! Lindo! Lindo!” , “O que que é isso, minha gente?”, “Por pouco pouco, muito pouco, pouco mesmo!”, ” De ponta de bota” e o mais comum: “mata no peito e baixa na terra”.
Na televisão, nos jogos da Copa de 1970, quando a seleção brasileira ganhou definitivamente a Copa Jules Rimet, criou a expressão “Seleção Canarinho”, aproveitando a cor amarela da camisa da equipe do Brasil.
Respeitado como profissional competente, era criticado por sua paixão declarada pelo São Paulo. Em 08 de fevereiro de 1943, o jornalista que assinava na Folha da Noite, de São Paulo, com o pseudônimo de ” EL Sordo ” , a coluna ” No mundo do Rádio”, ataca Geraldo José de Almeida. O cronista qualifica o radialista como um dos melhores locutores de futebol, que se dedica com amor à sua especialidade mas é ” declarada, clara e indiscutivelmente um speaker que torce de corpo e alma para o São Paulo Futebol Clube”.
Isso depois de afirmar que locutores/torcedores “(…) ficam com voz embargada quando a bola está defronte da meta de seu clube predileto, guaguejam quando esta meta é vazada, vociferam contra o juiz, dizem desaforos aos elementos do outro quadro…”O jornalista Raul Duarte sai em defesa dele e observa que o radialista foi o único narrador a assumir a paixão por seu clube.
Na transmissão das partidas, Geraldo José de Almeida, lembra Hélio Ansaldo, fantasiava bastante a jogada, dava apelidos a todos os jogadores, aos times e até à seleção. Alguns desses apelidos:

Pelé – “Craque Café”
Servílio – ” Bailarino ”
Jairzinho – ” Furacão da Copa”
Tostão – ” Mineirinho de Ouro ”
Everaldo – ” Gauchão ”
Vavá – ” Peito de Aço ”
Rivelino – ” Garoto do Parque ”
Bauer – ” Coca Cola “.

De todas as expressões que criou, Geraldo registrou somente ” Seleção Canarinho “.

Fonte: Livro A Bola no Ar, o Rádio Esportivo em São Paulo , de Edileuza Soares

Quem não conheceu a geral do Maracanã, não viveu o Rio. (Nelson Rodrigues)

Espaço mais democrático do futebol brasileiro, a geral do Maracanã ficou conhecida por reunir torcedores dos grandes cariocas sempre com alegria. Era o local onde personagens fantasiados expunham seu amor ou indignação de forma criativa, onde a violência sempre passou longe, o cantinho do maior estádio do mundo que as TVs procuravam para ilustrar suas transmissões e quebrar o tédio durante os jogos chatos. E olha que mal dava para se ver o jogo de lá. Infelizmente, a geral sucumbiu à modernidade. E, em 2005, começou a ser destruída para que ganhasse corpo o processo de modernização do maraca. Seus 30 mil lugares foram reduzidos para 18 mil, de cadeiras.

A medida fez parte do novo conjunto de leis imposto pela Fifa segundo o qual ninguém pode assistir a jogos de futebol em pé. Assim, nunca mais se viram figuras travestidas no maior do mundo de Lula, Bin Laden, Superman, Capitão Aranha e outros tantos.

Hoje, o Maracanã tem capacidade para 90 mil pessoas. Embora lindo e confortável, perdeu o folclore dos geraldinos. É o futebol cada vez mais elitizado.

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Clássico entre Fluminense e Bangu em 1963 no Maracanã. Estão no lance tentando o gol pelo Bangu, Bianchini (camisa 8) e Roberto Pinto (10). Tentando afastar o perigo da zaga Tricolor vemos Joaquinzinho (9), Altair (6), Oldair (4) e Castilho (sob a trave). No fundo da foto, a saudosa geral do maior estádio do mundo. Por esta foto, é possível imaginar a dificuldade de visão que os geraldinos tinham no estádio antes de sua reforma de 2005. Mas para eles, o que valia era ficar bem pertinho do gramado e de seus ídolos
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Ademir de Menezes (camisa 9) em ação durante a Copa do Mundo de 1950. O atacante foi artilheiro da competição realizada no Brasil para delírio do povão que se esprimia na geral do Maracanã.

Tive a felicidade de trabalhar cinco anos no Rio, comparecendo quase todos os domingos, às vezes sábado também, ao Maracanã. ( Vinicius Coelho )

Muitas vezes sem trabalhar, nosso grupo ficava se deliciando observando a turma da geral. Voltei para Curitiba e fui trabalhar na TV Paranaense, que no começo não era afiliada da Globo. A programação era sustentada pelo Luiz Alfredo Malucelli, que vendia a transmissão dos jogos e lá ia eu, Brasil afora, principalmente para narrar os jogos do Maracanã.

As cabines ficam poucos metros acima da geral. Era um divertimento. Folclore do estádio, folclore do futebol do Rio, folclore de um povo. As duas torcidas juntas, brincando, gozações simultâneas, a alegria do Maracanã. Torcedores fantasiados, pintados, com maquiagem especial de acordo com a importância da partida.

Agora acabaram com a geral. O ingresso custava três reais. Como é que agora eu vou poder vir ao Maraca, disse um torcedor, e outros e outros. Um dia, lá na redação, comentávamos sobre a geral e Nelson Rodrigues deu a frase: quem não conhece a geral do Maracanã, não viveu o Rio.

MAs a FIFA exige que todos os torcedores tenham lugares marcados para se sentarem.
Mas o que que o “Geraldino” tem a ver com isso?
O torcedor que freqüenta a Geral não quer saber de ficar sentado.
Ele que ir ao “Maraca” fantasiado.
Quer ver o craque de perto.
Quer levar a faixa com sua mensagem.
Quer comemorar o gol bem perto do seu ídolo.
Sem os torcedores da Geral, por melhor que o clássico seja, parece que o jogo fica sem alma, sem coração.
Foi na Geral que Rondineli, zagueiro do Flamengo, ganhou o apelido de Deus da Raça.
Pra lá que Romário correu após marcar o gol que levou a seleção à Copa de 94, nos Estados Unidos.
Certamente não existiu lugar melhor no mundo para ver os dribles de Garrincha ou os elásticos de Rivellino.
Abençoado foi o torcedor vascaíno que pôde ver da geral o chapéu e o gol de Roberto Dinamite no clássico contra o Botafogo.
No início da década de 70, trocaram a Concha Acústica do Pacaembu pelo atual Tobogã.
Até hoje ela é lembrada com saudosismo, como marca do futebol romântico que já não existe mais no país.
De uns anos pra cá, o torcedor carioca está proibido de freqüentar seu habitat, seu lugar de festa.
Agora resta torcer para que daqui a alguns anos, a Geral do Maracanã também não vire apenas a lembrança do futebol alegre que existia no Brasil.
Por Marcelo Rozenberg/Milton Neves
JP/Bruno Vicari

Oscar Scolfaro e suas histórias como árbitro

Se pararmos para lembrar dos cinco melhores árbitros do Brasil, certamente, Oscar Scolfaro, campineiro e corinthiano, estará entre eles. O Oscar apareceu na década de 70 para ajudar, com outros companheiros, a salvar as combalidas e prejudiciais arbitragens, principalmente, contra clubes pequenos.

O Oscar, escalado para apitar Uruguai e Colômbia, jogo válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, pegou o avião em São Paulo com destino ao Uruguai. Lá não havia teto e o pouso teve que ser feito na Argentina, em Buenos Aires. Tomou um taxi e começou a rodar atrás de um hotel. Em todos não havia uma vaga sequer.

Argentino de alma brasileira
O motorista, apaixonado pelo nosso futebol , como todos os argentinos, e ao saber estar transportando um árbitro brasileiro, cavalheiro e cortez, disse:

“Vou resolver o seu problema. Você vai ficar hospedado em minha casa” e para lá seguiu. Mudou o filho de quarto e cedeu ao Oscar a melhor acomodação do lar.

No dia seguinte, ao se levantar o Oscar foi surpreendido por um café simplemesmente maravilhoso: pães, broas, frutas, doces, leite, manteiga, gentilezas e sorrisos de todos os anfitriões, que não sabiam o que fazer para agradar o ilustre hospede.

Depois de muitas fotos da família com o Oscar, o Sr. Puerta Benevides, carregou a bagagem do Oscar para o carro e seguiu em direção ao Aeroporto. Não cobrou absolutamente nada. Nem das corridas, da hospedagem e muito menos do café.

O que chamou a atenção do Oscar, na casa do motorista, foi o interesse de todos pelo Brasil.

“Fauzi, eu nunca vi ninguém conhecer mais o Brasil, suas praias e seu futebol, como aquela família.”, disse Oscar. “Eles foram cordiais, gentís, amam o Brasil e a nossa gente”, completou o grande árbitro de porte internacional.

Dois grandes apitadores
Para Oscar Scolfaro , no passado não muito distante, o melhor árbitro brasileiro foi Romualdo Arpi Filho (foto).

“Além da elegância, cultura e saber falar com os jogadores, o Romualdo sabia tudo de futebol”, assegura Oscar. Quando havia muita rivalidade entre os times e consequentemente entre as torcidas, segundo Oscar, o Romualdo era mestre em saber dirigir a partida, de forma que tudo terminava bem e sem conflitos.

Outro grande árbitro para Oscar Scolfaro foi o Dulcidio Vanderlei Boschilla. Diferente do Romualdo, o Dulcidio falava com os boleiros como boleiro. Diante dos dirigentes fazia valer a sua autoridade. Não se intimidava e enfretava situações horripilantes, mesmo que para tal tivesse que sacar a arma que sempre carregava – ele era policial. Dulcidio sempre foi respeitado pelos boleiros problemáticos: Serginho Chulapa, Sócrates, Casagrande e outros tantos.

Do quadro atual, para Oscar Scolfaro, Leonardo Gaciba é o que tem apresentado o melhor desempenho, embora goste também do gaúcho, Carlos Eugênio Simon.

Cada situação apertada…
Oscar, você já passou algum aperto apitando jogos importantes?, perguntei.

–– Se passei ? Claro que sim, e pior, foi contra o meu Corinthians. Na decisão Corinthians e Santos, o um a zero dava o título ao Corinthians, só que eu marquei um pênalti existente, numa alavanca de Laércio em Ferreira. O Pelé bateu e empatou o jogo. O título ficou com o Santos. Imagina como ficou a situação.

“O Gino Orlando, grande astro do passado e administrador do Morumbi”, continuou falando Oscar, “foi buscar meu carro e o colocou no portão dos fundos. O Silvio Luiz, grande narrador da Bandeirantes, saiu dirigindo e eu deitado no banco traseiro. Se a torcida descobre, nem a tinta do carro sobraria para contar história”, relembra Scolfaro.

O mais engraçado, continuou Oscar, é que o Silvio Luiz, parou num posto para abastecer e, o frentista como o reconheceu disse:

“E ai Silvião… Quer dizer que o Coringão foi campeão ?”

–– Não, Belo. O Santos foi campeão, respondeu o Silvio.

“Como ? Até agorinha tava um a zero pro Corintia”, disse o frentista.

“É meu amigo, tava, mas o juiz muito doidão marcou um pênalti e o Crioulo foi lá e cráu no seu Curíntia”, falou, tirando sarro, Silvio Luiz.
–– Se eu tô lá eu mato esse juiz da péste, falou o frentista.

“Nessa altura, eu no banco traseiro meio que escondido, só não esmurrei o Silvio pra a coisa não ficar pior”, completou Oscar.

História ou mito?
Oscar, no jogo Ponte e Votuporanguense, no Moisés Lucarelli, o José Astolfi terminou a partida aos 54 minutos do segundo tempo, depois que a Ponte marcou o gol salvador que lhe dava o direito de disputar a finalíssima com a Portuguesa Santista, certo? Pois bem, dizem até hoje que o Astolfi, nas cobranças de escanteios, pulava junto com os atacantes para tentar marcar o gol e acabar com a agonia pontepretana ? É verdade, Oscar ?

“Eu também já ouvi muito essa história. O que aconteceu é que o Zé (Astolfhi) numa situação normal, como acontece até hoje, deveria ter dado no máximo três ou quatro minutos de acréscimos, mas ele deu quase 10, e ai deu no que deu. Acho que por isso, essa história vai continuar por muito mais tempo”, concluiu Oscar.

Oscar Scolfaro, hoje, aposentado do apito, administra ao lado do filho Oscarzinho, um lava-jato de autos, próximo ao Liceu Salesiano.
É sempre bom e me faz muito bem, de vez em quando, parar por lá, tomar um cafezinho e ouvir as gostosas histórias que o Oscar conta para os amigos e clientes interessados. Uma virtude do Oscar: ele nunca escondeu de ninguém que é bugrino e corintiano.

www.futebolinterior.com.br
fauzikanso@terra.com.br

“Causos” de Norte a Sul (parte 3)

Continuando a série de “causos” sobre futebol de cada um das 27 unidades da federação (incluindo os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal), seguem histórias de Goiás, Maranhão, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul:

O Estado de Goiás tem aquele que é, talvez, o único time do mundo a ter usado uma estrela na camisa sem jamais ter sido campeão: a Anapolina, de Anápolis.

Aconteceu em 1981. Na decisão do Campeonato Goiano, Goiás e Anapolina só empataram: 2 a 2 no primeiro jogo, 1 a 1 no segundo, 1 a 1, de novo, no terceiro. Na prorrogação, 0 a 0. Foram 200 minutos de futebol e nada de campeão. Nem a Federação Goiana de Futebol sabia para quem ia dar a taça, até que se descobriu que o armador Osmar Lima, da Anapolina, havia entrado em campo na segunda partida sem condições legais, pois seu contrato com o clube havia terminado dois dias antes.

A Anapolina, no entanto, alegava que o título lhe pertencia, por ter somado mais pontos ao longo do campeonato. O Tribunal de Justiça Desportiva decidiu a causa em favor do Goiás, mas a diretoria da Anapolina, sentindo-se prejudicada, não quis nem saber: mandou estampar uma estrela no alto do escudo nas camisas da equipe, em comemoração a uma conquista que jamais foi homologada.

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No início dos anos 90, o torcedor brasileiro surpreendeu-se com o número de vezes que um certo Oliveira, chamado na Bélgica de Oliverrá, aparecia marcando gols atrás de gols, que eram mostrados no final do programa Fantástico. Mas quem era aquele cara?

Luís Aírton Barroso Oliveira, o Oliverrá, era maranhense, onde começou jogando pelo pequeno Tupan. Foi parar na Europa via uma estranha conexão São Luís – Bélgica, articulada pelo médico Cassas de Lima (ex-presidente do Moto Clube) e por José Rubolota, empresário argentino.

Os “marabelgas”, depois, se multiplicaram. E Oliverrá chegou até a atuar pela Fiorentina, da Itália, e pela própria Seleção Belga, na Copa da 1998, na França. ********************************************************************************

No Mato Grosso, a decisão do campeonato de 2001, entre Juventude, de Primavera do Leste, e Mixto, da capital Cuiabá, deu a maior confusão. No primeiro jogo, o árbitro Jamil Rodrigues anulou um gol do Mixto, marcado em uma cobrança de pênalti em dois toques — o que, pela regra do futebol, é legal.

A pedido do Mixto, o Tribunal de Justiça Desportiva marcou nova partida, mas o Juventude não aceitou a decisão e recorreu ao Superior Tribunal de Justiça da CBF, que lhe deu ganhou de causa. Aí, foi a vez do Mixto se recusar a jogar a segunda partida. No fim da história, a Federação Mato-Grossense proclamou o Juventude campeão e o União de Rondonópolis, terceiro colocado, como vice, no lugar do “rebelde” Mixto.

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Operário e Comercial, ambos de Campo Grande (MS), são os dois únicos times do Brasil que podem se orgulhar de terem sido campeões de dois Estados diferentes.

Diversas vezes vencedores no Mato Grosso do Sul, antes da divisão política (1977) e esportiva (1979) dos dois Estados eles também haviam terminado em primeiro lugar no Campeonato Mato-Grossense. O Operário quatro vezes, em 1974, 1976, 1977 e 1978. O Comercial, uma, em 1975.

por Yahoo Esporte/ Celso Unzelte

Eles devem estar batendo um bolão no céu, no time do Pedrão

Como a bronca é geral com a atual qualidade de nosso futebol, e também como não temos nenhum craque fora-de-série jogando atualmente, comecei a relembrar com saudades de alguns grandes craques de futebol que já nos deixaram. Lá em cima, nos campos celestiais, certamente nosso Pedrão deve incentivar alguns jogos inter-celestiais.
Como seria o futebol ” lá em cima ” ?
Sem esgotar o assunto, lembrei-me de jogadores, técnicos, dirigentes, árbitros, publicações :

JOGADORES
Castilho, Cláudio, Jose Poy, Pompéia, Fernando, Djalma Dias, Mauro Ramos de Oliveira, Fontana, Everaldo, Dequinha, Ari Ercílio, Pinheiro, Calvet, Aldemar, Zequinha, Roberto Belangero, Bene, Rafael, Chicão, Alcir, Didi, Enéas, Toninho Guerreiro, Ademar Pantera, Garrincha, Vavá, Jair da Rosa Pinto, Zizinho, Dida, Almir, Danilo Alvim, Pinga, Dener.

ÁRBITROS
Mário Vianna, Airton Vieira de Moraes – o popular Sansão, Anacleto Pietrobom, o popular Valussi, Dulcídio Vanderlei Bosquilla, Romualdo Arpi Filho e também Eunápio de Queiróz.

CARTOLAS
Vicente Mateus, Ferrúcio Sandoli, Jordão Bruno Sacomani, Athiê Jorge Curi, Mendonça Falcão, Otavio Pinto Guimaraes, Fadel Fadel, Carlito Rocha, Renato Stelita.

NARRADOR ESPORTIVO DE RÁDIO
Waldir Amaral, Fiori Giglioti, Pedro Luis, Jorge Curi, Oduvaldo Cozzi, Doalcei Camargo, Edson Leite.

NARRADOR ESPORTIVO DE TV
Ari Silva, Raul Tabajara, Geraldo José de Almeida.

TECNICOS
Renganeschi, Irmãos Aimoré e Zezé Moreira, Osvaldo Brandão, Tele Santana, João Avelino, Paulo Amaral, Claudio Coutinho, João Saldanha, Vicente Feola, Filpo Nunes, Oto Glória, Silvio Pirilo, Gentil Cardoso.

REVISTAS ESPORTIVAS
Revista do Esporte, Placar, Manchete Esportiva, Globo Sportivo, Gazeta Esportiva Ilustrada.

SEMANÁRIOS ESPORTIVOS
Mundo Esportivo de Geraldo Bretas e Equipe de Wilson Brasil.

E na arquibancada os milhares de torcedores que lotaram os estádios desde os anos 40 .

Gilberto Maluf

Jogadores que pisaram na bola na terra da Rainha

1. Micah Richards: O jogador do Manchester City filmou a si próprio e a um
colega mantendo relações sexuais com uma adolescente.

2.Ashley Cole: O lateral-esquerdo do Chelsea foi pego traindo a esposa com a
cabeleireira.

3.Bradley Wright-Phillips: O jogador do Southhampton foi flagrado pelas
câmeras de segurança de uma boate roubando dinheiro e celulares das bolsas
das garçonetes que trabalhavam no local.

4.Glen Johnson: O defensor do Portsmouth foi multado em 80 libras após ter
sido flagrado trocando o preço de uma tampa de privada numa loja de
departamentos.

5.Tim Cahill: O meia-atacante do Everton resolveu homenagear o irmão, que
está preso, comemorando um gol como se estivesse algemado. Passou a semana
seguinte pedindo desculpas e se explicando pelo ato.

6.Ashley Young: O meia-atacante do Aston Villa foi flagrado se masturbando
na internet.

7.Robbie Fowler: Ídolo do Liverpool, o atacante comemorou o gol da vitória
sobre o rival local Everton fingindo “cheirar” uma linha do campo. À época
(1999), Fowler via seu nome envolto em boatos sobre o uso de drogas.

8.Joey Barton: Foi parar na cadeia por agredir um torcedor de seu clube, o
Newcastle, de 15 anos de idade.

9.Craig Bellamy: O atacante agrediu colegas de Liverpool com um taco de
golfe durante partida do esporte da bolinha em horário de folga.

10.Kyeron Dyer: O jogador do Newcastle tomou parte num vídeo de sexo que foi
parar na internet.

11.Mark Bosnich: O então goleiro do Chelsea pegou nove meses de suspensão
(maior gancho da história do futebol inglês) após ser flagrado em um exame
antidrogas. Seu contrato foi rescindido e ele nunca mais voltou à grande
forma.
fonte: http://forum.cifraclub.terra.com.br/forum