Arquivo da categoria: 26. Alexandre Martins

BANGU MASSACRA FLAMENGO EM 1950

Uma das mais obscuras jornadas da vida do Clube de Regatas do Flamengo, foi cumprida na tarde de domingo no maracanã pela equipe rubro negra. Apresentando em campo um team verdadeiramente desconexo, incorrendo ainda no erro de uma aventura que foi o lançamento precipitado de Hermes, o Flamengo emudeceu os olhos de sua torcida, caindo por uma contagem que atinge tremendamente o prestigio do clube da Gávea. Para o Flamengo, este campeonato está com o “teto zero”, para usarmos uma expressão da aviação. Não há visibilidade, não há horizontes para o rubro negro. Sua administração colhe os frutos de haver cuidado mais da política do que da própria expressão do quadro para o campeonato da cidade.
O Bangu quis cuidar, única e exclusivamente, de si mesmo, do seu quadro, que um bom quadro de profissionais é o melhor reflexo de um clube. O Bangu já está vendo que a frase popular – “plantando dá” – tem total razão de ser. A vitória de domingo, precisamente sobre um dos chamados “grandes” veio comprovar que não são vãos os esforços de seus responsáveis e que jamais serão vãos as tarefas construtivas em qualquer setor da vida.
Está de parabéns o Bangu pela sua estupenda vitória. Vitória que veio como efeito natural do amplo domínio exercido pelo seu conjunto , cujas manobras táticas foram perfeitas e cujo padrão de jogo é o que se pode exigir de um grande esquadrão. A sua linha média foi precisamente aquilo que o Flamengo não pôde ser, uma peça de vai e vem dentro da equipe, o traço de união entre as ultimas linhas e a vanguarda. Defenderam os três intermediários banguenses com a mesma maestria e firmeza com que nunca deixaram seu trio final desprotegido e o ataque jamais deixou de contar com seu apoio. A harmonia da equipe residiu mais nesse particular. E o desequilíbrio do team rubro negro esteve antagonicamente, no fato da linha média jamais ter apoiado ou defendido com acerto.
Jogo no dia 20 de agosto de 1950
pela segunda rodada do primeiro turno do campeonato carioca.
Maracanã – Bangú 6 x Flamengo 0.
Primeiro tempo: Bangu 3×0.
Gols de Moacir Bueno 2. Zizinho. Joel. Simões e Sula.
Juiz: Alberto da Gama Malcher.
Bangu: Luis Borracha. Rafanelli e Sula. Gualter. Mirim e Pinguela. Djalma. Zizinho. Joel. Simões e Moacir Bueno.
Flamengo: Garcia. Biguá e Juvenal. Bria. Walter e Bigode. Aloisio. Hermes. Helio. Lero e Esquerdinha.
comentário de  Luiz Mendes

Esporte Ilustrado

A ITÁLIA DE MEDIOCRE PARA CAMPEA DE 1982

Os italianos ficaram no grupo l nas cidades de Vigo e La Corunha, juntamente com Polônia. Peru e Camarões. A Polônia não era a mesma das copas anteriores. O Peru comandados pelo brasileiro Tim nada fez de bom. Camarões tinha apenas um bom goleiro. E a Itália era o próprio retrato da mediocridade. Empatou os três jogos e passou para a próxima fase graças a um gol a mais que fez em Camarões. Por causa das fracas atuações, surgiu uma guerra entre a delegação e a imprensa. E foi Paolo Rossi quem começou a greve do silêncio. Ele que era um dos mais criticados. A imprensa o acusava de: “Um vendido que se escondia por trás do jeito de menino tímido e frágil”.
Na próxima fase, a Itália ficou no grupo que tinha Argentina e Brasil. Como franco atirador os italianos começaram sua reação. As criticas serviram como verdadeiro doping nos jogadores. Começaram vencendo a Argentina por 2×1. Como o Brasil também derrotou os argentinos, ninguém poderia acreditar que a Itália se superasse para ganhar dos brasileiros. Mesmo jogando pela vitória, os comandados de Bearzot correram sempre atrás da classificação. Paolo Rossi, em tarde de gênio, fez os três gols se aproveitando de falhas da defesa brasileira. E como no futebol, o jogador um dia está por baixo outro dia está por cima, Paolo Rossi se transformou no grande herói italiano da noite para o dia. Os mesmo jornais que havia criticado duramente Bearzot e seus comandados, começaram a criar manchetes para um time vencedor. A partir da vitória em Sarriá, os italianos passaram a jogar de uma forma completamente diferente daquele inicio da Copa. Com moral elevada, a Itália venceu a Polônia nas semi finais por 2×1 com dois gols de Paolo Rossi.
A grande final aconteceu no dia 14 de julho no estádio Santiago Bernabéu em Madri. A merecida vitória da Itália sobre a Alemanha diante de sua torcida embandeirada e com o aplauso de sua imprensa, mostrava mais uma vez que os deuses do futebol erraram novamente. O marcador de 3×1 teve mais um gol de Paolo Rossi que, em três jogos marcou seis gols e se transformou no artilheiro da Copa. Foi peça decisiva na conquista dos italianos que passaram a chamá-lo de “Menino de Ouro”. Tudo foi esquecido, todas as verdades repensadas. Ao Brasil coube participar da final através do arbitro Arnaldo Cesar Coelho.
A Copa continua sendo uma competição caprichosa e freqüentemente cruel. Na Espanha, mais uma vez o melhor futebol foi derrotado. Uma copa caprichosa, cruel e imponderável. Afinal, Paolo Rossi, acusado dois anos antes de vendido, aplicou um drible no destino e se tornou o herói de seu país e artilheiro do mundial.

A HISTÓRIA DA TAÇA JULES RIMET

Durante o Congresso da FIFA, 28 de maio de 1928, época dos Jogos Olímpicos de Amsterdã, por proposta do Comitê Executivo daquele órgão ficou decidido levar a efeito um campeonato mundial de futebol. Apareceram, então, seis países candidatos a realizar o primeiro certame: Hungria, Itália, Holanda, Espanha, Suécia e Uruguai.
No Congresso de Barcelona, em 1929, a FIFA fixou o ano seguinte para a disputa da Primeira Copa do Mundo, escolhendo o Uruguai como sede da referida disputa. A escolha fundamentou-se em três motivos: prestígio do futebol uruguaio como campeão olímpico em 1924 e 1927; o Uruguai comemoraria em 1930 o centenário de sua independência, além da Associação Uruguai de Futebol oferecer vantagens financeiras aos participantes.
Decidida a promoção do mundial, Jules Rimet, ainda em 1929, uma das últimas providências para concretização do seu sonho, foi a confecção de uma bela taça, pelo artesão Abel Lafleur, em Paris, que depois, por decisão do Congresso da FIFA, realizado em Luxemburgo (01.07.1946) levaria seu nome.
O rico troféu representava uma Vitória alada, levando em suas mãos, levantadas sobre a cabeça, um vaso octogonal em forma de copa. Era de ouro puro com um quilo e oitocentos gramas e seu peso total correspondia a quatro quilos, com trinta centímetros de altura, incluindo a base de mármore em que se apoiava. Ao pé desta, em placas especiais, passaram a figurar o nome gravado dos vencedores dos mundiais realizados até 1970. Os nomes são: 1930 (Uruguai), 1934 (Itália), 1938 (Itália), 1959 (Uruguai), 1954 (Alemanha), 1958 (BRASIL), 1962 (BRASIL),1966 (Inglaterra),1970 (BRASIL). O Brasil ficou de posse definitiva da taça Jules Rimet por ter conquistado seu tri-campeonato. A taça Jules Rimet ficou pronta em abril de 1939, antes da primeira copa do mundo, e os gastos totais atingiram 50 mil francos, uma fortuna para a época.
O belo troféu que havia sido mantido escondido na Segunda Grande Guerra Mundial pelo desportista italiano Otorino Barassi, depois foi roubado na Inglaterra, em 1966, mas logo recuperado. Infelizmente desapareceu da sede da CBF, no Rio de Janeiro, no final de 1983. E para decepção dos desportistas brasileiros, a imprensa anunciou no dia 28 de janeiro de 1984 que a taça Jules Rimet havia sido derretida no dia seguinte ao roubo, juntamente com outros troféus ganhos pelo futebol brasileiro.
Com a conquista em difinitivo da Taça Jules Rimet pelo Brasil, foi instituído um novo troféu para o mundial de 74. O Comitê Executivo da FIFA, reunido na cidade de Atenas, janeiro de 1971, deliberou a confecção de uma nova taça, com a denominação de Copa Mundial da FIFA. Após uma comissão especial examinar projetos apresentados por 53 empresas européias de sete países, decidiu pelo projeto da Companhia Bertoni de Milão.
O autor do projeto vitorioso foi o milanês Silvio Gazzaniga, chefe da firma Bertoni, e com passagem pela Escola Superior de Artes de Milão. A Copa Mundial simboliza a força e a pureza das disputas esportivas mundiais, representadas por dois atletas segurando o globo terrestre. É de ouro maciço 18 quilates, pesando cinco quilos e medindo 49 centímetros de altura, incluindo a sua base. Na aludida base existe espaço para registro de 18 vencedores de Copas, a contar de 1974 (Alemanha) o primeiro campeão da nova taça. Depois tivemos em 1978 (Argentina), 1982 (Itália). 1986 (Argentina), 1990 (Alemanha), 1994 (BRASIL), 1998 (França) e 2002 (BRASIL).
Em 71, o custo do novo troféu foi de 20 mil dólares. Ao contrário da taça Jures Rime, a Copa Mundial não ficará em definitivo, em poder de nenhum país. O vencedor de cada mundial manterá a posse da original por quatro anos. Depois disso, receberá uma réplica, apenas banhada em ouro, que reterá definitivamente.

OS DEZ JOGOS COM MAIOR NÚMERO DE GOLS EM COPAS DO MUNDO

9 gols
Argentina 6×3 México – Copa do Uruguai (1930)

Bicampeão olímpico, o Uruguai comemorou o centenário de sua independência com um presente da Fifa: a realização da primeira Copa organizada pela entidade. Eram 13 seleções disputando o título, e logo na primeira fase, em jogo pelo Grupo 1, Argentina e México fizeram um duelo de nove gols.

A Argentina goleou por 6 a 3, com Stabile, duas vezes, e Zumelzu abrindo o placar. No final do primeiro tempo, Rosas converteu uma penalidade — a primeira da história dos Mundiais — e descontou. Varallo e Zumelzu ampliaram para os argentinos no início do segundo tempo. Rosas e Gayon fizeram para o México e diminuíram a vantagem mais uma vez. Mas Stabile fez o sexto dos sul-americanos e definiu o resultado final.

A Argentina chegou à final da competição, mas perdeu para o Uruguai por 4 a 2.

Hungria 9×0 Coreia do Sul – Copa da Suíça (1954)

A Hungria tinha uma das melhores seleções do mundo em 1954, liderada pelo técnico Gusztav Sebes. Na época, a equipe perdeu apenas uma partida em seis anos, e mostrou todo seu poder na Copa. Além da Alemanha, o time também goleou a Coreia do Sul na primeira fase da competição, pelo Grupo 2.

A partida foi um show de Puskas (foto) e companhia. O craque húngaro abriu o placar aos 12 minutos, e Lantos fez o segundo aos 18. Kocsis marcou duas vezes antes do final do primeiro tempo, aos 24 e aos 36. O mesmo Kocsis fez o primeiro no segundo tempo. Czibor, Palotás, duas vezes, e Puskas, de novo, fecharam o placar.

Alemanha 7×2 Turquia – Copa da Suíça (1954)

As duas seleções terminaram a primeira fase empatadas em pontos no Grupo 2 e precisaram fazer uma partida extra para decidir quem passaria para as quartas de final. No primeiro duelo entre as equipes, a Alemanha já havia vencido por 4 a 2. No jogo decisivo, os alemães confirmaram o favoritismo e golearam por 7 a 2.

Os alemães saíram na frente com gols de Walter e Schaefer. Mustafa diminuiu para os suíços. Morlock fez o terceiro da Alemanha ainda no primeiro tempo. Após o intervalo, Morlock, duas vezes, Walter e Schaefer ampliaram. Lefter marcou o segundo da Suíça no final da partida.

França 6×3 Alemanha – Copa da Suécia (1958)

As duas equipes se enfrentaram na decisão do terceiro lugar – nas semifinais, a Alemanha havia perdido para a Suécia por 3 a 1, e a França tinha levado 5 a 2 do Brasil, que seria campeão pela primeira vez.

Os franceses levaram a melhor e ficaram com a medalha de bronze. Mais uma vez, Fontaine, goleador daquele ano, foi o destaque com quatro gols. Ele marcou duas vezes no primeiro tempo. Kopa fez o outro gol da França na etapa inicial, e Ciesclarczyk descontou. Na segunda etapa, Douis, e Fontaine, duas vezes de novo, ampliaram a vantagem. Rahn e Schaefer marcaram para os alemães.

Iugoslávia 9×0 Zaire – Copa da Alemanha (1974)

O Zaire (foto, contra o Brasil) fez a primeira participação em uma Copa na Alemanha, após vencer a Copa Africana de Nações. Os jogadores do time receberam uma casa e um carro do governo pela classificação. Mas os prêmios foram confiscados após a péssima campanha da seleção no torneio. A equipe terminou a primeira fase na última posição do Grupo B, sem marcar nenhum gol e após ter sofrido 14.

Contra a Iugoslávia, o Zaire sofreu uma das maiores goleadas da história das Copas. Bajevic, duas vezes, Dzajic, Surjak, Katalinski e Bogicevic marcaram seis gols ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, Oblak, Petkovic e Bejevic completaram a goleada.

10 gols
França 7×3 Paraguai – Copa da Suécia (1958)

A Copa de 1958 marcou a primeira conquista do Brasil e a estreia do maior jogador de todos os tempos: Pelé. O evento contou com a participação de 16 países. O goleador foi o francês Fontaine, com 13 gols. Em uma das partidas de Mundiais com maior número de gols, a França (na foto, contra o Brasil) fez 7 a 3 no Paraguai, que disputava a competição pela terceira vez.

O time sul-americano saiu na frente com um gol de Amarilla. Fontaine, duas vezes, virou para a França. Ainda no primeiro tempo, Amarilla empatou em cobrança de pênalti. Na segunda etapa, Romero colocou os paraguaios em vantagem. Porém, com gols de Piantoni, Wisnieski, Fontaine, Kopa e Vincent, os franceses passaram na frente e golearam.

11 gols
Brasil 6×5 Polônia – Copa da França (1938)

Apenas 16 seleções participaram da Copa de 1938 e a competição começou nas fases eliminatórias. O Brasil enfrentou a Polônia na primeira partida, válida pelas oitavas de final. Pelo lado brasileiro, o destaque foi Leônidas da Silva (foto), com três gols. Wilimowski fez quatro e foi o principal jogador da Polônia.

Leônidas abriu o placar ao 18 minutos de jogo. De pênalti, cinco minutos depois, Szerfke empatou para a Polônia. Romeu e Perácio ampliaram para o Brasil antes do final do primeiro tempo. Na segunda etapa, Wilimowski marcou aos oito e aos 14 minutos, deixando tudo igual novamente. Perácio fez o quarto para os brasileiros, aos 26. Mas Wilimowski empatou novamente e o jogo foi para a prorrogação.

No tempo extra, Leônidas marcou aos três e aos 14 para o Brasil. No final do segundo tempo da prorrogação, Wilimowski fez mais um para a Polônia.

O Brasil acabou eliminado ao perder para a Itália por 2 a 1 nas semifinais. Os italianos bateram a Hungria na final por 4 a 2.

Hungria 8×3 Alemanha – Copa da Suíça (1954)

Na primeira fase da Copa de 1954, pelo Grupo 2, Hungria e Alemanha Ocidental fizeram o confronto que viria a se repetir na final da competição. Mas, ao contrário da decisão, no primeiro jogo quem se deu bem foram os húngaros, que eram liderados pelo craque Puskas. O destaque da partida foi Kocsis, com quatro gols.

A Hungria começou a partida arrasadora e abriu três gols de vantagens: Kocsis, aos 3 e aos 21 minutos, e Puskas, aos 17. Pfaff descontou para a Alemanha aos 25. No segundo tempo, Hidegkuti fez mais dois para os húngaros, aos 5 e aos 9 minutos. Kocsis e Toth fizeram o sexto e o sétimo. Rahn, aos 32, fez o segundo dos alemães. Kocsis marcou o último dele aos 34. Herrmann ainda fez mais um para a Alemanha antes do apito final.

Hungria 10×1 El Salvador – Copa da Espanha (1982)

A Copa da Espanha foi a primeira que contou com 24 países participantes. A competição registrou a maior goleada da história dos mundiais, na vitória da Hungria sobre El Salvador. Na partida, Luís Ramirez marcou o único gol dos salvadorenhos nos mundiais e se tornou ídolo. O país já havia participado da competição em 1970, mas não havia marcado nenhum gol.

No primeiro tempo do jogo, a Hungria marcou apenas três vezes. Nyilasi, Poloskei e Fazekas fizeram os gols. Na segunda etapa, El Salvador não conseguiu suportar a pressão e levou mais sete. Toth, Fazekas, Azentes, Nyilasi e Kiss, três vezes, fecharam a goleada.

12 gols
Áustria 7×5 Suíça – Copa da Suíça (1954)

As duas seleções se enfrentaram nas quartas de final. Mesmo marcando cinco gols, a Suíça conseguiu a façanha de levar sete. Os anfitriões marcaram os três primeiros gols da partida, com Ballaman e Huegi, duas vezes. A Áustria não se abateu e virou o jogo com Koerner, duas vezes, Wagner, também duas vezes, e Ocwirk. Ballaman, ainda no primeiro tempo, empatou.

Na segunda etapa, Wagner aumentou a vantagem para a Áustria. Huegi marcou o quarto da Suíça, mas Probst marcou o sétimo da Áustria e fechou o placar. A partida foi a com maior número de gols de todas as Copas. A Áustria acabou eliminada pela Alemanha Ocidental nas quartas de final. Os alemães foram campeões ao derrotar a Hungria na decisão

A MORTE DO CRAQUE DENER DA PORTUGUESA DE DESPORTOS

O jovem atacante Dener era uma das maiores promessas do futebol brasileiro em 19 de abril de 1994, quando seu carro bateu em uma árvore na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. O então jogador do Vasco morreu sufocado pelo cinto de segurança, aos 23 anos. Quinze anos depois, a Portuguesa relembra a morte de uma de suas maiores revelações.Dener começou no futebol em 1982, quando integrou as categorias de base da Portuguesa. Tinha 11 anos e ficaria no Canindé até os 15, quando parou para trabalhar e ajudar a família. Em 1988, o atacante fez nova tentativa ao integrar o plantel juvenil do São Paulo, mas acabou frustrado e preferiu retornar ao clube rubro-verde.Foi promovido pelo técnico Antonio Lopes, mas seguiu atuando pelos juniores. Em 1991, comandou o time na conquista da Copa São Paulo de Futebol Junior, sendo eleito o melhor jogador do elenco. No mesmo ano, teve sua primeira chance na seleção brasileira, impulsionado por seus dribles rápidos e pelas jogadas desconcertantes – entre eles, o gol antológico marcado contra a Inter de Limeira, pelo Campeonato Paulista.Pela Portuguesa, fez 141 jogos, vencendo 47 vezes, empatando 51 e perdendo 43, com 24 gols anotados. Passou seis meses emprestado ao Grêmio antes de se transferir ao Vasco. Estava indo para um treinamento na manhã em que bateu o carro na capital fluminense.Após sua morte, a família do jogador se envolveu em batalha judicial para receber indenização do Vasco: o clube não havia feito seguro do jogador. Como não era casa oficialmente com Dener, a esposa Luciana Gabino ainda precisou de 13 anos para entrar em acordo com o clube cruzmaltino, firmado em 2007.

A Inauguração do Estádio do Maracanã

Depois do jogo entre cariocas e paulistas, Carlayle autografa a bola do jogo ao lado de Didi, o autor do único gol dos cariocas, o primeiro no maracanã.
O Rio de Janeiro viveu um dia de glória. A torcida carioca deu provas do seu entusiasmo pelo futebol comparecendo em massa para a inauguração do maior estádio do mundo. Assim, contribuiu para que fosse estabelecido um recorde de publico em qualquer época. Foi desta forma que o povo mostrou seu agradecimento a aqueles que idealizaram e construíram um majestoso estádio que recebeu o nome do prefeito do Rio de Janeiro, General Ângelo Mendes de Moraes.
Ao povo não foi entregue apenas um monumental estádio para o desportista brasileiro. O programa organizado foi magnífico e se juntava as emoções de ver o gigante completamente lotado vibrando na sua primeira tarde. A revoada dos pombos, o coro orfeônico das escolas, as Bandas de Musicas, o desfile das representações de clubes e entidades, até que todos, de pé, assistiram a cerimônia de hasteamento do Pavilhão Nacional. Tudo fazia parte de uma tarde certamente gloriosa.
O fecho da festa foi o jogo entre as seleções de novos do Rio e de São Paulo. Era o primeiro jogo no maracanã e acontecia no dia 16 de junho de 1950. Os paulistas demonstraram melhor entrosamento e condicionamento físico. Tinham uma linha média eficiente e um ataque habilidoso. Os cariocas se resguardaram na defesa e assim permaneceram ao longo do primeiro tempo. Mesmo jogando na defesa foi Didi quem abriu a contagem para o Rio de Janeiro. O jovem Didi assinalou o primeiro gol no estádio do maracanã. Jogando melhor, os paulistas empataram no final no primeiro tempo através de Augusto. Na segunda etapa do jogo, os paulistas continuaram melhores e marcaram mais dois gols através de Ponce de Leon e Augusto. A vitória foi um prêmio ao bom desempenho dos bandeirantes. Dois árbitros apitaram o primeiro jogo no maracanã. No primeiro tempo, Alberto da Gama Malcher. Na etapa final Mário Vianna. Os paulistas jogaram com Osvaldo. Homero e Dema. Djalma Santos. Brandãozinho e Alfredo. Renato. Rubens (Luizinho). Augusto. Ponce de Leon (Carbone) e Brandãozinho II (Leopoldo. Os cariocas com Ernani (Luiz Borracha). Laerte e Wilson. Mirim. Irani e Sula. Aloisio (Alcino). Didi (Ipojucan). Silas (Dimas). Carlayle (Simões) e Esquerdinha (Moacir).
Depois do jogo entre cariocas e paulistas, Carlayle autografa a bola do jogo ao lado de Didi, o autor do único gol dos cariocas, o primeiro no maracanã.
O Rio de Janeiro viveu um dia de glória. A torcida carioca deu provas do seu entusiasmo pelo futebol comparecendo em massa para a inauguração do maior estádio do mundo. Assim, contribuiu para que fosse estabelecido um recorde de publico em qualquer época. Foi desta forma que o povo mostrou seu agradecimento a aqueles que idealizaram e construíram um majestoso estádio que recebeu o nome do prefeito do Rio de Janeiro, General Ângelo Mendes de Moraes.
Ao povo não foi entregue apenas um monumental estádio para o desportista brasileiro. O programa organizado foi magnífico e se juntava as emoções de ver o gigante completamente lotado vibrando na sua primeira tarde. A revoada dos pombos, o coro orfeônico das escolas, as Bandas de Musicas, o desfile das representações de clubes e entidades, até que todos, de pé, assistiram a cerimônia de hasteamento do Pavilhão Nacional. Tudo fazia parte de uma tarde certamente gloriosa.
O fecho da festa foi o jogo entre as seleções de novos do Rio e de São Paulo. Era o primeiro jogo no maracanã e acontecia no dia 16 de junho de 1950. Os paulistas demonstraram melhor entrosamento e condicionamento físico. Tinham uma linha média eficiente e um ataque habilidoso. Os cariocas se resguardaram na defesa e assim permaneceram ao longo do primeiro tempo. Mesmo jogando na defesa foi Didi quem abriu a contagem para o Rio de Janeiro. O jovem Didi assinalou o primeiro gol no estádio do maracanã. Jogando melhor, os paulistas empataram no final no primeiro tempo através de Augusto. Na segunda etapa do jogo, os paulistas continuaram melhores e marcaram mais dois gols através de Ponce de Leon e Augusto. A vitória foi um prêmio ao bom desempenho dos bandeirantes. Dois árbitros apitaram o primeiro jogo no maracanã. No primeiro tempo, Alberto da Gama Malcher. Na etapa final Mário Vianna. Os paulistas jogaram com Osvaldo. Homero e Dema. Djalma Santos. Brandãozinho e Alfredo. Renato. Rubens (Luizinho). Augusto. Ponce de Leon (Carbone) e Brandãozinho II (Leopoldo. Os cariocas com Ernani (Luiz Borracha). Laerte e Wilson. Mirim. Irani e Sula. Aloisio (Alcino). Didi (Ipojucan). Silas (Dimas). Carlayle (Simões) e Esquerdinha (Moacir).

Fonte: Esporte ilustrado

A MORTE DE ÉNEAS – O MAIOR ÍDOLO DA PORTUGUESA DE DESPORTOS

Sua morte dramática foi inacrediável.Um jovem de 34 anos morto tragicamente.

A sua morte prematura encerra um ciclo no futebol brasileiro.A geração de ouro cresceu na sua época.Éneas tinha uma torcida própria,que eram os trocedores de todos os outros times.

Todo torcedor no seu íntimo sonhava em ser uma gênio da bola como Éneas.Querido por todos,ele era uma éspecie de aglutinador de todas as torcidas.

A Portuguesa de Desportos representava uma nave espacial dourada que fazia com que todos os apaixonados por futebol imaginassem que Éneas,um dia, jogaria por seus times.Era bom pensa niosso,todos sonhavam junto por Éneas.

Sua morte deixou um vazio e uma cratera no sentimento do povo.

Éneas sofreu um gravíssimo acidente na Avenida Cruzeiro do Sul no dia 22 de agosto de 1988.

O seu carro,um Monza,se chocou contra a traseira de uma carreta Scania.

Éneas sofreu traumatismo cranioencefálico e ferimentos em várias partes do corpo,Ficou na UTI em estado de como durante 15 dias,obteve um ligeira melhora,mas não resitiu.Depois de quatro meses lutanato e sofrendo para recuperar os movimentos,a memória e a fala,faleceu no dia 27 de dezembro de 1988 de boncopneumonia e luxação cervical.

Éneas foi sepultado no cemitério da Quarta Parada.

Perdeu-se o homem bom,caronhoso,amigo de todos,digno e brincalhão,deixando sua filha Renata do primeiro casamento e Rodrigo,filho do segundo casamento.

Fonte:livro Rei Éneas,um gênio esquecido

A PRIMEIRA FASE DA VIDA DE GARRINCHA

Com pernas tortas que impressionaram dona Leonor, a parteira, nasceu no dia 28 de outubro de 1933, na rua do Chiqueiro, em Pau Grande, município de Magé, Rio de Janeiro, o quinto filho do pernambucano Amaro Francisco dos Santos, guarda da Companhia América Fabril, e de Maria Carolina. Batizado Manuel dos Santos. O menino, bisneto de índios fulniôs, cresceu solto, andando descalço pelo mato, montando cavalo em pêlo e nadando no rio Inhomirim. Pau Grande era um lugar sustentado pela América Fabril e abençoada pela natureza, onde o menino, mesmo pobre, podia ter uma infância de sonho.
O pai Amaro era um homem simples, mas extravagante. Duas maiores paixões eram mulher e bebida. Além dos nove filhos de seu casamento, estima-se que ele era pai de, no mínimo, 25 crianças na região. Mulheres solteiras ou casadas, jovens ou idosas, nada escapava da volúpia do seu Amaro. Que, certamente, passou essas duas paixões para seu filho Garrincha.
Garrincha é o nome que, no Nordeste, se dá à cambaxirra, pequeno pássaro marron que canta bonito, mas não se adapta ao cativeiro. Quem deu este apelido ao menino que aos quatro anos, já vivia andando sozinho pelo mato, foi sua irmã mais velha e madrinha de batismo, Rosa. As matas de Paulo Grande eram povoadas de garrinchas, para alegria de Manuel, cuja maior diversão era matar passarinhos.
Nas peladas, porém, é que demonstrava toda sua habilidade de driblador incorrigível. Ganhou sua primeira bola, de Rosa, no aniversário de sete anos, depois de ter jogado com bola de meia e fabricado uma com bexiga de cabrito. Na mesma época calçou sapatos pela primeira vez, para fazer a primeira comunhão. Abandonou a escola no terceiro ano primário, depois de ter aprendido a ler com dona Santinha. sua rigorosa professora do segundo ano na Escola Santana.
Aos 14 anos o moleque começou a trabalhar na América Fabril. Começou como varredor, passou a carregador de equipamento, mas nunca chegou a ser um bom funcionário. Faltava muito, chegava atrasado e tinha o hábito de dormir nas caixas de algodão.
O primeiro teste de Garrincha em um time grande aconteceu em 1950 quando ele foi levado ao Vasco da Gama por um diretor da América Fabril. Ele tinha 17 anos. Mas, esta já é outra história.