Amigos
O dinheiro publico das prefeituras não pode ser utilizado para patrocinar o futebol profissional, mas quando este mesmo dinheiro publico é para promover as categorias de base proporcionando esporte e lazer para os adolescentes e estimulo para uma profissão futura, pode e deve. Todas as prefeituras podem fazer parceiras com os clubes e associações para tal fim.
Prefeituras mais ricas como Barueri, São Caetano do Sul, Santo André, Ipatinga e Macaé, vem se destacando. O que se deve avaliar é se estes clubes estão investindo os recursos público das prefeituras nas categorias de base. Considerando prefeituras ricas que podem ter projetos grandes.
Existem prefeituras que tem uma boa sustentabilidade financeira é podem manter projetos com o futebol de base e esportes amadores como Basquete, Hadebol, Futsal, Vôlei, Natação, Xadrez, Dama entre outros. A grande maioria dos esportes amadores são mantidos em parceria com prefeituras, unidas a patrocinadores de grandes empresas e uma universidade para doar bolsa de estudo para os atletas. Veja o time do Bradesco-Finasa de Osasco e tantos outros equipes de ponta do vôlei, basquete, handebol ou futsal. Os Jogos Abertos do Interior são uma grande motivação para as prefeituras investirem em suas equipes.
No nosso caso em Botucatu segue esta formula: Clube, Prefeitura, faculdade e empresa patrocinadora . Embora tenho que reconhecer que em nossas equipes tem poucas empresas patrocinando e dificulta ter equipes de ponta. Só temos uma equipe de ponta no futebol feminino, mesmo sem uma empresa patrocinadora, porque há poucas empresas no esporte e os custos são relativamente pequenos. Temos algumas exceções no futebol feminino como a Motorola em Jaguariuna e o Extra em Araraquara.
No caso em questão dos clubes tradicionais carioca a formula tem que ser a mesma:
clube + prefeitura + faculdade + empresa = Boa equipe
Bom, faculdade tem muitas no Rio, inclusive no subúrbio carioca; empresas também, mas não tem os “Jogos da Capital” e portanto não tem como a prefeitura “aparecer”. Não há mais as rivalidades de bairros como ainda existe entre as cidades. A rivalidade sadia estimula a competição e o aprimoramento esportivo.
Assim concluo que os presidentes de clubes tradicionais do subúrbio carioca devem parar o “choro” e trabalhar, fazendo:
1. Apresentar a prefeitura do Rio projeto das categorias de base para firmar convênio. Um bom prefeito terá interesse em que sua população pratique esporte e lazer e estimule uma carreira profissional.
2. Buscar parceria com uma universidade ou faculdade para ter bolsas de estudo para seus atletas. A faculdades particulares tem interesse da sua publicidade no bairro buscando a simpatia da população e custará muito pouco pois oferecer 10 a 20 vagas não trará nenhum gasto a mais para a faculdade. É uma troca de benefícios.
3. Buscar patrocinador para o futebol profissional, quanto melhor a empresa patrocinadora melhor será o time. Isto também acontece nas melhores equipes, vide Parmalat, ou a Sansung, ou a Xerox o mesmo a Petrobrás, quanto melhor o patrocinador melhor será o time.
Formula simples mas que requer trabalho. O melhor trabalho levará as vitórias e as melhores divisões.
Sou torcedor do América do Rio (eu sou um “daqueles” que tem um clube em cada estado para torcer) e me pergunto: Como pode um clube com tanta boa história pode estar nesta situação? A culpa, sem dúvida, é que seus dirigentes não são bons. O América do Rio poderia se espelhar na Portuguesa de Desportos de São Paulo, com altos e baixos, mas hoje esta na primeira divisão brasileira com uma boa equipe. Se a Portuguesa pode, por que o América não?
Outra, porque a Universidade Estácio de Sá precisa ter um time se ela poderia ser parceira de algum clube do subúrbio carioca? Falta trabalho de união. O Clube tem estádio e torcida a Universidade recursos, então porque estão separados?
Só para terminar, até recentemente o Juventus de São Paulo estava na primeira divisão Paulista. Quem estruturou o Juventus foi o “Brunoro” com sua empresa de marketing esportivo. Bastou o Juventus chegar a primeira divisão e sua diretoria, por “vaidade”, romper com o Brunoro. Deu no que deu, o Juventus caiu de novo.
Moral da história, muitos dirigentes estão nos clubes por vaidade ou interesse próprio e não pela coletividade, portanto fica difícil um trabalho profissional em uma formula relativamente simples.
Ielo
Obs: Em tempo, há necessidade de aumentar o período dos campeonatos estaduais para fortalecer as equipes pequenas e medianas que revelam jogadores, um patrocinador precisa de mais espaço e tempo para divulgar sua marca e os clubes precisam de mais tempo no campeonato para manter suas equipes durante todo o ano. Continuarei sempre defendendo um equilíbrio maior do calendário entre o brasileiro e os estaduais, inclusive para sincronizar o calendário brasileiro com o europeu.