Arquivo da categoria: Autores

Lista de autores do blog

Esporte Clube Santo André – Santo André (SP): 1º escudo raro

O Esporte Clube Santo André é uma agremiação da cidade de Santo André (SP). A sua Sede fica localizado na Rua dos Ramalhões, nº 126, na Vila Curuca, em Santo André (SP). O “Ramalhão” foi Fundado na segunda-feira, do dia 18 de Setembro de 1967, na época como Santo André Futebol Clube.

O ano de 1975 iniciou com uma esperança no lado técnico, pois o time acabava de ser vice-campeão do Campeonato Paulista da 2ª Divisão de 1974. O time andreense trazia Tulica, Celso Mota e Fernandinho entre outros.

Mas a situação financeira do time não era muito boa, tanto que a única alternativa viável foi negociar o time. Assume então Acyr de Souza Lopes. Então, no sábado, do dia 22 de março de 1975, a agremiação passou a se chamar Esporte Clube Santo André, nome que é utilizado até os dias de hoje. Foram trocadas também as cores do uniforme, o verde e amarelo deram lugar ao branco e azul.

O novo time teria então um novo uniforme, deixando de lado a camisa amarela para uma camisa azul, com o símbolo do Cruzeiro do Sul. Nessa época de transição de Santo André FC para EC Santo André,  time jogou com camisas vermelhas, contra o Nacional da Capital e venceu por 3 a 0, gols de Celso Mota (duas vezes) e Tulica.

Para o comando do time foi contratado Aurélio Bastos, que já havia comandado o time em 1973. O campeonato paulista de 1975 foi a confirmação do favoritismo do novo Santo André. Foram 28 jogos, com 19 vitórias, 5 empates e 4 derrotas. Foram 45 gols marcados e 16 gols sofridos.

Os destaques  foram as goleadas por 4 a 0 contra a Esportiva de Guaratinguetá, um 6 a 2 contra o EC Vasco da Gama de Americana e um 4 a 1 contra o Palmeiras de São João da Boa Vista, todos no Estádio Bruno José Daniel. Os artilheiros do campeonato foram Celso Mota e Tulica com 9 gols, Rômulo e Vicente com 6 gols cada. 

As finais foram disputadas nos dias 7 e 14 de dezembro (dois domingos), novamente contra a Catanduvense, o mesmo adversário da final do ano anterior, embora a final tenha sido disputada por quatro equipes (Santo André, Catanduvense, União Barbarense e Nacional).

O 1º jogo, em Catanduva no Estádio Silvio Salles, mostrou um empate de 0 a 0. O time de Aurélio Bastos jogou com Ronaldo, Luisinho Maia, Rodolfo, Flávio e Luis Augusto, Fernandinho e Souza; Celso Motta (Fernandes), Vicente, Tulica (Luisinho Gaúcho) e Romolo.

O 2º jogo, no Bruno José Daniel completamente lotado, o Santo André impôs o seu jogo e desta vez não teve pra ninguém. Souza abriu o placar aos 4 minutos do segundo tempo e Tulica fechou, marcando o gol do título aos 32 minutos do segundo tempo.

O Santo André jogou com Ronaldo, Roberto, Rodolfo, Flávio e Luís Augusto; Fernandinho e Souza; Celso Motta (Fernandes), Vicente, Tulica (Luisinho Gaúcho) e Romolo.

Assim o Ramalhão conquistava o 1º título da sua história, Campeão Paulista da Primeira Divisão (segundo nível, atual A2) de 1975, mesmo sem acesso. Assim,  Ronaldo (Goleiro), Linconl (Goleiro), Roberto, Luisinho Maia, Rodolfo. Flavio, Luis Augusto, Fernandinho, Celso Motta, Muró, Souza, Tulica, Vicente Cruz, Tito, Marron, Romulo, Luisinho Gaucho, Natan, Silva (Goleiro), Fernandes, Celso Cachimbo, Tanaka, Edson Oliveira, Ademir, Paulo Cassio, Valêncio, Lilão, Luis Carlos, todos os jogadores que jogaram  nessa temporada.

O final da temporada o Ramalhão ainda brindou a sua torcida no dia 17, quarta-feira com um amistoso no Estádio do Jaçatuba contra o Palmeiras. O Placar foi 0 a 0. Os times jogaram assim:

Santo André: Ronaldo, Roberto, Rodolfo, Flávio e Luis Augusto; Fernandinho e Souza; Celso Motta (Luisinho Gaúcho), Vicente (Fernandes), Tulica e Romolo. Técnico: Aurélio Bastos.

Palmeiras: Leão (Bernardino), Valdir, Arouca, Alfredo (Jair Gonçalves) e Donizeti; Dudu e Didi; Zuza (Zé Mário), Erb (Fedato), Mário (Itamar) e Toninho. Técnico: Dino Sani.

Colaborou: Gerson Rodrigues

Desenho do escudo e uniforme: Sérgio Mello

FONTES: Blog do Bellotti – Esporte Clube Santo André – Site do clube

Inédito!! Tibiry Sport Club – Santa Rita (PB): Três edições do Estadual na década de 20

O Tibiry Sport Club foi uma agremiação da cidade de Santa Rita, que possui uma população de 136.586 habitantes, segundo o IBGE/2019, e fica a 11 km da capital de João Pessoa, no estado da Paraíba.

O “Alviceleste de Santa Rita” foi Fundado na sexta-feira, do dia 16 de Outubro de 1925, na Sede da filarmônica de Santa Rita, por funcionários da grande indústria dos irmãos Veloso Borges: Fabrica de Tecidos Tibiry S/A.

O 1º presidente de honra foi o Dr. Edgard Seager, tendo sido seu sucessor o Dr. Manoel Veloso Borges. A 1ª Diretoria, contou com o concurso dos seguintes membros:

Presidente – Heriberto Barbosa;

Secretário – Vicente Freire;

Tesoureiro – Luiz Emílio;

Orador – Floriano Mendes Freire;

Diretor de Esportes – o cargo ficou vago

Debutando na Elite Paraibana

Sob a presidência do Dr. João da Mata, na terça-feira, do dia 15 de Fevereiro de 1927, conseguiu a filiação à Liga Desportista Paraibana (LDP). Ao todo, foram quatro participações no Estadual: 1927, 1928, 1929 e 1944.

A sua estreia no Campeonato Paraibano de Futebol, no domingo, do dia 03 de Abril de 1927, nas derrotas para o Potyguares, por 6 a 1 e 5 a 0, no 1º e 2º Quadros, respectivamente.

Nessa peleja, jogaram atletas destacados, como o guardião Tiburcio dos Santos Filho, e, seus companheiros de clube, como José Clementino, José Francisco Chaves, Vicente Carneiro, Luiz Gomes, Severino Pereira, Adalberto Carvalho e tantos outros.

Todas as vezes, uma grande caravana de torcedores acompanhavam o quadro industrial até o hipódromo de Jaguaribe, nesse ainda cercado de zinco. Infelizmente, a falta de ambiente, contribuía sempre para lhe proporcionar dolorosos revezes.

Seu próximo compromisso com o Cabo Branco, foi mais decepcionante, pois voltou a ser esmagado pelo ingrato placar de 8 a 1. O árbitro desse jogo foi o popular desportista Aloysio França.

No 3º compromisso, fez uma grande partida contra o Palmeiras; embora derrotado por 2 a 1, deixou uma boa impressão. Com o resultado, o entusiasmo invadiu as hostes do simpático esquadrão da cidade vizinha cidade, voltando a jogar no domingo, do dia 05 de Junho, para conseguir a primeira vitória no certame oficial, frente ao conjunto do Internacional de Cabedelo por 3 a 1. O árbitro desse jogo foi Edgard Neiva.

FONTES: O Norte (PB) – Diário de Pernambuco (PE)

Inédito!! Clube Atlético Dolaport – João Pessoa (PB): Vice-campeão Paraibano da 1ª Divisão de 1944

O Clube Atlético Dolaport foi uma agremiação da cidade de João Pessoa (PB). A sua Sede e o seu Estádio da Graça ficavam localizados na Avenida (atual: Rua) Porfírio Costa, s/n (próximo do nº 366), no Bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa (PB).

O Alviverde foi Fundado na quinta-feira, do dia 10 de Fevereiro de 1938, por funcionários da Fábrica de Cimento Dolaport (Companhia Parahyba de Cimento Portland S.A.), com o nome de “Club Athletico Dolaport”. Na quarta-feira, do dia 07 de Setembro daquele ano, o clube inaugurou a sua Praça de Esportes. Nesse dia, o Dolaport enfrentou a Associação Sportiva da Cia. Portella, de Jaboatão dos Guararspes (PE)

O clube nasceu de forma modesta, mas a partir de 1940, surpreendeu os seus próprios sócios com um progresso assustador até 1942, quando se inscreveu na Federação Paraibana de Desportos (FPD), a fim de disputar o Campeonato Estadual de futebol profissional.

O Dolaport disputou a Elite do Futebol Paraibano em duas oportunidades: 1942 e 1944. No seu primeiro ano, debutou com estilo. Surpreendeu com uma atuação fantástica terminando na 3ª colocação.

No estadual de 1943, nem chegou a disputar, uma vez que a Federação Paraibana expulsou o Dolaport por indisciplina, na sexta-feira, do dia 11 de Junho.

Naquele ano, a diretoria do clube alviverde, liderados pelo presidente José Inácio Caldeira Versiane, Gutenberg Gomes Guimarães (vice-presidente), Valdemar Machado Rios (secretário) e Elpídio Ramalho (1º tesoureiro), lançaram uma campanha “Dos mil sócios” com o intuito de ampliar as suas instalações, e assim, concluir as obras da sua Sede e da Praça de Esportes.

Assim, retornou em 1944, onde conseguiu o seu melhor resultado, ao terminar com o vice-campeonato Paraibano de futebol da 1ª Divisão em 1944. O Botafogo ficou com o título daquele ano.

Amistosos nacionais

O Clube Atlético Dolaport excursionou a cidade de Natal (RN), para a realização de dois jogos. No primeiro encontro, no sábado, do dia 05 de junho de 1943, empate em 3 a 3, com o América de Natal.

No dia seguinte (domingo, do dia 06/06/43), o Dolaport goleou o campeão estadual, Clube Atlético Potiguar pelo placar de 6 a 2, no Estádio do Tirol, em Natal. A Renda dos dois jogos atingiu a soma de Cr$ 5.049,00.

No domingo, do dia 12 de Dezembro de 1943, Dolaport e América (PE) ficaram iguais em 2 a 2, em João Pessoa. Astrogildo abriu o placar para América no 1º tempo. Na fase final, Djalma e Antonio Berto marcaram para os paraibanos. Nos minutos finais Zé Pequeno, em cobrança de pênalti, deixou tudo igual.                                                                                

No domingo, do dia 09 de Janeiro de 1944, o Dolaport empatou com o Santa Cruz, do Recife (PE), em 4 a 4, em amistoso nacional, realizado no Estádio da Graça, em João Pessoa. O Dolaport chegou a estar vendendo por quatro a zero, mas acabou cedendo a igualdade no fim da partida.

Vale ressaltar que esse jogo marcou a inauguração do campo do Dolaport: Estádio Leonardo Vinagre da Silveira, o “Estádio da Graça”, localizado na Rua Porfírio Costa, s/n, no bairro Cruz das Armas, em João Pessoa. O 1º gol foi assinalado pelo atacante do Dolaport, Odilon.

No domingo, do dia 20 de Fevereiro de 1944, o Dolaport bateu o São Cristóvão (RJ) por 3 a 1, no Estádio da Graça, em João Pessoa. Essa foi a 1ª vez que um clube carioca jogou no estado da Paraíba.

A revanche contra o Santa Cruz (PE), aconteceu na tarde de domingo, às 15h45, do dia 12 de março do mesmo ano, no Estádio do Náutico, na Avenida Rosa e Silva. No jogo de dez gols, melhor para a Cobra Coral que venceu por 6 a 4 o Dolaport.

O time paraibano jogou: Paredão; Waldemar e Nilo; Rubinho, Marcial e Sabino; Gordinho, Antonio Berto, Djalma, Pedrinho e Odilon.

Na quarta-feira, do dia 22 de Março de 1944, o Dolaport goleou a Associação Atlética Great Western, do Recife (PE), pelo placar de 4 a 1, no Estádio da Graça, em João Pessoa. O primeiro tempo, terminou empatado em um gol. Na etapa final, os alviverdes marcaram três tentos, decretando o triunfo.

Dolaport: Pagé; Waldemar e Durval; Nilo, Marcial e Sabino; Zé Pequeno, Antonio Berto, Djalma, Nuca e Gordinho.

Great Western: Rubens; Luiz e Mario Matos; Quirino, Pixe e Narciso; Badú, Beroni, Damião, Dedé e Batista.

Fim da linha

A partir de 1945, o clube se afastou das competições profissionais, mas realizou alguns amistosos. A sua última relevante informação, aconteceu na terça-feira, do dia 17 de maio de 1949, quando o Legislativo Municipal de João Pessoa, apresentou um projeto-lei autorizado pela prefeitura a desapropriar amigável ou judicialmente, o campo (adaptado a um pequeno estádio) do clube. Nessa época, a agremiação estava com o nome alterado: Dolaport Esporte Clube, pertencente a industria Reunida F. Matarazzo.

Time-base de 1944: Paredão (Congo ou Pagé); Waldemar e Nilo (Durval); Rubinho (Guariba), Marcial e Sabino; Gordinho (Pedeaço), Antonio Berto (Zé Pequeno), Djalma (Amorim), Pedrinho (Nuca) e Odilon (Carlito).

FONTES: Diário de Pernambuco (PE) – Pequeno Jornal (PE) – A Noite (RJ) – Diário Carioca – Diário da Noite (RJ) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – Sport Ilustrado (RJ)

Sport Club do Crato – Crato (CE): Fundado em 1939

O Sport Club do Crato é uma agremiação da cidade do Crato (CE). O “Rubro-negro Cratense” foi Fundado no domingo, do dia 1º de Janeiro de 1939, por um grupo de desportistas liderados pelo Dr. Antonio Bezerra da Costa Lins e Joaquim Citó Sobrinho.

A sua Sede fica localizado na Rua José Walter Dias, nº 149/299, no Bairro do Seminário, em Crato (CE). O clube se tornou o mais organizado e o de maior torcida. Provavelmente devido às cores das camisas rubro-negras, como as do clube carioca: Flamengo

FONTES: Revista Itaytera, número 38, ano 1994 – Blog do Crato

Crato Foot-Ball Club: 1º clube criado na cidade de Crato (CE), em 1919

A história do futebol cratense surgiu com o Crato Foot-Ball Club, Fundado no domingo, do dia 19 de Janeiro de 1919. O 1º clube do interior criado pelo sírio-libanês João Dúmmar, pioneiro do Rádio no Ceará e fundador da Ceará Rádio Clube, primeira Emissora de Rádio do Estado em 1934.

A estreia do Crato Foot-Ball Club ocorreu no mesmo dia que foi fundado. A peleja aconteceu na Praça da Sé, entre as equipes do 1º e 2º Quadros do Crato, terminando a partida empatada em 1 a 1.

O time adotou uniforme alvinegro, enquanto o juiz e bandeirinhas trajavam chapéu, camisa, paletó, gravata, calça comprida e sapatos, sob a animação da platéia e da Banda de Música Municipal do Crato.

Fotografia histórica (acima) do Crato Foot-Ball Club, feita na Praça da Sé, em 19 de novembro de 1919, mostra os atletas Francisco Teixeira (Pirrinto), Antônio Lima, Heli Norões, João Dummar, Waldemar Garcia, José Carvalho, Gerson Zábulon, Jorge Dummar, Zezé Esmeraldo e Duclerc Colares. Figuram, ainda, Mário Melo (instrutor do tiro de guerra e treinador-técnico), José Dummar (juiz) e Joaquim Alves de Matos (juiz de linha).

FONTES: Caririceara, por Huberto Cabral – Diário do Nordeste – Página no Facebook “Memória Histórica do Crato” 

Escudo raro de 1934: Itatiaya Athletico Club – Campos dos Goytacazes (RJ)

Itatiaya Athetico Club foi uma agremiação da cidade de Campos dos Goytacazes (RJ). O ‘Clube da Serra’ foi Fundado na quinta-feira, do dia 29 de Janeiro de 1931, um grupo liderados pelos irmãos Bacelar da Silva após de sério desentendimento ocorrido no Clube Esportivo Rio Branco.

Do Rio Branco saíram para fundar o Itatiaia, Hélvio Bacelar, Valdir Nascife, Herval Bacelar, Chaquib Bichara, Ângelo Queiroz, Luís Reis Nunes e João Laurindo. De início, muitas dificuldades, mas depois a coisa melhorou, a ponto de o Itatiaia ter tido sua Praça de Esportes e a Sede, na Rua dos Goytacazes, nº 136 a 142, no bairro Turf Club, e sido o pioneiro do basquete campista.

O ‘Clube da Serra’ teve a glória de contar com grandes jogadores como Bragode e Cliveraldo, este chegando a titular da ponta esquerda do Clube de Regatas Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro.

Do Itatiaia sabe-se, ainda, que adotou as cores vermelho, branco e azul, e foi campeão do Torneio Início da temporada de 1937, disputado no campo do Industrial.

Foi chamado de o ‘Clube da Serra’ por causa do nome, teve sede no prédio do antigo Doze Bilhares, na Rua Direita, hoje Bulevar Francisco de Paula Carneiro.

Seu último jogo foi contra o Americano, pelo Campeonato Campista, quando perdeu de 17 a 0. Somado a isso, um incêndio na sede onde promovia bailes na antiga Rua da Direita, hoje, Boulevard Francisco de Paula Carneiro, acabou acarretando a extinção precoce do Itatiaya.

Colaborou: Santiago

FOTO (papel timbrado): site Alberto Lopes Leiloeiro

FONTES: Blog Relíquias do Futebol – Wikipédia – Diário da Noite

Inédito!! Unidos de Ricardo Futebol Clube – Rio de Janeiro (RJ): disputou o D.A. na década de 50

O Unidos de Ricardo Futebol Clube foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O “Tricolor Ricardense” teve três Sedes, todas localizadas no bairro Ricardo de Albuquerque, na zona norte do Rio de Janeiro (RJ). A , ficava na Rua Guanandy, s/n. Em 1948, o então Prefeito do Distrito Federal, Ângelo Mendes de Morais, sancionou o Projeto nº 130, da Câmara dos Vereadores para a desapropriação do terreno do Unidos de Ricardo.     

Na década de 50, o clube conseguiu uma nova sede, situado na Rua Coronel Alencastro, nº 2.361; e, por fim, se transferiu para a Rua Jaboticabal, nº 44 (Foto abaixo). As suas cores eram o vermelho, amarelo e verde.

Foto de 1967

Num sexta-feira, do dia 25 de Abril de 1941, foi Fundado por um grupo de desportistas comandados por Joaquim Domingues da Costa e Aladyr Dutra, que se reuniram no Café e Bar São Bernardo, então localizado à Rua Pereira da Rocha, nº 143, de propriedade de Júlio de Paiva.

O que restou da Sede do Unidos de Ricardo, situado na Rua Jaboticabal, nº 44.

O 1º nome escolhido foi Onze Unidos de Ricardo Futebol Clube, posteriormente adotou a nomenclatura atual. A escolha das suas cores (vermelho, amarelo e verde), talvez tenha sido inspirado na equipe maranhense do Sampaio Corrêa Futebol Clube.

A partir daí, os membros do Unidos de Ricardo se reuniam todas as segundas-feiras, a fim de traçar as novas metas e analisar o desempenho do time, que demonstrava ter um futuro promissor.

O primeiro tópico foi conseguir um campo para realizar os treinos e jogos. Calhou que o seu rival de Ricardo de Albuquerque, o Anagé Sport Clubdeu um tempo” nas competições. Então, o presidente Joaquim Domingues da Costa articulou negociações e conseguiu a Praça de Esportes do Anagé, que ficava situado no terreno do cemitério.  

Seguindo empenhado em melhorar o patrimônio do clube, a diretoria conseguiu construir um campo, onde está instalado, hoje, o Colégio Alexandre Farah. Ao lado havia uma lagoa, que ficou famosa como Lagoa do Unidos, onde a garotada ricardense da década de 40, tomava seus banhos escondidos de seus pais.

EM PÉ (esquerda para a direita): Didi (técnico), Pinheiro, Água Quente, Rubens, Mozar, Ninico e Gilson;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Tião, Hamilton, Guininho, Calunga e Leleco.

Fábrica de Craques

O Unidos de Ricardo montou grandes esquadrões, e uma das “fontes“, onde piçavam jóias era o time do Tira-Teima, composto por garotos que brincavam em um campo na Rua Pereira da Rocha, esquina com Rua Guanandy. Dessa equipe surgiram muitos craques que vestiram a camisa de grandes clubes brasileiros e até no estrangeiro.

Alguns nomes, como Ubiratan Gomes dos Santos (nascimento: 06 de janeiro de 1941), conhecido como Foguete, que jogou na Portuguesa, Bangu, Flamengo (jogou entre 1963 a 1965) e Oro (México). Birajatino, o Bira Pé Redondo, atuou pelo Madureira (RJ), Apucarana (PR), e Deportivo Itália (Venezuela). O saudoso volante Wescley Vieira Calixto, ou simplesmente Wescley, que se consagrou no Botafogo (anos 80), Fortaleza (CE).

Infelizmente, Wescley teve um triste fim. Em 10 de abril de 2013, seus familiares comunicaram seu desaparecimento à Polícia do Rio de Janeiro, e no dia seguinte três corpos foram encontrados boiando no rio Sarapuí, um deles, era Wescley, que teria sido confundido com policiais por traficantes na comunidade Jardim Gramacho, em Duque de Caxias.

Títulos

Em 1951, o Unidos de Ricardo debutou no Departamento Autônomo. Dois anos depois, se sagrou campeão de Aspirantes da “Série Manoel Antunes Batista“, em 1953; e vencedor da “Taça Disciplina” de 1955.

No domingo, do dia 07 de Abril de 1970, o Unidos de Ricardo ficou com o vice, no Quadrangular Carlos Lincoln. O Atlético Clube Nacional (Ricardo de Albuquerque) foi o campeão. Saldanha da Gama e Anchieta fizeram parte do torneio, realizado em Camboatá.

Curiosidades

Em 1967, o Unidos de Ricardo, possuiam 50 sócios proprietários, 200 contribuintes. Naquele momento a mensalidade custava NCr$ 1,00 (um cruzeiro novo). O clube não possuia campo, apenas a sua Sede, avaliada em NCr$ 100,00 (cem cruzeiros novos).

O Sócio número 1 foi o Sr. Valmir Forto Fernandes, que naquele ano era o presidente do clube. O jogador Foguete, revelado pelo clube, jogou na Associação Atlética Portuguesa e Clube de Regatas Flamengo.

Três partidas no estádio do Maracanã

Entre as suas proezas, o clube chegou a disputar três jogos no Estádio Mario Filho, o Maracanã. No sábado, do dia 15 de Março de 1952, jogou na preliminar da vitória do Palmeiras em cima do Botafogo, por 1 a 0 (gol de Ponce de Leon), válido pelo Torneio Rio-São Paulo. Nesse dia, o Unidos de Ricardo goleou o Ruy Barbosa Futebol Clube, do Centro do Rio, pelo placar de 6 a 1. A Renda foi de Cr$ 214.933,00.

No sábado, do dia 16 de Maio de 1953, Vasco e Botafogo empataram em 0 a 0, pelo Torneio Rio-São Paulo. Na preliminar, o Unidos de Ricardo acabou derrotado pelo Filhos de Iguaçu Futebol Clube, de Nova Iguaçu, por 2 a 1. A Renda foi de Cr$ 623.774,10. Teve ainda outra partida. Unidos de Ricardo e Atlético Futebol Clube (Atlético da Alegria), do bairro de São Cristóvão, empataram em 4 a 4, no maior estádio do mundo.

Declínio

Na sexta-feira, do dia 19 de Junho de 1970, o clube foi fechado por tempo indeterminado, em razão de documentação irregular. A partir, o futebol foi deixado de lado.

O clube ainda “respirou” até a década de 80, onde sobrevivia, sobretudo, por meio dos eventos sociais, como os bailes de carnaval e festas até ser deixada definitivamente pelos associados e ser invadida, transformando-se em moradia.

Colaborou: André Luiz Pereira Nunes

FONTES: O Jornal (RJ) – A Luta Democrática (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – Gazeta de Notícias (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – Google Maps

Inédito!! Esporte Clube Vila Nova – Ji-Paraná (RO): Três edições no estadual

O Esporte Clube Vila Nova foi uma agremiação do município de Ji-Paraná (população de 131.026 habitantes, segundo o IBGE/2021), que fica a 373 km da capital (Porto Velho) do estado de Rondônia.

O “Alvinegro Ji-paranaense” foi Fundado na quinta-feira, do dia 07 de Setembro de 1972, por um grupo de desportistas, destacando-se o sr. Jurandir, Brasil, Loro e o ex-prefeito Roberto Jotão Geraldo. Seu último presidente foi o ex-vereador, e atualmente dentista em Porto Velho, Odimar Mathias.

Como os fundadores eram torcedores do Botafogo de Futebol e Regatas, a escolha das cores foi o preto e branco, em homenagem ao clube carioca. A sua Sede fica na Rua dos Seringueiros, nº 633, no bairro de Nova Brasília, em Ji-Paraná

Já o seu campo  ficava localizado na Vila Jotão (atrás da Pemaza), em Vila de Rondônia (atual Ji-Paraná). Na época o local era um ponto de encontro na cidade, um lugar de entretenimento e rivalidade entre as torcidas.   

EM PÉ (esquerda para a direita): Nô, Wilson, Daniel, Jair Ramires, Boró, Teleco, Fábio, xxx, Cabo Chico, Alcântara, Roldão e José Brasil;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Deva, Hélio, Chicão, Joãozinho, Filho da Velha, Paulo, Renato e Caetano.

Em 1976, o Vila Nova se sagrou Campeão da Taça Rondônia, ao bater na final o Vera Cruz pelo placar de 6 a 1. Na edição seguinte, foi a vez do Vera Cruz vencer o Vila por 2 a 1, ficando com o caneco.

Em 1983, o Vila ficou com o vice-campeonato Municipal de Ji-Paraná, ao cair na decisão para o arquirrival Vera Cruz, por 1 a 0. Nos anos 90, chegou a disputar o Campeonato Rondoniense da 1ª Divisão, em 1994, 1995 e 1997. No final da década de 90, paralisou suas atividades.

Colaborou: Rodrigo S. Oliveira

FOTO: Acervo da página do Facebook: “Saudosismo Portovelhense”

FONTES: Diário da Amazônia – site Rul – jornal Alto Madeira (RO)