Arquivo do Autor: Diogo Henrique Luz

Desbravador de estádios já pisou em mais de dois mil campos de futebol

Conheça Seu Lamas, um gaúcho aposentado cheio de histórias para contar

[img:seu_lamas_01.jpg,full,alinhar_esq_caixa] Começou por acaso. No estilo como quem não quer nada, Francisco de Paula Euzébio Lamas, ou Seu Lamas, se tornou um desbravador de estádios de futebol. Talvez o único no Brasil e até no mundo. Este gaúcho de 61 anos tem um passatempo inusitado: visitar os campos de várias partes do planeta para tirar fotos. Orgulhoso, ja fez as contas dos mais de 2.200 locais por onde passou.
Jogador profissional do Farroupilha de Pelotas, entre 64 e 68, o ex-meio-campista decidiu deixar as chuteiras de lado por questões econômicas. Se formou em eletrotécnica e percebeu que ganharia mais dinheiro com o novo ofício, mas sem deixar a paixão pelo esporte de lado.

– Não foi uma coisa pré-determinada ou programada. Sempre gostei de futebol. Quando parei de jogar, a cada viagem de passeio e de férias que fazia, eu fotografava os estádios de futebol, principalmente aqueles mais conhecidos. Posteriormente, tive a ideia de fotografar estádios menores também. Em todas as viagens eu registrava vários estádios. Por onde eu passava ia conhecer – disse.

Na coleção, tem imagens dos principais gramados do mundo. Conhece palcos de jogos de futebol da América do Sul, Europa e até nos Emirados Árabes. Em alguns, registra apenas uma foto. Em outros, faz duas ou três. Com isso, tem cerca de 7 mil guardadas em vários álbuns. Além delas, recorta figuras e informações de revistas que trazem detalhes de cada local.

– É um trabalho de pesquisa. Vou pesquisando em revistas, jornais, internet, televisão e vou programando para a viagem. Onde tem estádio de futebol, eu programo chegar lá e tirar a fotografia. Quando eu saio para a viagem, tenho a programação de quais estádios vou conhecer, os locais que vou visitar e dentro do período disponível – explicou.

Assim como deixar o futebol ocorreu de forma natural, a coleção cresceu aos poucos. Tanto que ele sequer imaginava ir tão longe quando tudo começou, na década de 70.

– Eu não tinha nem ideia disso. Comecei aos poucos e fui conhecendo. Não tenho nem noção de até quando eu vou fazer isso. Não me preocupa. Eu também não quero apenas conhecer os estádios. Eu aproveito a viagem para ver os pontos turísticos das cidades – contou.

Missões (quase) impossíveis

[img:seu_lamas_02.jpg,full,alinhar_esq_caixa] Estádio do Manchester United, Inglaterra

Seu Lamas não tem um time de coração. Conseguiu fugir até da rivalidade que existe no Rio Grande do Sul. Grêmio ou Inter? Nenhum (ou os dois). É sócio de ambos, vai a todos os jogos da Dupla e também prestigia os pequenos. Na infância, era são-paulino, em São Paulo, e americano, no Rio. Na coleção de fotos, poucas vezes aparece em estádios cheios ou com bola rolando. A finalidade é fotografar e não assistir aos jogos. Mas a missão nem sempre é tranquila, especialmente no Brasil.

– Na Europa é bem fácil. O pessoal tem prazer em mostrar os estádios e facilita bastante. Mas em alguns lugares aqui na América do Sul, principalmente, a gente tem alguma dificuldade. No Brasil, tive dificuldade de conhecer o estádio da Portuguesa, do Palmeiras, do Botafogo. São locais onde eu tive que ir três ou quatro vezes para poder tirar uma foto. Nos centros de treinamento do São Paulo e do Palmeiras eu fui cinco ou seis vezes. Na Argentina, fui três vezes ao estádio do River Plate (Monumental de Nuñez) e não consegui entrar. Tive que ir uma quarta vez e aí sim marcar a visita para conhecer. Se as coisas são bonitas, por que não mostrar? Seria interessante que eles mostrassem para que a gente pudesse divulgar, falar para os colegas como é o estádio. Mas não é bem assim – reclamou.

Nada que resista à persistência deste aposentado. Qualquer ajuda é bem-vinda, mas se ele não vir o campo com os próprios olhos…

– Eu tenho essa preocupação de conhecer e de uma hora para outra vou lá e terminou. É uma figurinha que está faltando no álbum. Quando consegue, fechou. Para conhecer o estádio do River, tive que ficar um dia a mais em Buenos Aires e esperar o dia de visitação. Como eu estive lá três vezes, falei com um amigo que não tinha conseguido, ele passou de avião sobre o estádio, tirou uma foto e me mandou. Mas eu tinha que ir até lá. Tenho a foto dele no álbum como lembrança, mesmo depois de ter conseguido fotografar – afirmou.

[img:seu_lamas_03.jpg,full,alinhar_esq_caixa] Casa do Chelsea também foi visitada

Seu Lamas conhece praticamente todos os estádios da Espanha, Portugal, Itália, País de Gales, Suíça, Inglaterra e Emirados Árabes. Recentemente, fez uma viagem para conhecer os da América do Sul: Chile, Paraguai, Equador, Peru e Bolívia estavam no roteiro. Achou muito? Ele quer mais.

– Na Espanha, só não conheço o de Tenerife, que é uma ilha. Eu pretendo um dia chegar. Em Portugal falta os da Ilha da Madeira. Quero fazer uma viagem que eu passe por lá. Na Inglaterra conheço todos da primeira, segunda, terceira, quarta e quinta divisões. Alguns da sexta, sétima e oitava. Visitei os estádios de todo o Sul da França. Faltam alguns do Norte. Na Holanda, conheço o do Ajax e pretendo conhecer os demais. Na Alemanha, visitei a parte Sul. E por aí vai. Na América do Sul, faltam Colômbia e Venezuela – relatou.

A ideia é completar os estádios da França e aproveitar para conhecer Luxemburgo, alguns estádios da Bélgica, Holanda e o Norte da Alemanha. Existe a meta de terminar a América do Sul e a partir disso ele vai decidir o que fazer. Enquanto não chega, Seu Lamas aponta o palco que mais chamou sua atenção. Se é que consegue lembrar de todos.

– É difícil apontar um porque são muitos estádios bonitos. Mas eu cito o Millennium Stadium, em Cardiff, no País de Gales. É um estádio interessante porque ele fecha a parte superior em dia de chuva. É um que chama a atenção, mas conheci vários muito bonitos – lembrou.

Tecnologia, improviso e muita história

[img:seu_lamas_04.jpg,full,alinhar_esq_caixa] O viajante tem todos os estádios catalogados

Seu Lamas tem tantas fotos que várias são repetidas. Muito por culpa das antigas máquinas fotográficas analógicas. Sorte que a tecnologia avançou. Além do tempo, ele poupa dinheiro.

– Agora é muito mais fácil. Inicialmente, batia quatro ou cinco fotos do estádio e não sabia se as fotos ficariam boas. Tenho muitas que sobraram e várias vezes retornei a estádios distantes. Com a máquina digital, você bate e na hora verifica a qualidade. É muito mais fácil de controlar também a quantidade das fotos. Fotografo muito em uma viagem – comentou.

Conhecer tantos países exige, no mínimo, o domínio do inglês. Algo que o viajante não tem. Mas se engana quem pensa que isso é um obstáculo. Muito pelo contrário.

– Eu uso o “Ítaloportunolis”. É a soma do inglês, espanhol, português e italiano. Tudo falado ao mesmo tempo. Não pode ser separado. Mistura tudo e o pessoal entende (risos). Sempre consigo me comunicar, sem dificuldade nenhuma – contou.

Mas quem não se enrola com as palavras muitas vezes teve que se livrar de apuros. No início da aventura, Seu Lamas tinha a companhia da mulher, a simpática Dona Maria, e dos filhos. Com o tempo, passou a ser um “rato de estádios” solitário. Ele guarda histórias curiosas que viveu com a família.

– Minha mulher esteve comigo na Inglaterra, na Escócia, na França. A idade vai passando, vai cansando, ela também tem outras preocupações, tem a saudade do neto, e não me acompanha tanto mais. Eu continuo no meu caminho e passo por algumas situações. Em uma delas, ainda com a minha esposa, o estádio, que ficava na divisa de Mato Grosso com Goiás, estava fechado e eu pulei o muro. Abri um portão para que ela entrasse e logo que entrou tinha uns quinze cachorros que vieram na nossa direção. A sorte é que tinha um outro portão de acesso ao estádio. Entramos, fechamos e aguardamos que eles se acalmassem para a gente poder sair. Foram se afastando, e nós saímos sem problema nenhum – destacou.

Um risco que dá prazer e, acima de tudo, enriquece quem tem paixão pelo esporte e pela vida.

– Isso tudo é história. A gente vive de história. Quem não tem algo para contar não viveu. Temos recordações desde quando as crianças eram pequenas. Bati uma foto do meu guri que tive que encostar ele em uma das traves do Castelão, em Fortaleza. Ele não conseguia nem ficar em pé. A gente tem as lembranças desse tempo que eles acompanhavam. Hoje são adultos. Eu não tenho uma meta de chegar a um número de estádios. Eu tenho duas programações feitas. Se realizar, ótimo. Se não conseguir, não tem problema. Se der para fazer, talvez eu passe para uma terceira – ensinou.

Quem de nós não gostaria de ter um “álbum de figurinhas” assim???

Fonte: Globo Esporte.com

Estádio ecológico

[img:eco_estadio_1_1_.jpg,full,alinhar_esq_caixa] O custo de estádios modernos, com o conceito “arena”, já atingiu um nível estratosférico. A Arena Recife-Olinda (que, apesar de secreta, segue como o projeto oficial do estado para 2014) tem um orçamento total de cerca de R$ 235 milhões.
Esse valor é 903 vezes maior que o custo do novo estádio do J.Malucelli, do Paraná, que adotou outro conceito para erguer o seu campo. Nada de modernidade extrema nem enorme capacidade de público. O clube inaugurou em 7 de julho de 2007 o Eco-Estádio (”Jota” 1 x 0 Cianorte). Trata-se do primeiro estádio ecológico do Brasil, em Curitiba. São 6 mil cadeiras em uma arquibancada de grama.
A execução do projeto seguiu à risca a linha do “ecologicamente correto”. A arquibancada foi escavada num barranco no Parque Barigui [img:eco_estadio_2_1_.jpg,full,alinhar_dir_caixa](local que recebe mais de 40 mil visitas aos domingos).
A madeira veio de uma área de reflorestamento, enquanto o ferro utilizado no Eco-Estádio foi retirado de uma ferrovia desativada. Tudo no estádio é rústico. Desde o banco de reservas até o placar eletrônico.
O próximo jogo oficial no Eco-Estádio será no dia 24 de janeiro, entre J.Malucelli e Paraná Clube, na abertura do Estadual.

Futebol e ecologia nunca caminharam lado a lado. A construção de modernos estádios é uma das maiores provas disso: além de gastar milhões, os dirigentes não se preocupam com a agressão à natureza provocada pelas edificações.
JMalucelli Futebol resolveu adequar simplicidade e consciência ecológica na construção do estádio Janguito Malucelli, chamado de Eco-estádio, concebido para causar o menor impacto ambiental possível. Tudo é ecologicamente correto: a arquibancada é escavada na terra, a madeira veio de área de reflorestamento e o ferro, de dormentes de ferrovia desativada.
A nova casa do Jotinha, como é conhecido o quarto clube profissional de Curitiba, fica ao lado de um dos principais cartões postais da cidade, o Parque Barigüi. Mas as pessoas que o visitam aos domingos praticamente não percebem que ali há um estádio de futebol, pois a idéia é manter a harmonia com os quase dois milhões de metros quadrados de área verde da região.

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Anteriormente, o lugar era apenas o centro de treinamentos do time, com um enorme barranco. Hoje, acomoda 6.000 torcedores sentados na arquibancada de grama – com assentos plásticos . O projeto que bilheterias, estacionamento, instalações para a imprensa, loja, bares, banheiros e vestiários.
Rústicos, mas funcionais, alguns detalhes do local chamam a atenção, como o placar e os bancos dos reservas, feitos inteiramente de madeira, assim como as escadas de acesso para as arquibancadas e corrimões.

Fonte: Site do Clube

Atlético 3 Corações agora é Atlético Tricordiano

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Nome: Clube Atlético Tricordiano
Data de Fundação: 13 de setembro de 1913
Endereço: Av. 7 de Setembro, s/n – Três Corações-MG
Cep: 37.410-000
Telefone: (31) 841-1001
Fax: (31) 841-2999
Web site: www.atleticotc.com.br
Mascote: Galo do Sul

Títulos:
Campeão da Segunda Divisão Mineira 1986 e 1992, disputando a primeira divisão do campeonato Estadual nos anos de 1987 e 1993

Em atividade desde 1913, quando um grupo de apaixonados pelo futebol reuniu-se na casa do Sr. Miguel Ainda e elegeu sua primeira diretoria, tendo como Presidente o Sr. Valério Ludgero de Resende. Inicialmente adotaram a cor vermelha e as iniciais do América do Rio de Janeiro, optando pelo nome de Atlético Futebol Clube. Tempos depois foi proposta uma nova denominação, e por todos aceita. Atlético Clube Três Corações.
A eterna rivalidade esportiva com a vizinha cidade de Varginha é tão antiga quanto o próprio Atlético, pois já na primeira partida, em 20 de janeiro de 1914, houve muita confusão e pancadaria, mas a vitória foi do galo: 2 X 0 .
Em 1927, devido a grandes desavenças entre as diretorias do Atlético e da Associação Esporte Clube, o agente executivo (Prefeito) Cornélio Andrade Pereira foi obrigado a intervir, promovendo a extinção dos dois clubes. Esta decisão duraria até o ano de 1938, quando o médico Dr. Daniel volta do Rio de Janeiro e juntamente com outros companheiros, conseguem reerguer o Atlético. Em 1941, a Liga Esportiva Tricordiana (LET), reunindo jogadores do Atlético, Raul Chaves (Canto do Rio) e Colégio Estadual conquista a Taça Guaraína, a mais importante competição do sul de Minas Gerais. Naquele time jogava Dondinho, pai do maior jogador de futebol de todos os tempos: Pele.
De 1941 até 1966, mesmo no amadorismo, o Atlético formou grandes times e viu despontar inúmeros craques. Em 1960, conquista o difícil e decantado Torneio sul-mineiro. Em 1966, inaugura a sua sede social e , em 1967, forma o primeiro time profissional. Em 1970, disputa o campeonato mineiro da primeira divisão, com jogadores trazidos do Cruzeiro de Belo Horizonte, onde se destaca o ponta direita Roberto Batata. Em 1971, além de formar talvez a sua melhor equipe, ficando atrás apenas dos três grandes da capital: Atlético, Cruzeiro e América, viu o craque Vanderley Paiva, oriundo de suas fileiras (e filho da terra) sagrar-se Campeão Brasileiro, defendendo o Atlético de Belo Horizonte. Depois de um longo período de altos e baixos, o Atlético volta a se destacar em 1986, ano em que se sagra Campeão Mineiro da Segunda Divisão, fato que se repetiria em 1992.

Fonte: Site do Clube
Times do Brasil

O maior Campeão do Mundo

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TAFEA FOOTBALL CLUB

Fundação: 1980
Local: Port Villa/Vanuatu
Estádio: Korman Stadium (5000 pessoas)
Uniforme: camisas vermelhas com detalhes brancos, shorts e meiões vermelhos
Títulos: 15 Campeonatos Vanuatuense de 1994 a 2008.
Melhor participação em competições internacionais: vice-campeão do Campeonato de Clubes da Oceania (2000/01)
Principais jogadores: Seimata Chillia, David Chillia, Lexa Bibi, Jean Maleb e Alphonse Qorig.

Eis que o time da Oceania quebrou o recorde do clube Skonto Riga, da Letônia este ano ao vencer a Vanuatu Premia Divisen (primeira divisão) pela 15ª vez seguida. A equipe de Port Vila venceu o Westtan Broncos por 3 a 0 na última rodada, chegou aos 22 pontos e não pode mais ser alcançada pelo rival Amical FC, que está na vice-liderança com 16. O êxito do Tafea vem com grande justiça, tendo em vista a soberba participação no torneio com 7 vitórias, 1 empate e nenhuma derrota nos 8 jogos realizados – além do magnífico saldo de 23 gols.

Com esse feito os Tefal Tave i Tepsije detêm a honra de serem os maiores campeões nacionais de forma consecutiva da história do futebol.

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Tafea F.C.: maior campeão do planeta

O Tafea Football Club foi fundado em 1980 na cidade de Port Villa, capital de Vanuatu, na Oceania. Apesar de estar situado em um país cujo futebol é praticamente amador, pode se dar ao luxo de estar nos anais do esporte. Desde 1994 é campeão vanuatuense de forma ininterrupta e se tornou o maior vencedor de um campeonato nacional da história do futebol mundial caso quando conquistou a temporada 2008 da primeira divisão do país – foi a 15ª glória seguida. Outro ponto alto do Tafea foi ter chegado às finais do Campeonato da Oceania de Clubes na temporada 2000/01, quando foi derrotado pelo australiano Wollongong Wolves pelo placar de 1 a 0. A equipe forma a base da seleção de Vanuatu nas disputas internacionais. Uma curiosidade que também entrou para a história sobre o time da Oceania é que o atual goleiro, David Chillia, é pai e companheiro de equipe do artilheiro Seimata Chillia – os islandeses Arnór e Eiður Guðjohnsen (pai e filho respectivamente) vestiram a camisa da seleção da Islândia juntos, mas nunca atuaram na mesma partida.

Fonte: Federação Vanuatuense de Futebol
Escudo Soccer Logos
http://futebolhistoria.blogspot.com

A mordida de Torbis em Nilton Santos

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Na foto aparece o jogador Torbis seguro por atletas e policiais.

O jogo foi realizado no estádio de General Severiano, no dia 23 de dezembro de 1951 pelo campeonato carioca. O Botafogo venceu por 3×0, com gols de Otávio. Braguinha e Otávio. O juiz foi Gimenez Molina.
Nesse ano de 1951, o Botafogo cumpriu uma complicadíssima campanha no campeonato. Nas últimas rodadas se envolveu num conflito medonho em General Severiano, num jogo contra o São Cristovão. A briga foi tão grande que somente terminou com a intervenção da Policia Especial, que atirou bombas de gás lacrimogêneo para todos os lados, ferindo um de seus próprios integrantes. O soldado Ari dos Santos teve sua mão direita despedaçada porque a bomba explodiu antes de ser lançada. Entre os jogadores, porém, nada a lamentar. A não ser o nocaute e os ferimentos no rosto de Nilton Santos que, depois de medicado, ficou por algum tempo ostentando grossos esparadrapos no lábio e na testa como prova de sua participação na luta.
Aos 13 minutos do segundo tempo, quando o Botafogo já vencia por 2×0, o goleiro do São Cristovão Luiz Borracha, saltou para defender um centro sobre sua área e caiu. Pirilo, que vinha na corrida, chutou propositadamente o goleiro, dando prova do seu nervosismo. Torbis reclamou e recebeu um tapa de Pirilo. Foi o sinal para que a briga envolvesse os demais jogadores, dela participando praticamente os 22 atletas. O conflito já durava mais de 10 minutos quando a Policia separou os jogadores. Um deles, estava estirado no gramado, desmaiado: Nilton Santos. Posteriormente, tudo ficou esclarecido. O zagueiro do São Cristovão, Torbis, que já estava enfurecido pelo tapa que levou de Pirilo, pegou o Nilton Santos e lhe deu uma dentada nos lábios que levou alguns pontos e tempo para sarar.
Para completar. A primeira providência do juiz Molina foi expulsar os vinte e dois jogadores. Dirigentes dos dois times, preocupados com as próximas rodadas do campeonato, conseguir demover o arbitro de sua idéia. Molina, pressionado, expulsou apenas Pirilo e Paraguaio do Botafogo e Luiz Borracha e Torbis do São Cristovão. O jogo teve prosseguimento, num clima tenso e o Botafogo ainda conseguiu fazer seu terceiro gol. Quando o jogo terminou, a torcida do Botafogo tentou agredir os jogadores do São Cristovão. Foi necessário que a Policia Especial entrasse em ação e um guarda foi ferido. Uma hora depois, ânimos serenados, o ônibus o São Cristovão deixou General Severiano, enquanto Nilton Santos, nos vestiários, era socorrido, de lá levando vários pontos na testa e nos lábios.

Fonte: O Esporte Ilustrado

Juiz desmaiou com o gol da vitória do seu clube

O juiz foi o senhor Batista Cortes, arbitro da Federação Alagoana de Desportos, hoje Federação Alagoana de Futebol. O jogo aconteceu no campo do mutange no ano de 1963 entre Guarani do Poço e CSA. Era uma partida pelo campeonato alagoano da primeira divisão. Batista Cortes nunca negou que era um torcedor do CSA.
O CSA, clube dos mais tradicionais do futebol do Nordeste, era o total favorito. O Guarani do Poço, recém integrante do campeonato alagoano, era um time bem armado, mas com poucas chances de vencer. O jogo se arrastou até quase o seu final e o zero a zero se mantinha. Quando todos acreditavam que o gol não ia acontecer, surgiu o lance aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo. Uma bola lançada na área do Guarani e o artilheiro do CSA, Clovis, meteu a cabeça na bola e marcou o gol da vitória. Alegria geral dos azulinos. Tristezas dos rubros negros. Neste momento, o arbitro que sempre foi torcedor do CSA, apitou o final do jogo, e desmaiou.
Todos, ou quase todos, afirmam que ele desmaiou de emoção pela vitória do seu clube. Outros, não acreditam. Batista Cortes afirma que desmaiou porque o sol estava muito forte (o jogo começava as 15 horas) e a cinta que usava estava apertada. A noticia ganhou o mundo e foi matéria para a revista O CRUZEIRO, na época, a melhor revista do Brasil. Esta história está registrada no depoimento feito ao Museu dos Esportes pelo artilheiro Clóvis, autor do gol do jogo.

Fonte: Museu do Esporte

Demissão por “competência”

No início dos anos 90, em uma cidade perto de Congonhas/MG, a competição da Primeira Divisão da Liga Amadora estava a todo vapor. Os jogos eram disputados com muita garra por todas as equipes, que queriam chegar ao título. Mas a principal equipe da cidade passava por um mau momento técnico. Durante o primeiro turno, havia conseguido apenas uma vitória e amargava as últimas colocações na tabela de classificação.
A torcida estava revoltada com o presidente do clube, que parecia não estar muito preocupado com a situação, pois estava em fim de mandato. Mas a pressão da torcida foi muito grande e a diretoria resolveu contratar um renomado treinador da capital, para tentar reverter a situação do clube na competição. Para se deslocar da capital até a cidade do interior, o treinador pediu uma quantia em dinheiro para cada vitória que conseguisse. A diretoria não teve outra saída, a não ser aceitar a proposta.
Com a chegada do novo treinador, que era de competência indiscutível, a equipe cresceu de produção no segundo turno, conseguindo vitórias consecutivas e logo alcançando as primeiras colocações na tabela. A torcida esta entusiasmada. Mas o presidente não compartilhava do mesmo entusiasmo. As despesas com o treinador estavam ficando muito altas, devido ao sucesso da equipe. E era ele quem pagava. Após mais uma vitória no campeonato, o presidente “demitiu” o treinador, por motivo de contenção de despesas.
Você é capaz de adivinhar o que aconteceu com o time ? Pois é isso mesmo que você pensou. A equipe entrou em baixa novamente e foi parar na segunda divisão.
A torcida ficou revoltada e tentou linchar o presidente. Com o fim de seu mandato, o presidente se mudou de cidade e deixou a “bananosa” para o futuro presidente. O clube amarga até hoje a segunda divisão e a torcida continua à procura de um novo “Salvador da Pátria”, para ascender o clube novamente à Primeira divisão.

Fonte: livro Causos da Bola, do jornalista Victor Kingma

O pênalti que ninguém cobrou

Era a decisão do Campeonato da Divisão Especial da Liga Amadora de uma grande cidade mineira.
De um lado, a mais poderosa equipe do local, o União F.C., que contava com grandes jogadores, alguns inclusive, buscados em outras cidades da região, para reforçar o time. A equipe adversária, o Grêmio, era um time modesto, que contava apenas com a ajuda de alguns abnegados e, na teoria, não contava com um plantel capaz de fazer frente ao time mais poderoso do lugar.
Mas na prática, o que se viu em campo foi o Grêmio, equipe considerada mais fraca, jogar com muita garra e disposição, chegando a assustar o “bicho-papão” da cidade.
O jogo estava empatado em 1 a 1, com o Grêmio resistindo bravamente à pressão do União, quando, aos 44min do segundo tempo, num dos seus raros ataques na partida, o atacante do Grêmio, Paulinho “Trombador” foi derrubado dentro da área e o árbitro marcou a penalidade máxima.
Sentindo que a sua equipe, apesar de ser mais forte, estava prestes a perder o título, o fazendeiro mais poderoso do lugar, presidente do União, invadiu o campo, colocou a bola debaixo do braço, encostou-se em uma das traves e disse para o árbitro:
“O senhor está roubando. Não vou deixar bater o pênalti”.
O árbitro esperou esgotar o tempo regulamentar e encerrou a partida por falta de garantias.
A decisão do Campeonato foi para o “tapetão”. Como os auditores do Tribunal de Justiça Desportiva da Liga da Cidade eram também empregados da fazenda do presidente do União, adivinhe qual foi o resultado do julgamento?
Pois é, as duas equipes foram proclamadas campeãs da cidade.
Como pode se ver, o sr. “Eurico Miranda” já anda fazendo escola até no Futebol Amador.