Arquivo do Autor: Roberto Saraiva

Primórdios do Futebol Paulistano

No início não existia futebol Paulista, era só Paulistano mesmo. Apesar de equipes como Inter de Bebedouro e Associação Atlética Ponte Preta terem sido fundados muito cedo (A Ponte em 1900, e o Inter em 1906) essas equipes não faziam parte dos campeonatos estaduais no comecinho do século. Podemos chamar então os primeiros Campeonatos Paulistas de Campeonatos Paulistanos, ou até torneio municipal.

A verdade é que para uma cidade como São Paulo, que hoje conta com apenas 7 clubes no profissionalismo (Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Portuguesa, Juventus, Nacional e PAEC) o futebol amador caiu em certo desuso,e não tem a mesma força daquele praticado nos primórdios.

Vários campeões paulistas já nem existem mais.

O Paulistano é até hoje o 5° maior clube em número de conquistas do Campeonato Paulista. Ao todo foram 11; O SPAC de Charles Miller possui 4 títulos, enquanto o A.A. das Palmeiras (Clube que inspirou a mudança do nome do Palestra Itália, e originou o São Paulo FC da Floresta, que posteriormente originou o SPFC de hoje) conta com 3 canecos, igualado a Portuguesa de Desportos; Além desses, o Germânia (Hoje Clube Pinheiros, não conta com Futebol Profissional) tem 2 títulos; o Internacional (‘Irmão’ do Inter de Porto Alegre. O nome dos dois foi dado pelo mesmo homem) tem 2; o Americano (Clube fundado em Santos, e extinto na Capital) tem 2; o São Bento (Nada a ver com o de Sorocaba) tem 2; e o São Paulo da Floresta (Não conta como o SPFC atual) tem 1.

SPAC, o São Paulo Athletic, um dois maiores clubes do início do século na cidade de São Paulo.

Fora essas equipes que em suas épocas eram consideradas grandes, várias outras saíram do amadorismo para tentar a sorte jogando o Paulistão. Times tradicionais no amadorismo, como o América, o Paissandú, o Ordem e Progresso, o Paulista, o República, o Sírio, e o Vicentino, tentaram dar voos mais altos, mas por pouco tempo planaram. Times-empresa também tentaram sorte, como o Sílex, o Santa Marina, o SP Alpargatas, o Antarctica, o Auto Audax, o Nitro Química entre outros.

Times que cresceram junto com as ferrovias fizeram sucesso principalmente no interior do estado, mas a capital também tem seu representante. O Nacional que até hoje mantém atividades, foi fundado como SPR, ou São Paulo Railway.

Mas o forte do futebol paulistano sempre foram as colônias. O exemplo mais notório é o Palmeiras, antigo Palestra Itália, que hoje é um dos maiores clubes das Américas e demonstra até hoje o que era a força da colônia italiana na cidade. Outros times carcamanos tentaram a sorte sem muito sucesso, como o Ruggerone e o Ítalo. Além deles, outro clube tradicionalíssimo da cidade baseado na colônia italiana é o Juventus, da Mooca, fundado como Cotonfício Rodolfo Crespi Futebol Clube.

Clube Atlético Juventus.

Times de outras colônias também já estiveram no Paulistão. A Portuguesa está ai até hoje, tendo participado de quase todas as edições do campeonato desde sua primeira inscrição em 20, só excetuando o ano de 37 onde não participou, além de uma participação na segunda divisão no ano de 2007. A colônia portuguesa também já foi representada pelo Lusitano Futebol Clube na década de 30, e teve no seu primeiro time o Sport Club Luzitano, que disputou o campeonato na década de 10 e é um dos times de origem da atual Portuguesa.

A colônia inglesa também investiu firme no futebol, em suas origens. O Corinthians, um dos maiores clubes do Brasil é inspirado no Corinthian-Casuals, time que excurcionou no país no início do século. Outros clubes de menor expressão representaram os ingleses no Paulistão, como o Britannia, e especificamente os escoceses, o Scottish Wanderers.

Além desses, a colônia Libanesa também teve um representante. O Libanês disputou o campeonato de 1935.

No começo também era comum os bairros mais tradicionais da cidade terem seus próprios clubes. O Barra Funda representou o bairro homônimo durante a temporada de de 27. O Campos Elíseos fez o mesmo um pouco antes, em 1914, 15 e 16. O bairro da Saúde teve no Estrela seu principal representante, de 1950 até 62, nas divisões de acesso. O bairro do Ypiranga teve o Ypiranga e o Independência. O Jardim América teve um representante com o mesmo nome em 35. A Lapa foi o bairro com mais representantes, ao todo 3: Alfa, Lapeaninho e União Lapa. A Mooca tem em sua vasta tradição o Parque da Móoca e o tradicional Juventus. O Minister representou o bairro de Santo Amaro, e além desses, o Tremembé teve um clube homônimo que disputou o torneio de 36.

Estrela da Saúde.

A vasta história do futebol Paulistano ainda prende a atenção dos mais românticos. O berço do futebol no país mostra que o futebol mudou muito. Antes, na era do amadorismo, bastavam algumas pessoas e um jogo de camisas e feito, o time estava pronto. Hoje em dia, na época do profissionalismo o futebol cresceu, ganhou asas, e é o esporte mais amado do país. De esporte elitisma, o futebol é hoje, o jogo do povo.

Fonte: Danilo Dias

Marília recebe cinco jogadores de Camarões

Wabo (lateral esquerdo), Armand (atacante), Nokwe (meia),

Ndoumbgang (zagueiro) e Koffi (meia) já estão treinando

Cinco jogadores de Camarões, país da África, que sempre tem grandes jogadores, como Albert Roger Mooh Miller, conhecido por Roger Milla, foram contratados pelo Marília para as competições do Sub-18 e Campeonato Maranhense da Segunda Divisão.

Os jogadores são: Wabo (lateral esquerdo), Armand (atacante), Nokwe (meia), Ndoumbgang (zagueiro) e Koffi (meia). Eles já se encontram nos alojamentos do Marília e estão treinando.

Segundo o empresário Antonio Pereira Borges, a vinda dos jogadores aconteceu em uma parceria firmada com o San-Etieno Futbol Association, clube com sede na capital camaronesa, Yaoundé, que este ano está prestes a subir para a primeira divisão do futebol de Camarões. O San-Etieno, segundo Pereira, tem objetivos muito parecidos com o Marília, que é o de revelar jogadores para os clubes de todo o mundo.

Para que essa parceria ganhasse mais força, a própria presidenta do San-Etieno, Beatrice Lourence Ndougou, veio trazer os jogadores e, ao mesmo tempo, verificar “in loco” a estrutura do CT do Marília. Ela ficou entusiasmada com o que viu. Elogiou o gramado do campo principal do CT do Marília, haja vista que em Camarões a maioria dos estádios é de grama sintética.

Antes de chegar a Imperatriz, Beatrice passou por Buenos Aires, onde deixou jogadores no River Plate, também em parceria com o time argentino. Um camaronês já se encontra no time profissional do River Plate.

A média de idade dos cinco camaroneses que vieram para o Marília é de 19 anos. O mais velho é o zagueiro Ndoumbang, que tem 20 anos. O mais novo é o médio volante Nokwe, de apenas 17 anos.

O técnico Evandro Guimarães, o bom baiano, campeão maranhense sub-18 pelo Marília em 2009 e com uma grande bagagem, vem ciceroneando a presidenta Beatrice, já que fala inglês fluentemente, uma das línguas faladas em Camarões. A outra é o francês.

As instruções aos garotos camaroneses são feitas individualmente pelo técnico Evandro Guimarães.

FONTE: JORNAL O PROGRESSO

Cordino/MA

BRA-MA-CORDINO

Nome: Cordino Esporte Clube
Cidade: Barra do Corda/MA
Fundação: 2009
Cores: Verde, Preto e Amarelo
Estádio: Municipal Leandro Cláudio da Silva (Leandrão)
Histórico: A equipe surgiu da seleção municipal de Barra do Corda que disputava o Copão Maranhão do Sul, torneio intermunicipal da região. Entusiasmados os dirigentes e a prefeitura resolveram profissionalizar a equipe em 2010, pagaram todas as taxas junto à FMF e estão aptos e inscritos à disputar a Segunda Divisão Maranhense de 2010.